E o Sporting Clube de Portugal conquistou a Taça de Portugal, frente ao Sporting de Braga, alcançando assim o triplete, ao vencer por 1-0, após prolongamento!
Um feito notável considerando o final de época fortíssimo da equipa minhota que, numa opinião muito realista, eu (e provavelmente mais uns quantos) considerava ligeiramente favorita para esta final. Foi uma vitória arrancada a ferros perante um Braga que começou muito forte, com evidente domínio no meio campo, onde uma Tatiana Pinto muito abaixo do que sabe, foi peça que nunca engrenou. Mas antes de me debruçar com mais detalhe sobre a partida, adianto as jogadoras convocadas:
Guarda-redes: Carolina Vilão, Inês Pereira e Patrícia Morais
Defesas: Bruna Costa, Carole Costa, Joana Marchão, Matilde Fidalgo, Mariana Azevedo e Rita Fontemanha
Médias: Carlyn Baldwin, Fátima Pinto, Nadine Cordeiro, Patrícia Gouveia, Sharon Wojcik e Tatiana Pinto
Avançadas: Ana Borges, Ana Capeta, Diana Silva e Solange Carvalhas.
A equipa inicial foi aquela que no Estoril, na segunda mão das meias finais, teve a mais brilhante exibição da
época: Patrícia Morais; Matilde Fidalgo, Mariana Azevedo, Carole Costa e Joana Marchão; Carlyn Baldwin, Tatiana Pinto (Ana Capeta, 66′) e Sharon Wojcik; Ana Borges (cap.), Diana Silva e Fátima Pinto (Nadine Cordeiro, 115′).
O Braga fez alinhar: Rute Costa; Diana Gomes, Jana, Sílvia Rebelo (cap.) e Regina (Guita, 100′); Dolores Silva, Andreia Norton e Pauleta (Francisca Cardoso, 60′); Vanessa Fernandes, Laura Luís e Edite Fernandes (Ágata Pimenta, 85′).
Estiveram presentes 11.714 espectadores, segunda melhor marca de sempre em estádios portugueses.
Adianto desde já que um doloroso desfecho aguardado há dias, aconteceu hoje e alterou, e muito, a minha concentração no jogo, pelo que peço desculpa por uma crónica que desejava mais desenvolvida e assertiva.
Foi efectivamente um início de jogo difícil, embora o Braga no ascendente que demonstrou nos primeiros 15 minutos, não tivesse criado uma única oportunidade de golo. Pelo contrário, foi mesmo o Sporting que através da Diana Silva após bom trabalho na esquerda da infatigável Fátima Pinto, rematou muito perto do poste esquerdo da baliza de Rute Costa. Que passados minutos teve que se opôr a um remate perigoso da Sharon, desviando com alguma dificuldade para canto.
O Sporting a partir dos vinte minutos equilibrou e até se mostrou mais empreendedor no ataque. Como acontecido em anteriores confrontos com as bracarenses, sucederam-se momentos alternados de domínio, mas sem ocasiões flagrantes de golo. A melhor viria a acontecer para o Braga quando Francisca Cardoso, entrada a substituir Pauleta, cabeceou à vontade perto da marca de penalty, para uma espectacular defesa da Patrícia Morais, sem dúvida a figura maior da nossa equipa na tarde de ontem no Jamor. Pouco depois, aos 82 minutos, a mesma jogadora, acorrendo a um centro da direita, bateu de cabeça a nossa guarda-redes, mas o golo, por decisão do VAR, e bem, por ligeiro adiantamento da Francisca em relação à nossa defesa, veio a ser anulado, perante a desilusão das bracarenses, eufóricas nos festejos, como se compreende. Pouco depois, em mais uma defesa de alto sentido estético, a Patrícia desviou a bola para canto, embora me pareça que a bola não iria direita à baliza.
O que é um facto é que a jogada do lance anulado funcionou como um factor de galvanização para as nossas Leoas, que terminaram a dominar e entraram no prolongamento também de forma superior. Aos 105 minutos, veio o momento que iria decidir o jogo. Diana Silva (que belo jogo fez!) teve um momento de inspiração e, vendo a Rute Costa adiantada, decidiu-se por um belo pontapé em arco, a uns bons 35 metros da baliza, marcando um golo espectacular e levando ao delírio os adeptos Sportinguistas, em larga maioria no estádio e aqueles que, como eu, assistiram ao jogo pela televisão.
