Aconteça o que acontecer…
Nem que “ gastem “ todo o detergente do mundo… alguma vez ficarão limpos…

“ lampiões a iluminar desde 1908…mais de um século de histórias para envergonhar”

SL

### Situação Hipotética ###

Eu vivo num país, e tenho lugar de destaque numa determinada área profissional.

Eu gosto muito desse país, meu e dos meus ascendentes desde sempre.

Esse país deixa de reunir, declaradamente, condições para eu exercer a minha área profissional de uma forma satisfatória e justa, e isso definitivamente, por declarada falta de vontade instituições que a deviam regular.

Enquanto tento repôr essas condições, cada vez sou mais denegrido, cada vez tenho mais consciência que estou a investir num jogo viciado que ninguém quer reformar, e logo, a que estou deitar o meu dinheiro pela borda fora, cada vez com menor réstia de esperança em ser bem sucedido.

A questão é: O QUE RAIO ESTOU AINDA A FAZER NESSE PAÍS?

Quando é que nos decidimos a fazer a questão certa, para podermos procurar a resposta adequada? Quanto tempo mais vamos andar a marinar nesta palhaçada? É até apodrecer?

Dos Órgãos de Soberania Portuguesa, os únicos que preservaram grande parte da soberania (do poder soberano) depois da integração na UE foram o Presidente da República e os Tribunais.

Já o tenho referido aqui e ali e também aqui na Tasca do Cherba. O Benfica do Estado Lampiâmico cometeu, por soberba, um erro estratégico calamitoso e agora sabemos que fez parte de um acto preparatório dos actos criminosos, dos quais há evidência incontestável na documentação que “veio a lume”, quanto mais não haverá naquela que está na posse da PJ e do MP, da qual nos não foi dado, até agora conhecer senão uma pontinha através dos comunicados do MP.

Um acto preparatório de um acto criminoso não é em si mesmo um crime. Porém, assume natureza criminal uma vez perpetrados crimes determinados pelo planeamento ou seja, exigidos pela execução do plano definido que, sem a prática desses “crimes Instrumentais” jamais se poderia pôr em prática por razões diversas e de variada natureza, entre as quais releva, a necessidade de evitar a descoberta dos criminosos pelas autoridades.
Nem sequer é necessário que esses crimes sejam “bem” sucedidos como também não é necessário que o crime objecto principal do planeamento chegue a ser perpetrado. Por exemplo:

Uma quadrilha planeia um assalto a uma ourivesaria (objecto principal do planeamento) para esse fim há a praticar diversos outros crimes que facultem o acesso à ourivesaria, o encobrimento dos autores e a fuga (crimes instrumentais). Assim, a quadrilha rouba um automóvel para se deslocar para o local do furto (ou do roubo), arromba a porta de segurança da ourivesaria mas, não consegue desarmar o alarme em tempo útil e põe-se em fuga. Os meliantes incendeiam depois o carro roubado e de seguida dispersam. A operação criminosa, seus autores e objecto são denunciados anonimamente à PJ e esta descobre-lhes as identidades. Estão fornicados. Cometeram uma série de crimes desenvolvendo uma actividade criminosa que teve início no planeamento e se prolongou por diversas fases envolvendo muito mais gente que aquela denunciada. A PJ Investiga, segue-os, vigia-os, identifica outros membros da quadrilha, aqueles que facultaram os instrumentos necessários ao desenvolvimento do crime, etc. etc. Descobre-se um verdadeiro Polvo. Todo ligado por nexos de causalidade e os tentáculos conduzindo sempre à (ou às cabeças) do dito animal. Por isso eu prefiro, à designação de “polvo”, a de “Hidra” que herdamos sob a forma de mitologia dos antigos Gregos de há mais de dois mil anos. Não melhoramos muito desde então pois não? Nem a civilização, nem aqueles que a atacam. Os erros repetem-se e devem-se normalmente às mesmas razões (ambição, falta de escrúpulos, proactividade criminosa, soberba e convicção de impunidade).

