Jogo em crescendo do Sporting, conquistando uma vitória justa, frente ao Marítimo, no arranque da Taça da Liga, numa partida onde as entradas de Gudelj e de Wendel deixaram em aberto a possibilidade da equipa mudar para melhor
O Marítimo, quinto classificado do campeonato, anunciava vir a Alvalade sem grandes mexidas e, talvez por isso, José Peseiro também preferiu manter grande parte do 11 que tem sido titular. As excepções foram as entradas de Bruno Gaspar, para a direita da defesa, e de Jovane Cabral, para a ala esquerda na ausência de Nani. E o Sporting entrou bem, mesmo sem forçar demasiado, muito por culpa do estilo inquieto de Raphinha, cada vez mais uma certeza neste Sporting 18-19.
Um remate à malha lateral e um golo desperdiçado, já no coração da área, cartão de visita para os primeiros dez minutos de jogo, aos quais respondeu o Marítimo por investidas de Bebeto e Correa (jogador interessante) pela direita, obrigando a um grande desarme de André Pinto (exibição muito consistente) e a defesa atenta de Salin. E neste bola cá, bola lá, o Sporting chegaria ao golo: roubo de bola de Jovane, passe de Bruno Fernandes e finalização de Raphinha, com precioso ressalto nas pernas de Áfrico, uma das figuras da partida pela negativa.
Estavam decorridos 26 minutos e, até ao intervalo, o ritmo lento manteve-se, com excepção do golo anulado ao Marítimo (mal, mas na Taça da Liga não há VAR) e de uma perdida incrível de Coates, de cabeça, mesmo a fechar o primeiro tempo.
E aos sete minutos do segundo, penálti sobre Jeovane Cabral! Outra vez o tal do Áfrico na jogada (o Gabriel Alves bem avisou no Bloco) e o Marítimo a sofrer o segundo com um pontapé certeiro de Bruno Fernandes. Estava dado o mote para uma bela segunda parte do camisola 8, mas também para um jogo com mais velocidade e oportunidades. Cinco minutos depois, o tal do Correa reduziu para 2-1 e quase na resposta o momento da noite: assistência de Montero (pena a falta de pontaria quando podia marcar, numa noite onde tanto fez jogar, participando em quase todos os lances perigosos) para Bruno Fernandes e o médio tem grande movimento à entrada da área, tirando um adversário do caminho e a rematando sem hipóteses para o fundo das redes.
O Sporting respondia na perfeição ao golo insular e recuperava a vantagem de dois golos, mas a falência do miolo constituído por Battaglia e por Acuña era cada vez mais evidente, não retendo as investidas adversárias. Numa delas, Danny apanhou-se com a porta escancarada e rematou a rasar o poste, quase voltando a reduzir. Peseiro viu o que todos estavam a ver e trocou Acuña por Gudelj, lançando, ainda, Wendel para o lugar de Jovane. Foi o ponto final na partida, não só porque o miolo voltou a ficar dominado, como porque os dois médios vieram dar critério no posicionamento e no passe (Gudelj), bem como nas acelerações e transições que partiam a organização maritimista (Wendel).
Com 29 mil espectadores nas bancadas de Alvalade (mais 7 mil do que há um ano, frente ao mesmo adversário, no mesmo arranque de Taça da Liga), Montero, Raphinha e Bruno Fernandes ameaçavam o quarto, enquanto o Áfrico ameaçava mandar o Wendel para o hospital com uma assassina patada no peito, que lhe valeu o cartão vermelho. Ponto final no jogo e ponto final no domingo, dia da semana que, há 25 anos, deu título a uma das músicas mais catchy de uma banda chamada The Cranberries, feita para adolescentes a descobrirem-se a si mesmos e que, como este Sporting, perguntavam a si mesmos Everybody Else Is Doing It, So Why Can’t We?
17 Setembro, 2018 at 12:25
E este ano?! Não estás largos períodos sem oportunidades?! Fogo…ontem tivemos o quê…4? 5? Em 90 minutos?
Este ano também não tens período de ataque continuado com o adversário encostado lá atrás…
É o que digo…não vejo em nada um Sporting mais ofensivo que no ano passado…
17 Setembro, 2018 at 12:26
Uma nota para o fdp do treinador do marítimo.
No lance do Tatanka estava a olhar para outro sítio qualquer, mas no do fora de jogo já estava a prestar total atenção à bola. Nem o Choramingos diria melhor.
