Foi um dos temas da semana que passou e que, pelo menos para mim, não ficou devidamente resolvido.

Creio que todos percebemos que, efectivamente, Rafael Barbosa foi agredido, com uma cabeçada, pelo presidente da SAD do Portimonense, Rodiney Sampaio. No seguimento dessa agressão e da vinda do jogador para Lisboa, o Sporting emitiu o seguinte comunicado:

O Sporting Clube de Portugal perante o acontecimento de ontem, da maior gravidade, ocorrido contra um atleta do Sporting Clube de Portugal– Futebol, SAD informa que:
a) Apoia incondicionalmente o seu atleta Rafael Barbosa.
b) O futebolista Rafael Barbosa apresentou queixacrime na PSP contra Rodiney Sampaio.
c) A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD vai tornar-se assistente do processo para salvaguardar todos os seus direitos.
d) Exigiu ao Portimonense um pedido de desculpa público.
e) A Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD vai apresentar ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol participação contra o dirigente do Portimonense Futebol, SAD.

Ora, a verdade é que o pedido de desculpa jamais chegou a aparecer e, após conversas entre ambas as direcções, foi emitido novo comunicado.

A Administração da Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD e a da Portimonense Futebol SAD reuniram com o intuito de solucionar o diferendo ocorrido no passado sábado na sequência do jogo da equipa de sub-23.
Foi por ambas concluído que não existem condições para a permanência do jogador Rafael Barbosa no Portimonense e, como tal, o Jogador integrará de imediato a equipa de sub-23 da Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD.
A Portimonense Futebol SAD agradece à Sporting Clube de Portugal – Futebol, SAD a confiança na cedência temporária do Jogador para esta época e deseja as maiores felicidades pessoais e desportivas ao Jogador.

Este comunicado torna-se quase ridículo, desde logo por quase tornar Rafael Barbosa no mau da fita. A exigência de um pedido de desculpas público foi com o boda e o Sporting vê um dos seus activos ficar sem competir até janeiro. Resta saber se a participação ao Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol sempre seguiu adiante e como será o apoio prestado ao atleta no âmbito da queixa crime.

E depois deste apertar de mãos inaceitável, é grande a curiosidade para ver onde Frederico Varandas e a restante direcção leonina se vai sentar. Ocupar um lugar na tribuna, lado a lado com o Rodiney Sampaio, será um baixar de calças e um muito mau princípio num momento em que o mundo futebolístico nacional apalpa o pulso à nova direcção do Sporting Clube de Portugal.

varandas