Face ao interregno havido perante os dois compromissos da selecção de futebol feminino, optei por dividir esta primeira abordagem ao nosso futebol feminino em duas partes: a análise às oito primeiras jornadas da Liga Allianz e a apreciação ao jogo da jornada de reatamento, realizada este fim de semana, ante o popular “Fófó”, no velhinho Francisco Lázaro.
Decorridas 8 das 22 jornadas que este ano compõem o campeonato, o Sporting seguia isolado na tabela classificativa com 5 pontos de avanço sobre o maior rival, Sporting de Braga e 8 sobre o Estoril Praia, provavelmente o maior candidato ao terceiro posto. Como se esperava, Sporting e Braga têm dominado a prova. A vitória das nossas Leoas em Braga, aquando da 3ª. Jornada, por 2-1 deu-nos, em relação à temporada transacta, uma almofada de conforto que nunca sentíramos face ao empate cedido em Albergaria a 3 golos, a partir do qual andámos sempre em busca do prejuízo.
O Sporting mantém praticamente a mesma equipa da época passada, tendo havido no onze base apenas três alterações de fundo: na defesa, a Carole Costa tomou o lugar da serena Catarina Lopes, agora no A-dos-Francos, no meio-campo, deu-se a entrada da Carlyn Baldwin para o lugar da Sara Granja, agora no “Fofó” e, no ataque, devido à lesão da Solange Carvalhas, a Ana Leite tem ocupado o seu lugar.
Na defesa, a Matilde Fidalgo parece estar a levar vantagem sobre a Rita Fontemanha mas não tem o lugar garantido. No jogo com o Estoril, por exemplo, teve uma segunda parte abaixo do seu nível, com muitos passes errados. Aliás, nesse jogo, o meio-campo caiu a pique nessa segunda parte e o Estoril chegou a ameaçar face ao sempre perigoso 1-0…
De pedra e cal parecem estar a Patrícia Morais, a imperial Carole Costa (grande aquisição!) a Joana Marchão, o trio da intermediária, a Ana Borges (que raça!) e a serpenteante e irrequieta Diana. Na defesa, para parceira da Carole, a Matilde Figueiras estará em nítida vantagem sobre a Mariana. Não sei quando a Bruna Costa reaparecerá mas será uma mais valia o regresso desta jovem e promissora atleta. A Patrícia Gouveia também já voltou aos treinos após a abençoada maternidade e parece que daqui a um mês estará disponível para reforçar o sector e a equipa.
Quanto a mim, no ataque parece residir a principal preocupação. A Ana Capeta parece ser jogadora para entrar com o jogo a decorrer. É muito fogosa, remata bem mas tem muito que crescer, nomeadamente no capítulo do passe. A Carolina Venegas, depois dos 4 golos ante o Quintajense, não mais apareceu e, face à minha estranheza um adepto e frequentador assíduo do Sporting Apoio, disse-me que esteve ao serviço da sua selecção. A Ana Leite (e não tenho que ser paternalista…) ainda não fez uma exibição que me convencesse e fizesse esquecer a Solange… Creio que nos falta uma atacante (ao centro) poderosa fisicamente, até porque a Diana descai muito bem para as alas. Para consumo interno tem chegado, mas que nos livremos de lesões…
Dada a impossibilidade de acompanhar devidamente quase todos os jogos realizados fora, esta análise pode pecar por injusta. Aqui chegado, lamento a pouca atenção que tem sido dada ao nosso Futebol Feminino, apesar do apregoado apoio e hoje mesmo tive oportunidade de ler a opinião de um adepto Sportinguista, no Sporting Apoio, e que apontava para um melhor acompanhamento da nossa equipa. Eis o que o senhor Humberto Fernandes preconiza, recordando que tenho, para o efeito, a sua indispensável autorização. “Que pena o Sporting CP, não encare a transmissão em directo, via Sporting TV, como o fez na época passada, em 2017.01.14, no C.F.Benfica 2- 3 Sporting CP, no Estádio Francisco Lázaro, em Benfica. Mesmo que não pudesse dar na Sporting TV em directo, por haver outra programação considerada prioritária, haveria, com certeza, condições técnicas (combinando com o C.F.Benfica, mais a mais que não há entradas pagas e portanto não há eventual quebra de receitas) para se fazer transmissão deste jogo fora, e transmiti-lo numa plataforma existente, por ex. o “YOUTUBE”, como o vai fazer hoje a Pantera TV do Boavista, no jogo Boavista F.C. – S.C. Braga ou via “mycuujotv” contratualizando com esta plataforma jogos que a Sporting TV não pudesse transmitir jogos em casa, por questões de programação. Houvesse boa vontade e empenhamento por parte dum clube que é grande (o Sporting CP), e que se espera proceda como tal, nos “vários cantos de Portugal”, o onde haja adeptos e simpatizantes do clube “mundo fora”, haveria a possibilidade de acompanhar em tempo real, “o melhor do futebol feminino que se pratica em Portugal”, e fortalecer assim os laços adeptos-equipas representativas do Sporting CP. É mesmo tempo de se ter um olhar mais abrangente, das virtualidades destas opções.” Deixo à apreciação de quem de direito.
O Estoril Praia apresenta-se como outsider e no seu reduto, pode constituir um sério obstáculo. O Prozis/Vilaverdense que se apresenta com algumas ex-bracarenses e que nos ofereceu séria réplica no jogo da segunda ronda, em Alcochete e impôs um, para nós, conveniente empate no seu campo, ao Braga, parece estar em fase menos boa já que na oitava jornada surpreendeu tudo e todos com uma expressiva derrota em casa (2-5) face ao Boavista.
