A pergunta dá título a um artigo do Goalpoint, onde se analisam as prestações do camisola 8 leonino. Depois de uma época onde foi o jogador mais em destaque no campeonato nacional, Bruno Fernandes está longe da influência demonstrada e, diversas vezes, damos por nós a vê-lo falhar passes que normalmente não falharia. O próprio jogador, inclusivamente, já utilizou a sua página de Instagram para dar conta da frustração que sente pelo decréscimo de qualidade das suas exibições.
A questão não pode ser contornada: Bruno Fernandes não se está a exibir como na época passada, mas estará assim tão em baixo de forma? Será justo afirmar que o médio está a ter um percurso assim tão abaixo das suas possibilidade? Em que pormenores o seu futebol perdeu qualidades? A sua influência no futebol leonino perdeu peso?
Os números mostram, de facto, um Bruno Fernandes diferente. Porém, há factos ligados ao colectivo sportinguista que explicam este menor fulgor do médio. Menor, mas não ao ponto de se poder afirmar que está a fazer uma má época. Não está. Só que ninguém joga sozinho e há questões de estilo colectivo a afectarem o que o jogador faz nas quatro linhas.
Para já, um olhar sobre os principais números de Bruno Fernandes nestas primeiras sete jornadas, em comparação com os das primeiras sete de 2017/18 e os totais da temporada passada.
O médio acaba por ser “vítima” da forma de jogar do Sporting, necessariamente diferente com José Peseiro em relação ao que era com Jorge Jesus, por diversos factores, como a filosofia de jogo do treinador e os jogadores que tem à sua disposição. Ao internacional português é pedido que seja uma espécie de “patrão” de toda a manobra ofensiva da equipa, perdendo, no processo, a liberdade de ocupar espaços mais à frente no terreno, numa clara ligação ao ponta-de-lança que parece perder-se neste momento – algo que abordarei mais à frente.
Importante, para já, perceber onde Bruno está diferente e, analisando a tabela acima, o cenário começa a ganhar forma. Por esta altura de 2017/18, o jogador já levava cinco golos, contra os dois desta temporada, é certo, mas a principal diferença nem é essa. O médio já conta uma assistência, faz mais passes para finalização do que anteriormente e até o número de ocasiões flagrantes é semelhante à média da época passada. O problema parece estar nas expectativas criadas com o arranque de campeonato passado, no qual o jogador arrasou em golos, remates, taxa de conversão dos mesmos, a forma fácil como os enquadrava (de dentro ou de fora da área) e como os colocava longe do alcance dos guarda-redes. Isto tudo advinha do facto de Bruno jogar bem mais próximo da baliza adversária, ainda que ao longo da prova esses números tenham “normalizado”.
A “frustração” do internacional português, e dos adeptos, tem sustentação na menor inspiração do atleta no momento do remate – muito por culpa de jogar um pouco mais longe da baliza contrária -, não pela quantidade, mas pela qualidade. Bruno tenta o remate praticamente com a mesma frequência de outros momentos, mas com menor eficácia, com especial destaque para os disparos colocados aos ângulos superiores, que se cifram em… 0%, ou na taxa de conversão dos remates (9,1%, em comparação, por exemplo, com os quase 28% das primeira sete rondas de 2017/18).
O aumento dos maus controlos de bola apontam para uma menor confiança do jogador e o facto de terem diminuído bastante os passes curtos para desmarcação sustenta a ideia de que Bruno Fernandes integra-se bem menos nas acções ofensivas junto às áreas contrárias.
Ninguém joga sozinho e a qualidade de quem o acompanha ou está ausente, neste caso nos momentos de finalização, acaba por afectar o rendimento do português. Falo de Bas Dost, que apenas completou duas jornadas até ao momento no campeonato, com dois golos marcados. Deste então, o desempenho do próprio Bruno Fernandes tem vindo a cair. Coincidência? Não creio.
No final de 2017/18, olhámos para os “parzinhos” da Liga NOS, nos diversos momentos de jogo em que pares de jogadores mais interagiram durante a época em variáveis fundamentais. Numa dessas análises, relativamente às assistências, e como pode constatar na infografia acima, Bruno Fernandes ofereceu a Bas Dost seis dos golos que este apontou, sendo a interacção mais elevada no campeonato passado, a par de Ricardo Horta – Paulinho, no Sp. Braga.
Tal ganha mais relevo pelo facto de, à sétima jornada, Bruno Fernandes ser o terceiro jogador na Liga com mais passes para finalização por 90 minutos, nada menos que 3,2 – apenas atrás de Pizzi e Alex Telles -, mais do que registava por esta altura de 2017/18 (2,1) e que no total da temporada passada (2,3). A variável “passe para finalização” define o acto de proporcionar a um colega uma situação de finalização, pelo que a transformação deste movimento em “assistência” depende muito da qualidade com que o colega de equipa finaliza. E aqui, a ausência de Bas Dost por lesão assume um peso relevante e explica em grande medida o facto de Bruno Fernandes registar apenas uma assistência para golo nesta fase. Golo, aliás, apontado por… Bas Dost na primeira jornada, no triunfo por 3-1 em casa do Moreirense – onde Fernandes também facturou.
