Enquanto os nossos sub23 tentam aproveitar o dérbi contra o Belenenses para sair do buraco (começa às 11h), tempo para meditar sobre este muito interessante artigo, publicado no Sapo.
CLUBE VS SAD: O ‘VÍRUS’ QUE ESTÁ A LEVAR EMBLEMAS HISTÓRICOS DO FUTEBOL PORTUGUÊS AO ABISMO
Há um problema no futebol português que ‘grita’ nas ‘urgências’ do atendimento: emblemas históricos estão a cair no abismo num ‘piscar de olhos’, devido a conflitos entre as direções dos clubes e as empresas e investidores individuais que dominam o futebol profissional. Sport Clube Beira-Mar, Atlético Clube de Portugal, União Desportiva de Leiria e, recentemente, o Clube de Futebol os Belenenses, pedem uma mudança urgente na legislação sobre as Sociedades Anónimas Desportivas. O vazio na legislação e a falta de supervisão sobre a origem do capital é um dos principais problemas, assim como a falta de punição para quem viola os contratos assinados.
É urgente mudar a lei das SAD´s sob pena de mais clubes caírem da Primeira Liga para as divisões distritais das suas Associações de Futebol. Isto porque quando há uma separação entre a SAD e o clube, como aconteceu com o Belenenses, ou a falência da Sociedade Anónima Desportiva, como foram os casos das SAD´s do Beira-Mar, União de Leiria e Atlético, o clube fundador vê-se obrigado a começar do zero, em vez de assumir a SAD e continuar no escalão onde estava. E, do zero, tenta uma caminhada dolorosa rumo à elite do futebol português. Dos que caíram, ainda ninguém se levantou.
SAD ou SDUQ? Qual a melhor opção?
Tudo começou em 1997, quando o Governo, através do Decreto-Lei n.º 67/97, estabeleceu o Regime Jurídico dos Clubes Sociedades Desportivas. O mesmo foi alvo de revisões e em 2013 o Decreto-Lei n.º 10/2013, de 25 de janeiro, estabeleceu o Novo Regime Jurídico das Sociedades Desportivas onde o Governo estipulava que, para poderem competir nos campeonatos profissionais de futebol da Primeira e Segunda Ligas, os clubes tinham de constituir uma sociedade desportiva, a partir da época 2013/2014. A maior parte dos emblemas optou pelas Sociedades Anónimas Desportivas (SAD´s) mas outros, de menor dimensão, formaram uma Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ) que, na maioria das vezes, funciona como o departamento de futebol do clube. Dos 18 emblemas da Primeira Liga, apenas Rio Ave e Tondela estão inseridos numa Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas (SDUQ).
Dos da Segunda Liga, só Paços Ferreira, Penafiel, Covilhã, Varzim, Oliveirense, Famalicão, Mafra, Académica de Coimbra, Gil Vicente e FC Arouca optaram pelas SDUQ´s. Ou seja, os emblemas de menor dimensão e mais a Norte colocaram na Sociedade Desportiva Unipessoal por Quotas a gestão do seu futebol profissional. Quem opta por uma SDUQ consegue preservar a sua identidade, já que é titular do capital social do clube. O mínimo do capital social de uma SDUQ é de 250 mil euros para emblemas da Primeira Liga e 50 mil euros para quem está na II Liga. Já as SAD´s dos clubes da Primeira Liga têm de ter um capital social mínimo de um milhão de euros, valor que baixa para os 200 mil euros se for uma SAD de um clube da Segunda Liga. O clube só está obrigado a ter, no mínimo, 10 por cento do capital da SAD.
A opção pela SAD é vista como uma forma de atrair investidores, que possam colocar capital no clube de forma a ajudá-lo a ser competitivo e chegar a patamares superiores. O problema começa quando os resultados desportivos da equipa principal de futebol começam a escassear. Os sócios, sem voto na matéria na maioria dos casos, começam a ver o futebol, o principal impulsionador do clube, a tomar um rumo longe daquilo que imaginaram.
É urgente mudar a lei das SAD´S
Veiga Gomes, da Abreu Advogados: “Qualquer criminoso internacional pode ser administrador ou proprietário de uma sociedade desportiva em Portugal”
Mas como se explica que existam tantos problemas entre clubes e respetivas SAD´s? O que está na origem do diferendo entre, Belenenses Clube e Belenenses SAD, por exemplo? A resposta está na lei de criação das SAD´s e na falta de um regime sancionatório para os incumpridores. “Temos um conjunto de obrigações: no papel está previsto o que cada um – clube e investidor – deve fazer, mas no geral, não há qualquer tipo de sanção para o incumprimento destas obrigações. A lei prevê que a SAD tenha que pagar uma justa contrapartida pela utilização do estádio. Mas se não pagar, não há consequência nenhuma. A lei prevê que o clube tenha um administrador nomeado na SAD mas se essa administração se reunir sem a sua presença ou sem convocar ou dar informação ao administrador nomeado pelo clube, não há qualquer consequência. A lei prevê também que a mudança da sede da SAD tenha de ser aprovada pelo clube. E o que acontece se a SAD resolve ir para outro lado? Nada”, explica-nos Fernando Veiga Gomes, um dos advogados da Área de Prática de Direito do Desporto, da Abreu Advogados, em entrevista telefónica.
Para Veiga Gomes, que é Presidente da Comissão de Direito do Desporto da UIA (Union Internationale des Avocats) desde 2015, “é urgente fazer uma mudança na legislação sobre as SAD´s” para evitar casos como o do Belenenses, que tem duas equipas de futebol sénior, uma da SAD e outra do clube, além de ter equipas também nos escalões de formação. Esta época, por exemplo, as equipas do Belenenses Clube vão jogar contra as da Belenenses SAD nos campeonatos de formação da Associação de Futebol de Lisboa. “Vai ser uma coisa absolutamente ridícula, onde vamos ter jogos entre duas equipas com o mesmo nome, equipados com o mesmo equipamento e com o mesmo símbolo. E isto sem que a Liga ou Federação façam alguma coisa”, explica-nos.
Como chegámos até aqui? A explicação está nas lacunas da lei e num futebol a viver acima das suas possibilidades.
“Os problemas resultam de uma lei mal feita, que não prevê qualquer tipo de sanção. Há aí uma parte forte que, no fundo são os acionistas, que têm o maior ativo principal que é o futebol e que julgam poder fazer o que lhes apetecer, sem qualquer tipo de sanção”, frisa.
A falta de controle e supervisão sobre o capital e os investidores é outro problema. “Qualquer pessoa ou empresa, nacional ou estrangeira, pode comprar a maioria do capital de uma SAD: não existe sequer uma apreciação dos administradores, verificação do seu conflito de interesses, registo criminal, etc. Qualquer criminoso internacional pode ser administrador ou proprietário de uma sociedade desportiva em Portugal, fazer o que bem entender com ela, utilizá-la para fins lícitos ou menos lícitos, para apostas ilegais, para lavagem de dinheiro, e já tivemos casos disso, sem que ninguém se preocupe com isso”, explica-nos este especialista. Os casos da queda das SAD´s do União de Leiria e Atlético são exemplos disso.
Depois de tantos casos, seria de esperar uma intervenção das entidades competentes, mas, até agora, Liga de Futebol Profissional, Federação Portuguesa de Futebol e Instituto Português do Desporto e da Juventude, nada fizeram. Os presidentes de Belenenses e Atlético juntaram a sua voz à de Veiga Gomes, pedindo uma ação rápida do Governo.
“A Liga, a Federação e o IPDJ ignoram o problema. É muito típico do português: se não se fala, não é assunto, não tem importância, ninguém quer saber. Há muitos programas de desporto na TV a falar de três clubes de futebol e como esses não têm esses problemas, é um bocado indiferente”, sublinha Veiga Gomes. A mesma opinião tem Patrick Morais de Carvalho, presidente do Clube de Futebol Os Belenenses.
“O Governo, o Estado e a Assembleia da República não podem fazer como a avestruz e meter a cabeça debaixo da areia e fazer de conta que não se passa nada. Passa-se. A Liga e a Federação, mais cedo ou mais tarde, vão ter de deixar de assobiar para o lado e vão ter de começar a preocupar-se porque vão ser muitos casos em catadupa e vão ter de olhar para esta matéria”, conta o líder dos azuis do Restelo.
Mas tão cedo não teremos uma mudança na legislação. Patrick Morais de Carvalho, presidente do Clube de Futebol Os Belenenses, tem sido uma das principais vozes contra a lei que rege as Sociedades Anónimas Desportivas. Depois da separação entre clube e SAD, que levou à criação de duas equipas com o nome Belenenses em 2018, o presidente do clube tem tentado explicar o problema a todas as entidades, desde que se iniciou o diferendo com a Codecity Sports Management, empresa detentora da maioria do capital da SAD e que rege o futebol profissional do clube. Já foi ouvido por todos os partidos políticos, na Comissão de Ética e Desporto na Assembleia da República, onde “todos manifestaram preocupação com esta matéria”.
