Escrever uma crónica no momento em que ocorre mais uma pausa no nacional feminino, fez-me recordar ter dito aqui que enfrentava o desafio alicerçado no entusiasmo que sentia pela modalidade e por uma estratégia no recurso à internet para manter viva a rubrica. Também me referi à ingenuidade…
Na passada semana, alguns participativos companheiros de Tasca, colocaram questões interessantes. Falou-se (braveheart e Odraude) da possibilidade de um canal de youtube para fazer algumas vezes de Sporting TV2, da Federação poder ajudar mais empenhadamente os clubes (Miguel) da sustentabilidade do actual formato (Nuno, o Crente). Escrevi eu, no final do post, que a minha visão sobre essas questões, assentava em dados pouco precisos. E impreparação…
Vou então tentar debruçar-me sobre essas questões, não sem antes recordar-me do ditado “não vá o sapateiro além da chinela”. Recordei-o e como não tinha a certeza da sua proveniência, a Net fala em Apeles, pintor
grego… Sobre as transmissões de alguns dos jogos das nossas Leoas, o simples facto de a questão ter sido aqui colocada, poderá sugerir aos nossos responsáveis, a forma de satisfazer a naturalíssima expectativa de uma
significativa franja de adeptos Sportinguistas… Vá lá saber-se porquê, na blogosfera Leonina e depois de o amigo Max aqui ter colocado o link da entrevista feita pela jornalista”investida no cargo”, Rita Fontemanha, ao Prof. Nuno Cristovão, que o jornal “o Jogo” teve a ideia de divulgar, logo apareceu esse curioso vídeo…
Parecem-me bem mais complexas as respostas às questões colocadas pelo Miguel e pelo Nuno. Sobretudo para nós, Sportinguistas. Fui ver na Net… A neve não caía… mas há um frio danado a tocar-me quando penso que uma das formas da modalidade se expandir, é termos a presença na competição do slb. Pelos motivos já sobejamente conhecidos mas também e porque não acreditamos nesta Federação enquanto se mantiver o actual estado de coisas, que tudo conspurca. Já nem aludo ao clube do norte do país mas será tudo “farinha do mesmo saco”. Sabido que o fosso entre Sporting e Braga e demais equipas da Liga Allianz, é enorme, recordo parte de uma análise encontrada nas minhas
pesquisas:
“Não me canso de repetir que o regresso do Sporting CP e do SC Braga ao futebol feminino, foi fundamental para assistirmos ao aumento significativo da visibilidade mas, em oposição, veio criar uma enorme clivagem entre as restantes equipas e no interesse que a própria competição possa despertar na comunicação social (veículo indispensável para a divulgação da modalidade). Ainda vai demorar tempo até que possamos aspirar a ter a competição
mais representativa do futebol feminino nacional com níveis de competitividade elevada e incerteza do vencedor até ao fim. Imagino os argumentos/estratégias que os responsáveis técnicos das duas equipas no topo da classificação têm que definir individualmente para manter as suas atletas motivadas e focadas na competição. Qualquer deslize poderá ter consequências inesperadas. Ainda que não acredite, de todo, que isso possa acontecer!”
“…e no interesse que a própria competição possa despertar na comunicação social (veículo indispensável para a divulgação da modalidade)”… Chegado aqui recordo uma pergunta do Nuno, usando da sua habitual
ironia: “A TVI não comprou os direitos?”
Claro! À TVI e ao Correio da Manhã que esporadicamente já fizeram a transmissão de alguns (poucos) jogos, à querida RTP (presente na final da Taça de Portugal e da Supertaça (com resultados, numa dessas transmissões a suscitar a revolta dos nossos adeptos) pouco interesse haverá em divulgar a modalidade enquanto esta não for “agraciada” com
a participação do slb. A SIC transmite outros “jogos”… Bem pode a Mónica Jorge, directora da FPF, invocar o aumento de praticantes.
“Mónica Jorge, diretora da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), assumiu que é um bom sinal para o futebol feminino existirem, pela primeira vez, mais de 4.000 praticantes em Portugal. De acordo com números da FPF, há neste momento 4.062 praticantes de futebol feminino em Portugal, das quais 3.010 estão em idade júnior, sendo que, em 2016, eram um total de 3.035 as jogadoras federadas.
“É bom sinal, é sinal que os projetos em que a Federação está a investir, mais na área da formação do futebol feminino, estão a dar os seus frutos e esperamos não ficar por aqui. É um número pelo qual todos ansiávamos,
passar os 4.000, especialmente nas juniores acima das 3.000”, assumiu a responsável pelo futebol feminino na FPF.
Mónica Jorge disse ainda esperar que “mais jovens pratiquem futebol feminino”, salientando os bons resultados da seleção e dos clubes do campeonato podem trazer mais atletas e mais público aos estádios.”
e ainda: “Vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, com a pasta do futebol feminino comentou entrada das águias no futebol feminino e disse ao DN que gostava que cada clube tivesse uma equipa feminina.
O Benfica anunciou esta terça-feira, que decidiu criar uma equipa de futebol feminino para 2018/19. Uma decisão que Mónica Jorge aplaude: “É com grande satisfação que olhamos para a aposta do Benfica no futebol feminino. Irá contribuir certamente para o desenvolvimento da modalidade em Portugal. Com impacto a diversos níveis: espera-se uma maior projeção mediática, uma maior capacidade de comunicação, mais notoriedade nacional e internacional, melhores condições de treino para as jovens praticantes, e um potencial de atração maior para o futebol feminino, tanto de patrocinadores como de jogadoras”, reagiu a Vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, com a pasta do futebol feminino, em declarações ao DN.
E deu um exemplo: “Recordo o exemplo do futsal, modalidade em franco crescimento e que tem conquistado prestígio internacional. Essa valorização além-fronteiras deve-se, e muito, ao trabalho feito com os jogadores a nível dos clubes profissionais.” Mónica Jorge, que foi jogadora, treinadora e selecionadora nacional lembrou ainda, “que a tendência na Europa é investir no futebol feminino”. “Esse é um objetivo estratégico na maioria das federações-membro da UEFA. E há cada vez mais clubes grandes com equipas femininas. França, Inglaterra e Espanha são bons exemplos. Clubes franceses como o Paris Saint-Germain, o Lyon e o Montpellier lutam por títulos na liga masculina principal e investem fortemente no futebol feminino. O Chelsea já foi campeão e finalista da Taça Feminina em Inglaterra. Em Espanha, o Barcelona e o Atlético de Madrid também têm equipas profissionais de futebol feminino e o Real Madrid anunciou recentemente o desejo de criar uma equipa feminina de topo”, defendeu.”
