Nunca antes me tinha envolvido em qualquer rede social. Para ser franca, devo dizer que não sou especialmente adepta desta forma de comunicação, pois não sou partidária de perfis verdadeiros que expõem quase tudo aos olhos de todos, ou de falsos perfis que, protegidos pela da cortina do anonimato, difundem “novidades”, desinformação e comentários (tantas vezes vernaculares e deselegantes).

Ao lerem este intróito perguntar-se-ão: por que não assumes a tua identidade? Qual a origem do teu pseudónimo? És “croquete” disfarçado? Que “facção” defendes tu?

Em jeito de resposta direi que não quero exibir o meu nome, sou “rissol” por alternativa e fiel ao que considero ser justo. Mas um esclarecimento se impõe: “croquete” é a classe “aperativante” que ora governa (às claras, na penumbra ou na sombra), ora gravita, ora conspira e que BDC desafiou; “facção” é um termo com conotação desagradável que podemos sempre substituir por “ala”, “falange”, etc.

Abordando agora o “jogo” em jogo:
*Surpreenderam-me muito os resultados da “AG23” dirigida à revogação de mandato do único órgão social não demissionário. Para além de não corresponderem ao pulsar da reunião (vivenciada), os 70-30 divulgados constituíram surpresa ainda maior…

*Ignorando alguns/muitos aspectos de legalidade, sempre discutíveis pois o “Direito é muito torto”, julgo não ter sido prudente rejeitar pluralidade (revogadores/revogados) e idoneidade (ex: Universidade do Minho) na supervisão do acto eleitoral/contagem de votos, até porque a destituição de um presidente é tudo menos uma circunstância corrente ou comum.
Urnas transparentes rodeadas de opacidade podem gerar (e geram) conjecturas e desconfiança. A adopção de medidas profiláticas da suspeita de “madurismo” origina fluxos de aceitação e revela sobretudo bom senso e boa fé.

*De resto, não considero normal a postura da MAG e de muitos reconhecidos “exterminadores” pois transmitiram, para além de incompreensível desconforto (impróprio de “sensibilidades” dominantes), grande desprezo por muitos associados e toda a vertente congressista. Nesta linha, mais cedo que todos os presentes na AG, os media anunciaram a derrota de BdC e logo um coro de “vira-casacas” e “notáveis” entoou e vibrou com o regresso do Sporting de sempre, apocalíptico, apoptótico e autofágico…

*Mas mesmo concedendo que todo o processo tenha sido cristalino devo recordar que dele não deriva nenhuma tendência, contra ou a favor de qualquer candidatura.
Tipicamente, candidatos no SCP crescem como cogumelos (ora “comestíveis”, ora “venenosos”), circunstância que ainda assim orgulhosamente nos distingue de outros clubes onde a “democracia” abafa oposição e opositores.
O cabeça de lista Frederico Varandas (médico de “falinhas mansas”) que nos acena com a 3ª via (na qual não acredito), deve ser analisado com máxima cautela (conexões familiares, circuito de amizades, aproveitamento de ex-funções), assim como a sua comissão de honra, por muito sedutora que pareça a inclusão de Slimani (justamente idolatrado) e Daniel Carriço (eterno esquecido da selecção nacional).

*Sei que a distância que separa o bestial da besta é muito curta. Todavia, até prova não forjada do contrário, não defender BdC e a sua obra (que tanto elevou o nosso moral), argumentando distúrbios de personalidade (inflamada, reactiva a ataques pessoais, conjunturais e institucionais), problemas de estilo (a merecer retoques) e uma sucessão de acontecimentos (na esfera do impensável) não me parece atitude de pessoas de bem. A propósito de pessoas educadas, recordo o episódio protagonizado pela descendente de João Rocha (natural e gentilmente convidada para a inauguração do Pavilhão com o mesmo nome) – “obrigada Engº Godinho Lopes!”

*A constituição da Comissão de Gestão é também muito sintomática. Destaco Torres Pereira, homem com pose e de voz grossa, ex-apoiante de BdC, autarca impoluto e médico nas horas vagas que publicamente apregoa a “nossa falência técnica” (na CMTV, novo órgão oficial do Clube), visando responsabilizar BdC por danos colaterais, e Sousa Cintra, homem esperto, “bem” falante, de “tão boa memória”, exemplo de credibilidade, transparência e desinteresse, gestor modelo e credenciado (no desporto, finanças e recursos humanos – vide estátua, resultados, contas e dispensa de Bobby Robson).
Uma palavra para Tânia Laranjo, um verdadeiro exemplo de “eficiência” ao serviço do patronato, a recompensar certamente em território verde.

*Depois da frustração inicial de BdC (o irreverente que não nos ignorava), repetidamente apelidado de vingativo, louco, autista, incongruente… (o que não deixa de ser extraordinário se atentarmos noutros “caminhantes” e noutras “andanças “ em curso) e sistematicamente na berlinda por “ter cão” e por “não ter”, é tempo de pensar/reagir com frieza e discrição, pois a golpada não terminou.
Fora outras ameaças, Sobrinho&Companhia (julguei que os agressivos eram lesados do BES, espantou-me a protecção zelosa do Estado Português.) e Jorge Mendes (“mago” que transmuta milhões em “mendilhões” com efeitos reconhecidos no “equilíbrio” de orçamentos) estão em campo, têm cúmplices e gozam de alegada legitimidade. E viva a cooptação!

*Sem voltar a considerações antes tecidas sobre “justas causas” de jogadores ou motins orquestrados em Alcochete considero, no entanto, que esta é matriz do estratagema utilizado para tramar e retirar de cena BdC. Os mentores sabem-no bem!

*Para terminar, devo dizer que me sinto mais SPORTINGUISTA do que nunca, capaz de torcer, sofrer, reanimar e finalmente ganhar, em todas as frentes, cada disputa.

Na luta contra a depressão e o desperdício,
Saudações leoninas,
Viva o GRANDE SPORTING CLUBE de PORTUGAL!

ESTE POST É DA AUTORIA DE… Rissol Verde
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]