A prática de crimes continuados ao longo de anos, pela quantidade aumentam o risco de deixar pistas e denunciantes e a certa altura o risco transforma-se em certeza. Vão ser apanhados. É uma questão de tempo. Além disso, a soberba não deixa o criminoso fazer um julgamento lúcido das suas acções. Também a falta de cultura histórica contribui para isso de forma certa. Por soberba, o criminoso acha-se sempre mais inteligente que qualquer polícia.

Se o Vieira se tivesse limitado a roubar um camion, provavelmente nunca teria sido agarrado. Um assassino que planeie bem um homicídio, se não se dedicar a essa prática “profissionalmente” poderá nunca ser apanhado. No entanto, quando a bola de neve dos crimes se agiganta pelo decurso do tempo e pela variedade das acções criminosas, fica sempre um rasto no chão, fica sempre para trás um denunciante que foi excluído da partilha da riqueza roubada, fica sempre para trás um denunciante que, sendo sério se deparou com a prática dos crimes de Vieira.

Arguido Luís, meteste-te com os Tribunais, um órgão de soberania que tem muito a perder se nele se generaliza a corrupção. Meteste-te com um órgão de soberania “cioso” do exercício do poder do Estado que lhe está confiado, que se regala na sua independência dos poderes (político, económico, financeiro, religioso) a simples ameaça da perda ou condicionamento das suas autonomia e liberdade, a sua perda de credibilidade e o ataque à sua imagem não podem ficar impunes. É disto que se alimenta o poder do Estado: CREDIBILIDADE.

Imaginem o queijo Suíço em que se transformou a credibilidade do Estado Português. Imaginem os efeitos demolidores dos processos LEX eE-Toupeira na reputação dos tribunais.

Vieira está indiciado noutro processo, de corrupção activa e passiva. Quem subornou Vieira? Está indiciado por “Burla Agravada”. Quem foi burlado por Vieira? Etc. Não sabemos da “missa” nem a metade!

Portanto, meus amigos é muito cedo para “julgarmos a Justiça Portuguesa”. Esperemos pacientemente o fecho destas investigações e ficaremos a saber um pouquinho mais quando constatarmos que, os processos-crimes vão ser afinal 15 ou mais que, muita gente vai ser constituída arguida (dirigentes desportivos diversos, magistrados, polícias, políticos, empresários, industriais, financeiros, mais banquistos, etc.). A seguir, vão ser deduzidas as correspondentes acusações em menos processos aglutinadores de outros, por tipo de crime.

Espero ver Vieira acusado de autoria moral do crime de homicídio de Marco Fucinni. É essa uma esperança que tenho e que não estranharei se vier a ser satisfeita. Se alguém não pode perder neste processo são os Órgãos de Soberania, designadamente, no caso vertente, o Poder Judicial. Agarrem-se que o edifício vai ruir.

Quero o Sporting Campeão,
O Vieira na prisão/caixão (tb lhe pode acontecer e a mim, tanto se me dá).
e o benfica na última divisão!
Finalmente, quero que os campeonatos e títulos que nos foram gamados, nos sejam finalmente devolvidos, designadamente o título de Campeões Nacionais de 1916/17. Tá bém? Toca a dar ao pedal que os Sportinguistas estão ansiosos por ver o filme até final

“Apesar da mudança das leis e da onda de investigações recentes, a maré ainda está muito a favor da manutenção do “status quo” na corrupção. O risco de populismo judicial ainda não se compara à força do “establishment”. Por isso, o jornalismo que entra nas investigações e nos interrogatórios e que trabalha para os divulgar é uma arma muito importante de pressão e de informação. É a consequência inevitável, como escreveu Nuno Garoupa, do fracasso da política e da política de justiça. Tem riscos e por vezes falha, mas nada na vida é perfeito – é daqui, deste jornalismo, que vem alguma luz sobre o que se passa. Saibamos dar valor a isso. ” via jornal de negocios. Portanto jornalismo a sociedade civil conta com a vossa pressao.