Relembrando… bem pode a Mónica Jorge invocar o aumento de praticantes, a aposta na formação, falar no Futsal (lembro-me das actuais regras e tenho um vómito) e tudo o que mais que exalta. Para “esta” Federação o slb é o sal, o tempero que falta ao nosso futebol feminino esquecendo-se que este clube não respondeu ao repto da Federação
em Junho de 2016… Parece inevitável, mau grado o dilema que nos assalta, que as raparigas de encarnado estarão na época de 2018/19 e, quase “obrigatoriamente” na Liga Allianz, na época imediata. Não tenho o direito de dizer que a
sua aparição tudo irá subverter. Mas arrogo-me o de pensar isso dos seus dirigentes! Restar-me-á uma consolação: a partir desse momento, o nosso Futebol Feminino deverá ter direito a um “Bloco de Notas” aqui na Tasca!
Muito bom 2018 para todos!
* às segundas, o jmfs1947 assume a cozinha e oferece-nos um mais do que justo petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
2 Janeiro, 2018 at 9:39
Boa crónica…
Mas creio que para além das dificuldades expotas( falta de visibilidade, ainda poucas praticantes, etc)…
As coisas se irão agudizar quando “entrarem as galinhas”…
É que depois para além de tudo isso…
Ainda “entrarão” em jogo as conhecidas batotas que acompanham essas gentes…em todas as modalidades que praticam…
Bom Ano de 2018…
E Sporting Sempre…!
Abr e SL
2 Janeiro, 2018 at 9:48
o benfica não vai entrar no futebol feminino. o benfica vai descer de divisão e a sua luta, para quem ficar, será reeguer o clube… Esquece lá isso do fut feminino do benfas
2 Janeiro, 2018 at 9:50
e ainda bem!!!!!
2 Janeiro, 2018 at 9:54
“Vou só lembrar” um facto muito importante…:
Estamos em Portugal.. !
Creio nem ser necessário dizer mais nada…
O que diz seria verdade…se noutro país…
Aqui… esqueça…
Abr e SL
2 Janeiro, 2018 at 9:55
Bom dia.
Okenite, assumidamente Crente, só o Nuno…
2 Janeiro, 2018 at 10:01
Crente em Jesus. Jorge, que o Outro parece ter desistido há muito.
Na Justiça portuguesa… que não é cega, apenas vesga, precisa de um murro no olho.
Mas I want to believe.
E o Fox não desiste.
2 Janeiro, 2018 at 15:15
No olho bom e no vesgo???
Se for no bom fica cego de vez!! Ah..ah..
SL
2 Janeiro, 2018 at 15:16
ou no vesgo
2 Janeiro, 2018 at 9:59
Bom dia e Bom ano
Aproveitar a (ainda) velocidade de férias no trabalho para um merecido feedback.
Infelizmente tudo indica que o “projecto” do Futebol Feminino venha a retumbar num fracasso.
A comparação com o futsal é descabida por duas razões: o futsal é um desporto urbano, com bases de desporto popular (junto com a corrida sempre foi a modalidade de lazer mais praticada), portanto só podia crescer enquanto liga profissional; e o futsal é jogado por homens, e queiramos ou não, existe muita discriminação em relação ao desporto no feminino em Portugal.
É preciso começar por baixo, puxando jovens para a modalidade, quer como praticantes, quer como espe(c)tadoras. Que se ofereçam bilhetes nos liceus deste país, aliás, a FPF bem que podia financiar essa operação.
O Benfica entrar na competição muda o quê ao certo?
Mais competitividade? Não, apenas mudar o número de candidatas de 2 para 3.
Mais mediatismo? Não, apenas em dias de derby ou Braga/Benfica.
Como diria o camarada Pacheco, seria bom esquecer o acessório e focar no essencial.
2 Janeiro, 2018 at 10:10
Boa crónica e bom esforço na pesquisa.
Não é demais agradecer ao jmfs o carinho que deposita nestas crónicas que, de resto, já têm efeitos bem visíveis na mobilização de vários tasqueiros para o tema.
Houvesse transmissão televisiva (e sou bem capaz de elencar uns quantos programas na Sporting TV que não se percebe o que lá fazem quando podiam ser os jogos das nossas Leoas – até em diferido) e jogos em Alvalade e a história seria outra.
Afinal de contas esta brilhantíssima equipa não nos pode servir só para limpar as lágrimas em anos, como o último, em que o futebol masculino…
Prometi a mim mesmo que não ia escrever sobre “aquilo”. Mas escrevo sobre várias opiniões que vou lendo sobre eventuais, ténues, vantagens de ter “aquilo” no futebol feminino. Então concordamos todos e exigimos a descida de divisão (e tantas vezes erradicação) daquilo como remédio para o futebol masculino, e ainda restam dúvidas sobre o que implicaria tê-los no feminino?
Já o bloco de notas é algo que muito gostava de ver. Mas era agora, enquanto o futebol feminino é um jogo. Quando for uma encenação deixa de fazer sentido.
2 Janeiro, 2018 at 10:15
Sempre um prazer ler estas cronicas, caro Jmfs. Ficou bem entregue a rubrica.
Quanto ao assunto, concordo com o Fox Nuno, ha muit trabalho de base por fazer em relação a desporto masculino/feminino.
2 Janeiro, 2018 at 11:00
Caro brunovl, agradeço as palavras generosas. Mas, e principalmente para este texto, acho que há generosidade…
Abraço.
2 Janeiro, 2018 at 16:19
* mesmo generosidade…
2 Janeiro, 2018 at 10:47
Normalmente não dou resposta imediata a todas as intervenções feitas ao que escrevo.
Mas não resisto a um posicionamento mais célere face aos comentários do Nuno e do Hadji.
A entrada dos outros grandes no futebol feminino, em condições de mínima transparência, não duvido que traria um maior interesse e incremento da modalidade.
