Foi um dia muito difícil. Passei o dia a lutar contra o sentido de impotência e o sono. Para quem tinha de escrever um parecer sobre a queda de blocos de rocha sobre uma estrada não era de facto o melhor estado de espírito. As noticias que recebo de Lisboa, no pós jogo e deste dia não ajudam. Chego aos 58 anos e ainda sinto estas merdas como quando tinha 20 anos. Talvez mais, porque sinto que o tempo escasseia e não há maneira de termos emenda. Sim, estou a incluir-me. Acho que fiz tudo o que podia ao longo destes anos para ajudar o Sporting a ser maior e mais forte, e no entanto continuo com o sentido de impotência que já referi. Já não sei o que fazer mais. Não sei mesmo. Os meus filhos preocupados em Portugal por causa do meu estado de espírito e eu preocupado por lhes ter posto a semente do Leão e obrigá-los a passar por estas e por outras coisas, e por outras ainda, mesmo depois de eu já cá não estar para tentar desvalorizar-lhes o que para mim tem um valor incalculável.

O futebol do Sporting estava à beira dum precipício mas o Presidente deu um passo em frente. Que puta de sina.
Vai figurar como case study nas sebentas de gestão desportiva.

Fdx e o BdC autosuspender-se caralho?

Ainda ontem escrevi que o Aves ainda ia chegar à final da taça como favorito, mas não imaginei que BdC levasse a coisa tão a peito!!!

Espero sinceramente que isto seja um grande flop noticioso. É que se não for, a coisa é mesmo do domínio da idiotice mais idiota que o maior idiota poderia fazer.

Ainda existiria uma possibilidade remota de esta suspensão aparentemente surreal ter algo de positivo, o que passaria pelo plantel estar, unanimemente, contra JJ. Seria a única justificação racional, já com muito esforço, tendo em vista a conquista de um importante troféu.

No entanto o Bruno esquece-se que se pode ser verdade que os jogadores não morrem de amores por JJ, muito menos amor terão pelo presidente, e portanto esta chicotada psicológica jamais produziria os efeitos desejados, pois o grande herói seria o Bruno e jamais os jogadores lhe dariam esse prazer.

Seria o próprio presidente a hipotecar um título. A coisa já estava tremida, é certo, mas ainda havia aquela coisa do último jogo da época, do limpar a má imagem, do sair por cima. Ainda havia uma réstia de esperança… Agora, com isto a ser verdade? Nada!

Esta era a semana para Bruno ser hipócrita. Era a semana do silêncio, do apoio velado, do realçar da importância deste título que ainda falta disputar, do agregar tropas, mesmo que a sua decisão já tivesse mais do que tomada, como obviamente está.

E temam algo ainda mais surpreendente, pois Bruno tem uma característica muito especial – consegue sempre fazer pior do que imaginamos!

Esperemos que ele não seja assim tão louco. As probabilidades são poucas, mas vamos fazer aquilo que melhor sabemos – acreditar…

SL