O apuramento de campeão de Juvenis até tinha começado de forma promissora, com o Sporting a mostrar que queria dar luta até final, mas desde de dia 26 de Maio deu-se o descalabro. Derrota com o SC Braga, derrota com o Vitória e uma goleada sofrida no Olival por 4-0, afastam definitivamente os nossos sub17 da luta pelo tricampeonato, que promete ser até final entre o Benfica e FC Porto.

Neste momento, o quinto posto revela não só o desacerto inesperado neste final de campeonato, como o total descrédito da equipa, que nunca conseguiu levantar-se depois dos sucessivos maus resultados. Na próxima semana, recebemos o Benfica e jogamos pouco mais que o orgulho. O objectivo deve ser somar pontos para subir rapidamente algumas posições na tabela, de forma a terminar o campeonato num melhor plano.

Depois de entregue o campeonato de Juniores, resta ao Sporting a luta por um escalão. Os Iniciados recebem o Benfica no dia 10 de Junho e uma vitória é o que basta para que o título fique em Alcochete (ao SLB basta um empate para revalidar o título). Este é o troféu que nos foge há mais tempo na formação e um escalão que tem sido dominado pelo rival da Segunda Circular. Como tem sido comum, os nossos mais pequenos estão na luta até final e mostram mais uma vez um conjunto de talentos com tudo para se impor no futebol profissional.

Joelson, de apenas 15 anos, é o melhor marcador desta fase de apuramento de campeão, com 8 golos em 9 jogos. A esta geração vai juntar-se uma equipa que se sagrou campeã regional de sub16 e alguns talentos que ficarão no escalão de Juvenis, prometendo mais um ano de bom futebol e muitas conquistas. Dia 10 é dia de apoiar a pequenada e garantir que o título regressa à melhor escola de talentos do país.

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Por fim, a jornada final do campeonato de Juniores foi o último jogo enquanto jogador de formação de muitos dos craques que acolhemos desde muito novos. Daniel Bragança, Mitrovski, Thierry ou João Oliveira são alguns dos rapazes que se juntam ao conjunto de jogadores profissionais do Sporting e que deverão integrar a equipa sub23. A todos eles (mesmo os que não estão mencionados) toda a sorte do mundo, que possam vingar com a nossa camisola ou, caso contrário, levem todos os ensinamentos da Academia para qualquer clube que tenham o orgulho de representar.

Nos últimos tempos tem sido algo complicado acompanhar a formação como gostaria, muito por força do momento complicado que atravessamos enquanto clube. Durante estes dias, tenho lido muitos sportinguistas descredibilizar o nosso ADN formador, motivados por alguma mágoa por dois jogadores formados em casa terem pedido a rescisão unilateral com o clube que dizem ser o do seu coração. É com alguma pena que leio este tipo de opiniões, apesar de saber perfeitamente o que as motiva.

Temos depositado esperanças ano após ano naqueles atletas que consideramos predestinados, que são a personificação do nosso amor pelo clube e dos valores Sporting. Mas, por muito que queiramos, nunca vamos conseguir fugir a esta tendência inerente que é a de revelar talentos todos os anos, ainda que a tristeza faça parte do nosso quotidiano desde há um mês para cá. Tomo algum consolo em ver Rafael Leão abraçado a Max, sabendo que o tempo vai curar muitas feridas e substituir heróis por outros.

*às terças, a Maria Ribeiro revela os seus apontamentos sobre as novas gerações que evoluem na melhor Academia do mundo (à excepção do Dubai)