“Tivemos também conversas com o Secretário de Estado do Desporto, o Dr. João Paulo Rebelo, e aquilo que nos foi dito é que nesta legislatura, a grande preocupação do Governo relativamente ao futebol era a questão da violência, com preparação de legislação vária nessa matéria. Mas claramente na próxima legislatura estaria em cima da mesa como prioritário esta questão das SAD´s, da lei das SAD´s e do escrutínio sobre a proveniência do capital que vai chegando às diferentes Sociedades Anónimas Desportivas”, conta Patrick Morais de Carvalho.
Os investidores vão chegando em catadupa e já não procuram apenas os clubes profissionais de futebol. “Se pensar no Campeonato Nacional de Seniores e nas Distritais, vai ficar surpreendido porque são às dezenas os clubes que perderam o controle do seu futebol e são entidades muitas vezes opacas que estão à frente do destino do futebol sénior desses clubes”, conta Patrick Morais de Carvalho. Foi o caso do Atlético que, depois de ter caído no abismo, está a tentar reerguer-se. E até já recebeu convites de investidores, mesmo depois de tudo o que passou. “Já fui contactado por gente a perguntar-me se o Atlético não estaria interessado na entrada de investidores para criar uma SAD. E estamos na Segunda Divisão Distrital de Lisboa”, conta-nos Ricardo Delgado, presidente do emblema da Tapadinha.
Parte da resolução do problema estará na própria lei, que devia prever mecanismos de salvaguarda em caso de incumprimento. Veiga Gomes, da Abreu Advogados, Ricardo Delgado, presidente do Atlético e Patrick Morais de Carvalho, presidente do Clube de Futebol os Belenenses defendem o mesmo.
“É preciso acabar com esta sensação de impunidade que gozam os investidores. Ou seja, quando uma das partes deixa de cumprir, devia haver sanções: desportivas, financeiras ou outras, e inclusive que pudesse levar à própria reversão do negócio que foi feito. É preciso ter noção de que isto é uma coisa séria”, defende Veiga Gomes.
“O principal ponto a alterar seria um regime sancionatório para, em caso de incumprimento por parte dos putativos investidores, os clubes fundadores poderem ficar defendidos, nomeadamente resgatando a equipa de futebol das SAD´s onde estão e poderem, no momento seguinte, fazer uma outra SAD. Imagina, o clube A, que é sócio fundador de uma determinada SAD, no caso de ver incumpridos os seus direitos especiais, que foi o legislador quem os consagrou, esse clube poder abandonar essa sociedade anónima e levar com ele a equipa de futebol que é sua e poder recomeçar no dia seguinte com uma outra sociedade, no caso de serem comprovadas essas violações grosseiras dos direitos dos clubes fundadores”, pede Patrick Morais de Carvalho, tal como Ricardo Delgado.
“Os clubes em Portugal não estão preparados para terem SAD´s compradas por investidores estrangeiros. […]. Ninguém faz nada para proteger e defender os clubes originais. Não sou contra entrada de investidores, mas é preciso haver segurança para que, em caso de incumprimento por parte do investidor, que o clube originário que cria o futebol, nunca é precavido nestas situações. Se houver um incumprimento por parte do investidor, o clube originário, se quiser prosseguir, tem de começar de uma divisão distrital. Não é justo. Quem fomenta o futebol, tem de parar para repensar este problema das SAD´s. Nós, no Atlético, vimo-nos na obrigação de começar na última divisão, quando o que aconteceu foi o não cumprimento por parte do investidor para com o clube. O prejudicado não pode ser sempre o clube fundador”, defende o presidente do Atlético.
O caso Belenenses: duas equipas de futebol sénior e uma descida ‘ao inferno’
Patrick Morais de Carvalho surpreendeu o mundo do futebol em Portugal quando anunciou a criação de uma equipa de futebol sénior para representar o Clube de Futebol Os Belenenses no escalão mais baixo da Associação de Futebol de Lisboa, após o final da época 2017/2018. O emblema da Cruz de Cristo passaria a ter duas equipas séniores, mas a jogar em estádios diferentes. Era o derradeiro golpe na ‘guerra’ entre o clube e a SAD, que levou a que a equipa de futebol profissional do Belenenses passasse a jogar e a treinar no Jamor.
Tudo começou em novembro de 1999, com a criação da Sociedade Anónima Desportiva do CF Os Belenenses para gerir o futebol profissional. Em 2012 os sócios votaram a favor da venda da maioria do capital da SAD à Codecity Sports Management, um fundo de investimento liderado por Rui Pedro Soares, com o Belenenses a ficar apenas com uma participação de 10 por cento. Desde então, vigorava um protocolo assinado por ambas as entidades, que cessou no dia 30 de junho de 2018. A decisão de acabar com este acordo saiu de uma Assembleia-geral, depois de um tribunal ter dado razão à SAD sobre a extinção do acordo parassocial assinado em 2012 e que previa a recompra da maioria do capital da sociedade por parte do clube. O Belenenses Clube tinha deixado passar o prazo para a recompra da SAD e quando tentou, a Codecity assim não o quis.
Neste ‘divórcio’ a ‘separação de bens’ ficou feita da seguinte forma: a Belenenses SAD ficou com a equipa de futebol profissional e a de sub-23, o Belenenses Clube ficou com o resto: o estádio do Restelo e o complexo desportivo, o património onde também se inclui o bingo e alguns terrenos, o futebol de formação, as modalidades amadoras (cerca de 300 equipas e quase cinco mil atletas em todos os escalões de todas as modalidades). Após a separação, o clube iniciou diligências no sentido de impedir a SAD de utilizar a marca Belenenses.
“Aquela equipa que está aí no Jamor não representa o Belenenses, não representa os valores do Belenenses, representa outra coisa qualquer que a gente não sabe o que é, mas tudo faremos, nos locais próprios, para que aquela equipa não se confunda com o Clube de Futebol Os Belenenses”, frisa Patrick Morais de Carvalho, explicando depois o que o clube pretende com a ação interposta em tribunal contra a Belenenses SAD.
“O que se discute nesta Providência cautelar é a utilização da marca e dos símbolos do clube, nomeadamente o seu emblema e a Cruz de Cristo, que é uma marca identitária desde sempre da fundação do clube. Se a decisão for favorável ao Belenenses, a SAD não tem autorização para os utilizar. Essa autorização tinha-lhe sido conferida em sede de protocolo que foi denunciado, mas não havendo protocolo, não pode utilizar o estádio, como já não está a utilizar, e também não pode utilizar a marca identitária do Clube de Futebol os Belenenses. A Liga e a Federação estão avisadas desde o início da época que o Clube de Futebol Os Belenenses não autoriza a utilização da marca Belenenses por aquela sociedade”, explica.
A decisão de começar tudo do zero no futebol levou a uma divisão entre os sócios, mas o presidente do clube garante que “a massa associativa está unida para dar este exemplo ao país desportivo”, de ver o Belenenses a ser a “bandeira desta luta contra este regime desatualizado da lei das SAD´s que existe em Portugal”.
“Este é o caminho que os sócios do Belenenses escolheram fazer, e por isso descemos ao inferno. Não temos medo de fazer este caminho: sabemos que é duro, difícil, mas somos o grande Belenenses e o grande Belenenses tem resposta para tudo. Já passou por dificuldades muito maiores na sua história: teve de passar por problemas terríveis, desde ficar duas vezes sem estádio a ser espoliado de uma série de coisas, e sempre soube encontrar respostas”, disse, desvalorizando a divisão entre os sócios já que “97 por cento” estão do lado do clube.
“Os sócios que vão ao Jamor ver os jogos da equipa da Primeira Liga dizem que vão enquanto aquela equipa jogar com a Cruz de Cristo e se chamar Belenenses. Apesar de serem três a quatro por cento, são sócios que merecem o meu respeito porque consigo compreendê-los, mas sei que, mais cedo ou mais tarde, voltarão ao seio do Clube de Futebol Os Belenenses, porque eles são tão ou mais Belenenses do que eu”, vaticina.
Nas páginas oficiais das duas equipas na rede social Facebook são frequentes as trocas de acusações sobre quem tem razão. Alguns sócios ouvidos pelo SAPO Desporto mostraram o seu descontentamento pela situação que o clube está a viver.
Carlos Gil Carlota: “O meu apoio vai unicamente para o clube de futebol Os Belenenses. Respeito o treinador e jogadores da SAD mas não os vejo como um clube mas sim uma empresa presidida por um senhor que se aproveitou das debilidades económicas do clube para roubar o nosso nome, identidade e adeptos para investir no futebol.”