A par deste inesperado desfecho (outros aconteceram com equipas da parte inferior da tabela, de menos relevo) dois resultados igualmente surpreendentes: o empate do Quintajense, em casa, frente ao Vilaverdense (0-0) e o também empate (3-3) que o Cadima impôs ao Estoril num jogo em que as anfitriãs chegaram a estar a vencer por 3-1.
Tenho reparado na serenidade das arbitragens, em nítido contraste com o que se passa no sector masculino. Óbvias razões! E não há o VAR!…
Quanto ao jogo da nona jornada, frente ao Futebol Benfica, algumas dificuldades na primeira parte em que o nulo se manteve. Logo no início da segunda parte, de grande penalidade, a Tatiana Pinto inaugurou o marcador e no vídeo que vi da marcação da mesma, um dos lampiões presentes bem tentou desconcentrar a nossa jogadora com um sonoro “já falhou, pá, já falhou” mas… fodeu-se! De realçar as dificuldade sentidas pelo Braga frente ao Boavista, traduzidas num escasso 1-0, num terreno onde vencemos por 4 golos sem resposta.
Na próxima jornada, no dia 9 de Dezembro, sábado, vamos até Gaia defrontar o Valadares, equipa onde pontifica a Neide Simões, uma excelente guarda-redes que a época passada em Alvalade, impediu várias vezes que o resultado final se avolumasse.
A terminar, ficam aqui as declarações de Nuno Cristovão sobre o jogo de ontem:
“A vitória é indiscutível, mais do que justa, e por números certos. Como previa, foi difícil: foi a primeira vez que chegámos ao intervalo sem estar na frente do marcador. Houve mérito do adversário, algum demérito nosso, mas acima de tudo aquilo que se passou foi o reflexo da semana difícil que tivemos por vários motivos. Ainda assim, foi uma vitória mais do que justa e merecida”, afirmou, abordando também o período do intervalo, que tanta diferença pareceu fazer, uma vez que o segundo tempo foi totalmente diferente do primeiro.
“Corrigi o que achava que estava a ser menos bem feito na primeira parte. Antes do jogo tinha-lhes dito que havia duas coisas que eram importante hoje que eram tomar decisões rápido e cedo. Estávamos a demorar muito tempo a tomar decisões e a não circular a bola com a velocidade necessária perante uma equipa que estava a defender muito bem. Fomos felizes, marcámos cedo, e isso tranquilizou as jogadoras”, considerou, olhando de forma geral para a competição que as leoas lideram de forma isolada, revelando o que tem pedido ao seu plantel.
“Tenho-lhes dito, desde que ganhámos esta vantagem pontual, que o nosso principal adversário seríamos nós próprias. Temos de continuar a encarar os nossos jogos com a mesma seriedade, rigor e empenho. Lembrar o que o Presidente nos pediu no início da época: atitude e compromisso. Se o fizermos, de certeza que vamos acabar com mais pontos do que os adversários”, atirou Nuno Cristóvão, relembrando ainda a importância da gestão do esforço das jogadoras, que já levam muitos jogos, entre o calendário do Clube e da Selecção.”
* às segundas, o jmfs1947 assume a cozinha e oferece-nos um mais do que justo petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
4 Dezembro, 2017 at 8:55
Bom dia. Esqueci-me de referir que a Diana Silva, com o golo de ontem, aumentou para dois tentos a diferença para a sua concorrente mais séria até ao momento, a Vanessa Marques, do Braga. A Diana tem 11 no seu pecúlio. A Tatiana Pinto é a nossa segunda jogadora mais certeira com 6 golos.
4 Dezembro, 2017 at 9:03
Leoas Power 🙂
4 Dezembro, 2017 at 9:09
Excelente crónica, JMFS.
Espero que o futebol feminino do Sporting mantenha esta cadência vitoriosa com a tal atitude e compromisso de forma a que se sagrem bicampeãs!
4 Dezembro, 2017 at 9:15
Obrigado jmfs1947 por esta cronica.
Tb ando atento ao fut feminino.
SL
4 Dezembro, 2017 at 9:15
Belo petisco pela manhã…
Quero realçar um ponto que a mim faz-me realmenbte confusão… não usarmos de forma eficiente as plataformas online existentes. Não sei qual será o motivo de não fazermos transmissoes nas plataformas youtube, facebook, etc.
Se não é possivel criar uma Sporting TV3, que ussemos o que é possivel.
Creio que a nossa equipa está melhor que na epoca passada, pois temos mais opções de qualidade para todas as posições. E tenho certeza que para o ano iremos fazer bem melhor na liga dos campeoes. Faltou experiencia e talvez mais confiança.
4 Dezembro, 2017 at 9:40
Sim, não era preciso ir para lá com a equipa inteira, mas uma camara fixa podia perfeitamente ser colocada na bancada para transmitir o jogo.
Sem comentadores e sem grandes producões, mas o suficiente para transmitir via youtube.
4 Dezembro, 2017 at 9:52
Concordo, as plataformas online serão cada vez mais o futuro e seria uma opção de custos reduzidos para o acompanhamento de jogos das modalidades fora de casa. Sempre era uma forma de se fazer mais acompanhamento do que se passa relacionado com a actividade desportiva do clube.
4 Dezembro, 2017 at 9:33
Só lendo o título, permite-me uma correção. A avaliar pelos desempenhos das nossas meninas, acho que o título mais apropriado seria “o futebol não é para meninos”.
