Machadada final nas aspirações leoninas de chegar à conquista do título, num jogo em que o Sporting entrou bem, mas como que se eclipsou a partir dos 30 minutos.

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Tinha-se plena consciência de que este era dos mais duros testes até ao final do campeonato e a ausência de William era motivo de preocupação frente a uma equipa que, acreditava-se, iria tentar emperrar a primeira fase de construção. Mas o início da partida foi completamente verde e branco.

Com Battaglia na posição de trinco, Bryan Ruiz na posição 8 e Bruno Fernandes a 10, o Sporting instalou-se no meio-campo bracarense e tomou conta da partida. Gelson Martins derivava muitas vezes para o meio, confundido as marcações adversárias e, do lado contrário, Coentrão e Acuña iam ganhando espaço para criar superioridades ou para lançar cruzamentos tensos. E bastaram seis minutos para cheirar a golo: troca de bola entre Piccini e Gelson e o 77 a cruzar para a cabeçada fortíssima de Bas Dost, com a bola a passar muito perto do alvo.

Depois, do outro lado: Acuña cruza como Dost gosta; o holandês não faz a emenda e é abalroado por Matheus. Penalti, com o VAR a indicar ao árbitro a existência dessa mesma falta, mas Luís Godinho a mandar seguir sem punição depois de consultar as imagens. Estavam decorridos 15 minutos e acontecia o primeiro erro grave na partida. O segundo aconteceria aos 40′, quando o central Bruno Viana entra por trás sobre Gelson Martins, num lance para vermelho directo que foi punido para amarelo.

Por esta altura, já o jogo estava equilibrado, depois de uma meia hora inicial onde o trio Battaglia, Bruno Fernandes e Bryan Ruiz tinha engolido André Horta e Vukcevic e permitia aos Leões acercarem várias vezes com perigo da baliza. A verdade é que nenhuma das ameaças se materializou em golo e o primeiro tempo terminaria com a bola a anichar-se nas redes de Patrício, num autogolo de Mathieu que Esgaio não festejou e que o VAR indicou ao árbitro ter sido precedido de falta sobre Gelson. O tento seria anulado, num daqueles lances onde se torna quase impossível dizer se houve ou não toque no joelho do extremo do Sporting.

E se a primeira parte havia terminado equilibrada, a segunda foi completamente dividida. Com as defesas bem melhores do que os ataques, os maiores sinais de perigo vieram de remates de longe, primeiro de André Horta e depois de Bruno Fernandes. O jogo estava congelado, as equipas encaixadas e a verdade é que nenhum treinador conseguiu tirar da cartola um “coelho” capaz de alterar o rumo da partida. Já com Piccini expulso por acumulação de amarelos, o Braga chegaria ao golo na sequência de um canto, a três minutos do final, e daria a machadada final na já de si ténue esperança leonina de chegar ao título.

A seis pontos do segundo lugar e podendo ficar a oito do primeiro, os Leões já nem dependem de si para atingir a segunda posição e têm, agora, que ganhar os seis jogos que faltam para defender o último lugar do pódio. Uma enorme desilusão numa época de forte aposta, mas sem tempo para lamentos: nas próximas duas semanas o Sporting joga o seu futuro na Liga Europa e na Taça de Portugal ou, se se preferir, nos próximos 15 dias o Sporting joga tudo o que ainda pode ganhar esta época. E é só isso que importa agora.