Admito que não queira chamar vândalo ou ostrogodo ao seu jogador, mas um bocadinho de pedagogia não ficava mal.
17 Setembro, 2018 at 12:29
O Tatanka já nem joga no SCP…
Dahhhhhhh
17 Setembro, 2018 at 13:50
Nem o dança com lobos, como é que se chamava?
Ah! o Wolfswinkel?
17 Setembro, 2018 at 13:50
Xxiiiiii o Tatanka! Belos tempos em que pensava que aquilo era lutar a sério e com os preciosos comentários de Tarzan Taborda.
17 Setembro, 2018 at 13:53
Com o Tarzan Taborda à porta de Alcochete queria ver se os 50 lá entravam
17 Setembro, 2018 at 13:58
Foda-se body slam pra cima da jagunçada!
17 Setembro, 2018 at 14:32
Nuno…
Eu vi o Tarzan Taborda (1965) ao vivo…no Campo Pequeno e no “Pavilhão dos Desportos” …
Mas “aquilo da luta livre”…era “a fingir…”…
Seria melhor talvez…metê-lo nas mãos do “Belarmino”…um boxeur que tinha sido estivador no Porto de Lisboa…
(Não sei se o Nuno é desse tempo…)
Abr e SL
17 Setembro, 2018 at 14:53
Belíssimo filme do Fernando Lopes Max…
17 Setembro, 2018 at 13:55
Nao consegui ver o jogo derivado de que a cria precisava de cuidados. Pelos vistos foi mais um jogo do novo Peseiro: ganhar e isso da ideia de jogo logo se vê que esta merda não é o Barcelona. Se adoptar esta tatica a la Nando Santos arriscamos mesmo a ganhar umas coisas. A ver vamos.
17 Setembro, 2018 at 14:00
Foi o nosso jogo mais conseguido, no geral, mas longe de ser perfeito ou ter uma qualidade boa! Numa nota até 20, eu daria um 13, 14 em algumas partes.
17 Setembro, 2018 at 14:31
Espero que o futebol não fique demasiado bonito, porque depois o Peseiro entusiasma-se e começa a pensar: para que um redes, se podemos jogar em 4 4 3! Genius. Tenho a convicção quase escatológica de que o Peseiro vai adoptar a tática do Nando Euro 2016 e só volta para o Ribatejo em meados de Maio.
17 Setembro, 2018 at 13:59
Acho q finalmente o Sporting está a reaprender a pressionar e a jogar mais no erro… temos um estilo de jogo mais ao estilo do que o Porto tem usado e estamos a explorar o contra-ataque melhor que em anos anteriores (o Raphinha é máquina nisto).
Bem, gostei também de ver o Wendel pressionar e lutar pela bola com as pernas e nao com os olhos, é muito bom sinal! Já se mexe sem bola ao ataque e tudo… boas coisas virão…
Não me importo de ver este estilo de jogo, mais direto, se a equipa adversaria tiver lacunas defensivas. Agora nem todos os jogos podemos entrar nestas correrias… espero para ver como nos vamos dar em jogos mais fechados
17 Setembro, 2018 at 14:28
Jogos contra equipas muito fechadas pedem o Dost e o Montero a abrir espaços, porque sem o holandês e com pouco espaço temos pouco poder de fogo.
17 Setembro, 2018 at 14:32
Pouco poder de fogo? O Castaignos riu-se!
17 Setembro, 2018 at 15:41
Até o Coates é mais perigoso se fizer PL nos últimos minutos.
17 Setembro, 2018 at 15:47
A fazer lembrar essa lenda do Porto João Manuel Pinto
17 Setembro, 2018 at 16:18
Cobra cuspideira.
17 Setembro, 2018 at 16:15
Li 2 ou 3 comentários do post.
Basicamente é só antis que por aqui andam, já nem dá gosto comentar.
Realço o facto de, jogando mal, a malta achar que este é o caminho. Eu acho que não é, apesar de termos ganho o jogo.
17 Setembro, 2018 at 16:17
lol
17 Setembro, 2018 at 17:55
Quando vi aquela cena final com o Wendel, achei que havia ali mais justa causa que noutras causas passadas.
10 jogos, e era favor!
E estou a gostar muito dos resultados! Como não pertenço ao enorme grupo leonino de pseudo-borbulhentos que esperam pelos jogos para se masturbarem com “exibições” ao mesmo tempo que vilipendiam um qualquer JJ seguindo os seus mais básicos instintos sado-maso, fico mais pacificado a cada jogo que passa 🙂
E o Gudnãoseiquê tem, seguramente, pés. Falta ver a cabeça e os pulmões.