Em suma, Bruno Fernandes está diferente, sim, mas a meu ver devido à diferente missão que a si lhe é atribuída por José Peseiro e à ausência de Bas Dost como “parceiro” ideal para concluir com qualidade a boa quantidade de passes para finalização que o médio produz por partida. A falta de confiança de Bruno na altura do disparo, consequência de todos os factores expostos acima, acaba por afectar bastante a sua eficácia de remate, pormenor que, esse sim, justifica os reparos dos adeptos e dos próprios. Acredito que, com o regresso do holandês, o desempenho do português sofrerá um “boost” considerável. Porque um jogador com a qualidade de Bruno Fernandes não desaprende simplesmente de jogar.
11 Outubro, 2018 at 20:39
Não há um único jogador do plantel a render o que deveria. Tirando Raphinha e Jovane (condições diferentes) tudo o resto tem sido uma miséria (do pouco que vi).
Isto diz tudo sobre o treinador. Por isso digo que dar tempo é só adiar o problema.
11 Outubro, 2018 at 20:50
Deste, passo!
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11 Outubro, 2018 at 20:50
As estatísticas são muito lindas e tal… e resultados práticos? É o mesmo Bruno Fernandes “melhor jogador da liga NOS” que quando tinha a bola nos pés tinha capacidade para mudar o jogo? Não. Muito longe disso. Mas há quem veja futebol e há quem veja estatísticas.
11 Outubro, 2018 at 20:52
Vencemos no tenis de mesa.
#lc
11 Outubro, 2018 at 21:52
A sua cabeça é que não está nem nunca estará em forma por suores frios e pesadelos noturnos.
Sem perfil nenhum para ser capitão de uma equipa de futebol, sem carater e sem respeito pelo clube e adeptos.
Não está em causa a sua qualidade (ás vezes) como jogador mas isso só não chega.
Nunca lhe vou perdoar o que fez, a ele a aos outros covardolas.
* Uma agradável exibição e vitória de uma seleção portuguesa na Polónia repleta de lampiões e traidores, porque de Alcochete infelizmente agora só saem notícias de detenções e pouco mais.
11 Outubro, 2018 at 22:03
O Peseiro esta neste momento a fazer scouting no campo pequeno, evento patrocionado pela SLbosta!
11 Outubro, 2018 at 22:04
Estamos os dois na RTP 🙂
11 Outubro, 2018 at 22:07
Sousa Cintra também
11 Outubro, 2018 at 22:13
Já estamos cá todos! Há patrocinio do Sporting?
11 Outubro, 2018 at 22:17
Foda se…. espero que nunca aconteça !
12 Outubro, 2018 at 1:02
Touradas?!
É o que temos mais…
11 Outubro, 2018 at 22:06
Boas Noites, Caros Tasqueiros.
Bruno Fernandes está a jogar miseravelmente. Mas, provavelmente isso não se notará nas estatísticas porque toda a equipe o está a fazer. Pelo que o “peso” de BF deverá manter-se inalterável ou perto disso…
Espero que o Peseiro esteja a aproveitar esta “pausa” para repensar o modelo de jogo, porque a coisa pura e simplesmente não está a resultar…
Neste momento, e excluindo a defesa, o único “intocável” no “onze” será o Raphinha (e o Bas Dost, claro!) na ala. Quanto ao resto, cabe ao Peseiro ver como melhor exponenciar as qualdiades de cada um. Se isso significar “sentar” o BF… pois que “sente”. E já agora o Battaglia também!
SL
12 Outubro, 2018 at 5:13
Bom comentário
11 Outubro, 2018 at 23:13
Bom jogador, mas uma das razões por não ter ainda ocupado o meu lugar este ano.
Não perdoou traições.
Cheira-me que só volto contra os lamps. Contra esses nunca somos demais.
12 Outubro, 2018 at 1:05
Podia ter 500 golos e ejacular notas de 500€ para o pessoal da bancada a cada um que marcasse, que nunca mais celebrarei nenhum, por mais que esse conflito interno me custe por continuar, infelizmente, a ser um golo do meu clube.
Um traidor é um traidor. Coberto de ouro ou de trapos.
12 Outubro, 2018 at 1:10
Um macaco vestido de seda continua a ser macaco…
12 Outubro, 2018 at 22:25
Um burro de bata branca pode ser … um doutor …
12 Outubro, 2018 at 1:16
Se calhar foram os suores em catadupa que retiraram clarividência futebolística a este mercenário e traidor. Ainda estou à espera que venham bater os 100 milhões e o levem para longe. Bem longe.
12 Outubro, 2018 at 5:03
Lol… Foda-se cherba…
Claro que não, até foi mvp várias vezes…
A sério!?!??
Este post é a gozar?
12 Outubro, 2018 at 9:57
Para mim morreu no dia em que rescindiu.
12 Outubro, 2018 at 10:14
Arranjemos um treinador bom…..e veremos os jogadores em grande forma!
12 Outubro, 2018 at 10:21
PUMBA!!!
12 Outubro, 2018 at 17:31
Parece simples….e até é!!!