Olhar para os erros de arbitragem e para a falta do VAR ou para o atestado de pequenez que o treinador assinou? Dificilmente haverá um adepto do Sporting que não considere mais pertinente resolver o segundo problema, por altura o maior problema de um Sporting com plantel para fazer bem mais do que o que tem feito nestes três meses que a época já leva
O jogo tinha um ingrediente diferente de todos os anteriores. Ou de quase todos, vá, se exceptuarmos a visita à Luz: o Sporting tinha possibilidade de jogar na expectativa face a um adversário olhado por todos como favorito, sabendo que poderia fazer toda a diferença ser capaz de aproveitar os espaços concedidos nas costas dos defesas ingleses em transições rápidas.
E cedo se percebeu que essas transições dificilmente aconteceriam. Peseiro abdicou de todo e qualquer velocista, reforçando o meio-campo com Petrovic nas costas de Battaglia e de Gudelj, que ganhavam “liberdade” para pressionar mais os ingleses, e deixava as acções ofensivas para o trio Nani, Bruno Fernandes (a extremo…) e Montero. Não faltou boa vontade a toda esta gente, começando por Montero que chegou a vir à entrada da nossa área recuperar bolas, continuando em Nani (único remate decente da equipa em 90 minutos, ainda assim sem acertar na baliza) e em Bruno Fernandes e nos médios que, à vez, davam uma ajuda nesse bloco alto que, ao longo dos primeiro 45 minutos, emperrou o futebol dos ingleses. Acuña também esteve muito bem, Ristovsky na boa, os centrais a limparem o que havia para limpar, ou seja, no plano de segurar o nulo até correu tudo muito bem.
Registe-se que, nessa primeira parte, fica por mostrar um cartão vermelho ao central do Arsenal, por puxão a Montero e que o golo dos ingleses, já na segunda, nasce de um fora de jogo, pois Coates não toca na bola, mas, escreve-vos este rapaz que já perdeu a conta às vezes em que viu o Sporting ser prejudicado dentro e fora de portas, será um erro analisarmos o jogo por aí. Ou, se preferirmos, analisarmos o jogo à Peseiro.
Peseiro, essa figura cada vez mais nefasta a todos e quaisquer níveis, armou a equipa para cumprir a sua promessa: de certeza que não vamos levar quatro do Arsenal. Conseguiu, durante 45 minutos e com a equipa compacta e pressionante, emperrar os gunners, mas, também, conseguiu rebentar com a equipa, nomeadamente com Bruno Fernandes e Nani. Depois, no segundo tempo, quando quis estender-se um pouco mais no terreno… foi o que se viu.
Bastou o Arsenal acelerar o ritmo para as oportunidades aparecerem. Na nossa baliza, claro, com o redes Renan a dar nas vistas, nomeadamente com a mancha anti-picadinha ao rapaz de nome esquisito que se farta de marcar golos. Veio o golo deles e veio a nossa gritante incapacidade para jogar à bola. Zero. O futebol deste Sporting, ao fim de três meses de trabalho, é um enorme e exasperante zero! E, fruto desses zero, combinado com a superioridade “futebol-plantelística” do Arsenal e com o estouro físico da equipa, não houve capacidade para ir atrás do resultado (Jovane entra aos 71′, Diaby aos 86′ e fica um duplo ferrolho até final, mesmo em desvantagem) e terminamos a partida com quase metade da posse de bola do Arsenal e sem termos feito um remate à baliza.
E se uma pessoa chega ao final do jogo tolhido de emoção e de ideias, o que se segue é demasiado mau para poder aceitar-se. Feliz da vida por ter cumprido a promessa de não levar quatro do Arsenal (estes ingleses devem pensar que são o Portimonense!), Zé Peseiro apresentou-se na conferência de imprensa de peito feito, como se, sozinho, tivesse feito uma pega de caras ao maior touro do mundo e fosse para o duche apenas com um braço partido.