Para além das sugestões deixadas pelo Nuno para a captação de mais praticantes, e isso é uma missão que cabe fundamentalmente à Federação, não esqueço que a partir da “entrada em campo” dos nossos rivais, a juventude feminina, sedenta de representar os seus clubes favoritos, alargaria exponencialmente as hipóteses de outros clubes se reforçarem. Seria “a lei do mais forte” a impôr a óbvia selecção…
Quanto à intervenção do Hadji, que uma vez mais deixa visível a rejeição (que nos une!) àquelas cores, mas que, sonhando com a tal transparência que se deseja, admitiria provavelmente, vantagens nesse “nascimento”, acolho com muitíssimo agrado a opinião que tem sobre o tratamento “de enteado” que o nosso futebol feminino colhe da Sporting TV.
Não vejo quanto desejaria a programação do nosso canal. E acrescento que não vejo porque me desagrada muita coisa. Sobretudo bajulação!
Neste período de Festas, aquilo que me foi dado observar reforça, infelizmente, o nosso ponto de vista sobre o assunto.
Recordaram-se muitas modalidades em repetições. Do futebol feminino, nada vi. Se alguém viu um jogo das nossas bravas Leoas, corrija-me, por favor.
Daqui peço ao Rui Miguel Mendonça, pessoa de quem sempre gostei enquanto assinante da Sport TV (já foi tempo…) e à Direcção do Clube que seja repensado o modelo actualmente em vigor.
Um dia gostava de ver este tema aqui abordado, imaginando embora que não será pacífico fazê-lo…
Obrigado àqueles que não vêem somente o nosso futebol feminino como uma milagrosa panaceia…
2 Janeiro, 2018 at 10:52
*acolho com triste concordância a opinião que tem sobre o tratamento de “enteado” que o nosso futebol feminino colhe da Sporting TV.
2 Janeiro, 2018 at 10:58
Ninguém põe aqui a entrevista do Bdc ?
2 Janeiro, 2018 at 11:05
A questão da competitividade tem sido agora abordada como se fosse uma questão nova.
Não é!
Em mais de 20 épocas desportivas em Portugal tivemos 6 campeões nacionais. Em 85% (mais coisa, menos coisa) dessas épocas, o campeão limpou tudo com um avanço superior a 10 pontos (muitas das vezes até superior a 20 pontos).
A competitividade sempre foi baixa porque o nível das atletas era, na generalidade, baixa.
A equipa que assegurasse o melhor plantel seria sempre, invariavelmente, campeão antecipado, pois a diferença entre essa e as restantes seria enorme.
Foi assim que o 1º de Dezembro limpou 11 campeonatos seguidos, por exemplo.
A questão do aumento do número de praticantes, sobretudo em idade jovem, é um excelente indício para um futuro aumento da competitividade da prova.
Olhemos para nós, apesar de haver mais equipas a trabalhar bem na formação.
Nem todas as nossas juniores chegarão às seniores, bem como nem todas as juvenis chegarão ao topo.
Todas estas jogadoras acabarão diluídas entre as outras equipas, aumentando paulatinamente a competitividade da nossa Liga.
Esta é uma aposta que dará frutos a médio/longo prazo e há que ter paciência para esperar entre 5/10 anos.
Quanto à entrada do Benfica no futebol feminino, vejo com bons olhos.
Há uns anos atrás só uma ou duas equipas teriam um par (ou nem isso) de jogadoras profissionais.
O campeonato era totalmente amador e todas as nossas boas jogadoras jogavam fora do país.
Hoje o cenário inverteu-se, as melhores voltaram a Portugal e já importamos algumas jogadoras espanholas, brasileiras e americanas de qualidade.
Ter três equipas totalmente profissionais será óptimo para a competitividade e aumento do nível da prova.
Isto vale para o Benfica como valeria para qualquer outra equipa que desejasse apostar forte numa entrada na modalidade.
Creio que não são ainda conhecidas as condições para o ingresso de mais um clube na prova. Não sabemos se entrarão directos na Liga Allianz ou se nos campeonatos amadores mas o que foi propalado para os lados de Carnide foi que fariam um projecto de base, apostando na formação.
Para já, devemos preparar-nos para perder algumas atletas da formação, não encarando isso como uma fatalidade ou retrocesso para nós.
Mais dificuldades só aumentarão o nosso nível. Confio na nossa estrutura.
Caso entrem já com uma equipa sénior no principal escalão, presumo que tenham as mesmas limitações que nós tivemos há duas épocas. No máximo, perderemos três jogadoras (o máximo que se pode recrutar em cada equipa da Liga Allianz) e, provavelmente, esse factor obrigará as equipas de nível mais elevado a recrutar mais qualidade fora do país, algo que, feito com cabeça, permitirá ao campeonato atingir outro patamar.
O importante é que não tragam mais vícios à competição e hajam cada vez mais clubes com disponibilidade e capacidade para apostar na modalidade, formando mais e melhores atletas e contratando fora algumas atletas de qualidade que estejam ainda fora da órbitas das selecções dos principais países.
Aguardo ansiosamente pelos próximos 5 anos, para ver se esse aumento de competitividade se verificará.
2 Janeiro, 2018 at 11:30
Concordo com tudo isto! 🙂
2 Janeiro, 2018 at 13:00
Ó GAG, já me imagino, nesse futuro próximo que descreves, em que “aquilo” entrou no futebol feminino, mas de uma forma construtiva, sem batota e só para o bem da competitividade.
Imagino-me a ir à bola, saltitando por prados verdes, sob um sol radioso, de mãos dadas com amigos vestidos de vermelho – trocando com eles cachecóis – cantando bonitas musicas e dando-lhes fraternos abracinhos. Debaixo do braço levo um jornal desportivo isento e imparcial, que uso para assentar a minha redonda peida nas bancadas do estádio nacional, onde já nada tenho a temer, porque do outro lado já não está ninguém com o único propósito de me matar. Estão sim adversários, mas amigos que, deixados de todos os tipos de tráfico, apenas trocam cromos da bola entre si, e os oferecem à comissão de honra composta por membros da pj, árbitros, observadores, membros da federação e da liga, médicos da instituiçãozinha anti-dopagem, políticos – todos eles isentos e vestidos de branco, com flores no cabelo.
No campo, oh no campo, jogadores cheios de fair-play, comprados a equipas que estavam para se afundar em dívidas, mas foram salvos por comprar por valores exorbitantes por “aquilo” só para garantir o bem comum e a competitividade, dão as mãos e fazem rodinhas em torno do árbitro para o felicitar, de tão isento que ele é.