#Naohadesculpas
4 Dezembro, 2017 at 9:39
Ahahah, tiveste bem Ana.
4 Dezembro, 2017 at 9:51
Prezada Ana,
Compreendo perfeitamente a sua observação, ou não sejam as nossas atletas, para mim e muitos de nós, o perfeito exemplo do lema Sportinguista.
Mas aquele asterisco, da lavra do dono do estabelecimento, terá o seu simbolismo…
Saudações Leoninas
4 Dezembro, 2017 at 9:58
Bom dia, JMFS. A observação da Ana teve piada, foi um modo irónico de traduzir o que estas leoas representam para os sportinguistas. Têm honrado muito bem o Esforço, a Dedicação, a Devoção e a Glória.
4 Dezembro, 2017 at 10:07
chama-se “ironia” 🙂
4 Dezembro, 2017 at 10:12
Mas, o futebol ao não ser para meninas também entronca no não ser para meninos. 🙂
4 Dezembro, 2017 at 10:38
Cherba,
Tens mail 🙂
Z
4 Dezembro, 2017 at 14:23
Eu percebi, senhor futebol feminino, foi só mesmo para reforçar. 🙂
4 Dezembro, 2017 at 9:56
Início prometedor. Agora aumenta o grau de exigência.
Sinceramente, fico algo apreensivo com o futuro da competição. Começaram cheios de t..a, mas o balão está a vazar. Num cenário em que a maioria dos clubes é amador e vive da carolice corremos o risco de ficar presos num modelo híbrido de semi-profissionalismo, em que o natural desfecho é, quem não aguentar, acaba por sair. Aconteceu no basquete, por exemplo.
Claro que a outra consequência é chamarem os clubes da I Liga masculina a disputarem a competição, com o SLB à cabeça enquanto salvador do modelo. Porque como todos sabemos, só há desporto quando o Benf participa.
Os clubes deviam organizar-se e fazer algo para promover a Liga, ir às escolas, divulgar, promover mais transmissões em canal aberto, exigir à RTP (serviço público) acompanhamento da prova, com resumos e resultados. E a FPF devia ter algum tipo de mecanismo de solidariedade que ajudasse os pequenos clubes, em custos como deslocação, infra-estruturas e formação.
4 Dezembro, 2017 at 10:07
Grande comentário, concordo com muitas das ideias expressas. A FPF tem o dever de promover melhor esta competição numa modalidade em crescimento no país a nível feminino e também por toda a Europa. É o futuro que está em causa.
4 Dezembro, 2017 at 13:58
O meu neto Tomás joga nos “Traquinas” em
Óbidos…e no grupo joga uma menina…
É claro que ela “tem menos andamento” que os miúdos…mas é interessante a “solidariedade” dos gaiatos que sempre que miúda vai a uma jogada há sempre um ou dois dos colegas atentos às dobras…
E há várias equipas por aqui com uma ou duas meninas…
A única equipa feminina aqui na zona creio ser a de A dos Francos, cujas seniores andam na 1ª Liga Feminina…é para lá que normalmente vão as miúdas …quando mudam de escalão e já não lhes é permitido jogar com os rapazes…
SL
4 Dezembro, 2017 at 12:03
Na minha opinião, o benfica deverá entrar dentro de dois anos. Neste momento na 2ª Divisão, a Escola Hernani Gonçalves lidera a sua série, sendo uma forte candidata à subida. A Dragon Force está num bom plano em sub 19, por isso é bem possivel que o fcp entre já para o ano. (são pelo menos esses os rumores que se ouvem nos corredores) e o slb irá logo atrás. Eles têm inclusive uma equipa de sub 17 da geraçao benfica
4 Dezembro, 2017 at 20:25
Os corruptos de cima e os corruptos de baixo fazem tanta falta à modalidade como a morte faz falta a cada um de nós.
Eu vejo “a coisa” de uma forma um pouco diferente. O futebol feminino é, neste momento, uma folha em branco. Ainda não está contaminado com vouchers, putas nem com o flagelo do futebol-negócio dos empresários e seus jogos de poder.
Por outro lado, é a modalidade desportiva mais atractiva no mundo, focada na outra metade da população. Uma metade tão marginalizada e que, só nas gerações mais recentes e apenas no ocidente, já se começa a erguer em igualdade com os homens. O potencial de crescimento é brutal.
Dito isto, o Sporting será vesgo (sem desprimor, doutor Abrantes) se não usar a sua posição de liderança para ajudar a construir uma liga mais fechada, competitiva, sustentável e pacífica.
Pode, por exemplo, organizar uma liga com duas divisões relativamente estanques, estilo NBA, garantir a equidade na distribuição de receitas entre todos os participantes (prémios, transmissões televisivas quando começarem a dar dinheiro, patrocínios colectivos, etc), fomentar o uso de tecnologias na arbitragem, apostar numa abordagem com cabeça ao mundo de hoje, com a sua dimensão multimédia, enfim, tanto.
No fundo, temos um ou dois anos para tentar organizar aqui uma coisa sustentável, mas não lucrativa, em que prime a transparência. Isso serviria como “prova de conceito” de que o mal do desporto em Portugal reside no vouchers e no putas e na merda que em volta deles gravita e, nesses moldes, seria relativamente fácil manter essas organizações mafiosas com equipas de futebol desinteressadas deste futebol.
4 Dezembro, 2017 at 21:12
Muito
4 Dezembro, 2017 at 21:19
Muito bom comentário.