A segunda parte do prolongamento mostrou-nos um Braga disposto a mudar o rumo dos acontecimentos, mas aí apareceu o querer de todas as nossas jogadoras e a categoria da Patrícia Morais com duas intervenções decisivas a cabeceamentos da inevitável Francisca Cardoso, uma delas digna de figurar no seu álbum de recordações. Também a Carole, com uma exibição autoritária, contribuiu significativamente para o zero das bracarenses. Aliás, exceptuando algumas precipitações da Mariana Azevedo, a nossa defensiva esteve em plano muito aceitável, sobressaindo a raça da Matilde e da Joana. Ainda assim, o Sporting não deixou de criar perigo, jogando no contragolpe, tendo Nadine Cordeiro, depois de boa jogada de Ana Borges pela direita, disparado forte remate que levou a bola ao poste esquerdo da Rute, com esta completamente batida.
Um triunfo que assenta bem ao Sporting mas que ficaria igualmente bem ao Braga, com uma arbitragem aceitável e um VAR que devia ir à Rússia em substituição dos “jeitosos” nomeados… Um grande obrigado às nossas jogadoras, extensível a todos aqueles que contribuíram para esta importante conquista, que nos mantém no patamar da invencibilidade a nível nacional.
Queria deixar aqui e divulgadas no Portal do Futebol Feminino, as declarações do treinador do Braga, Miguel Santos, a meio da semana: “Miguel Santos fez declarações à comunicação social que se apresentou, na manhã desta terça-feira, no Estádio 1º de Maio. O técnico das Guerreiras do Minho afirmou que espera um SC Braga a fazer vários golos no Estádio Nacional e sublinhou que a possível conquista da Taça de Portugal será muito importante para o crescimento da modalidade. Confiante num SC Braga eficaz: “Se calhar, o volume ofensivo que temos tido nos últimos jogos não vai acontecer com tanta intensidade, mas temos a convicção de que vamos fazer golos porque ofensivamente estamos mais seguros, mais confiantes, com processos mais simples e eficazes. As jogadoras é que me dão essa confiança para que eu pense que, no domingo, a equipa não vai fazer apenas um golo, mas vários”
Possível conquista fará o projecto crescer: “Os títulos dão maior visibilidade e fazem com que os sócios, adeptos e a estrutura sintam que o clube cresceu com o projeto, cria um histórico diferente e põe as coisas com uma grandiosidade maior e é isso que estamos à procura, sem dúvida”.
O treinador do Braga, responsável pelo significativo crescimento da sua equipa, bem nos dispensava desta triste bazófia. Só os inefáveis comentadores da RTP se equipararam nos comentário feitos, ao “certeiro” treinador minhoto,
sobretudo ao referirem-se em uníssono à Nadine Cordeiro como sendo a Solange Carvalhas… no que foram secundados pelo conhecido lampião que no telejornal comentou o resumo do jogo…
As nossas juniores estão nas meias finais do campeonato nacional da categoria, ao vencerem no Estoril por 3-1, depois de terem estado estado em desvantagem no marcador. Aos 15′ Catarina Amado, colocou o Estoril na frente, aos 35′ Marta Ferreira igualou o marcador. Beatriz Conduto aos 50′ pôs o Sporting na frente, para aos 65′ bisar e fixar o resultado final. Segundo elementos colhidos no Sporting FF Apoio, a nossa equipa irá defrontar o Marítimo nas meias finais (a duas mãos), sendo que o primeiro jogo será no sábado, em Alcochete.
No nacional de futsal, as nossas Leoas foram vencer o Golpilheira por 2-1 e poderão terminar no segundo lugar tendo em conta que recebem na última jornada o Nun’Álvares, sétimo classificado, dado que a acontecer a nossa previsível vitória, não é de crer que o Benfica seja derrotado na visita ao campo do Quinta de Lombos, que, sublinhe-se, nesta jornada apenas foi vencido na visita ao Novasemente por 2-3. Tânia Sousa e Cátia Morgado, aos 13′ e 15′ deram vantagem ao Sporting, para Ana Correia aos 34′ reduzir e assinar o resultado ao fim dos 40 minutos.