Eliana Baptista: “Tenho sérias dificuldades em aceitar que um sócio, adepto ou simpatizante, verdadeiramente empenhado no clube, considere virar as costas ao que a maioria decidiu, apoiando a SAD contra aquela que é a vontade dos sócios e o caminho que melhor defende os interesses do Belenenses, como clube. Acho que não há utilidade nenhuma na constituição de SAD’s, sobretudo quando os clubes ficam sem participação, sem voto, sem poder decisório, à mercê de interesses financeiros pouco transparentes e completamente alheios à vida associativa dos clubes, resumindo-se a ceder instalações, pagar despesas correntes e emprestar um emblema e uma marca que apenas pertence aos clubes. Esses senhores que jogam no Jamor não são Belenenses.”
Carlos Manuel Crespo: “A minha opinião está refletida nos posts que (cada vez menos) vou colocando por aí em resposta à raiva, à frustração, ao autêntico clima de guerrilha espalhada pelas redes sociais e que estão a minar os princípios, valores e memória histórica do CF Os Belenenses. Aparentemente caiu-se na velha armadilha de reduzir o problema a um conflito entre nós e os outros, entre os verdadeiros belenenses (os que apoiam a equipa dita de futebol sénior, amadora, gerida diretamente pela direção do clube) e os traidores, vendidos ao poder do dinheiro (os que apoiam a equipa de futebol profissional, gerida por uma SAD.). Tenho uma certeza, ninguém vai ganhar com esta guerra… Quem escolheu este caminho anarquista, niilista, de que para começar tudo de novo (utopia) é preciso tudo arrasar (e começar do zero)? Esta via tem um nome: Patrick Morais de Carvalho. Para mim, pôs a ultima pedra sobre o meu Belenenses, aquele com o qual vivi e cresci desde o meu nascimento até abril de 2016, quando deixei de pagar as quotas porque sinceramente não aguento ser mais um a seguir o flautista de hamlin para o vazio”.
Vicente Lucas, um dos melhores jogadores de sempre do Belenenses, olha para este diferendo com mágoa.
“Eu não gosto é de ver e ouvir gozar com o Belenenses. Ouvir alguém perguntar: ‘És do Belenenses clube ou SAD?’ É triste. Eu não vou entrar nessa guerra. Eu sou Belenenses, ponto! Gosto muito do Silas [treinador da equipa da SAD na I Liga] e gosto muito do Taira [diretor desportivo da equipa do clube nas distritais de Lisboa]. São dois homens do clube, que honraram esta camisola e merecem o meu respeito. Tenho uma certeza, ninguém vai ganhar com esta guerra e há tradições que se perdem, como o FC Porto ir colocar as coroas de flores no busto do Pepe no Restelo”, disse o irmão de Matateu, outra glória do clube, em declarações ao site ‘Jornal Só Desporto’.
Atlético CP: do sonho de 1.ª Liga às Distritais de Lisboa. Direção tenta resgatar a dignidade e os valores do clube
O caso do Atlético Clube de Portugal é semelhante ao do Belenenses. A diferença é que a SAD do emblema de Alcântara entrou em insolvência e já não existe. Em 2013, Anping Football Club, uma empresa de Hong Kong, adquiriu 70 por cento das ações da SAD, quando o clube era liderado por Almeida Antunes e assumiu o domínio do futebol profissional. O chinês Mao Xiaodong era o homem por detrás do negócio, ele que já estava indiciado pela UEFA por suspeitas de resultados combinados em apostas.
Mas os investidores que iam ajudar o Atlético a crescer para chegar a Primeira Liga acabaram por atirar o histórico emblema (é um dos 15 clubes com mais jogos no principal campeonato português da Primeira Divisão) para a bancarrota. Com o avolumar dos problemas entre os representantes da empresa chinesa, os técnicos e a direção do clube, o Atlético acabou por cortar relações com a SAD, proibindo os representantes desta de ter acesso às instalações do clube e impedindo a equipa da SAD de utilizar o estádio da Tapadinha. O Atlético formou a sua própria equipa, a partir da equipa B para competir nas distritais de Lisboa. A equipa da SAD desceu duas divisões até acabar por completo, com a SAD a inscrever a equipa, mas a não ter jogadores e a ser desclassificada do Pró-Nacional da AF Lisboa em setembro de 2017. Depois de alguns encontros onde lhe foi marcado ‘cover’ por não comparecer, fechou as portas até este ano de 2018, quando a SAD foi declarada insolvente. O clube recuperou o controlo do futebol profissional e está a trilhar o seu próprio caminho, no meio de muitas dificuldades.
“Financeiramente o Atlético está a passar pela pior crise financeira de sempre. Não só pela situação da SAD que, na altura, fez com que os sócios se afastassem do clube, mas também porque em termos de gestão atual, o clube estava muito parado e com uma gestão fechada sobre si mesma. Mas há um caminho a ser feito desportivamente, financeiramente estamos a reestruturar o clube para que possa ter um futuro. Para já tem de ter eficiente e isso é algo que todos os clubes têm de ter porque, caso contrário, vão todos passar por dificuldades, mais cedo ou mais tarde. Já os próprios ‘três grandes’ têm os passivos que têm porque em Portugal o futebol vive acima das suas possibilidades”, conta-nos Ricardo Delgado, atual presidente do clube, numa entrevista por telefone.
O dinheiro escasseia, as dificuldades são mais que muitas. Mas a caminhada da equipa deste presidente de apenas 38 anos vai-se fazendo paulatinamente, tentando nunca dar passos maiores que as pernas. Depois de começar na última divisão distrital de Lisboa, o Atlético subiu à Divisão de Honra da Distrital, foi à final da Taça da Associação de Futebol de Lisboa e está apenas a uma época e meia de voltar aos campeonatos profissionais de Portugal. Ricardo Delgado diz não ter como pagar grandes jogadores para ajudar o emblema da Tapadinha. Puxa pela história para tentar convencer os atletas que este clube pode ser uma boa opção nas suas carreiras.
Em 2017, quando esta jovem direção assumiu o clube, havia apenas 320 sócios pagantes. Em apenas um ano, passaram para 650. O afastamento dos sócios aquando dos problemas entre a SAD e o clube levou a que muitos lisboetas se desinteressassem pelo clube. Ricardo espera que possam voltar para ajudar o Atlético a crescer até chegar, quem sabe, a uma Primeira Liga.
“É um dos históricos de Portugal, tem um palmarés gigante, com a situação da SAD resolvida e com um projeto concreto e objetivo. Dos clubes que passaram por problemas com as SAD´s e dissolução das mesmas, será, a par do Beira-Mar, o que está mais perto dos campeonatos profissionais”, lembra.
Para chegar ao Campeonato Nacional de Seniores, o Atlético terá de ‘caminhar’ pelas próprias pernas. Para já, “está completamente posta de parte a entrada de investidores”. “O caminho é difícil, mas há um projeto para este caminho difícil”, completa Ricardo. Um caminho elogiado por Patrick Morais de Carvalho.
“O Atlético está a fazer um caminho de honra, de dignidade, de recuperar os seus valores. É um caminho muito digno: foi até a última divisão distrital, já teve duas subidas de divisão, está a uma divisão acima de nós, com o encurtamento das divisões distritais. Desejamos as maiores felicidades ao Atlético, fazendo votos que possamos encontrar-nos em breve numa liga profissional”, sublinha.
Clube vs SAD: outros casos
Beira-Mar SAD vs Beira-Mar Clube
O Beira-Mar, histórico emblema de Aveiro, foi o primeiro a ter problemas com a sua Sociedade Anónima Desportiva. Criada em 2011, a SAD foi adquirida pela 32 Group, de Majid Pishyar, principal acionista. Com um passivo de vários milhões de euros, o empresário indiano não conseguiu cumprir a promessa de resolver o problema. Na época seguinte, em 2012/2013, são denunciados salários em atraso da equipa principal de futebol, a equipa cai para a Segunda Liga.
Com a equipa na Segunda Liga, Majid Pishyar é substituído pelo italiano Omar Scafuro na SAD, através do Grupo Pieralisi, que passa a ser o principal acionista. Após trocas de acusações entre os dois, que meteram burla e roubo, a 32 Group volta a recuperar o controlo da SAD. Em falência, a SAD foi alvo de dois Processos Especiais de Revitalização (PER) em menos de seis meses e que previam o pagamento de milhões de euros. Sem dinheiro, o Beira-Mar vê-se na impossibilidade de disputar a Segunda Liga na época 2015/2016, e nem mesmo no Campeonato Nacional de Seniores, agora designado de Campeonato de Portugal. Com tantos problemas, o Beira-Mar teve de começar do zero, na Segunda Divisão Distrital da Associação de Futebol de Aveiro. Subiu uma divisão, mas por lá continua.