A transmissão televisiva é da Btv, retransmitida pela BTVI e pela BRTP. Nelas, embora se partilhem as mesmas belíssimas imagens – tão belas que são enviadas para a cidade do futebol, onde está o BVAR – só mudam os comentários dos isentos e imparciais comentadores, que comentam, em uníssono conforme o e-mail do Sportinguista cristóvão (que substituiu o Sportinguista janela – que foi recebido em apoteose pelos anjinhos, após padecer de um ataque fulminante de felicidade).
2 Janeiro, 2018 at 15:31
Que sonho lindo que tiveste… utopia meu amigo…. com “aqueles” não vais ter essa sorte!!
Abraço Bom ano.
SL
2 Janeiro, 2018 at 13:27
“O importante é que não tragam mais vícios à competição”
Isto é mesmo o único problema, que sendo prática comum para aqueles lados, é sempre de desconfiar.
2 Janeiro, 2018 at 13:48
Até era “maus” vícios, que queria escrever. Mas vai dar ao mesmo.
2 Janeiro, 2018 at 15:47
Vai dar ao mesmo. Bons vícios nunca vi ali.
3 Janeiro, 2018 at 10:35
É sempre com muito interesse que sigo intervenções de GAG, quer no seu site, quer aqui, até para melhor formar uma opinião sobre certas matérias.
Mas nesta sua passagem acima:
“Creio que não são ainda conhecidas as condições para o ingresso de mais um clube na prova. Não sabemos se entrarão directos na Liga Allianz ou se nos campeonatos amadores” , diria que está tudo muito claro por onde e como vai entrar o S.L. Benfica no Futebol Feminino quanto à equipa Sénior – vai ser pelo ‘Campeonato Nacional de Promoção’.
– O S.L. Benfica já assumiu tal facto no seu comunicado oficial de 12DEZ2017 onde se pode ler “- Por respeito e preservação do esforço e investimento na formação e desenvolvimento da modalidade que muitos clubes têm realizado, há longos anos, o SL Benfica iniciará a participação nas provas nacionais em 2018/19 no Campeonato Nacional de Promoção;”
– Só que tal comunicado, nestes termos ‘pseudo respeitadores de realidades de terceiros”, esconde o facto, de antes dessa data, ter havido um obsceno contacto do S.L. Benfica, com o presidente do C.F. Benfica, Domingos Estanislau, que, dignamente, lhes ‘deu uma nega’ como noticiou o DN em 13DEZ2017, nestes termos:
“Já sabia que o Benfica ia entrar porque fui contactado por eles para saber se íamos manter a aposta no futebol feminino ou se queria abdicar da vaga. Disse-lhes que era nossa intenção manter a aposta, há 24 anos que temos futebol feminino, temos 60 miúdas a jogar futebol no Fofó”, contou ao DN Domingos Estanislau, presidente do último campeão antes de os “clubes grandes entrarem em campo”.
Tivesse o Futebol Feminino mais impacto e visibilidade e esse contacto do S.L Benfica junto do presidente do C.F. Benfica, Domingos Estanislau, seria capa de qualquer desportivo, digno desse nome, como um escândalo e baixeza de um grande clube para com um dito ‘modesto’, mas com tantos pergaminhos, nomeadamente no Futebol Feminino.
2 Janeiro, 2018 at 11:15
Seja bem-vindo, caro GAG! Face à sua argumentação, bem sustentada, algo que ainda ando “a tactear”, congratulo-me com algumas semelhanças entre os nossos pontos de vista.
Não tenhamos dúvidas, é desta troca de opiniões que sairemos mais esclarecidos.
Embora, no actual contexto, ser equilibrado, pela minha parte, não seja fácil…
Um abraço.
2 Janeiro, 2018 at 11:18
Nao acredito que saia muita gemte da nossa formaçao.
Agora sim, teremos qser mais celeres na captação pois existira um.rival a captar no mesmo raio de accao.
Qnt à entrada do benfica,so seria benefico entrarem no imediato na principal liga,pois a competitividade aumentaria e a projecçao do desporto feminino seria outra.
Nunca iriam abraçar um projecto se nao fosse para ficar nos 3 primeiros.
Weldon ja nao vem,vietto prefere Valência ruben ribeiro em breve havera volte face,agradeço q se comente so dps do bacalhau pois ja todos conhecemos os metodos do jornalixo.
2 Janeiro, 2018 at 11:34
Quem disse q Wendel não vem?
2 Janeiro, 2018 at 13:32
“Abel Braga falou sobre a possibilidade de Wendel rumar ao Sporting e já deu o jogador brasileiro como perdido para o clube de Alvalade”
in TSF
2 Janeiro, 2018 at 13:33
Quem é Abel Braga?
2 Janeiro, 2018 at 13:39
Não é o Abel do Braga. É mesmo do Flu…
🙂
2 Janeiro, 2018 at 13:45
Ah ok. Se ele o diz então acho q estará garantido.
Eu também já tinha dito antes q não acreditava q o Fluminense colocasse entraves ao negócio com o Maldonado pq o clube deles está falido e eles precisam urgentemente de dinheiro, venha ele de onde vier.
Na minha opinião o negocio com o Maldonado é uma maneira de o Flu receber o dinheiro a pronto.
2 Janeiro, 2018 at 15:15
de certeza que ouviste bem?
Abel Braga, treinador do Fluminense, confirmou que o Sporting já garantiu a contratação de Wendel e diz que foi «uma escolha muito bem feita».
«Agora é esperar que ele possa adaptar-se nestes próximos cinco meses, até terminar a época, porque é um jogador diferenciado. O Sporting não só contratou um grande jogador como fez um bom investimento porque, com toda a certeza, vai dar um grande retorno financeiro no futuro», afirmou o técnico em declarações à TSF.
«É um jogador de altíssimo nível. Finaliza muito bem de meia distância, mas o que ele tem de mais importante é a transição defesa ataque. A única coisa que ele vai ter de melhorar um pouco é a recuperação de bola mas taticamente cumpre, finaliza muito bem e a velocidade é ótima para um médio», garantiu.
2 Janeiro, 2018 at 15:48
Era uma rasteira, pá. Ninguém sabia nada de ti, pelo menos estás vivo.
