Sim, isto não era suposto ter acontecido quando as expectativas estavam altas, mas vamos por partes e por perguntas:
– É uma vergonha perder 3-0 com benfica em futebol, ou sei lá, com o Portimonense? (Ca p*** de azia, mas isto é sobre voleibol)? É!
– É uma vergonha perder 3-0 com o benfica em Voleibol? Não!

A primeira pergunta nem vou explicar porque é óbvio, por isso fico-me pela segunda e particularizo com o jogo da Supertaça.

O Sporting não fez o melhor jogo do mundo mas, na verdade, a vitória podia ter caído para nós. Apanhámos um adversário que entrou forte no primeiro e segundo set obrigando-nos a correr atrás do prejuízo. O nosso distribuidor (Hernan) colocava várias vezes os nossos atacantes com apenas um adversário no bloco, mostrando que conseguia fintar muito bem com o seu passe. Ele jogou bem, mas nós temos o Maia e faz diferença quando ele está em campo. Falo já dele.

Começámos o jogo com 6 jogadores novos e a falta de entrosamento era gritante. Ajuda estarmos mais atrasados na preparação em comparação com o benfica? Sim, isso é o ponto que faz a diferença quando as equipas são tão niveladas. Admito-vos que o Aleksiev e o Wallace foram uma decepção. Ambos tiveram muitas bolas e notava-se a qualidade, principalmente no ataque, mas não eram consistentes. Eu dei por mim a ir (re)ver umas fotos do búlgaro para ver se estava “pesado” ou “era mesmo assim”.

Recuperando a importância do Maia, digo-vos que o Hugo Silva mexeu bem na equipa. Tirou o Aleksiev, Wallace e Hernan e meteu o Roberto Reis, Denis e Maia e a equipa começou a jogar melhor. A qualidade dos jogadores que entraram fez a diferença? Na verdade não, foi a atitude, o ânimo e a garra. Repararam na forma como o Roberto Reis festejava os pontos? E o Denis? O Nikolov também se sobressaiu e fez um bom jogo, tal como o Marshall.

O Sporting não esteve mal, bateu-se bem levando o jogo quase sempre para a diferença mínima no set (25-22; 25-23; 34-36). Fizemos 81 pontos e o benfica 88. Demos espetáculo em alguns momentos do jogo e realço a bola dos 16-12 no 3º set. Tudo isto não foi suficiente. Não é uma vergonha perder 3-0 no voleibol quando o jogo foi tão equilibrado. A desilusão permanece e foi uma taça que se foi. Não foi nenhuma vergonha mas devíamos ter ganho porque temos equipa para isso.

Dois dias depois, no arranque do campeonato, visita ao Sp. Espinho. Naturalmente mostrámos superioridade, naturalmente fomos melhores e naturalmente ganhámos por 3-1 . Pouco natural é que na Era dos Streamings, dos Livings, dos Facebookings e tudo resto acabado em “ing”, grande parte de nós teve que acompanhar o jogo através do Instagram do nosso jogador João Simões porque não havia ninguém (leia-se clubes ou Federação) a fazê-lo. Sim, aquele João Simões que ajudou a virar o 5º jogo da final do ano passado e saiu emocionado do campo porque se lesionou. Neste jogo, e de uma forma mais individual destaco para o jogaço do Andre Brown!

Tenho como regra nunca elogiar (em público) jogadores adversários do Sporting, por isso não vou falar do ex-Sporting Lourenço Martins que jogou que se fartou (mais do mesmo, não é Wilson Eduardo?). Para o ano é para regressar! Uma nota de parabéns também à FPV pela criatividade no resultado que colocou no seu site.

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As nossas leoas jogaram pela primeira vez no João Rocha e venceram o histórico Gueifães por um categórico 3-0 (25-19; 25-8; 25-21). Realçar o segundo set do Sporting que apenas deixou o Gueifães fazer 8 pontos sustentado num serviço de qualidade e uma eficiência enorme na defesa e contra-ataque. Certamente que a prioridade é a subida, mas gostava de saber o que estas jogadoras leoninas pensam sobre a possibilidade de uma equipa fora da primeira divisão ganhar a Taça de Portugal. Acham possível uma equipa da segunda divisão ganhar a taça? Podemos sonhar?

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“bê-à-bá” do voleibol: Gestos técnicos

Serviço – É o momento de abertura do ponto. Atrás da linha de fundo, o jogador envia a bola para o campo adversário, tentando dificultar o mais possível o primeiro toque na bola dos mesmos. Os diversos tipos de serviços que se vão vendo estão apenas relacionados com a capacidade técnica do jogador. Craque no gesto: Angel Denis;

Recepção – Após o serviço, este é o nome dado ao primeiro toque do adversário na bola. Craque no gesto: Hugo Ribeiro;

Passe – Este é um dos dois gestos básicos e fundamentais para se jogar voleibol. Toque de dedos a duas mãos que normalmente serve para colocar a bola “redondinha” para uma castanhada no ataque. Craque no gesto: Miguel Maia;

Manchete – O outro gesto básico e fundamental neste desporto. Transmissão da bola com os dois antebraços unidos. O movimento requer a junção dos braços (em completa extensão) e mãos (sobrepostas ou com uma envolvendo a outra), com os cotovelos quase a tocarem-se;

Remate – Este nem é preciso explicar muito. São aqueles movimentos que nos fazem levantar da cadeira quando vemos um jogador a saltar. Craque no gesto: Marshall;

Defesa – Após um remate, este é o nome dado ao primeiro toque do adversário na bola. A analogia com a recepção é simples. Se o gesto técnico for após um serviço chama-se recepção, se for após um remate chama-se defesa. Craque no gesto: João Fidalgo;

Bloco – Trata-se dos muros formados por braços e mãos acima da rede. Craque no gesto: Andre Brown.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)