União Desportiva de Leiria vs União de Leiria SAD
Depois de entrar em conflito com a Leirisport, empresa municipal, a SAD da União de Leiria mudou-se para Torres Novas, em 2011/2012. Na época seguinte foi despromovida das competições profissionais.
Com milhões de euros em dívida, a União de Leiria SAD, de João Bartolomeu, foi extinta em 2014. No mesmo ano, 60 por cento da SAD foi adquirida pela DS Investment LLP, uma empresa liderada pelo grupo russo D-Sports, onde Alexander Tolstikov era presidente. Tolstikov, antigo jogador e empresário russo nascido na Moldávia, acabava por ficar conhecido graças a Operação Matrioskas, onde a SAD do Leiria era acusada de branqueamento de capitais. A União de Leiria, que já tinha sido despromovida da Primeira Liga em 2011/2012, viu a sua inscrição na Segunda Liga ser recusada por não cumprir os requisitos financeiros. E tão pouco foi admitida na então II Divisão. Acabou por cair até a Distrital de Leiria, com um plantel amador, depois de voltar ao velhinho Estádio Magalhães Pessoa. Neste momento disputa o Campeonato de Portugal, depois de a SAD e o clube terem feito as pazes.
Leixões Sport Clube vs Leixões SAD
O diferendo que opõe Duarte Anastácio, presidente do clube, e Paulo Lopo, presidente da empresa ‘Playfair’, que lidera a SAD, começou este ano. Duarte Anastácio é acusado por Paulo Lopo de querer adquirir a maioria do capital da SAD. Paulo Lopo autossuspendeu-se das suas funções para integrar a lista de Rui Rego à presidência do Sporting, nas últimas eleições do emblema leonino. A 19 de agosto, registaram-se cenas de violência no final do Leixões – Varzim, no Estádio do Mar. A SAD retirou o apoio à claque do clube, acusando-a de estar ao serviço da direção, presidida por Duarte Anastácio.
Depois de várias trocas de acusações, com comunicados de um lado e de outro, a direção do Leixões decidiu avançar para uma Assembleia-Geral para impedir a equipa principal da SAD de utilizar o Estádio do Mar. Entretanto as duas direções estiveram reunidas e acabou por ‘cair por terra’ a ideia de afastar a equipa do Estádio do Mar. A relação entre a direção do clube e da SAD continua tensa.
Clube Desportivo Cova da Piedade vs CDCP Futebol SAD
Em 2015/2016, quando subiu à Segunda Liga, o Clube Desportivo Cova da Piedade formou uma Sociedade Anónima Desportiva para gerir o futebol profissional do emblema de Almada. Em 2016, 90 por cento da SAD do Cova da Piedade foi comprada pela Cadi, uma empresa sediada em Macau, controlada por Long. A SAD, pelo seu porta-voz Ji Yi, entrou em conflito com a direção do clube, liderada por Paulo Veiga, vencedor das últimas eleições do clube. A empresa detentora da SAD tem dívidas ao clube, mas que não estão a ser pagas.
Sorting Clube Olhanense vs SAD do Olhanense
Desde que o Olhanense formou uma Sociedade Anónima Desportiva que o emblema do Algarve tem passado por vários dificuldades. Isidoro Sousa, presidente do clube, negou assinar as contas da época 2015/2016 e chegou mesmo a chamar a polícia ao José Arcanjo por sentir-se ameaçado. A SAD negou e colocou uma ação em tribunal contra o presidente. As relações entre a SAD, detida na sua maioria pela Ensaio Triunfo, do italiano Luigi Agnolin, e a direção, presidida por Isidoro Sousa, têm sido tumultuosas, com acusações mútuas. Em 2017 o Olhanense caiu para o Campeonato de Portugal, mas o objetivo de subida à Segunda Liga não foi consumado. Luigi Agnolin, antigo árbitro internacional italiano, acusa Isidoro Sousa de populismo e hostilidade, o algarvio ‘ataca’ com dívidas e erros de gestão da SAD.
P.S.: O SAPO Desporto entrou em contacto com o Leixões, a Belenenses SAD e o Beira-Mar no sentido de saber a opinião dos responsáveis destes emblemas, mas tal não foi possível. Após várias chamadas e e-mails para um dos assessores da SAD do Belenenses, sem resposta, entrámos em contacto com Rui Pedro Soares que declinou falar. O presidente do Beira-Mar, Hugo Coelho, respondeu que não queria voltar a falar do passado doloroso do clube. O presidente do Leixões nunca respondeu às nossas solicitações, apesar da insistência e de muitos telefonemas para o clube, onde nos era pedido sempre para enviar e-mail ao presidente, e-mails esses que nunca tiveram resposta.
20 Outubro, 2018 at 11:14
“A cor do dinheiro”
20 Outubro, 2018 at 11:28
a questão dos agentes serem expulsos do futebol é muito mais importante que a qualificação dos investidores das sad.
20 Outubro, 2018 at 11:35
Entretanto estamos a vencer 1-0
20 Outubro, 2018 at 11:38
Está aqui um artigo para uma discussão interessante, tenho de o ler com mais calma.
Olhando para o caso do Belenenses e para quem defende o clube nos distritais, imaginem que eles sobem e chegam ao topo.
Quem está no Jamor já tem Sad e a outra equipa não se pode inscrever.
20 Outubro, 2018 at 11:40
a sad não tem adeptos… é uma empresa.
basta um ano mau para desaparecer.
20 Outubro, 2018 at 11:48
2-0
20 Outubro, 2018 at 11:50
Off
Ichhhhhh…Alguém viu o enrabanço que o Simões deu no cartilheiro paneleiro do Calado na CMerda TV lindooooooo…. 🙂 🙂 🙂
20 Outubro, 2018 at 12:33
Eu vi! Em directo! E o Octávio “não sei das quantas ” aproveitou a deixa.
O Calado hoje vai andar o dia todo de pé!
20 Outubro, 2018 at 11:52
Foda-se…o Daniel Bragança sozinho joga mais que os 4 trincos do plantel juntos… Fds…se não joga o B. Fernandes + atrás o Bragança era titular da equipa…
20 Outubro, 2018 at 13:29
Está ali um diamante… Percebo que não o tenham levado ao jogo da taça por ser tão preciso na equipa de sub-23. Mas mereceia tanto uma oportunidade de jogar na equipa principal…
20 Outubro, 2018 at 11:52
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2-0 ao intervalo
20 Outubro, 2018 at 11:58
Saudades do futebol sem SADs.
Os clubes não precisam delas para nada, se forem bem geridos.
20 Outubro, 2018 at 12:04
Quanto ao tema…
Tenho pouca simpatia por este problema. Porque o futebol tuga vive sem massa crítica de verdade.
Quem vendeu as Sad?! Há quanto tempo o Belém tem perdido identidade?! Há quanto tempo os clubes ignoram os sócios e até tentam reduzir para não chatearem. Quantas vezes os sócios se revelaram contra a falta de identidade?! Quantos em vez disso optaram por apoiar um grande e passou esse clube para 2 plano?!
A culpa é da falta de massa crítica dos adeptos. Quem deixa que isto aconteça são os adeptos que são alegremente desrespeitados e ignorados há anos a fio no futebol português e que em vez de se revoltarem por um futebol melhor e um clube mais próximo e com mais identidade… Alienaram-se desses clubes e agora ficam mais chocados com estes problemas?! Onde andaram nos últimos 15/20 anos?!
Não queriam ter este problema?! Não vendessem…
20 Outubro, 2018 at 12:06
Como sempre havia um problema gigante no futebol tuga. De gestão, de aproximação dos adeptos, de espectáculo… De tudo. Resolução… À tuga! Andar atrás do dinheiro e cagar no problema de fundo.
Quem acha que a negociação coletiva dos direitos televisivos é a salvação dos clubes pequenos… Meta os olhos nas Sad e nos modelos de financiamento que inventaram à 20 anos que vinham revolucionar o futebol tuga…
20 Outubro, 2018 at 12:41
O problema é a má gestão.
Estão nas mãos do grande capital? Podiam estar falidos e nas mãos dos “mecenas”.
Mesma coisa.
20 Outubro, 2018 at 13:11
E concerteza muito chupismo
20 Outubro, 2018 at 13:51
É definir “chupismo”. A doutrina divide-se.
Do tipo que faz telefonemas à conta da empresa ao patrão que poe o Ferrari como carro de serviço.
20 Outubro, 2018 at 14:04
É mais expropriação de património a baixo preço ou contratos de fornecimento a amigos.
20 Outubro, 2018 at 15:07
Servir se do clube e não servir o clube.
Nota é óbvio que é difícil uma linha difícil de definir entre o que é servir se do clube e o que é legítimo como.
