Ou uma análise aprofundada de uma entrevista cheia de unicórnios, duendes, arco-íris e uma viagem extra pelo paraíso do chocolate onde o Willy Wonka convida o Chapeleiro Louco para anunciarem ao mundo que o Peseiro é o homem certo no lugar certo (e tudo o que de mau aconteça ao Sporting não é culpa dele).

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Os recursos do Sporting são inferiores aos do benfica e aos do fcPorto, que são os principais candidatos ao título. Peseiro transmitiu esta ideia ao balneário como forma de motivação, dizendo aos jogadores que, pese esta diferença, é possível sermos campeões. Mas, aqui para nós, também servirá de desculpa, certo?

Ah, mas também existem recurso que não estão connosco por opção do Peseiro e da Comissão, certo?

«não é por não termos os mesmos recursos que não assumimos a possibilidade de ganhar coisas e de sermos campeões este ano. O que é necessário é que os sportinguistas tenham essa ilusão, essa ambição, mas tenham os pés no chão e na relva como nós temos»
Isto quer dizer o quê? É uma espécie de acreditamos que podemos lá chegar, mas se não chegarmos será natural?

«Não sei se foi o empate na Luz que provocou uma ilusão desmedida que possa ter alterado esta estabilidade»
Não sei se ria, não sei se chore…

«Eu costumo dizer que o patinho feio dos três grandes é o Sporting»
uma das melhores passagens da entrevista. Peseiro faz bem em apontar o dedo aos agentes externos e à forma como internamente não sabemos gerir os momentos. Só não sei é se uma entrevista de falinhas mansas e vitimização será o melhor para ajudar a alterar isso…

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«Este treinador passou dois meses até ao fecho do mercado, todo o dia na Academia, a ser director, pai, treinador, relações com os agentes… Acho que não devia ter sido assim, mas era necessário e foi o que fizemos.
Momento alta definição…

«Temos que entender que para vencer não é preciso ter um jogo exuberante, ofensivamente avassalador, não é esse o caminho. Quisemos fazer isso com o Portimonense e perdemos.»
Este gajo está a gozar, não está?!?

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foco total nas palavras em relação à formação. Considero importante este alerta e noto com curiosidade o final deste quadro sobre formação: que era importante ter equipa B para ir buscar jovens com potencial a outros países enquanto ainda são desconhecidos e rentabilizá-los financeiramente. Os exemplos que tivemos nos últimos anos mostra exactamente o contrário: enchemos a equipa B de gajos cheios de potencial que se revelaram completo lixo, algo que resultou na descida de divisão e no fim do projecto (obrigado, JJ). Dá-me vontade de fazer duas perguntas ao nosso amigo Peseiro: porque é que esse jovem cheio de talento, chamado Gelson Dala, voltou a ser emprestado? Será que os miúdos que descobrimos com 18, 19, 20 anos, não podem evoluir nos sub23?

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em mais duas páginas de choramingadeira, de justificações, de pedidos de aglutinação e de que acreditem no seu trabalho, retenho-me nas caixas:
– Geraldes, Matheus e Palhinha quiseram sair, mas Peseiro acredita neles e quer que regressem para fazer parte do plantel do Sporting.
– geriu-se mal a situação de Bas Dost antes e depois de se lesionar, tentando queimar etapas para contar com o jogador
– pondera jogar com dois avançados, mas dá a entender que está à espera de Dost para implementar isso (e Diaby veio para ajudar a colocar essa ideia em prática)
– o plano de Peseiro é anunciado de forma a quase passar despercebido: até Dezembro, estar em condições de disputar o campeonato e continuarmos em todas as competições. No fundo, José acredita que vai ficar e que lhe vão deixar prendas no sapatinho

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blá blá blá e vale a pena parar na coluna da direita, onde se fala da relação entre Champions, scouting, formação. Teoria da boa. Só não acredito neste homem para a colocar em prática.

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– os outros estão a jogar pouco, mas só se cobra isso ao Sporting
– o homem acha que, enquanto treinador, continua a ser um gajo extremamente ofensivo, mas com um toque evolutivo que lhe permite ser mais consistente na transição defensiva
– «se tivéssemos mantido a média de um golo sofrido, tínhamos ganhado 2-1 em Portimão» (alguém o mande pró caralho que eu estou a sentir-me repetitivo…)
– o presidente está a arrumar uma casa que estava muito desarrumada (o Cintra vai amuar, pois disse que deixou tudo no ponto e que era só pegar e continuar)
– a prioridade é a Liga, ser primeiro ou segundo
– «entendi que não era bom para nós o Fábio Contrão cá estar»
– Viviano não joga porque tem tido problemas físicos e não dá garantias a nível psicológico. Assim que as der, terá oportunidade, pois veio para ser número 1 e não 2ª ou 3ª opção
– Wendel não tem medo de ter a bola, é um dos melhores jogadores do Sporting na relação com o esférico, mas tem que aprender a jogar na Europa e a ter a noção de posicionamento táctico, para não perder a bola em zonas proibidas. Diz que é um enorme talento e que vai render muito dinheiro e que só não tem jogado porque entretanto se lesionou (já vos pedi para o mandarem para o caralho?)

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provavelmente a melhor página da entrevista. Algumas ideias boas, nomeadamente no relacionamento dos capitães de equipa com os restantes colegas. Deu para terminar a contorcer-me menos, mas, desculpa lá, Peseiro, a minha ideia não se alterou uma vírgula: não te vejo como homem para nos conduzires ao sucesso. E preferia, um milhão de vezes, que tentasses mesmo ser diferente e levasses quatro… jogando o suficiente para marcar cinco ou seis.