Para Zé Peseiro, a única coisa que correu mal neste jogo foram os erros de arbitragem e se não fossem esses erros o Sporting não tinha perdido. Ou, se preferirem, o plano podia ter resultado na perfeição: não perder (contra um Arsenal que aproveitou a vinda a Lisboa para rodar a equipa e ganhar pela primeira vez um jogo disputado no nosso país). O Sporting jogou para não perder e, para Zé, isso é perfeitamente normal. Tão normal que, imagine-se, o Zé ainda berrou que só o Chelsea e o City conseguiram emperrar o futebol dos gunners como o Sporting fez na primeira parte (alguém lhe diga que um jogo tem duas partes e que essas equipas ganharam os respectivos jogos). Tão normal que, imagine-se, o Zé teve o desplante de dizer «as outras equipas sofrem em média 3 golos, nós só sofremos 1».
É este o Sporting do Zé. E o relógio já deu demasiadas voltas sem que alguém lhe diga Hit the road Zé and don’t you come back no more, no more, no more, no more; Hit the road Zé and don’t you come back no more!
26 Outubro, 2018 at 15:04
Nós é que não percebemos nada disto.
O P0 avisou!
Ah e tal, íamos jogar com o papão Arsenal… ou seja, todo borrado a 24 horas do jogo.
Jogámos com mentalidade perdedora e… perdemos.
Chateia-me o perdermos mas chateia-me ainda mais o termos jogado para não perder/perder por poucos.
A QUEIMAR TEMPO AINDA NA PRIMEIRA PARTE… nem o Loures.
Bom: Renan, Nani e Acuña.
Mau: Bruno Fernandes, olhando para a(s) sua(s) exibição(ões), que grande barrete o dinheiro gasto este ano na sua aquisição. Tínhamos um gajo com o mesmo nome a época passada, que supostamente ganhava menos e jogava muito mais.
Muito mau: Gudelj (já começo a estar farto do arrastar em campo deste jogador) e os lances de bola parada. Com tantos gajos altos nem uma bolinha de perigo. Faz-me confusão porque é que estão todos na molhada e nunca há um ou dois a entrarem de trás, como faz no Real Madrid o Sérgio Ramos. Isto treina-se… acho eu.
Diaby é o novo Doumbia a jogar aos 5 minutos de cada vez.
Critico o JJ por muitas opções, como por exemplo o que referi agora mesmo, mas nestes jogos ele fazia agigantar os jogadores.
Bem, mas foi só 1-0, fomos gamados e secámos o Ozil que só se viu nuns raides junto à lateral.
Certo é que a equipa tem 4 meses, já está de rastos e não joga a ponta de um corno.
Venha o Boavista.
26 Outubro, 2018 at 15:09
Louvo o pessoal que consegue comentar mesmo com a coluna toda torta de tanto mortal encarpado…uns disfarçam melhor que outros, talvez devido à facilidade do uso da semântica.
#eunaofui
#aculpaedopeseiro
#perderouganharedesporto
#glaumor
#71
26 Outubro, 2018 at 15:21
Se há coisa boa que se pode retirar da merdosa situação actual, é que agora já não fico doente com as derrotas em qualquer modalidade. Encaro as derrotas com mais naturalidade respeitando o pedido do fantoche nomeado para presidente, que cito:
“Perdemos porque fomos piores.”
Não fico feliz com isso, apenas fico com a sensação que o velho Sporting está de volta. E como gostava de estar enganado.
26 Outubro, 2018 at 15:26
Por esta ordem:
– Leonardo Jardim
– Paulo Fonseca
– Paulo Sousa
– Vítor Pereira
– Rui Jorge
– André Villas-Boas
– Miguel Carodoso
– Silas
– um estrangeiro tipo Ranieri, Le Guen, etc.
Não percebo quem quer:
– Augusto Inácio (gosto dele, “Sportinguista qb”, campeão, etc., mas para treinador já só serve para os Moreirenses da vida)
– Rui Faria (Quem? O que é que ele tem no curriculo para além de engraxar os sapatos ao Mourinho?)
– Sá Pinto (Já cá esteve e não deixou saudades… e depois do “não é o momento certo” bem pode ir treinar o Belenenses ou o Olivais e Moscavide)
– JJ (lol)
26 Outubro, 2018 at 15:29
Não jogamos nada, é ponto assente. E como em qualquer clube de futebol, a responsabilidade recai primeiramente sobre o treinador. Nem sempre merecida, é certo, mas não no caso do Sporting.