No limite, os dirigentes teriam de pagar bilhete para assistir aos jogos…
Partilhar o quarto com alguém que não é do clube é legítimo?não é?
Almoço à pala do clube, quando é que é pessoal e despesas de representação.
Mas não é preciso ir ao limite.
Basta o intuito ser servir o clube
20 Outubro, 2018 at 15:39
Uma pessoa pode servir-se do clube enquanto serve o clube.
Podíamos chegar ao extremo de discutir o rouba mas faz.
São áreas cinzentas.
Ou então só há branco e preto…
20 Outubro, 2018 at 16:23
Eh eh
(See what u did dare)
Claro que são muitas poucas coisas que são apenas brancas ou pretas.
Posso ter muita fome, roubo um pão. Facto.
Sou ladrão?
Tinha como pagar? Gasto noutras coisas e não na comida?
…
Quanto ao rouba mas faz para mim. Rouba ponto.
Agora, a linha do abuso é difícil estabelecer.
eu pessoalmente nem confortável fico com levar uma resma de papel para casa ou outra coisa qqr, o patrão nem precisa.
Se se esquecem de me cobrar uma coisa aviso.
Mas as coisas também são circunstanciais.
Já posso ter não avisado que não me cobraram num situação em que senti lesado /enganado.
Já levei para casa uma coisa que não era minha….. Numa dada circunstância.
Andar com o carro da empresa ao fim de semana?
É abuso? É servir-se?
A tal história do almoço ou jantar que se calhar já não devia ser com o cartão da empresa etc.
Falamos de cinzentinhos em que me parece muito difícil estabelecer critérios para riscar a linha.
Razao pela qual nem vou perder tempo a saber se a mulher pagou a parte dela no hotel, se o bilhete de avião foi pago pela sueca…
Vai pouco também da consciência.
E enquanto essa disser que estas a servir e não a swrvir-te… Dificilmente o isaltas, o maior etc sentiam que não se estavam a servir
20 Outubro, 2018 at 15:03
Fala fala, quando acontecer no Sporting cá estaremos. …
20 Outubro, 2018 at 17:26
Nunca vai acontecer no Sporting. Há essa ameaça há 10 anos e nunca houve 1 candidato que se chega-se sequer à frente com a proposta porque sabe que não passa na AG.
Mais depressa tenho medo da falência do Sporting ou da mediocridade que o governa o leve a lutas por 4 ou 5 lugar do que disso. Porque isso eu tenho a certeza que nunca acontecerá. É a prova disso é que já lá estivemos… À porta do fim e cheio de chupistas à volta do clube… E isso nunca sequer foi medianamente abordado por quem lá estava. E na altura em que os exemplos positivos eram muito mais visíveis que os negativos, o que hoje não acontece como prova o texto…
20 Outubro, 2018 at 18:57
Pois mas agora a SAD tem 500 da NOS e um capital em activos brutal.
E já percebeu que se quiserem até o melhor presidente da tetradecada destituem..
E já aconteceu com o FSF a vontade dos sócios não ser respeitada e o que aconteceu? Nada, povo manso
Não tenho as tuas certezas .
Aliás se tenho é ao contrário
22 Outubro, 2018 at 9:30
Esse nunca será já este natal….. ou quanto muito antes do inicio da proxima epoca.
A SAD já está vendida.
Sabemos o valor do negocio, sabemos que o sobrinho irá embolsar 100M, sabemos que será um fundo árabe-americano e sabemos que o varandinhas está neste momento no Dubai.
Não sejas bananinhas e liga os pontos todos.
O novo sporting foi criado exactamente para vender a SAD…. e pouco ou nada podes fazer para o evitar. Quem aldraba uma AG adraba duas ou três. (é uma rima bonita que te deixo para pensares sobre o assunto).
20 Outubro, 2018 at 12:12
Isto é que é um homem de caracter que não beija o rabinho a nenhum presidente.
https://www.record.pt/multimedia/videos/detalhe/simoes-arrasa-calado-em-direto-na-cmtv-ou-e-ignorante-ou-veio-com-recados?ref=HP_DestaquesPrincipais
20 Outubro, 2018 at 15:24
Como é que é?
Deixem o carnide e olhem para dentro?!?!
20 Outubro, 2018 at 15:27
Tudo o que é para deitar abaixo os corruptos é bom
20 Outubro, 2018 at 12:19
O refugiado de Madrid não foi convocado. Mais 0 minutos este fds…
20 Outubro, 2018 at 12:50
Está lesionado na rasta esquerda…
20 Outubro, 2018 at 12:33
3-0
20 Outubro, 2018 at 12:33
0 – 3?
20 Outubro, 2018 at 12:45
Lotapegui no Sporting pode ser uma realidade…
20 Outubro, 2018 at 12:48
Quase é possível dizer que qualquer um é um upgrade…
20 Outubro, 2018 at 13:00
Só se for com Jörgen Jesus como adjunto…e Peseiro como coordenador de todo o futebol.
20 Outubro, 2018 at 14:03
Deus te ouça!
E o Messi também vem?
Deus queira que sim
20 Outubro, 2018 at 15:40
O Mini já cá está.
Deus, foi despedido.
20 Outubro, 2018 at 12:49
Esta questão da SAD vs Clubes é relevantíssima e devia estar na ordem do dia dos debates sobre futebol. è incrível como a maioria da CS (principalmente a dita desportiva) assobia para o lado e nem fla do problema .
Esta reportagem da SAPO foi uma muito salutar pedrada no charco. Aconselho os tasqueiros a lerem-na com atença~, a meditar sobre ela e tirarem as suas conclusões.
Vejam o que se passou com um Clube Histórico, o 4º mais titulado da História do Futebol Português. O Futebol Clube Os Belenenses, clube dos sócios, hoje está na 2ª distrital, a percorrer o calvário até voltar à Primeira Liga, mas a jogar no Estádio do Restelo que sempre continuou a pertencer ao Clube. E, por outro lado, há a Belenenses SAD, sociedade de accionistas, que compete na 1ª Liga, no Estádio do Jamor, porque o Clube não tinha maioria na SAD e separou-se desta.
Pensem agora no Sporting e na relevante, diria VITAL, importância de o Sporting Clube deter, INEQUÍVOCAMENTE, a maioria do capital accionista da SAD. É que, no nosso caso, o Estádio e a Academia, são património da SAD. No dia em que, por hipótese, o Clube deixe de deter a maioria das acções do capital da SAD, corre o risco de entrar em colisão com os capitalistas que forem sócios maioritários e ir competir para a 2ª Distrital, mas sem Estádio nem Academia (além de muito outro património). E não pensem que esse é um cenário ficcional: temos nas nossas fileiras, alguns sócios que defendem que o Clube não deveria deter a maioria da SAD, por forma a atrair mais capital de investidores privados e, assim, melhorar a capacidade de investimento na equipa de Futebol profissional. E alguns dos sócios que já fizeram pública defesa dessa estratégia, até fazem parte dos actuais Órgãos Sociais (é o caso do Presidente da MAG, Dr Rogério Alves). Nem me atrevo a pôr em causa o sportinguismo desses associados. É um seu direito defender essa estratégia e acreditar piamente que ela possa servir melhor o Clube.
Apenas chamo a atenção do já sucedido com alguns Clubes históricos do Futebol Português de que a reportagem da SAPO transcrita no post, fez tão incisivo diagnóstico: e pensem o que seria isso no Sporting, sem Alvalade e sem Alcochete.
p.s.: Tenho, nas últimas semanas, ouvido falar bastante dos E.O. , mas parece que se deixou de falar na renegociação da reestruturação da dívida aos bancos BCP e Novo Banco, que foi deixada pelo anterior CA da SAD presidido por BdC pronta a assinar, e que, em campanha, todos (excepto Ricciardi) se afirmaram aptos a fechar rapidamente. E acho esse silêncio particularmente assustador.
Um abraço e saudações leoninas
20 Outubro, 2018 at 13:05
Em relação à maioria da SAD, defendo que o clube na verdade nem precisa dela.
O clube podia perfeitamente viver com contas positivas por defeito e investir baseado nas vendas de jogadores, sem nunca estar obrigado a vender ninguém.
Assim segurava os melhores jogadores da formação mais anos para darem contributo desportivo e reforçar a ligação ao clube com títulos, e alcançava se calhar 30-40% a mais em cada venda.
Era esse caminho que estávamos a trilhar
20 Outubro, 2018 at 14:00
Portugueeza, foi por o CF Os Belenenses clube ter perdido a maioria da Belenenses Futebol SAD, que Clube e Accionistas privados maioritários começaram a entrar em conflito, e o Clube (o Histórico, o dos Sócios) acaba parando na 2ª Distrital (mas disputando os seus jogos no Estádio do Restelo) e a SAD ( a sociedade capitalista, a dos accionistas) permanece na 1ª liga, mas alugando o Estádio Nacional para treinar e disputar os seus jogos.