Não sei até que ponto o que dizes é possível.
Se, por um lado, parece impossível o crescimento do futebol feminino para um patamar alto sem as nádegas, por outro parece-me impossível meter as nádegas nisto sem conspurcar a modalidade.
Não estou a ver o futebol feminino conseguir o melhor dos 2 mundos! A não ser que vá tudo preso no Vergonhoso e isso faça recuar a outra nádega! Mas a FPF também tinha de ser limpa porque muito do mal do futebol está lá metido…
4 Dezembro, 2017 at 10:06
Grande texto Jmfs. Parabéns
4 Dezembro, 2017 at 10:45
A dobrar.
4 Dezembro, 2017 at 10:53
Era o petisco que faltava. Parabéns a dobrar car jmfs.
4 Dezembro, 2017 at 10:56
Bom-vindo à cozinha amigo. Li tudo. Está feito o update semanal 😉
4 Dezembro, 2017 at 10:58
Excelente petisco. Temos cozinheiro com estrelas michelin. 🙂
4 Dezembro, 2017 at 11:23
Excelente estreia jmfs. Agora, é manter e melhorar se possível! Parabéns (a dobrar).
Já agora, uma pergunta: há possibilidade de nos reforçarmos em Portugal ou não há nenhuma jogadora de outra equipa que nos interesse e, como tal, teremos que ir ao estrangeiro?
Secundo as sugestões dadas em relação às transmissões e plataformas digitais.
4 Dezembro, 2017 at 12:23
Em Portugal temos, para mim, quatro jogadoras do Braga, uma do Valadares. e outra do Boavista. Dolores, Melissa, Vanessa e Regina/ Leandra(a irmã da Regina) e Claudia Lima. Estrangeiras, as que querem vir para cá não são melhor das que já ca temos.
4 Dezembro, 2017 at 15:12
Obrigado SouSporting pela resposta.
4 Dezembro, 2017 at 15:39
A Norton não?
4 Dezembro, 2017 at 18:48
Referi as posições em que poderiam mesmo suprir faltas. A Norton sim, mas para ela jogar teria de sair alguém muito amado por este forum.
4 Dezembro, 2017 at 20:06
Que posições são essas?
(as que eu vejo em falta são as 2 que disse; no resto acho bem como está por agora mas gostava de ver a Norton e/ou a Jessica e/ou a Vanessa no Sporting mas depois o campeonato deixava de ter qualquer piada – e já tem pouca)
4 Dezembro, 2017 at 11:33
Aquilo que se esperava! Um belo texto para abrir uma rubrica muito importante. Parabéns e continue, jmfs1947!
Para além das suas, destacar as palavras do Prof. Nuno Cristóvão. Um Senhor (como sempre!) à imagem do clube: “Tenho-lhes dito, desde que ganhámos esta vantagem pontual, que o nosso principal adversário seríamos nós próprias. Temos de continuar a encarar os nossos jogos com a mesma seriedade, rigor e empenho.” Assim se fazem grandes campeãs e grandes campeões!!
Não querendo muito poluir o seu texto, quando escreve: “Tenho reparado na serenidade das arbitragens, em nítido contraste com o que se passa no sector masculino.”, isto e a ausência das nádegas neste campeonato será apenas coincidência!? Não me parece!!
4 Dezembro, 2017 at 11:35
Bom texto.
Vejo que partilhas bastantes do que eu penso sobre o futebol feminino do clube.
Para mim a Carole foi a grande contratação da época. As outras vieram melhorar o plantel mas não acrescentaram grande coisa ao 11 habitual da época passada, especialmente as duas estrangeiras que, para mim, foram dois tiros completamente ao lado. A Baldwin é pequena demais para uma 6 e muito limitada – praticamente passa para o lado e para trás. A Vanegas é a 5ª opção no ataque, depois da Ana Borges, da Diana, da Solange, da Ana Leite e da Capeta – a 4ª agora devido à lesão da Solange. Só serve mesmo para tapar a evolução das jovens, tirando-lhes minutos. Não entendo qual foi o sentido de a irem buscar!
A Patrícia Gouveia, que foi a 6 até deixar de jogar devido à gravidez, estará em condições de voltar em Janeiro, assim como a Bruna, que teve uma lesão grave na final da Taça de Portugal. A Patrícia é muito melhor jogadora que a Baldwin mas havendo a Baldwin provavelmente irá rodar com as duas Pinto nas suas posições.
Dificilmente não seremos campeões este ano.
O Braga está pior, ligeiramente mais fraco. E não vejo mais nenhuma outra equipa com potencial para nos ganhar. A equipa mantém sempre os índices de competitividade necessários em todos os jogos, praticamente o jogo todo, o que é fantástico quando o campeonato é tão desequilibrado – devia servir de exemplo para os meninos! Há grande mérito do Nuno Cristóvão nisto mas há que tirar o chapéu a estas raparigas.
Esta época correrá em velocidade de cruzeiro, penso. Espera-se um alto na recepção ao Braga – no dia dos meus anos! – que espero que seja em Alvalade, e outro alto na final da Taça de Portugal. Eventualmente poderá haver outro alto antes, se apanharmos o Braga antes da final. De resto são tudo jogos para ganhar sem grandes sobressaltos.
Espero que já estejam a trabalhar na próxima época e na participação na WCL.