:p
2 Janeiro, 2018 at 11:25
Mais um texto muito assertivo, jmfs! Gosto muito da maneira como expões as tuas ideias, concorde ou não com elas.
Espero sinceramente que o Nuno, o Crente, não tenha razão quando diz que o investimento no futebol feminino será um fracasso. Não pode ser!
Compreendo o porquê da sua opinião neste sentido – e não é coisa que não me passe pela cabeça de vez em quando! – mas espero, desejo, que não seja assim e que quem de direito – penso que a FPF! – faça tudo para que isso não aconteça!
Não há projecto de futebol feminino em Portugal como o do Sporting! Nem acredito que seja o nosso rival batoteiro de sempre a fazer algo similar, pelo menos para já.
O projecto do Sporting foi pensado e muito bem pensado. A criação duma equipa sub13 a competir num campeonato de rapazes é algo fantástico e que eu acredito que dará um excelente resultado a longo prazo. Teremos de esperar entre 6 a 10 anos para ver o resultado desta aposta e ver estas jogadoras a entrar na equipa principal do clube – muitas das actuais já terão abandonado mas algumas, com certeza, ainda lá estarão. Acredito que estas raparigas trarão uma bagagem competitiva muito superior ao normal e que isso será uma mais valia importante na altura.
Portanto, o nosso caminho está traçado, e bem traçado!
Falta TUDO o resto!
Esta é a verdade!
Não há outro projecto que esteja sequer perto do nosso. Há projectos, claro, como o do Vilaverdense, que aposta muito na formação também, mas sem os recursos que o Sporting tem, o que lhe tira, obviamente, dimensão, grandeza e alguma consistência.
O Braga não apostou na formação e isso é negativo para a modalidade. E até para o clube, a longo prazo. Mas é lá com eles.
Todos os outros clubes lutam com sérias dificuldades de meios e isso limita o seu crescimento.
Eu só vejo uma forma de a modalidade crescer mais rapidamente do que o normal – que será esperar que todas as jovens que agora jogam nos sub19 e sub 17, e até mais novas, cheguem às seniores e aumentem drasticamente o potencial das equipas – que é a FPF dar uma mãozinha às equipas para que se possam tornar melhores e aumentar o nível qualitativo do futebol jogado – que em alguns casos deixa muito a desejar.
Penso que em 2/3 anos teríamos condições para subir bastante a qualidade das equipas e com isso trazer mais espectadores, mais jogos televisionados, mais patrocínios, e poderia ser o arranque da sustentabilidade da modalidade.
Sendo verdade o que diz o Nuno em relação ao futsal – ter por base um desporto popular urbano – também não é mentira nenhuma que o futebol de 11 é, de longe, o desporto mais apreciado mundialmente e, logo, tem uma base de aceitação, à partida, enorme. A parte feminina deste desporto só precisa ser divulgada e atingir um nível de qualidade que já seja reconhecido pelos espectadores – se os jogos fossem sempre da qualidade dum Sporting-Braga, ou quase, com certeza haveria muito mais gente interessada em ver e isso traria as TVs ao jogo também. Agora, um Cadima-Braga ou um Sporting-Quintajense interessam a quem a não ser a alguns (poucos) adeptos dessas equipas?
Sendo também verdade, como mais uma vez disse o Nuno num outro comentário, que somos um pobre país – que é diferente dum país pobre! – também é verdade que temos uma FPF rica – eu diria mesmo milionária! – muito à conta das selecções, em especial da selecção A, e muito pelo excelente trabalho que é feitos por grande parte dos clubes em Portugal – de que o nosso é o maior exemplo. Ganha muitos M€ à conta do trabalho dos clubes, M€ esses que alimentam muita gente na estrutura Federativa e lhes permitem levar uma rica vida. Não era mais que a obrigação da FPF dar a mão ao futebol feminino e ajudar os clubes a crescer – até porque também daí iria mais tarde ganhar dinheiro.
Num campeonato com 12 clubes, meter directamente 100 ou 150 mil euros em cada equipa já fazia uma diferença enorme para muitos clubes – até para o Sporting faria, quanto mais para os outros! – e isso representaria para os cofres da FPF algo entre os 1,2M€ e 1,8M€, o que é um pingo no balde da FPF. Uma coisa que para a FPF teria pouco impacto, teria um impacto enorme para todas as equipas e obviamente para a modalidade!
Acredito que fazendo a coisa com cabeça, com um estudo que sustentasse este crescimento a curto prazo, se poderia fazer uma coisa assim durante uns 3 anos – sempre com o valor máximo decretado – e depois ir reduzindo, por exemplo, 25% ao ano até os clubes terem de sustentar eles próprios o nível atingido. Seria um projecto a 5/6/7 anos e penso que num espaço temporal destes já seria possível ter um futebol feminino a fazer uma figura muito mais condizente com o que faz o futebol masculino.
Além de tudo o que já falei, o facto da FPF ajudar as equipas também ia ajudar a que outros clubes importantes se decidissem pela modalidade. Ter os nossos rivais de sempre na modalidade é importante para a própria modalidade e para tornar o campeonato mais competitivo. Ter um Guimarães, que tem todas as condições físicas no clube para isso, ter um Marítimo, para alargar à Madeira a modalidade, ter uma equipa do Algarve, são coisas que a mim me parecem desejáveis e possíveis dentro deste quadro que falei. Quem sabe até descentralizando mais, tendo uma equipa do Alentejo, tendo um Chaves…
Penso que tudo isto está nas mãos da FPF. Mas é preciso uma FPF isenta e limpa da merda toda que é hoje em dia e que pouco mais faz que se aproveitar da selecção e de beneficiar um dos clubes em detrimento de todos os restantes!
Sem uma limpeza na FPF, penso que tudo o que se fizer virá sempre sujo e inquinado de todos os males que já existem no futebol masculino e que, hoje, estão à vista de toda a gente.
Finalmente, uma palavras para as jogadoras.
Tem de lutar pelo crescimento sustentado da SUA MODALIDADE. Para que melhore agora mas principalmente para que melhore muito para um futuro que provavelmente já não será o de muitas delas – mas não podem deixar de olhar para isso!