As nossas juniores de futsal receberam e bateram o Golpilheira por 8-2, mantendo-se a três pontos do rival, que
receberão na última jornada, a realizar no dia 10 de Junho.
Não posso terminar sem deixar de exaltar a enorme proeza da nossa equipa feminina de atletismo que, fazendo um segundo dia extraordinário, revalidou o título de Campeã da Europa, conseguindo apagar a mancha daquele transmissão nefasta nos 4×100 metros do primeiro dia. Parabéns, grandes Leoas!
* às segundas, o jmfs1947 assume a cozinha e oferece-nos um mais do que justo petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
28 Maio, 2018 at 8:23
Em primeiro lugar um abraço solidário para o meu amigo…
E obrigado por mesmo numa situação assim difícil “ dizer presente “ é nos dar a crónica do jogo…
Não pude ver … mas “ vi” pelo que o meu amigo “ nos mostra “ que foi uma vitória justa…
Parabéns às nossas Leoas…
Sporting Sempre…!
SL
28 Maio, 2018 at 9:07
O que aconteceu ao amigo jmfs ?
28 Maio, 2018 at 10:42
Já me apercebi
um abraço solidário para o caro jmfs.
Saudações Leoninas
30 Maio, 2018 at 21:46
Os meus sentimentos, jmfs.
Um abraço
28 Maio, 2018 at 8:30
Um abraço pelo momento particularmente difícil.
Não fosse isso e diria que esta seria uma das crónicas mais agradáveis de escrever. E sei o quanto gostaria de a fazer presencialmente…
28 Maio, 2018 at 8:34
Os meus sentimentos, JMFS. Um gramde abraço para si.
28 Maio, 2018 at 8:43
Uma tarde para gravar na memória.
Como disse, vários de nós estávamos de pé atrás em relação a este jogo. E os primeiros, vá, 20min só adensaram a preocupação. Ainda que no meu caso esses vinte minutos não foram muito claros, na medida em que ainda não tinha caído em mim depois da especialmente brilhante recuperação e conquista de mais um título Europeu.
Foi um jogo algo estranho como alguém aqui referiu, mas com aas poucas oportunidades que estes duelos já nos habituaram. As substituições roubaram nos o crescimento e deram outro ímpeto ao adversário. O golo do Braga foi um golpe duro, aparado por um VAR que nem me lembrava que existia e sem o qual, provavelmente, teríamos perdido outra prova à custa de erros do apito (esta será sempre uma das grandes conquistas desta Direção). E depois foi crescer com vista à baliza adversária que não conseguimos abrir de imediato. Os grandes momentos estavam guardados para o prolongamento onde até nem fomos muito superiores, mas aquele golaço que me fez soltar um grito reflexo e o par de defesas da Patrícia (sem esquecer uma dentro dos 90min) fizeram nos ser mais fortes outra vez.
Final merecido para as Leoas do campo e para os Leões e Leoas das bancadas (ou da televisão como, infelizmente, tive de ser desta vez).
Um aplauso para elas e para o Prof. Nuno Cristovão, sempre muito claro e pertinente.
Porém, foi mais um jogo em que não fomos claramente superiores e isso deve ser alvo de análise e correção para a próxima época!
Um abraço ao autor pelas excelentes cronicas e pelo entusiasmo que sempre lhe vi relativamente a esta secção, que vale a pena e faz sentido, em especial, nestes momentos de conquista!
28 Maio, 2018 at 9:07
Obrigado JMFS e força!
Parabéns às nossas leoas! Por muito que gostemos de futebol, não podemos hipotecar todas as nossas modalidades em prol da equipa de futebol como gostariam certos accionistas da SAD. É por isso que a SAD tem de ser controlada pelo clube.
SL.
28 Maio, 2018 at 9:10
Não há palavras para esta equipa.
Com tão pouco tempo e já se ganhou tanto. Já para não falar do compromisso demonstrado por estas Leoas. Ou melhor de todo este departamento.