A equipa que nos eliminou na fase de grupos da competição, o Kazygurt, não praticou melhor futebol que nós. Ganhou-nos no aspecto físico e em altura – os 2 golos que sofremos foram por isso – mas em futebol no pé acho que até fomos superiores. Tivéssemos essas 2 jogadoras que eu acho fundamentais – um central e uma 6 altas e físicas – e muito provavelmente não teríamos perdido esse jogo, o que significaria o apuramento.
O Kazygurt eliminou depois o Glasgow City, com 3-0 em casa e 1-4 fora. Foram depois eliminadas pelo Lyon – actual detentor do troféu e provavelmente a melhor equipa europeia e mundial – por 0-7 em casa e 0-9 fora, o que demonstra bem a diferença de qualidade que teremos de encurtar para chegarmos a um bom nível europeu.
O futebol feminino português tem evoluído brutalmente nestes últimos 2 anos. A selecção (34ª do ranking FIFA) – que tem um treinador medíocre, sem qualquer currículo que justifique estar à frente da selecção – perdeu com a Bélgica ( 23ª do ranking) 0-1 e com a Itália (18ª do ranking) também por 0-1 num jogo em que o empate já era injusto, quanto mais a derrota.
Isto para dizer que a nível das nossas jogadoras já estamos muito bem e o que faltará ao Sporting é contratar estrangeiras que façam realmente a diferença. Vai ser preciso ao clube um maior investimento em termos de salário pois, por exemplo, o Braga paga salários melhores – com excepção do caso da Ana Borges que é quem mais ganha por cá. Agora, é preciso que o futebol feminino tenha outra visibilidade por cá e que ganha alguma competitividade. Como diz, muito bem, o Nuno, o Crente em Jesus, é preciso a FPF fazer por isso – há muito para fazer, para além de tentar trazer o Porco e o Vergonhoso à modalidade. Os clubes têm feito a sua parte e isso tem-se visto no crescente número de praticantes, especialmente jovens. Mas falta o resto. Mais visibilidade atrairá patrocínios, que trarão dinheiro, melhores jogadoras e campeonatos melhores.
É fundamental, para que a modalidade cresça, que o campeonato se torne mais equilibrado à conta da melhoria dos outros clubes. Um campeonato assim é desinteressante… e isso matará a modalidade!
4 Dezembro, 2017 at 12:16
Neste momento e reforço neste momento. O Braga é inferior ao Estoril. As duas jogadoras que referes, só num primeiro mercado e neste momento Portugal ainda está no terceiro. Ou seja, as estrangeiras que aceitam vir para cá são do nivel da Portuguesas, pouco adiantam. A Patricia a 6 era uma adaptação, ela sempre foi 8 ou 10
4 Dezembro, 2017 at 15:10
Não acho nada o Braga inferior ao Estoril!
O Braga perdeu jogadoras importantes e reduziu o plantel. Pode passar por uma fase menos boa se tiver jogadoras importantes lesionadas mas continua a ser superior ao Estoril, que realmente melhorou muito!
Não precisas ir buscar jogadoras credenciadas.
Precisas de ir buscar jogadores com potencial que te dêem o que te falta: altura e físico. Nos países do norte da Europa, mas não só, de certeza que se arranjam jogadoras assim, com valores que sejam comportáveis para o clube.
De certeza que não se pagam tremoços à Baldwin – internacional jovem dos USA que vem dum clube Suiço – e à Venegas – internacional da Costa Rica credenciada.
Ninguém pede para chegares à final da WCL para o ano, ou no ano seguinte… Mas há que ir construindo uma equipa para se poder tentar chegar ao objectivo proposto: estar entre as 8 melhores da Europa.
O trabalho que o clube tem feito é bom. Para mim este ano falharam redondamente nas estrangeiras. É corrigir isso…
4 Dezembro, 2017 at 18:46
Como eu referi, neste momento. Vamos ver se as coisas se alteram neste mês que falta para se defrontarem. Sabes onde se encontram jogadoras de qualidade, baratas e com as caracteristicas que referes? Nigéria, Gana, Camarões ou Costa do Marfim.
4 Dezembro, 2017 at 20:22
Pois, nisso não sou muito entendido! 🙂
Bem que podiam apostar numas quantas dessas trazendo-as para a formação – de certeza viriam super felizes!
Os meus comentários têm sempre em conta que o objectivo do clube é, a médio prazo, estar entre as 8 melhores equipas da Europa – isto implica estar regularmente nos quartos de final da WCL onde este ano estão estas equipas…
http://www.uefa.com/womenschampionsleague/season=2018/draws/round=2000910/index.html#/
Destas 8 equipas, só o Chelsea chegou pela primeira vez aos quartos de final este ano.
As outras equipas já chegaram (anteriormente)…
Lyon: 8 vezes (nunca perdeu)
Wolfsburg: 5 vezes
Barcelona: 3 vezes
Linkoping: 2 vezes
Montpellier: 1 vez
Man. City: 1 vez
Slavia Praga: 1 vez
Há que dotar o clube de jogadoras que possam dar à equipa a tal altura e o tal poder físico que tanto lhe falta nestas andanças internacionais. Não é preciso contratar logo 2 ou 4, ou jogadoras já de um calibre de peso. Pode-se ir fazendo isso ano a ano, melhorando sempre de um ano para o outro. E há que olhar também para a formação neste aspecto.
4 Dezembro, 2017 at 20:31
Eu, pessoalmente, não vejo o sucesso na Europa como um objectivo impreterível.
A WLC é muito curta e subir um nível significa apenas mais dois jogos mas um incremento de qualidade brutal, porque a diferença entre vencido e vencedor é, muitas vezes, mais de 5 golos por jogo.