Não sei se algumas vêm aqui ler o que se escreve mas se for o caso aconselho-as a verem o filme “Battle Of The Sexes” que mostra o que foi a luta das tenistas por uma modalidade melhor e mais justa para as mulheres, no inicio da década de 70. É um pouco dessa “revolução” que elas precisam fazer – provavelmente não naqueles moldes pois o mundo está muito diferente hoje, mas lutando por mais justiça e mais apoio de quem sempre leva a grande fatia do seu esforço e trabalho!
2 Janeiro, 2018 at 19:12
Miguel, fiquei muito curioso quanto ao filme sobre a Billie Jean King.
“Pirata” que sou, já fiz o download e conto vê-lo talvez amanhã.
O facto de a sua filha praticar desporto deve sensibilizá-lo para o tema.
Obrigado.
2 Janeiro, 2018 at 12:20
a ver se o Castrense ou o Guia sobem de divisão…
este ano subiu o Quintajenense e é só goleadas.
A serie F do campeonato de promoção que tem uma distribuição geográfica gigantesca – é metade do país – é a única em que nenhuma equipa desistiu.
nas outra séries há várias equipas com zero pontos e outras que desistiram apesar de serem séries mais fáceis.
2 Janeiro, 2018 at 14:26
Reconhecendo alguma fragilidade ao Quintajense, cabe-me amenizar um pouco o quadro que pinta. Excluindo o 0-11 com o Sporting e o 0-15 com o Braga, nos terrenos dos dois primeiros, tiveram dois resultados mais desnivelados, ambos por 0-4, com Estoril e Ferreirense, igualmente fora.
Realço, pela positiva, o empate a zero com o Vilaverdense e a vitória frente ao A-Dos-Francos, por 2-1, ambos no seu reduto, resultando nos 4 pontos que amealha.
O empate com a equipa de Vila Verde é mesmo uma das surpresas desta primeira volta.
Poderá até ser último classificado no final, embora só tenha menos 1 ponto que a equipa do Oeste e a do Cadima, mas bem melhor que o Pontinha do ano passado, que não pontuou nas 26 jornadas…
2 Janeiro, 2018 at 13:06
realmente o benfica é uma das manifestações do mal na Sociedade. É-o por causa dos seus dirigentes que continuadamente de há dezenas e dezenas de anos o praticam como instrumento dos seus desígnios. Não é sequer coisa dos últimos 30 ou 40 anos. Vem de trás.
A esperança é que o rombo dos mails e vouchers seja tão grande, alastre e abra as fissuras necessárias para que a situação na perspectiva do vieira se torne de facto irrecuperável por os problemas daí emergentes serem, de facto, insuperáveis.
De qualquer modo, como eles dizem “Os Patrocinadores não Vacilam…” É mesmo um caso de “gato escondido com rabo de fora”. É sempre possível alterar um contrato, por alteração das circunstâncias mas, não creio que algum o tente. O que vai acontecer é que, uma vez caducados os contratos, não vão ser renovados, pelo menos nas condições que o venfique quer. Diria mesmo que patrocinadores como a NOS e os EMIRATES saem ou revêem os contratos em forte baixa.
Não acredito que seja agora que o venfique decida entrar no futebol Feminino. Certamente não na 1ª divisão e de certeza, para fechar ao segundo ou terceiro ano, se não conseguir subir à primeira. Ora, o sporting tem recursos para abrir uma equipe B na Segunda divisão, sob a forma de um “clube satélite” de modo a impedir o venfique de subir… Vale a pena? Tudo vale a pena para lixar o Carnide em qualquer frente.
2 Janeiro, 2018 at 14:33
Nice…
Falemos da alegada dívida de 1 milhão de euros ao fisco, que lhe é imputada. Está de consciência tranquila?
BdC – Estou de consciência tranquila, porque fui eu que alertei para este facto no programa ‘Prolongamento’ e depois voltei a dizê-lo ao ‘Expresso’. Desde esse momento nada se alterou. Não tenho uma dívida, tenho um contencioso. Estou de consciência tranquila, porque houve uma reversão feita mas não em modos legais. Sempre contribuí, sempre paguei. Houve vezes que recebia salário por duas empresas minhas, podia só descontar por uma e descontava pela duas. Gostava de saber qual é a preocupação com este 1 milhão. Preocupam-me muito mais os 15 milhões que eram devidos pelo Luís Filipe Vieira e que todos tivemos de pagar, no BPN. Isso é que me custou, porque ninguém me perguntou se eu queria pagar a dívida do homem. Ou os 600 M€ que estão na dívida que se calhar vamos todos ter de pagar. Ou mais outros 400 M€ que se fala em dívida. Isso é que é um problema. Agora, se eu um dia perdesse 1 milhão, quem tinha de pagar era eu, não eram os portugueses. Não gosto é de pagar os impostos dos outros. Ou as dívidas dos outros, neste caso. E já me obrigaram a pagar uma.
2 Janeiro, 2018 at 14:50
BC deu entrevista exclusiva ao Record?
Epá, é que pensei que o Farinha, coiso… lag@rtos e tal… ok.
2 Janeiro, 2018 at 14:57
Infelizmente tem de ser
2 Janeiro, 2018 at 14:58
Já desisti de tentar perceber…se ele acha que é operação de charme a ver se consegue alguma isenção do jornal já se viu que não vale a pena…a insistência…não percebo…
2 Janeiro, 2018 at 15:10
Considera-te notificado.
2 Janeiro, 2018 at 15:49
Já há app para pagar antes da bojarda?
2 Janeiro, 2018 at 16:58
Caro Jmsf, mais uma vez obrigado pela sua crónica, que à falta de tempo (e transmissões) tem sido a maneira de seguir as nossas leoas, não só nos jogos mas principalmente no que rodeia o futebol feminino português!
A entrada de outro clube que movimenta muita gente é sempre algo que vejo com bons olhos. Pessoalmente, preferia ver um Vitória de Guimarães ou um Farense, uma Académica. Mas não vejo nada contra desde que a entrada deles não traga os vícios e manhas (que acho dificil) e venha contribuir para o crescimento da modalidade (se bem que haver 3 equipas longe das outras, ainda que melhor que duas, não é propriamente sinónimo de maior competitividade).
Gostava bastante dessa ideia de uma SportingTV2, mesmo que nesse formato YoutubeTV. Não me faz confusão, é nesse regime que vejo vários jogos de futebol feminino, de volei, de andebol ou mesmo de GoalBall.