Se um cenário idêntico de perda de detenção da maioria do capital da SAD pelo SCP acontecer, o risco é ainda maior que o ocorrido com o Clube de Futebol Os Belenenses. Porque, no nosso caso, o Clube deixaria de poder competir no Estádio José de Alvalade e de poder usar a Academia, que são património da SAD.
Claro que poderia continuar a ter o Clube só com as Modalidades e como accionista minoritário da SAD. Mas deixava de ter poder de decisão sobre o Futebol Masculino e Feminino e todos os seus escalões. Isso para lá da questão da identidade: nunca seria verdadeiramente o Sporting Clube de Portugal mas sim a Sporting Futebol SAD quem competiria no Futebol; mesmo que mantivesse o nome do Clube, o seu símbolo e as suas cores, isso aconteceria sempre a té que a maioria dos accionistas PRIVADOS assim quisesse; ou seja, teríamos sempre suspensa sobre o pescoço do Clube uma perigosa e sempre humilhante espada de Dâmocles.
Um abraço e saudações leoninas
20 Outubro, 2018 at 13:00
Muito boa reportagem. Isto é jornalismo
Alguns pontos muito importantes:
1. Qualquer criminoso internacional pode vir comprar um clube, aliar-se ao JM e lavar dinheiro. É o que acontece em Inglaterra (se bem que o futebol é apenas uma amostra: há tanto dinheiro sujo e evasão fiscal…que terá a sido a razão obscura para o Brexit, agora que a União Europeia vai implementar novas leis contra a evasão fiscal havia muita gente cá com o cú apertado. Mas isso é outra conversa).
2. E mesmo dirigentes em Portugal com cadastro criminal, ou histórico de bancarrotas ou fuga ao fisco, deviam ser impedidos de dirigir clubes ou instituições. Não sei se é preciso legislação para isso ou se é da competência da FPF licenciar.
Se bem que a própria FPF se calhar ficava sem uns quantos actuais dirigentes!
3. Se é verdade que faltam mecanismos legais para punir mau desempenho das SADs então que se criem. Uma SAD constantemente a aumentar passivo precisa de um travão e o fair play financeiro da UEFA acaba por ser apenas um policiamento aplicável aos maiores clubes.
4. A transparência que BdC implementou no Sporting devia ser a base para todos, e ciclicamente auditorias ****independentes**** de gestão devem ser obrigatórios (não a actual formalidade).
5. Os adeptos são demasiado amorfos, mas isso também vem de cima. Faltam exemplos de liderança, de valores.
Isto é o país onde um Relvas não se demitiu nem foi demitido. Onde um Isaltino e o Flopes são reeleitos depois da merda que fizeram.
É um país onde o debate desportivo consiste de cartilharia e telenovelas para alimentar mentes ocas.
É um país onde um gajo como Bruno de Carvalho, impoluto e com valores de exigência e defesa máxima do Sporting Clube de Portugal é deixado cair.
Tenho tanto nojo desta merda…
20 Outubro, 2018 at 13:47
Subscrevo inteiramente.
20 Outubro, 2018 at 15:26
Clap Clap Clap clap Clap clap Clap clap
20 Outubro, 2018 at 13:02
Não tenho a menor dúvida que vamos perder a maioria da SAD , ontem ao ver os novos rostos da Sporting TV , pensei vem aí lavagem cerebral .
20 Outubro, 2018 at 13:06
Boa vitória por 3-0. E com respeito ao poste, ali estava o Belenenses em casa a jogar em Massama.
20 Outubro, 2018 at 14:28
Porque não era O Belenenses era A Belenenses (Futebol SAD).
Isso nunca acontecerá com A Sporting (Futebol SAD), porque esta detém o Estádio, e a Academia como seu património. O mais extraordinário é que o edifício sede também é património da SAD.
Ou seja, isto é o que acontecerá ao Sporting Clube se perder a maioria da SAD e for “escorraçada” como foi o Clube de Futebol Os Belenenses: jogar em “casa alugada”, treinar em “casa alugada” e até ficar sediado em “escritórios alugados” ou construir uma nova sede !!!!
Grave é, passados 40 dias, falar-se até demais nos Empréstimos Obrigacionistas e nos “condicionamentos” nos processos dos “rescisores”, mas ainda não haver uma única palavra sobre um processo de renegociação da reestruturação da dívida aos bancos (BCP e Novo Banco) que foi deixado pela anterior Direcção, pronto a assinar, e que foi prometido pelo candidato Frederico Varandas que lhe daria imediata continuidade, assim que eleito Presidente.
Compreendo e aceito que “o segredo possa ser a alma do negócio”, mas o que se promete em eleições deveria ser cumprido. E não me venha ninguém com a História de que “estão a arrumar a casa” e que “só têm 4o dias”. As promessas falaram em “DE IMEDIATO”, neste caso, e no da denúncia sobre o que se passou de corrupção na época 2015/16.
E são 2 questões sérias de mais para, não só não vermos nada acontecer, como até assistirmos a uma inflexão de180º na política de relacionamento com o Clube e dirigentes sobre os quais impendem gravíssimas suspeitas de corrupção, de tráfico de influências, de match fixing, de invasão de processos judiciais, de corrupção de magistrados, de controlo dos Órgãos decisórios do Desporto, e controlo de ´redacções de OCS, etc, etc . Não critico outras decisões (manutenção do técnico de Futebol, algumas substituições de funcionários(as), a mudança de paradigma no ciclismo, a entrada em força do basketbol), com que até concordo em alguns casos; nos outros poderei discordar mas entendo ser uma prerrogativa directiva definir a sua estratégia e actuar em consonância com ela.
Nas 2 questões que falei, acho que, como qualquer sócio, tenho direito e o dever de ser exigente: porque foram 2 promessas eleitorais CLARAS. Para quem concorreu para romper com alguns (maus) hábitos do passado recente, esta não será a melhor forma de provar qualquer distinção.
As exigências de cumprimento de promessas e do Programa Eleitoral não são oposição, são escrutínio. A que qualquer associado, começando mesmo por aqueles que votaram nesta solução directiva, tem o dever de se sentir OBRIGADO!.
Saudações leoninas
22 Outubro, 2018 at 9:41
Alvaro, andamos a falar nisso há meses, mas só agora é que alguns abriram os olhos. A SAD já passou à historia, desde que afastaram o BdC que o clube deixou de existir. Temos actualmente o novo sporting (o tal da SAD) e quando a venda for oficial teremos o clube Sporting de volta mas sem futebol.
O valor do negocio já foi até anunciado na SIC há meses, bem como o potencial comprador (uma pista, o fundo está localizado precisamente onde o varandinhas foi, Dubai) e sabemos que o sobrinho irá vencer a sua parte por 100M.
A unica coisa que falta aos golpistas é uma razão forte para justificar a venda, e isso anda a ser preparado, pois apenas com uma crise profunda se justificará.
Essa crise terá de comecar no futebol, e agora até já se anda a alastrar às modalidades (mas essas penso que é apenas por falta de lideranca).
Quando chegarmos ao natal e o clube estiver arredado de tudo, será o momento ideal para colocar o assunto em cima da mesa.
Agora, vão levar o PJR com o negocio ou deixam isso para o clube? Tudo o resto já ardeu.
20 Outubro, 2018 at 13:19
Estou nessa linha de raciocínio!!
Mais preocupado fico quando (tal como aqui já foi dito por alguns) existem elementos nesta direção que publicamente já se demonstraram defensores ou pelo menos que não vêm inconveniente na perda da maioria do capital da SAD… enquanto isso a tão badalada reestruturação financeira, essa sim a principal medida para retirar o clube da dificil situacao financeira em que se encontra e que, na minha opinião, foi o verdadeiro motivo para a destituição de bdc, nunca mais se ouviu falar…neste momento é como nunca tivesse acontecido…! Até quando vão os sócios esperar por respostas quanto a esta questão!??
20 Outubro, 2018 at 13:22
*a “linha de raciocínio” refiro-me ao comentario do portuguezza às 13.00!!
20 Outubro, 2018 at 13:24
Queem sao os membros da direccao que defendem essa perda de capital??? Onde e quando o fizeram????
20 Outubro, 2018 at 13:31
Quantos queres, que fazem parte desta direcção, outros que não fazem e até se candidataram à presidência do clube nestas últimas eleições e que defendiam a total separação entre o clube e a SAD…!!
20 Outubro, 2018 at 13:34
É só aguardar…no dia em que começarmos a ouvir falar na alienação do PAV. JR por parte da SAD é o dia em que teremos a confirmação que a SAD é para vender…não a vendem sem alienar o Pav. primeiro!!