Veria com muito melhores olhos investir a mesma soma ou até mais para formar uma boa jogadora daqui a 5 anos do que comparar uma de igual valia já hoje. Acho que isso sim, traduz o que é o Sporting e a sua missão no país e no mundo.
Em qualquer caso, fazer todos os anos melhor na WLC tem que ser objectivo para manter o grupo focado quando a competição interna é maioritariamente fraca.
4 Dezembro, 2017 at 21:31
A WCL tem tendência a melhorar e a aumentar o nº de equipas.
Se tivessemos passado com o Kazygurt, provavelmente tinhamos passado com o Glasgow City também. E tínhamos levado na pá grandemente do Lyon! Mas tinha dado uma pica do caraças às miúdas. E a nós!
Estou a ver um estádio super bem composto – acima dos 20 mil – para estas eliminatórias!
Gostava que um dia, ainda esta época, fizessem um jogo feminino antes dum jogo feminino, em Alvalade. Acho que conseguiriam uma assistência de 20 mil e muitos no jogo feminino!
4 Dezembro, 2017 at 12:16
Discordo do “investimento”.
Para quê, ao certo? Discutir Liga dos Campeões?
A única solução instantanea era uma maluqueira tipo “xeques”, investir à doida a la PSG ou City, de modo a aritificialmente construir uma equipa competitiva a nível europeu.
Convenhamos, o futebol feminino de si já deve dar “prejuízo”, o retorno financeiro é nulo ou residual; apostar ainda mais criaria uma situação de insustentabilidade que provocaria em última instância a saída (outra vez) da modalidade.
Resta apostar na subida sustentada baseada na competitividade do futebol nacional. Acho ser a melhor solução.
Não seremos competitivos na Europa? Pronto, já não o somos em andebol, voley, basquete, e muitas outras modalidades, não é por isso que somos menos felizes.
4 Dezembro, 2017 at 15:20
Depende do “investimento”…
O Petrovic paga o futebol feminino todo!
O que faz o Petrovic no plantel do clube? Nada! Consome dinheiro!
Tens aqui um exemplo de como é possível investir bem e mal…
Eu gostava de ter a Norton no Sporting, que é uma jogadora jovem e que acho que tem imenso potencial, mas compreendo que não seja fácil vir pois ganha 7.500€ por mês no Braga (o mesmo que ganhava no Barcelona). No Sporting ninguém ganha isso, excepto a Ana Borges – que me disseram que ainda recebe parte do ordenado pelo Chelsea.
Se o objectivo é só ser campeão cá, ok, entendo que não é preciso mexer muito e que o que temos vai chegando. Mas eu penso que todos queremos mais, inclusive as jogadoras, que são atraídas para o clube pelo projecto e não tanto pelo dinheiro – pelo dinheiro muitas estariam a jogar no Braga!
E como disse, não precisas de ir buscar uma Marta. Precisas de ir buscar jogadoras promissoras que tenham as características que nos faltam e não estrangeiras iguais a portuguesas que cá temos.
Não dá para trazer as duas que eu falei? Ok, traz-se só uma… mas boa! 😉
4 Dezembro, 2017 at 21:22
Desconhecia que o Braga pagava tão bem! De facto, isso no Sporting seria impensável.
A Norton é uma jogadora muita boa e de uma técnica que não encontras em muitas por cá. Mas acredito que se os olheiros estiverem atentos arranjam jogadoras com bastante potencial e que nos fazem falta… sem maluqueiras e investimentos cegos. Os exemplos da Carole ou Ana Borges são cabais, boas jogadoras, com físico, experiência lá fora…
As contratações este ano foram um tiro ao lado, até ver.
4 Dezembro, 2017 at 21:43
Também não tinha essa noção mas foi o que me disseram.
As portuguesas que vieram de fora vieram pelo dinheiro que ganhavam lá, praticamente, e a Norton ganhava esse dinheiro todo no Barcelona. A Ana Borges ganhava no Chelsea muito mais que isso. Mas, por exemplo, quer a Carole, quer a Ana Leite, que vieram da Alemanha, ganham muito menos. E a Fontemanha, que veio do At. Madrid, menos ainda.
Algumas que estão no Sporting podiam ter ido para o Braga ganhar mais mas preferiram o Sporting porque tem um projecto sustentado a longo prazo, com formação incluída. Nada a ver com o Braga que se limitou a fazer a equipa sénior e mais nada.
O projecto do Sporting é uma coisa com cabeça, tronco e membros, uma coisa bem pensada, que olha muito para o futuro sem deixar de ter em conta o presente.
Era bom que a FPF investisse mais e fizesse alguma coisa para equilibrar mais o campeonato.
4 Dezembro, 2017 at 11:40
Muito obrigado ao companheiro “jmfs1947″…
Pelo “filme” que nos deu a ler do percurso das nossas “Leoas”…
Até agora em directo apenas vi em Alvalade e no Jamor…mas sempre que me seja possível…vou estar lá…!!
O “barulho” que não iria da CS deste País…se em vez de “serem nossas”…fossem de “um galinheiro” qualquer…
SL
4 Dezembro, 2017 at 12:14
Sinceramente só vi um jogo das leoas e foi o final da Taça da temporada passada e não é que as gajas sabem jogar à bola e BEM!
Até a minha mulher ficou com a retina fixada no ecrã durante uns minutos.
Fico contente que seja dado este destaque às meninas, por ser um tema que é caro cá em casa, visto que os homens estão em minoria ( sou eu e o cão) contra a minha mulher, a minha filhota e a minha cadela, animal claro!