E sim, esse Correa é MUITO interessante!
SL
17 Setembro, 2018 at 20:06
Gosto de ver que nos tópicos do jogo, o dobro da exigência em relação à mesma equipa o ano passado, pelo menos até ao momento em que o Letal-mor deixou de gostar do JJ. A partir daí, o “jogo italiano” já não prestava. Coerências…
Vencemos e jogámos melhor que em 90% dos jogos da época passada, e sem Bas Dost, Nani e Mathieu. Para os letais ao Sporting, deve doer como tudo, mas Rennie e lidar com a situação é o melhor. Isso e ir ao IEFP. Como certos que aqui comentam, que passariam melhor o tempo a preparar a candidatura ao Fundo de Desemprego.
17 Setembro, 2018 at 22:58
Ó seu monte de merda, obviamente não aqui andavas quando a discussão era entre os defeitos do JJ e os defeitos do JJ…
Qual é o nome que esta técnica de retórica tem, de se queixar dos outros fazerem aquilo que nós fazemos? Ah, já me lembro: lampionismo!
17 Setembro, 2018 at 21:13
foi uma boa exibiçao , em especial na segunda parte e um pouco a espaços na primeira.
comparaçoes com a epoca passada, nao fazem sentido, ja que estamos a falar entre um temporada no terceiro ano do mesmo treinador, ja suspostamente com todos os processos assimilados, em contraste com uma temporada, que teve todas as condicionantes que esta teve , inclusive com a chegada tarde de alguns jogadores importantes, o que faz com que se demore a afinar o processo
e na segunda parte ja se conseguiu ver alguma coisa, numa equipa que faltavam 3 titulares de caras, e que pode ter mais 2 jogadores a entrarem no 11 tipo( gudelj e sturaro dependendo de como chegar).
pelo lado negativo o problema do duplo pivot utilizado( com a agravante de serem 2 jogadores que tiveram viagens longas devido a selecçao) e Jefferson, com gritantes problemas de posicionamento
pelo lado positivo: andre pinto, bruno fernandes, raphinha, montero e as boas entradas de gudelj( que se vê a sua qualidade quer no passe, quer nos movimentos que faz sem bola) e wendell( que mosntrou poder ser uma alternativa valida)
agora venham os azeris,uma equipa desconhecida e que pode criar dificuldades diferentes.
17 Setembro, 2018 at 21:27
Para quem faz comparações de assistências em Alvalade, este jogo está incluído na GB. O ano passado a oferta foi o jogo com o U. madeira (último da fase de grupos).
17 Setembro, 2018 at 21:37
o ano passado tambem estavam os 2 jogos em casa na gamebox
e o do uniao da madeira nao foi o ultimo, foi o segundo, os cabelas de serie jogam 2 vezes em casa seguidas e acabam a jogar fora
17 Setembro, 2018 at 21:38
*cabeças
17 Setembro, 2018 at 22:47
Tens toda a razão, tinha ideia que era só um de oferta e sim o último jogo foi com o Belenenses.
17 Setembro, 2018 at 21:32
Este ano além dos jogos da taça Lucílio batista, ainda está incluída a LE até aos oitavos de final.
17 Setembro, 2018 at 21:49
Comunicado mais vergonhoso da história recente do futebol Português.
E olha que a fasquia em PT é alta, nós até fazíamos alguns jeitosos com a anterior direcção, mais por falta de estratégia comunicativa do que…falta de vergonha.
Foda-se que vergonha.
Então um funcionário como o Paulo fazia aquilo para quê?
Para beneficio próprio ou da “empresa” que ele representava e representou durante 12 anos?
O mais certo é isto ser um afastar “fantasma”, porque os contactos vão continuar com o benfica.
Porque se não isto até pode ser visto como uma falta de respeito para com o funcionário, ao abandonar assim um gajo que serviu o clube durante 12 anos.
Ou então um assumir que de culpa…mas agora querem limpar a “casa” e afastar o “cabeça” da situação.
O Vieira não suja as mãos, é o tal poder politico, é aqui a diferença entre o reinado de Pinto da Costa com o de Vieira, já para não falar que vai de Norte a Sul de Portugal.
A casa esta a cair, como é óbvio…veremos se o benfica é afectado desportivamente, já que o Vieira não se aguenta lá muito mais tempo.