Incrível. Um orgulho leonino enorme!
Parabéns.
28 Maio, 2018 at 9:15
Pobre do Cristóvão.
Um gajo tem de fazer um triplete para poder namorar com a mulher um fds…
#exigencia e compromisso 👿
28 Maio, 2018 at 9:24
Saudações Leoninas é um abraço.
28 Maio, 2018 at 9:24
Parabéns pela crónica muito bem feita, como sempre e os meus sentimentos pelo acontecido.
Estive presente no Jamor, apesar da desmobilização da tasca este ano, depois destes lamentáveis acontecimentos que só têm enfraquecido o nosso Sporting, esperava encontrar ali menos gente, mas felizmente os adeptos do nosso clube demonstram todos os dias a grandiosidade desta instituição e nos momentos necessários aparecem para apoiar.
Gostei do jogo, contra um adversário forte que conta com algumas executantes muito boas, principalmente no ataque e que obrigaram o Sporting a defender quase sempre bem.
A equipa teve muitas dificuldades em determinadas alturas, mas mostrou sempre um coletivo melhor, com bons posicionamentos, pareceu ser um pouco mais fraca a meio campo, mas temos algumas jogadoras muito boas, destaco a Diana Silva, Ana Borges e a Patrícia, que belas defesas fez ontem.
Por último, é importante falar do VAR, sem ele provavelmente não teríamos ganho a taça e a verdade desportiva tinha mais uma vez ido dar uma volta, por isso muita gente não gosta.
28 Maio, 2018 at 9:30
Do jogo, retive um Sporting superior nas individualidades, mas inferior colectivamente.
O Braga fazia pressão e jogava em futebol apoiado, com jogadas com princípio, meio e fim, que colocavam as suas jogadoras em situações de finalização.
O Sporting trocava a bola na defesa, sem progressão, desligado do meio campo e lançava bolas para a Ana Borges e Diana Silva que, com a sua velocidade, abanavam e muito, a defesa do Braga.
Tacticamente, Braga muito mais forte.
Parabéns às nossas leoas.
28 Maio, 2018 at 9:30
“guerreiras do Minho”
Não deixa de ser curioso que aqueles que gostam de apontar o dedo aos outros apelidando-os de incendiários seja aqueles que com orgulho se intitulam de guerreiros… Sendo que já houve também pelo menos uma morte causada por adeptos dos ditos cujos…
Pormenores.
Combinha lembrar isto de vez em quando, para baixar a crista do galaró ex-britalar…
28 Maio, 2018 at 9:48
Muitos parabéns às nossas leoas! Ganhámos tudo em Portugal. Extraordinário. É continuar assim, fazendo os acertos necessários para dotar a equipa de mais soluções para fazermos melhor figura na Europa.
Um grande abraço caro jmfs1947! Muito ânimo nesta hora complicada.
Muito obrigado pelas crónicas publicadas. Isto sim, é serviço público leonino.
28 Maio, 2018 at 10:03
Estas meninas estão a fazer história pelo grande Sporting Clube de Portugal. Parabéns a todo o futebol feminino.
Confesso que senti alguma nostalgia por ver no mesmo local e em tão pouco tempo, duas equipas do Sporting com sentimentos e resultados tão opostos. Uma equipa masculina deprimida, abatida e tristemente derrotada, face a uma equipa feminina alegre, autoconfiante e lutadora mesmo quando o jogo não lhe corre de feição, e naturalmente vencedora.
Há certamente muita coisa que o futebol profissional masculino poderia beber nas modalidades (e futebol feminino) a nível de entrega e combatividade com bastante menos recursos. Não faria mal nenhum aos atletas profissionais do Sporting partilhar mais momentos e marcar presença entre os atletas das modalidades (como de resto estes fazem entre si). A pensar pelos responsáveis…
28 Maio, 2018 at 10:04
Mais um belo post do jfms1947.
Parabens á equipa de futebol femenino e todo o staff e um Obrigado pelas alegrias que nos porporcionam.
Deixo um abraço sentido e solidario ao jmfs1947 neste momento dificil que atravessa.
SL
28 Maio, 2018 at 10:07
Força neste momento difícil
Um Abraço de Leão!