Enfim quem me mandou pedir tanta gaja…
SL
4 Dezembro, 2017 at 12:17
Apenas uma retificação ao texto. O Vilaverdense, apenas tem uma ex jogadora do Braga, a Sara Brasil. O que o Vilaverdense tem é uma excelente escola e que até aparecer a nossa era a melhor do pais.
4 Dezembro, 2017 at 17:03
SouSporting, agradeço o reparo. E não são palavras vãs, de circunstância.
Revela interesse pelo tema. Sabia que duas jogadoras do norte tinham mudado para o Prozis/Vilaverdense. Uma foi a Sara Brasil, a outra pertencia ao Boavista e não ao rival de Braga. Não me recordo do nome.
SL
4 Dezembro, 2017 at 13:16
JMFS 1947, parabéns pela informação e pela excelente crónica. Também acompanho o futebol feminino que me entusiasma pelas nossas jogadoras que revelam estar completamente LEONIZADAS, com espírito, garra, solidariedade, competitividade invulgar e um futebol agradável de seguir. Gosto desta semi-intensidade futebolística, típica dos anos 40, que as equipes femininas nos proporcionam se bem que, suspeito, seja sol de pouca dura e que a intensidade venha a subir e muito, nos próximos dois anos, com a entrada na liça de Lampiões e Andrades.
Calculo que nós tenhamos de nos reforçar (e bem) e evidentemente, haverá que promover decididamente o futebol feminino, organizando torneios cá com algumas das melhores equipes Europeias, nem que seja na pré-época.
Nós temos excelentes condições para isso na Academia e, porque não, mesmo em Alvalade, pelo menos dois ou três jogos grandes por ano.
Talvez devêssemos começar a pensar em jogadoras da América Latina, designadamente do Brasil, para o meio campo e para o ataque, se queremos dar ao nosso futebol um cariz claramente tecnicista preenchido com o ADN do futebol do Sporting, capaz de entalar os grandes e o braguilha.
Estou convencido que a lampionagem, com a falta de carcanhóis que se lhes sente na bolsa, opte por apostar forte (dois ou três milhões, se calhar 4 ou 5) de maneira a continuar com uma equipe na primeira divisão e ir entretendo as claques antes que elas comam a direcção viva enquanto a equipe de futebol deles vá militar para a terceira divisão (já que as equipes B não podem subir LOL).
De resto, a nós que, somos gente simples que gosta do ecletismo Sportinguista e não fazemos acepção de pessoas em função do sexo, da idade, da côr da pele, da côr política, de opções religiosas ou a falta delas, o futebol feminino entusiasma-nos como tudo aquilo que é Sporting acaba por nos atrair (já dei comigo a ver jogos de Goalball e a vibrar com o nosso Sporting nesta modalidade mais interessante para quem joga que, para quem vê jogar).
A minha opção pelo futebol Feminino faz-me sonhar com Alvalade a abarrotar para ver jogar as nossas meninas e uma receita de bilheteira condizente com o nosso entusiasmo. Esse tempo virá. Espero ainda assistir a jogos que, por enquanto são um sonho duma manhã fria de Inverno.
Mas, enfim esta nota é para agradecer ao nosso “confrade” JMFS 1947, um ano em que provavelmente fomos campeões a tocar violino. Que as nossas meninas saibam também um dia fazer um orquestra de câmara com cinco violas de arco (já que não há “violinas” e os violoncelos e contrabaixos não dão para a dança que já demonstram saber fazer na perfeição).
Continuo sem resposta do seleccionador Nacional relativamente à não convocação da Solange Carvalhas para a Selecção. De facto, não compreendo como se pode excluir uma jogadora como a Solange, a melhor marcadora do Campeonato e a ponta de lança da equipe que o venceu. Que se passará na mente do visado? será que não gosta dela? Será que a Solange o “entalou” na porta do balneário alguma vez? Se calhar foi isso. Não encontro outra explicação.
Pelo menos, vou deixá-lo em paz relativamente a esta questão enquanto ela não regressar aos relvados.
Depois, a cada convocatória, vou voltar a pôr o dedo na ferida (uma verdadeira “chaga” já) e escarafunchar, até ter uma resposta. Como Sportinguista quero saber e entender porque enquanto isso não acontecer vou continuar a suspeitar de causas inconfessáveis. Entretanto, faço-lhe aquilo que o Cristiano fez à Lampionagem quando a Selecção, certo dia, jogou na ETAR:
– Mostro-lhe o dedo do meio continuando incrédulo e duvidando da sua objectividade e competência.
4 Dezembro, 2017 at 14:38
Duvido q os lampiões e principalmente o porto apostem no futebol feminino.
O porto liga muito ao futebol. Só mantêm a aposta no andebol e no hoquei pq já são modalidades com muitos anos.
Nunca apostaram no futsal e duvido q venham a apostar no futebol feminino.
4 Dezembro, 2017 at 17:43
Antes fosse, mas a Solange não se entalou na porta….
Em 29/Set / 17
A confirmação foi dada pela própria jogadora no Facebook. Solange Carvalhas, que se lesionou no último encontro entre o Sporting e o Vilaverdense, sofreu uma rotura no ligamento cruzado anterior e vai ficar longe dos relvados por seis meses.
“Infelizmente o pior confirmou se, vou parar 6 meses devido a uma rotura no ligamento cruzado anterior. Não vou mentir, não é um momento fácil… aliás é o pior momento da minha vida mas como tantos outros, vou ultrapassá-lo e voltar, ver, vencer..sempre foi assim!” promete a jogadora do Sporting que agradece ao clube as condições proporcionadas para “voltar rápido e bem” a fazer o que mais gosta.