Que voltem rápido, rápido os jogos! Que já tenho saudades de ver Leoas a espalhar classe pelos campos naquele “futebol de salto alto” ehehe
2 Janeiro, 2018 at 17:44
Meu caro luisvt,
O meu amigo é daquelas pessoas que, quer no que se refere ao futebol feminino, quer noutras intervenções, pelo equilíbrio que demonstra, merece
a minha simpatia.
Nesse equilíbrio, não falta entusiasmo. Gosto disso.
Sinceramente acho, e não é falsa modéstia, que nem sempre sou merecedor das suas palavras de encorajamento, bem como as de outros amigos frequentadores. Ninguém conhece como eu as minhas limitações, embora essa assumpção, me possa amparar um pouco…
Só mesmo o que de bom este futebol me inspira, me dá coragem para ir tentando…
Tenho que confessar uma coisa, se é que ela já não foi por vós amplamente sentida. E gostaria muito que esta confissão fosse algum dia conhecido pelas nossas atletas do futebol feminino. Talvez a Tatiana Pinto ainda venha aqui espreitar e a divulgue…
Foram elas, com a pureza e honestidades que constantemente refiro, que me levaram, desde o empate a zero na época passada, em Braga, a esse entusiasmo, carinho e apreço. Fiquei fã a partir de então pois, até lá, não levava muito a sério a modalidade. Pode dizer-se que sou um convertido!
Com todas as assimetrias que conhecemos nesta competição, estas Leoas simbolizam, pelos valores que demonstram, semana a semana, o orgulho que tenho em ser Sportinguista. Peço-lhes: nunca me (nos) decepcionem!
E volto a dizê-lo: agradeço muito, obviamente, a BdC pelo ressurgimento desta modalidade.
Um abraço.
2 Janeiro, 2018 at 18:21
Muito obrigado pelas palavras!
O primeiro passo para o sucesso é reconhecer as nossas próprias limitações. Mas muitas vezes vemo las maiores do que são!
Acredito que as Leoas cá passem. Acredito ainda mais agora que têm um prato regular do qual são inspiração!
Estas suas palavras expressam muito o que sinto:
“Com todas as assimetrias que conhecemos nesta competição, estas Leoas simbolizam, pelos valores que demonstram, semana a semana, o orgulho que tenho em ser Sportinguista.”
E eu acrescento: ‘E que orgulho e honra enormes!’
Um abraço!
2 Janeiro, 2018 at 22:43
O post parece não ter mais comentários.
Colocando aqui este artigo, que encontrei há pouco e que me mereceu atenção, não estarei a maçar ninguém… mas também a nada escamotear….
Levar o tema para outro post parece-me excessivo… incorreria em mais um “estratagema”…
Quem ainda aqui vier que tire as suas conclusões e que comente se lhe aprouver…
“Passes em Profundidade”
Em que medida a menor competitividade interna poderá levar a perda de competitividade externa, tanto a nível de clubes como de selecção?
O título do texto de hoje é resultado de um comentário que foi colocado na nossa página do facebook. A questão é, sem dúvida, pertinente. Na altura, a resposta dada foi muito objetiva, “no limite, a falta de competitividade interna poderá condicionar, no futuro, o desempenho dos clubes nas competições europeias (UWCL) e das seleções nas fases de qualificação para as grandes competições”. Esta afirmação pode, efetivamente, tornar-se uma realidade, mas só mesmo no limite e se ocorrer alguma catástrofe com o futebol feminino nacional. Pelo menos no que às seleções diz respeito. Aos clubes a realidade pode ser outra.
Vamos por partes começando pelas competições externas de clubes. Atualmente, para equipas femininas apenas se disputa a UEFA Women’s Champions League (UWCL). Portugal esteve representado desde a primeira edições (ainda designada de Taça UEFA), no longínquo ano de 2001/2002, pelo Gatões FC. De todas as participações, em apenas uma das ocasiões se logrou passar à fase a eliminar, através do Ouriense, na época 2014/2015.
Na época passada, o representante nacional foi o Sporting CP e, no seu ano de estreia, também não conseguiu passar à fase a eliminar. Esteve a um ponto de o conseguir mas a derrota no primeiro jogo contra a equipa BIIK-Kazygurt, do Cazaquistão não permitiu uma estreia em pleno. O Sporting sofreu o golo da derrota de uma jogada de bola parada (aliás, como sofreria outro semelhante na final da Supertaça desta época, contra o SC Braga).
Podemos tirar várias conclusões mas a mais imediata é que nos jogos internos, excluindo os jogos com o SC Braga, o Sporting CP (o mesmo se aplica ao SC Braga) não é colocado a este tipo de exigências. As equipas poucas situações de perigo conseguem criar em jogo corrido e mais dificilmente têm jogadas de bola parada. De forma que, o que se treina (e acredito que é ensaiado vezes sem conta) não é o mesmo que encontramos em situação de jogo real. Mesmo imaginando que qualquer destas equipas pode ter acesso facilitado a jogos treino com os escalões de formação (masculina) do clube.
A falta de competitividade da atual Liga Allianz não permite ao Sporting CP nem ao SC Braga terem situações de exigência elevada para solucionar em contexto de jogo, exceto quando jogam entre si. E nestes casos, o que falhar menos e estiver mais inspirado, será o vencedor.
A nível de seleções, realisticamente, a seleção AA feminina começou a ter um incremento na sua capacidade competitiva e a ter resultados desportivos consistentes quando as jogadoras procuraram outros países para continuarem as suas carreiras desportivas (com maior expressão a partir da época 2010/2011). As exigências competitivas de qualquer outra liga (espanhola, francesa, alemã ou inglesa) não são comparáveis com a nossa Liga pelo que as jogadoras foram “obrigadas” a melhorar as suas capacidades físicas, técnico-táticas e com isto efetuaram um upgrade na qualidade e capacidade nos jogos das seleções. Adicionalmente, a própria FPF, a partir da entrada da Direção atual, presidida pelo Dr. Fernando Gomes, melhorou consideravelmente as condições para o crescimento das seleções sendo exemplo disso o maior número de estágios e jogos particulares por época, não só na seleção AA mas também nas seleções jovens. É do conjunto destas duas situações que se começa a observar a evolução sustentada da seleção AA que culminou no histórico apuramento para o EURO2017.