SL
28 Maio, 2018 at 10:09
Primeiro e mais importante, um grande abraço ao jmfs e que este momento possa ser ultrapassado.
Estive ontem mais uma vez no Jamor a apoiar as nossas meninas e o ar que se respira num jogo de futebol feminino é definitivamente bem mais puro e menos agressivo.
O fair play e o respeito mútuo imperou e não me lembro de um único episódio tenso nesta partida (ao contrário da final masculina).
No final, aplausos dos muitos sportinguistas para as bracarenses, que bem os mereceram, mas ainda mais aplausos para as nossas leoas pelo fantástico percurso que conseguiram desde o início do projecto.
Foi um jogo dividido como têm sido todos e onde a diferença se fez mais uma vez no aproveitamento das oportunidades por parte do Sporting.
Não houve Capeta, houve Diana e que golaço!
O nosso meio campo continua a revelar fragilidades na manutenção e circulação de bola, sendo aí que o Sporting deve apostar as suas fichas se quer subir de nível e aspirar a participar na fase principal da Champions.
28 Maio, 2018 at 10:16
Em muitos aspectos o braguilha tem mais futebol que nós. Felizmente temos uma patrícia senão não sei o que seria. Além disso a cabeceadora do braguilha devia assentar arraiais na Academia, no próximo ano.
Parabéns às nossas leoas que se bateram bem até ao último segundo.
28 Maio, 2018 at 10:20
Pudera, uma boa equipa com espanholas e brasileiras.
28 Maio, 2018 at 14:38
Também pensei que o Braga tivesse mais estrangeiras neste momento, mas a verdade é que nesta final só esteve 1 brasileira e 1 espanhola em campo do lado do Braga (+1 brasileira no banco, não utilizada).
Do nosso lado estiveram 2 Norte americanas.
28 Maio, 2018 at 16:21
O ano passado tinham muitas estrangeiras. Muitas foram embora e contrataram portuguesas.
28 Maio, 2018 at 10:17
Mais duas taças para o já extenso museu Sportinguista.
Só para ver a cara do capacho de braga valeu a pena o sofrimento.
Grande Godinho Lopes no meio da merda lá teve uma grande coisa, levar o capacho de braga, que andava a arrotar que era o terceiro grande, a visitar o nosso museu.
28 Maio, 2018 at 10:31
Isso e ter aparecido o Jubas nesses dois anos.
Oásis no meio de tanto MERDUM que fez. Vercauteren… Odaç!!
28 Maio, 2018 at 10:19
jmfs1947,
A vida tem destas durezas quase impossíveis de suportar mas, é preciso ter esperança e acreditar em dias melhores. Na Família Sportinguista orgulhamo-nos de ser sensíveis ao sofrimento de cada um. Grande abraço e votos de coragem de Leão.
28 Maio, 2018 at 10:39
Caro JMFS um forte abraço solidário.
Vim em viagem a ouvir o relato na TAG que pela primeira vez acompanhou ao vivo. A Antena 1 dava música… belíssimo!! A cereja no topo do bolo foi celebrar o golo e a conquista da taça no carro com as miúdas!
28 Maio, 2018 at 10:44
Antes de mais um forte abraço, caro JMFS, neste momento difícil.
Mais uma excelente crónica.
O Braga tem um meio campo que normalmente se superioriza ao nosso, muito pelo poder físico das suas jogadoras mas também pela sua muita qualidade. A Dolores fez um jogo fantástico e pautou todo o jogo da sua equipa. A Norton e a Vanessa também estiveram muito bem e o facto do Nuno Cristóvão ter desviado a Fátima para a ponta esquerda faz a equipa perder capacidade de luta e altura no meio campo. Enquanto não acertaram as marcações o Braga dominou completamente o jogo mas depois o Sporting equilibrou e até teve períodos em que esteve por cima.
Este Braga com a Ana Borges ou a Diana no ataque, e a Carole na defesa, era imbatível.
Acho a Rute Costa excelente guarda-redes mas um pouco baixa para a posição – compensa isso com muita agilidade. Acaba por ficar, de algum modo, marcada neste jogo pelo excelente golo da Diana – acredito que a Patrícia também o tivesse sofrido, ainda que sendo mais alta tivesse mais possibilidades de chegar à bola.