4 Dezembro, 2017 at 13:28
Reitero a necessidade do Sporting fazer um esforçozito para transmitir mais jogos de futebol feminino senior, há imensa gente com vontade de ver e acompanhar, tal como fazem com a equipa principal masculina. Usem as plataformas de media existentes, nem precisa ser na televisão do clube.
Quanto à equipa em si, é um gosto vê-las jogar. Técnica, inteligência a ocupar espaços, experiência e aposta na formação, tudo o que se pode pedir. Jogadoras com bagagem e miúdas com imenso talento a crescer no clube. Convém realçar que muitos dos clubes da Liga Allianz estão a anos/meses-luz do Sporting o que se pode traduzir em resultados esmagadores que podem enganar os mais desatentos, no entanto isso não retira, de forma nenhuma, mérito às nossas leoas!
O excelente trabalho da equipa (jogadoras e técnicos) também se reflete na nossa selecção, grande parte das jogadores são do Sporting e acredito que este “boom” e crescida na Europa e no futuro (não me parece que seja em 2018 que nos qualificamos para o Mundial), no Mundo se deve um bocadinho ao trabalho feito no Sporting, fruto de uma maior profissionalização e evolução tática, que depois elas transportam para a Selecção (o que também se vê na Jéssica Silva, Andreia Norton, etc).
E tudo isto se traduz num inevitável crescimento da modalidade e dos apoios, que espero, se espelhe em vários clubes.
Que venha mais um campeonato e espero estar outra vez no Jamor a festejar mais uma Taça de Portugal. E se não for pedir muito, que a festa seja transversal ao género ahah! SPORTINGGGGG!!
4 Dezembro, 2017 at 13:46
Excelente texto jmfs1947.
4 Dezembro, 2017 at 13:56
Aliás lampiões e andrades só entram no futebol feminino para tentarem impedir-nos de acumular títulos sobre títulos mas, cá me parece que lhes faltam, porém, “vocação” e competência.
Mais uns derbies e uns clássicos para se enxofrarem e , queira Deus, para os enxovalharmos, bem enxovalhadinhos.
4 Dezembro, 2017 at 13:57
Já que furámos as contas ao Salvador…
4 Dezembro, 2017 at 17:40
Caros tasqueiros.
O meu texto é singelo. Dele se pode inferir, sobretudo, o interesse e carinho que nutro pela modalidade. Não é fracturante, ganhamos, não há divergências significativas…
Um aspecto parece-me consensual:
“Não usarmos de forma eficiente as plataformas online existentes” (aproveitei textualmente a frase do Odraude).
Agradeço as palavras encorajadoras e, honestamente, considero que são as vossas intervenções, algumas sugestões dadas, que dão algum brilho ao post.
Na sequência delas, deixo aqui um artigo muito interessante, se se dispuserem dar-se ao trabalho de o ler, depois de digitarem:
Tribuna Expresso O futebol feminino em Portugal pequenas e gigantes.
Vale a pena ler.
Estou absolutamente convicto de que o tema pode ser cada vez mais enriquecido com a vossa ajuda. Obrigado a todos e
SL
4 Dezembro, 2017 at 20:04
Muito obrigado, caro jmfs, pelo texto, pela análise e por ter conseguido despoletar a discussão sobre este tema, que nos é tão caro.
Respirou-se melhor na Tasca, creio, falando do futebol puro e de umas quantas boas ideias sobre uma modalidade que ainda pode ser o que as pessoas quiserem.
Muito obrigado,
SL
4 Dezembro, 2017 at 20:27
Muito obrigado pela tua disponibilidade em falar aqui deste tema, que eu gosto tanto.
Espero que não leves a mal os meus comentários serem normalmente grandes. É porque sou mesmo um apaixonado pela modalidade. 🙂
4 Dezembro, 2017 at 23:01
Não estarei a ser justo, perante os vários comentários feitos, responder-vos (Hadji e Miguel) e não a todos aqueles que participaram de forma muito construtiva, num assunto que colhe entusiasmo em muitos de nós. Mas, se o fizesse, arvoraria um protagonismo visto eventualmente como excessivo.
“Respirou-se melhor na Tasca, creio, falando do futebol puro e de umas quantas boas ideias sobre uma modalidade que ainda pode ser o que as pessoas quiserem.”
Esta frase do Hadji terá sido aquela que melhor define o ambiente que aqui se viveu hoje, e que me deixa particularmente satisfeito.
E dirigindo-me ao Miguel, como posso levar a mal os comentários feitos quando vi neles o propósito de contribuir
para um debate salutar?
E um “pequeno” pormenor ressaltou deste tema. O facto de não me ter equivocado um pouco que fosse na minha convicção de que o Hadji e o luisvt, como sempre achei, e agora o Miguel e outros clientes da Tasca, que aqui expenderam as suas opiniões, seriam sem dúvida alguma,
merecedores de ocupar o lugar a que decidi, com entusiasmo mas também com alguma ligeireza, candidatar-me.
Todos vocês, hoje e aqui, fizeram-me ver que muito tenho que aprender.
Com muita sinceridade e humildade, os meus renovados agradecimentos.
Continuem, todos os que participaram hoje na nova rubrica, os que vierem a juntar-se em semanas próximas, a contribuir para um saudável e profícuo debate sobre o Futebol Feminino.
Bem hajam.