20 Outubro, 2018 at 13:38
Mas na verdade a resolução para vários problemas que o clube atravessa, em particular esta questão da SAD era a reestruturação financeira…mas sobre isso silêncio… até poderão estar a “trabalhar” o assunto e o segredo é a alma do negócio… tenho que dar o benefício da dúvida para tentar não ter um raciocínio parcial nesta questão…mas a verdade é que todos os sinais vão em sentido contrário…mais uma vez espero estar enganado!!
20 Outubro, 2018 at 13:53
A mim basta me 1 … um mebro da actual direccao que tenha defendido tal situacao … basta 1 … onde e quando o fez?!??!?
20 Outubro, 2018 at 14:51
Disse-o Dias Ferreira, que não faz parte dos órgãos sociais, numa primeira fase da sua campanha, na Sporting TV, depois, mais tarde, já dizia coisa ligeiramente diferente. Rogério Alves na SIC, disse, de forma muito inteligente e cautelosa, como é apanágio que essa questão não se colocava, mas, que nao via isso como uma fatalidade…algo deste género, deixando a “porta aberta”. Ricciard disse-o abertamente numa reunião, aliás, era uma proposta sua…ue está gravada no YouTube!!
Tudo o que se passou no Sporting nos últimos meses tinha como objetivo parar a reestruturação financeira, destituir a anterior direção e em última análise mas como objetivo principal, a venda da SAD!!
20 Outubro, 2018 at 14:58
Portanto Dias Ferreira ( o unico que ate hoje defendeu a venda da maioria do capital da SAD ), Rogeiro Alves e Ricciardi sao membros do actual Conselho Directivo … estou ilucidado …
SL
20 Outubro, 2018 at 15:13
Não, não são… aliás Rogério Alves, Presidente da MAG, é apenas o “pai da criança”, o homem por detrás do boneco articulado, assim a modos que uma espécie de ventriloco…
Tu fazes-me lembrar o sujeito que se encontra em casa durante um terramoto e perante a destruição quase total da habitação os vizinhos gritam para que ele saia dali e ele responde que não, está tudo bem pq apesar de estar quase tudo destruído os 2m2 de tecto no local onde ele se encontra ainda não caíram…pessoal está tudo bem, até ver ainda não se passou nada… quando se passar então sim temos razões para falar.
20 Outubro, 2018 at 15:49
Meu Caro Pretoriano … disse que varios membros desta direccao defendem a perda da maioira do capital da SAD, eu desconheço quem sao … nao estou a discutir nada mais do que isto …
SL
20 Outubro, 2018 at 14:41
Meu caro deve andar distraído! O Presidente da Mesa da Assembleia Geral, Dr Rogério Alves, é um deles. Defendeu essa tese, publicamente, variadíssimas vezes; e procurou sustentá-la.
E digo-lhe, desde já, que não vejo mal nenhum nisso (em ter uma opinião, sustentá-la e defendê-la publicamente). O assunto não só não deve ser tabú, como deve ser alvo de futura reflexão e debate.
Mas friso FUTURA; porque neste momento, no Sporting, nem se coloca: fechar DE IMEDIATO as adiantadas negociações concluídas pela Comissão de Administração da SAD (presidida por BdC) com o BCP e o Novo Banco (nossos credores) e à quais apenas faltam as respectivas assinaturas foi PROMESSA ELEITORAL. Esse acordo saldará a dívida aos 2 bancos e colocará o Sporting Clube com cerca de 90% das acções da SAD.
Por isso, a discussão, que acho interessante e necessária (desde que aberta e sem tabús de qualquer natureza ou sinal), só deverá ter cabimento, após essa recomposição societária, decorrente da assinatura da nova renegociação da dívida (recompra aos bancos pelo SCP das VMOCs, a 1/3 do valor nominal previamente acordado e sua automática conversão em acções).
Saudações leoninas
20 Outubro, 2018 at 14:46
Volto a solicitar que me digam 1 elemento desta Direccao ( aconselho o Alvaro a ler os estatutos do SCP para aprender quais sao os diversos orgaos sociais do clube ) que tenha defendido detencao a minoria do capital da SAD.
Ja agora deixo o desafio ao Alvaro para colocar aqui o link das declaracoes do actual Presidente da MAG do SCP ondeno mesmo defende a alienacao da maioria do capital da SAD … é que eu tenho a ideia que ele defende exactamente o contrario …
SL
20 Outubro, 2018 at 15:21
Acha que com a negociação concluída e o Sporting sendo detentor de 90% do capital da SAD, existe argumento possível para a venda da maioria do aeu capital!?? Não será mais fácil argumentar com a necessidade da venda perante a situação em que o clube se encontra actualmente!?? Não acha que se houvesse vontade de fazer o acordo avançar, essa seria a primeira medida tomada por esta direção e nesta altura já saberíamos de algo…!??
20 Outubro, 2018 at 13:23
Assunto muito intetessante mas que acho ser impossivel “discutir” por msg ou comentario pois sao muitas as questoes e as divergencias …
Vejamos o caso do Belenenses e o Beira Mar … constituiram a SAD mas mantiveram os dirigentes e o modelo de gestao … quando estavam falidos foram a pressa tentar arranjar investidores e se no caso do Belenenses a situacao melhorou no caso do Beira mar a situacao piorou ate a sua falencia …
O problema que existe no Belenenses foi que o Clube deixou passar 2 vezes ( nao apenas 1 ) o momento da recompra do capital conforme ficou estipulado e agora andam numa guerra com o investidor absolutamente desnecessaria pois bastava terem sido competentes para terem conseguido, ao longo dos anos previstos contratualmente, amealhar a verba necessaria para a recompra do capital … tudo o resto é trrta e propaganda …
Mas num outro momento e modelo de dsicussao talvez consigamos analisar e debater este assunto.
SL
20 Outubro, 2018 at 13:49
Também sou dessa opinião. Percebo o que a maioria dos sócios do Belenenses defendem, se fosse eu estaria do lado deles em refundar o clube, mas a SAD tem razão. O Clube não cumpriu com a recompra no prazo estipulado, agora só têm de lidar com as consequencias.
20 Outubro, 2018 at 13:55
Esquecem os detractores do rps (que é um arrivista, na linha do #44), que Belenenses “clube” estava abaixo de falido, fruto de gestões danosas que nada têm a ver com sades.
20 Outubro, 2018 at 14:10
Quase todos os clubes e ou SAD portuguesas tinham no minimo falta de receitas e no maximo estavam falidas … se a isto acrecermos os metodos de trafico de influencia e corrupcao que existem, bem como a pouca cultura desportiva e de pouca promocao do produto futebol portugues … temos identificadas as razoes da dificuldade de atrair investidores idoneos …
SL
20 Outubro, 2018 at 15:13
Porra, mas será que ainda não percebertam que a questão é mesmo essa: A SAD deixar de ser detida maioritariamente por um Clube, coloca este sempre com a espada no pescoço.
Dizer “a SAD até teve razão” … “o Clube é que falhou com a recompra de acções” e outras “verdades” do género é como, o casal de classe média alta, com 2 empregos bem pagos, que contraem um empréstimo para comprarem um apartamento e que, de repente, a falência da empresa onde trabalhavam, coloca os dois no desemprego e sem ter como continuar a pagar o empréstimo que contraíram; perdem a casa, dada como penhora do empréstimo. Mas as questões que se colocam são: teriam conseguido contrair a casa sem o empréstimo? Iriam viver na rua ou na casa de um dos pais ad eterno? Quando contraíram o empréstimo não estavam numa situação que lhes permitia essa contracção e a perspectiva de poder vir a saldar todo o seu cumprimento? Conseguiriam evitar a situação que levou ao incumprimento?
Só para vos dar uma ideia do absurdo da questão do “incumprimento” do Belenenses para com a SAD: é certo que falharam a recompra, mas essa falha não se terá devido também a opções “despesistas” da SAD a que o Clube pertencia como accionista.
Estamos a falar de um Clube que foi um caso ÚNICO de honestidade financeira, nos anos 90, quando, para não fechar uma fonte de financiamento, o Bingo (e não deixar no desemprego mais de 2 dezenas de empregados), preferiu cumprir as suas obrigações Fiscais e à Segurança Social através da venda de quase todos os seus activos (a maioria para o Salamanca, incluindo o treinador João Alves) e um para o Benfica. Essa sangria fê-los descer de divisão, numa altura em que o Carnide até tinha para com eles uma dívida referente à compra do Paulo Madeira e que só veio a saldar anos depois, por ordem do tribunal; e quando Clubes como o Benfica, o Porto, o Sporting ou o Boavista tinham dívidas muito maiores e que “iam empurrando com a barriga”.