Além da Dolores, também a Norton fez um grande jogo. Muito bem também a Francisca mas que devia ter sido expulsa por duplo amarelo e não teria dado tanto trabalho à Patrícia.
Na página oficial do Braga, dizem que foram superiores em quase todos os 120 minutos e que o lance do golo anulado é “muito duvidoso”. Para elas foi uma injustiça não terem ganho!
Gostava de referir que o Braga afastou a Mélissa Antunes, jogadora internacional, desde que veio a publico que a empresa dela – de agenciação de jogadoras – está a ajudar o Benfic@ a formar o seu plantel. Neste momento nem aparece como fazendo parte do plantel do Braga, na sua página oficial, e era uma jogadora que normalmente era titular.
Foi uma excelente época, há que dizê-lo.
Passámos uns 2 meses difíceis – Março e Abril – mas chegámos ao fim com todos os objectivos alcançados – 3 títulos e uma prestação na fase de grupos da WCL muito aceitável.
Como escrevi no inicio da época, este plantel é ligeiramente melhor que o do ano passado, por ter mais soluções. Em termos de onze, é muito similar e só a Carole foi uma aquisição que fez realmente a diferença.
Este ano há que rever algumas coisas e dar à equipa o que lhe faz falta – altura e poder físico. O plantel tem algumas jovens, com talento, que precisam jogar com mais frequência, pelo que talvez seja de considerar emprestá-las.
Vamos ver como se movimenta o mercado nas férias. Para o ano teremos o Benfic@ a competir na Taça de Portugal… Será uma nova realidade.
28 Maio, 2018 at 10:56
Um abraço, JMFS. Excelente crónica, como sempre.
28 Maio, 2018 at 10:57
Parabéns a estas grandes leoas pelo triplete, entram na história!
28 Maio, 2018 at 11:05
Um abraço jmfs1947. Força!!
28 Maio, 2018 at 11:17
Mais uma excelente crónica do nosso grande tasqueiro jmfs a quem envio um forte abraço.
A taça foi a cereja no bolo desta brilhante equipa feminina que continua em grande e a vencer tudo o que há para ganhar….embora por vezes tenha tido a estrelinha que o Braga nunca teve…
Cherba, faço aqui um pedido para que a nossa, também brilhante, e fantástica equipa de atletismo mereça um post só delas pois bi-campeãs da Europa não é para qualquer um !
Foi um prémio mais que justo para a não realização do ano anterior e onde seriamos favoritos !
Moniz Pereira seguramente puxou os seus cordelinhos de anjo ontem para que continuemos todos a sorrir ao ver estes desempenhos do nosso atletismo.
28 Maio, 2018 at 12:03
Há que destacar a revalidação (ainda que com um ano de atraso) do título europeu de pista por parte da
equipa feminina do Sporting Clube de Portugal.
Um prelúdio, esta Taça dos Clubes Campeões Europeus não tem por norma forte participação das grandes
potências da modalidade (Alemanha, França, Inglaterra), pois o modelo não passa por, ao contrário de
Portugal, agregar o/as melhores em poucos clubes. Daí se perceba a força de Portugal nestas competições,
mesmo com o país num patamar secundário enquanto selecção. Os principais opositores, neste caso “as”,
são por norma Espanha e Turquia, agora que a Rússia (a super-potência europeia no feminino) também
desapareceu de cena. No caso turco, tal deve-se à política de naturalizações que transformou o país numa
referência do atletismo. A Turquia conseguiu através deste método, entre outras coisas, tornar-se no #1
do corta-mato europeu, com recurso a africanos e africanas recrutados nos países de origem.
Quanto a regras, dois elementos estrangeiros por equipa, não havendo necessidade de federação prévia, ou
seja, o termo “mercenário” assenta perfeitamente nesta competição.
As meninas do Sporting, sem Sara Moreira (que acabou por não fazer grande diferença na pontuação),
partiam como favoritas, com o Enke a partilhar tal título.