O Peseiro é muito mau e foi contratado exactamente para garantir que não havia possibilidade nenhuma de sucesso (que já era pouca), sem esquecer também a guia de marcha que certos jogadores tiveram. Eram incómodos e pelo sim pelo não, não corressem eles demasiado, foi tudo a andar.
A solução passaria sempre por despedir o treinador e depois a estrutura mandar-se da ponte abaixo (eu não consigo perceber em que mundo é que um gajo que num dos piores dias da história de uma organização se anda a rir e a tirar proveito com filmagens e afins, se torna presidente da mesma. É surreal).
Mas fiquemos pelo treinador. A meu ver, ao contrário do que aqui vejo generalizado (parece-me ver) e valendo a minha opinião porra nenhuma, a solução deveria passar por um jovem treinador estrangeiro a emergir numa boa liga.
Tenho as maiores reticências sobre a qualidade média dos treinadores portugueses tendo em conta a mentalidade reinante no nosso futebol. Normalmente servem para jogar na retranca e na vigarice, ganham com os Swansea’s desta vida ao Liverpool’s (até lhes perceberem a manha) mas depois descem de divisão na mesma porque quando jogam com adversários equiparados e precisam de assumir jogo…é o que é.
Por outro lado, alguém que não seja desta merda de país, tenderá a não estar viciado no sistema, e talvez haja mais algum decoro para não tratá-lo como tratam qualquer um quando veste a camisola do Sporting.
26 Outubro, 2018 at 15:30
Penso que existem importantes lacunas técnico-tácticas que poderiam ser compensadas por índices físicos e motivacionais de excelência.
Ou então existem importantes lacunas motivacionais e de preparação física, que poderiam ser compensadas por uma disciplina técnico-táctica ímpar.
*já se pode dizer que se tem saudades do JJ?
26 Outubro, 2018 at 16:00
Claro que sim
https://www.jn.pt/desporto/videos/interior/a-aparatosa-queda-de-jesus-depois-de-ser-abalroado-por-adversario-10090449.html?fbclid=IwAR2p1eR1yIdKlHt9Rkp-Xl4IsZJ_A3c997PqIorN0720petOAQakR0w3PRc
26 Outubro, 2018 at 16:42
😀
26 Outubro, 2018 at 16:22
Concordo com as duas primeiras frases.
Não percebo o que fez melhor o JJ que o Peseiro… Futebol medíocre 3 anos, com excepção do praticado no campeonato do 1º ano, numa equipa que vinha motivada de 2 conquistas de troféus seguidas – Taça de Portugal épica e Supertaça aos rabolhos – e que mesmo assim falhou em momentos importantes – que até são coisas normais no futebol!
O JJ, em 3 anos, gastou 110M€ em jogadores, teve 180M€ de orçamento, contratou 50 jogadores, e ganhou uma Supertaça e uma Taça da Liga, ficando uma vez em 2º lugar e outras 2 em 3º lugar!
26 Outubro, 2018 at 15:57
Nem tudo é mau, pelo menos cancelaram a surreal homenagem
a um gajo que nunca jogou na equipa principal do Sporting e
é lampião assumido.
26 Outubro, 2018 at 16:05
Se calhar foi pena cancelarem.
É que só foi cancelada pq muitos barafustaram. Muitos se questionariam como é possível… Assim passa por mais um não-acontecimento.
26 Outubro, 2018 at 16:17
Acho que não é preciso ser muito inteligente para perceber que ele ia ser assobiado. Evitaram um foco de contestação das bancadas com consequências imprevisíveis.
E como sabemos, no Sporting tudo é possível.
26 Outubro, 2018 at 16:25
Fizeram bem em cancelar!
Há um departamento que trata destas situações. Quem teve a ideia de homenagear o Boa Morte foi burro. Ainda bem que alguém acima cancelou a coisa!
26 Outubro, 2018 at 17:28
Ele é que se recusou a receber a medalha.
26 Outubro, 2018 at 16:26
é oficial !
Voltámos a ser um clube pequeno !
Resta ir vivendo um dia de cada vez sem levar o desporto muito a sério, até aparecer alguém que, realmente, possa/queira levar o clube aos patamares que todos desejamos !