Falar de “barriga cheia” é muito fácil, caro Paulis. Procure comparar o que sucedeu com o “incumprimento” do Belenenses Clube à Belenenses SAD com o que se passa, sobre a mesma matéria, em SADs como as do Sporting, Benfica, Porto, Braga e outras. A única diferença é que esses incumprimentos são mitigados ou mascarados pelas contas da própria SAD onde os Clubes estão em maioria.
Estamos a falar de um Histórico do Futebol Português! O 4 Clube mais titulado! Que deu à Selecção dos Magriços nomes como Vicente ou José Pereira que contribuíram e muito para o nosso histórico 3º Lugar nesse Mundial de 66 (Pelé que o diga!)! Haja decência!
Saudações leoninas
20 Outubro, 2018 at 15:56
Aplaudo de pé.
20 Outubro, 2018 at 15:57
Meu Caro Alvaro, estou disponivel para de outro modo podermos discutir as SAD, desde a sua criacao ate ao dias de hoje.
No caso do Belenenses , peco desculpa mas a comparacao feita com o tal casal, mais parece uma comparacao da beira da estrada com a estrada da beira …
Entao um clube constitui uma SAD, com os mesmos dirigentes e o mesmo modelo de gestao, desta forma leva a mesma ate a um estado de falencia, encontra um investidor e em troca do capital e da entrega da gestao da mesma, assume um compromisso de re-compra … chegada esa altura , nao por 1 mas sim por 2 vezes, falha a recompra e .!?!?!?! Que se foda o contrato, o investidor e tudo o resto???
SL
20 Outubro, 2018 at 16:54
Alvaro, quero ressalvar que não estou minimamente informado da situação do Belenenses e que a pouca que tenho coincide com o descrito no artigo, ou seja, que o Clube não cumpriu com a data de recompra. Assim, peço desculpa se de alguma forma estou a ser injusto com o Clube.
Agora, a sua analogia não me parece minimamente enquadrada. O casal não pede o emprestimo para comprar a casa. O casal pede o emprestimo para a “salvar”. E isto acontece porque provavelmente, mesmo com os bons empregos, não soube gerir corretamente os seus bens (a minha aposta é que andou a viver acima das suas possibilidades, como qualquer clube cá do burgo). Ora, não cumprindo com as suas obrigações, recorreu a um banco para fazer um empréstimo. Se agora não consegue pagar o que deve ao credor, é o banco que deve ficar a arder?
“Porra, mas será que ainda não percebertam que a questão é mesmo essa: A SAD deixar de ser detida maioritariamente por um Clube, coloca este sempre com a espada no pescoço.”
Concordo plenamente. E por isso é que digo, o Clube não deve perder a minoria da SAD, caso contrário pode vir a perder todo o controlo da situação.
20 Outubro, 2018 at 16:56
a maioria*
20 Outubro, 2018 at 13:32
Li e e analisei este fantástico post.
Há muito que falo desta pouca vergonha, um flagelo desportivo que cresce como um cancro em Portugal.
As debilidades financeiras são um engodos para os abutres financeiros.
Uma vergonha, que o estado insiste em negligênciar.
Vale tudo em Portugal.
Só se discute o futebol dos grandes.
O resto é merda.
O futebol está a morrer e aqui está uma face das doenças que ninguém quer ver.
Um dia destes veremos um v.guimaraes sad contra o clube,por exemplo, hoje ja temos este cenário…
Para refletir
20 Outubro, 2018 at 13:47
Não estou minimamente por dentro da legislação das SADs. Se for como o artigo descreve, há de facto uma grande lacuna e parece-me que o Clube é claramente prejudicado.
Quanto ao resto, o Tiago já disse tuda acima. Os problemas só existem se os clubes se venderem, a culpa é apenas deles. Se eu vender a minha empresa a outro gajo qualquer, esta passa a ser dele e faz o que bem lhe apetece.
Esta história das SADs para mim é um não assunto. Cabe-nos a nós, sócios do Clube, não sermos burros.
20 Outubro, 2018 at 14:06
A legislacao quando foi concebida tinha como objectivo angariar capital para um futebol ( os clubes em particular ) que se encontrava falido e sem receitas … e tinha como segundo objectivo remodelar o quadro de dirigentes pois ja havia fortes praticas de corrupcao que desvirtuava a competicao.
Com a legislacao e com a obrigatoriedade de o clube apenas deter 40% do capital pensou o legislador atingir os 2 objectivos.
No entanto atraves da criação das SGPS os dirigentes conseguiram contrariar o legisladoro e assim combater a perda de poder que iria acontecer …
Depois ha muitos outros detalhes que sao impossiveis de trasmitir por aqui.
SL
20 Outubro, 2018 at 15:46
Há gente mais qualificada para responder, mas acho que muito tinha a ver com a responsabilização.
Claro que o tuga pensou sad, viu dinheiro a entrar.
O pessoal preocupa-se com o JM comprar uma sad para fazer negócio, como se não pudesse “ganhar” umas eleições num clube. Ainda mais um falido.
Clube x, com dívidas, quem vai dar a cara? O “sócio”? É isso, na altura de apresentar avalistas e tal, era ver quem se chegava à frente…
20 Outubro, 2018 at 15:55
Bom comentário.
O jm não precisa ser dono duma SAD. Aliás pode ser contraproducente.
Nem é o Business dele.
Agora que lhe convém mandar nas sads convem
O JM já ganhou umas eleições num clube.
O nosso
20 Outubro, 2018 at 16:00
Só um pormenor.
Não esquecer a troca de favores que o JM tem: se um pasquim quer rumores sobre contratações isso é um serviço que depois se cobra
20 Outubro, 2018 at 14:00
Este texto é plantado … para ir avisando as mentes adormecidas do Sporting para um cenário que poderá acontecer em breve..
… e a venda a um Gabiru é a solução.
Chega desta fentuchada.
Não precisam de andar a empalear a perna à rã.
Vao directos ao assunto.
O povo deixa … é manso!
Sem Stress…
20 Outubro, 2018 at 14:22
Anda a ver muitos filmes! Devia sair mais de casa, ir a uma discoteca, por exemplo. Quem sabe está lá o dj Bruno Azevedo e mata saudades.
Saudações leoninas.
20 Outubro, 2018 at 14:25
Um texto destes e consegue ver exactamente o oposto … o arroz de cabala em excesso da nisto …
SL
20 Outubro, 2018 at 15:56
Dá lhe LUIS
22 Outubro, 2018 at 9:48
Tadeu, é que nem mais.
Todos os indicios andam aí há meses.
Se até na SIC anunciaram os valores do negocio e que era um fundo que iria comprar….. é tudo uma casualidade.
Aliás, o varandinhas vai ao pais de origem do dito fundo (Dubai) e isso é apenas visto como “ir de férias”….
Bananinhas, bananinhas, o novo sporting é mais amarelo que um limão!!!
20 Outubro, 2018 at 14:08
Desculpem o off … mas Lopetegui deve cair hoje …
20 Outubro, 2018 at 14:49
Como Sportinguista desde sempre e sendo um Sócio bastante antigo, sou inquestionavelmente a favor de se manter sempre a maioria do capital da SAD na posse do Clube, nem que seja uma maioria simples de 51%.
Pelo que depreendo da lei das SAD’s os sócios do Clube terão sempre o poder de autorizar ou não a venda da maioria do capital da SAD a terceiros pelo que esta só sairá do Clube se os sócios assim o entenderem.
Defendo que o Presidente do Clube deverá sempre acumular com o cargo de Presidente da SAD, evitando-se assim que as guerras pessoais que por vezes acontecem levem ao extremar de posições que sempre levam a consequências imprevisíveis
Como (ainda) são os sócios que elegem (ou destituem) os Orgãos Sociais do Clube, a decisão final do nosso destino estará sempre nas nossas mãos.
22 Outubro, 2018 at 9:52
Tu estás correcto, terá de ser aprovado em AG, mas quem adrabou uma AG facilmente adraba duas ou três.
Não te preocupes porque a venda está mais do que acertada.
O presidente até já anda a discutir com os novos patrões qual o papel de parede que preferem….. Se não acreditas pergunta-lhe o que foi fazer ao Dubai…… deve ter ido de férias LOL
O nosso destino está nas nossas mãos….. bela utopia, isso era quando havia Sporting, no novo sporting o destino está nas mãos dos golpistas.
Apenas quando vires o JJ a voltar ao clube é que vais perceber, mas até lá disfruta da utopia: red pill, blue pill, red pill, blue pill.
20 Outubro, 2018 at 16:58
Antonio conte deve estar a caminho do real …
22 Outubro, 2018 at 7:37
Aprender com os erros de outros é essencial.
1 Março, 2019 at 0:33
Mas se nem com os nossos aprendemos…