O primeiro dia decorreu dentro da normalidade, com resultados esperados, sendo que as únicas “falhas”
foram os 4º postos de Svietlana Kudzelich, uma das estrangeiras (esta porém já com algum tempo de casa),
e Marta Onofre. As turcas assumiram o favoritismo, com as suas cabeças de cartaz, a sprinter Ivet Lalova
e a fundista Yasemin Can a dominarem as suas provas. Veio a última prova do dia, e a desilusão de uma
desclassificação que parecia ser o ponto final nas aspirações leoninas. Como dizem os entendidos, só
quem andou lá dentro é que sabe como é, e este tipo de desclassificações são mais usuais do que as
pessoas pensam, até porque o treino conjunto de um quarteto não é tão apurado quanto isso. Mas,
relembrando o que aconteceu nos nacionais de pista coberta, parecia sina que um título fugisse devido a
uma falha técnica.
O segundo dia foi uma “corrida de trás para a frente”, com as leoas a somarem vitórias e lentamente a encurtarem distâncias. Olímpia Barbosa ganhou nas barreiras, Evelise Veiga venceu o comprimento (novo recorde pessoal e segunda de sempre atrás de Naide Gomes, Irina Rodrigues ganhou o disco (com a turca a fazer apenas 7º) e Noelie Yarigo, a “mercenária” vinda do Benim, venceu os 800 m, numa prova em que liderou do início ao fim, e em que a representante turca ficou fora do pódio. As turcas quebravam nas provas em que eram mais fracas, demonstrando inegável diferença de qualidade entre as naturalizadas e as locais. Entretanto Lorene Barzolo fez os mínimos, perdendo (novamente) apenas para Lalova, enquanto que Svietlana Kudzelich foi segunda na sua prova de eleição. O Sporting já estava taco a taco, e a esperança renascia. A “turcafricana” Can voltou a fazer uma prova a solo nos 3000mt, com Catarina Ribeiro (3ª) a minimizar os estragos, e o 5º lugar no salto em altura deixou tudo como no início. Enke e Sporting entravam para a estafeta de 4×400 empatadas. Com chuva tipicamente britânica a dificultar ainda mais a corrida, as leoas não se deixaram intimidar e dominaram desde o primeiro percurso. As turcas foram-se atrasando, e aquando da última transmissão já cheirava a título. Uma vitória mais que merecida, daquela que claramente é a melhor equipa europeia.
Nota de rodapé para a prova masculina, em que o rival SLB esteve próximo de repetir o feito obtido pelo Sporting alguns anos atrás. Neste caso, a sociedade das nações do Enke levou a melhor, ficando os encarnados com um travo amargo na boca. Para lá de algumas ausências esperadas, teria bastado a presença de Marcin Lewandowski para que Portugal obtivesse a dobradinha. O polaco foi contratado especificamente para este evento, mas o Sumol que acompanhou a sandes de pagamento estaria fora de validade, e este ficou impedido à última hora de dar o seu contributo. Fica para a próxima. Porém, há que realçar que ficou demonstrado que dificilmente será este ano que tiraremos o título de pista masculino aos vermelhos.
28 Maio, 2018 at 15:43
Cherba, um dia que seja preciso um tasqueiro dedicado ao atletismo, aqui o crente não desilude 😉
Obrigado por mais um óptimo comentário !
28 Maio, 2018 at 12:19
LIKE
28 Maio, 2018 at 12:23
Querer, querer muito, sacrifício (a Ana foi assistida 3 vezes, numa saiu de maca) talento (de ambos os lados) inspiração (Patricia e Diana) esta equipa do SCP enche-me as medidas, nunca desistem, são solidárias e dão tudo e ainda mais….é só o que eu peço para me sentir orgulhoso!!!!
PS Esta equipa do Braga foi derrotada 5 vezes pelas nossas leoas e embora eu abomine o presidente/trolha que têm, elas, este grupo, mereciam ter ganho um troféu, para o ano ficam sem o treinador e sem 2 ou 3 das melhores que foram oferecidas aos lampiões (a número 9 foi a última a sair do campo com o treinador e parecia que se estavam a despedir dos adeptos) o nível delas vai baixar e nunca mais será o mesmo (a não ser que comprem um camião de estrangeiras) mas este grupo merecia ter ganho qualquer coisa, foram merecedoras e dignas e a qualidade delas só ilustra ainda mais as nossas vitórias!!!!!