Não sei se têm ideia mas das 25 convocadas inicialmente para essa competição, apenas 3 não representaram as seleções jovens nacionais (Amanda da Costa, Ana Leite e Suzane Pires – todas luso descentes). Além desta participação, as seleções femininas dos escalões de formação já tinham alcançado fases finais. No EURO 2012, no escalão sub 19 participaram 8 atletas (Mónica Mendes, Matilde Fidalgo, Vanessa Marques, Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Andreia Norton, Diana Silva e Jéssica Silva). No EURO 2013, escalão sub 17, esteve presente a Diana Gomes. A espinha dorsal que constitui a atual seleção nacional de futebol feminino AA de Portugal começou a construir-se no longínquo ano de 2003 quando as atuais internacionais começaram a integrar a seleção sub 19, por onde todas passaram (excluindo as 3 referidas anteriormente). Dez anos mais tarde (2013), começa a atividade da seleção sub 17 e sub 16. Já no corrente mês deu-se o pontapé de saída da seleção sub 15.
Das atletas que integravam a convocatória inicial somente 5 prosseguem a sua carreira além fronteiras e continuam a ser “expostas” a campeonatos competitivos e de exigência elevada: Cláudia Neto (Alemanha), Carolina Mendes e Mónica Mendes (Itália), Raquel Infante (França) e Jéssica Silva (Espanha). Outras regressaram a Portugal, invariavelmente para o Sporting CP (Tatiana Pinto, Fátima Pinto, Ana Borges, Patrícia Morais, Carole Costa e Ana Leite) ou para o SC Braga (Dolores Silva, Laura Luís e Andreia Norton).
O futuro da nossa seleção AA está assegurado. O número de jogadoras cresce ano após ano, cada vez mais equipas apostam na formação desde escalões mais baixos permitindo aumentar a margem de recrutamento das jogadoras com mais qualidade e capacidade para as seleções mais jovens. Mas a questão da pouca competitividade da Liga Allianz também se coloca nas competições de sub 17 e sub 19. Será, então, que está assegurado o nível da competitividade que agora observamos e que tão bons resultados têm alcançado? Teremos que aguardar para obter a resposta a esta questão.
Uma coisa é certa, os grandes clubes não vão conseguir absorver todas as jogadoras de qualidade que estão a aparecer pelo que se poderá antecipar uma melhoria da competitividade na Liga Allianz, com a incursão de algumas destas jogadoras em outras equipas que evoluem na referida competição.
Mas isto faz-me lembrar uma pescadinha de rabo na boca. As jogadoras vão começar (e bem) a exigir mais e melhores condições. As equipas, excluindo o Sporting CP e o SC Braga, podem não dispor da capacidade para proporcionar essas condições… que vão fazer? Deixam de jogar? Provavelmente irão tentar a sua sorte além fronteiras e voltaremos ao início… continuará a Liga a ser decidida a dois. Ou a três, à distância de 2 épocas, com o anúncio da entrada do SL Benfica já na próxima época no Campeonato de Promoção. Creio que uma das próxima estratégia para aumentar o sucesso e competitividade da Liga Allianz terá que passar, forçosamente, por dotar os clubes com mais e melhores condições de forma a que possam acomodar os pedidos das jogadoras e, desta forma, evitar a sua ida para o estrangeiro. É fácil de concretizar? Naturalmente que não, senão já estaria em prática! Mas, não se pode esperar que seja a FPF a resolver todos os problemas. Cabe aos clubes também apresentarem propostas e sugestões em sede própria.
Um exercício rápido para finalizar: quando começou a seleção AA masculina a conseguir obter resultados de elevado nível e classificações honrosas que terminou, para já, com a conquista do EURO2016? (nota: do EURO1996, apenas falhou a qualificação para o Mundial 1998, disputado em França. De então para cá marcou presença em todas as fases finais de Campeonatos da Europa e do Mundo).
Perceberam onde quero chegar? Isso mesmo, quando os nossos melhores jogadores (a geração de ouro e as que lhes seguiram) começaram a ser contratados para clubes que disputam campeonatos bem mais competitivos que a Liga NOS, com outras exigências e múltiplas competições.
Que o futebol feminino nacional possa continuar a sua curva ascendente.”
Uma boa noite e que a de amanhã seja ainda bem melhor.
3 Janeiro, 2018 at 1:12
Algumas coisas aqui expostas têm paralelo com o meu comentário mais acima.
Em relação ao que dizes no final, é preciso não esquecer que quer os Europeus, quer os Mundiais, masculinos aumentaram muito o número de participantes nas fases finais. No Euro1996, em Inglaterrra, foram admitidas pela primeira vez 16 selecções. O Euro2016 já teve 24 selecções. Antes de 1996 o normal eram 8 equipas na fase final, o que dificultava imenso o apuramento.
O Euro2017 (feminino) teve 16 selecções – mais 4 que em 2013! É natural que, tal como aconteceu na parte masculina, venha a aumentar com o tempo. Ainda que eu ache que um Europeu nunca devia ter mais de 16 equipas e um Mundial mais de 24 selecções. Portugal acabará, como aconteceu no masculino, por estar normalmente entre as equipas das fases finais quando o nosso futebol evoluir mais um bocadinho e as fases finais forem abertas a mais equipas.
E eu continuo a achar que terá de ser a FPF a fazer alguma coisa para melhorar o nosso campeonato e a não deixar que este investimento e esta onda percam o sentido! Obviamente com o apoio e ideias dos clubes e com o apoio e exigências das jogadoras.
3 Janeiro, 2018 at 1:14
Em 2017, quer na Argentina, quer na Dinamarca, as jogadoras fizeram greve e exigiram melhores condições – e a Dinamarca já está na vanguarda do futebol feminino!
3 Janeiro, 2018 at 1:37
Miguel, acabei mesmo agora de ver o filme.
É interessante. Gosto muito de cinema mas não vou a uma sala desde 2008, creio… para ver a grande Meryl Streep, em “Mamma Mia!”
Como tal, guio-me bastante pelo IMDB. Os 6,8 que atribuem ao filme parecem-me escassos.
Hoje deixei de ver a Testemunha Silenciosa, não dei o tempo por mal gasto.
Obrigado, uma vez mais.
SL
3 Janeiro, 2018 at 11:17
🙂