26 Outubro, 2018 at 17:13
Haja saúde e dinheiro para gastos!
26 Outubro, 2018 at 17:12
Cada vez mais acho que a Tasca, infelizmente, não é reflexo da maioria do universo Sportinguista.
Leio, muitos de vocês, e bem, no meu entendimento, a falar de uma estrutura profissional no Sporting… E não, não é a “estrutura” dos outros!
Uma estrutura profissional para o futebol do Sporting é algo que é devido há muitos e muitos anos, nem sei se houve alguma vez. Uma estrutura com base na formação, com entradas cirúrgicas de jogadores, uma estrutura que não esteja, constantemente, dependente do treinador do momento, em que o treinador seja escolhido para o projecto e não o contrário… Eu também acho, e não é de agora, que este é o caminho certo!
E agora, voltando à minha primeira frase, pergunto: Os Sportinguistas têm paciência para esperar por resultados desta implementação? Quantas e quantas vezes já vimos jogadores da casa serem assobiados? Lenços brancos…? Quantos treinadores e jogadores tivemos nos últimos 30 anos?
Se somarmos a isto toda a “estrutura” implementada no futebol português, fora das 4 linhas, então…
É fácil fazer e manter um projecto quando se ganha 2 ou 3 vezes em 5 anos…
Os Sportinguistas fazem longos, longuíssimos jejuns. Quantos de nós teríamos, efectivamente, paciência para esperar por resultados? Questionemo-nos todos, a nós próprios, antes de apontar o dedo ao vizinho. Eu continuo a acreditar que nós somos melhores do que tenho visto ultimamente!
26 Outubro, 2018 at 17:23
Por acaso tendo a discurdar. Paciencia temos nós. Assim as apostas sejam como nos agrade. Paulo Bento ficou 4 anos no Sporting. JJ ficou 3. Nenhum deles ganhou campeonatos. Quem teria paciência para isto?
Um treinador que meta a equipa a jogar e que aposte em jogadores de qualidade e da casa tem uma margem muito grande. Até o Juju, que não valia uma beata, só porque ganhou uns jogos e meteu os putos já era tudo o que precisávamos e era preciso assinar um contrato enorme para ele. É sempre assim…
O que retirou margem e tolerância a JJ e a BdC, no que ao futebol diz respeito, foi não ganhar apostando forte em ganhar.
26 Outubro, 2018 at 17:33
Mas, Tiago, é mesmo a isso que me refiro.
Vamos imaginar que esta Direcção, ou outra, não interessa para o caso, resolve implementar uma estrutura profissional no futebol. Um projecto a x anos, com base na formação complementada por jogadores mais experientes ou mais-valias em lugares chave e com um treinador que sabe, exactamente, que veio para ser mais uma peça nessa estrutura.
Ao fim de 2, 3 anos não tem títulos… O que acha que vai acontecer?
Eu acho que, dificilmente, se monta uma estrutura, do zero, à espera que dê resultados imediatos, mas, por achar que é isso que o futebol do Sporting precisa, estaria disposta a isso… Quantos mais estariam dispostos a isso?
SL
26 Outubro, 2018 at 17:30
Já aqui escrevi.
Coloquem um projecto a longo prazo, sem nenhum desvio pelo meio, pela “febre” de ganhar.
Que foi o que aconteceu quando entra JJ.
Fico a pensar se não tem entrado o JJ, o que seria do projecto…
26 Outubro, 2018 at 17:37
Qual projecto?
Não confundas projecto com necessidade
26 Outubro, 2018 at 17:59
Os projectos vencedores do futebol português dos últimos quase 40 anos foram todos baseados em controlar o jogo fora das quatro linhas… queremos ganhar, mas não jogamos com as mesmas cartas dos adversários… torna-se muito mais difícil!
26 Outubro, 2018 at 18:12
No dia em que se avançar para isso é o dia em que resolvo o meu problema de vez…
26 Outubro, 2018 at 21:41
A 5 minutos do fim a perder, substituí o Nani por o Diaby !!!!?? É um cobarde e no domingo quando o nome dele for anunciado vou assobiar bem alto,estou farto deste lampião
27 Outubro, 2018 at 2:36
E o morto falou…. Fez prova de vida e deu entrevista ao Expresso.