SL
28 Maio, 2018 at 13:15
O treinador não deve sair, até porque fez um bom trabalho. O Benfic@ já tem um treinador!
Já algumas jogadoras é capaz de acontecer… Mas uma ou duas no máximo, este ano. A maioria não vai querer ir para a 2ª Liga. Podem jogar no Braga mais um ano e depois logo se podem mudar para o Benfic@. Aliás, isto também pode acontecer no Sporting.
28 Maio, 2018 at 14:59
O treinador do benfica não era do Braga?
28 Maio, 2018 at 16:22
É o que saiu do Braga em Outubro ou Novembro.
28 Maio, 2018 at 12:24
Em primeiro lugar, caro jmfs1947, um grande abraço de leão nesta hora difícil.
Grande vitória, num jogo que decorreu como eu pensava que iria decorrer.
Patrícia, Joana, Carole, Sharon, Fátima (mesmo fora do seu habitat), Ana e Diana fizeram um belo jogo. A entrada da Capeta mexeu com o jogo, não só psicologicamente mas no capítulo da velocidade, até porque nessa altura a Ana Borges estava em modo de contenção de esforço. A nossa speedy Ana, que ressuscitou 2 vezes no jogo.
A Mariana foi quanto a mim a mais fraca.
Num meio campo em que não houve a dupla Fátima/Tatiana esta ultima sentiu a falta da companheira, até porque habitualmente a Fátima é o tampão e a Tatiana a transportadora.
Por incrível que pareça, a Fátima fez um grande jogo, até sair estoirada, mas faltou-nos alguém mais rotinado na ala esquerda. Para mim não há ninguém no campeonato português que mexa na bola como a Solange e ela faz muita falta.
O Braga tem uma bela equipa, onde realço a Dolores, belíssima jogadora, mas também a Norton e surpreendeu-me a substituta Francisca Cardoso.
Parece-me que onde marcámos vários golos no Jamor, tal como no campeonato é nos treinadores. Não sei se Nuno Cristóvão e equipa técnica no Braga e o fanfarrão no Sporting os resultados não seriam bem diferentes.
Venha a próxima época! E atenção à multinacional de carnide, que já vai contar para a Taça. E atenção que chegando o carnide chega o vale tudo também ao futebol feminino.
28 Maio, 2018 at 13:20
a propósito de Solange: fui só eu a ter a impressão que ela não esteve nos festejos finais?
28 Maio, 2018 at 14:22
Não tenho a certeza, mas, ou no estádio ou posteriormente na TV, vi a Solange a ir Buscar a Taça e a tirar umas fotos.
Quem me parece que não foi receber a Taça foi a Fátima, que vi dirigir-se aos balneários pouco antes do fim do jogo e não me lembro de a ter visto posteriormente.
28 Maio, 2018 at 14:46
Vê lá se aparece neste vídeo:
http://www.zerozero.pt/news.php?id=222118
28 Maio, 2018 at 15:04
Não a Solange esteve lá, a Fátima foi para o balneário descalça?!?!? Com as chuteiras na mão…..metade da equipa estava de rastos isto foi querer, superação e um momento de inspiração…..Elas começaram mais cedo por causa da CL e depois foram completamente queimadas pela seleção, no torneio do Algarve, então a Ana Borges a sair de lesão até parecia de propósito!!!!!
28 Maio, 2018 at 16:27
Verdade!
Foi uma época desgastante para as nossas leoas. Como eu disse, jogam quase sempre as mesmas. Muito pouca rotação na equipa – porque há grande diferença especialmente nas do meio campo. Até vir a Sharon, jogavam sempre a Baldwin, a Tatiana e a Fátima. Sempre! Depois as duas Pinto iam para a selecção e a Tatiana era sempre titular. A Fátima é sempre utilizada na 2ª parte. A Diana e a Ana Borges também jogam sempre.
Vão ter umas férias bem merecidas.
28 Maio, 2018 at 13:44
Forte abraço de Leão, JMFS.