Os balanços são habituais e importantes. O objetivo é sempre identificar o que está mal a fim de ser melhorado o mais brevemente possível e não andarmos a arrastar problemas. A pequena análise que vou tomar é para benefício e crescimento do clube que amo e pela modalidade que me apaixonei há mais de 20 anos.

O balanço não é desportivo, mas sim um digital: Como é que o voleibol do Sporting é tratado digitalmente? O que está bem? O que está mal? Temos uma estratégia?

1. Site do Sporting
Temos um bom site, fácil de navegar e intuitivo por isso é tempo de o potenciar a nosso favor. É a nossa cara! Permitam-me a analogia, mas imaginem que vestimos um fato todo bonito e todo moderno (gestão das redes sociais do voleibol) mas vamos para a rua com remelas nos olhos (site no que respeita ao voleibol). É só lavar a cara, basta ter um bocadinho de brio e cuidado.
Temos muito de melhorar, principalmente em termos de conteúdo.

Os Seniores Masculinos levam vantagem quantitativa porque têm várias “gavetas” de informação que serão úteis assim que estiverem bem tratadas:
Plantel – Sem nenhuma fotografia
Jogador – Cada jogador tem uma pequena descrição onde se repara que todos dizem “Entrou em 21 setembro 2018”. Uma expressão curiosa (“entrou”) para definir a vinculação ao nosso clube.
Calendário e Resultados – Com conteúdo desatualizado e até confuso.
Classificação – Parámos este processo de atualização em 2017/2018, no primeiro jogo da final
Horário/Preços – Que preços são aqueles? A minha dedução é: Se queres jogar no grande Sporting e tens 13 anos, aparece às X-feira pelas Xhoras. Vai-te preparando que isto custa aos pais 38 eur por mês mais um kit de 120 finos (1€=1fino).

As seniores femininas, apesar de não terem tanta possibilidade de conteúdo a atualizar, destacam-se pelas fotos. Não há calendário, nem classificação, nem departamento, pronto, já se percebeu a ideia. O plantel também não está completo, reparo, por exemplo, na falta da nossa atacante de entrada de rede Fernanda e a oposta Dalliane. Tal como nos masculinos com Hugo Silva, a equipa técnica liderada por Rui Pedro Costa não aparece mencionada.

Em jeito de humor, reparem no “caminho” onde está alojada a pasta “Calendário” do voleibol masculino (Home – Modalidades – Futsal – Seniores Masculinos – Voleibol)

2. Redes sociais
Nada a dizer dado o cenário que temos. Trabalham bem, com regularidade, vão mantendo informados os sportinguistas dos calendários dos jogos e vão atualizando os resultados dos sets em direto.
Melhorar esta ferramenta de comunicação implicaria outro tipo de recursos.

3. Patrocinadores
Não resisto em falar nesta (pequena?) fonte de receita porque no jogo contra o benfic@ o meu pai, que percebe tanto de voleibol como o Peseiro de futebol, se sai com esta: “O Santiago joga bem!”. Claro que não temos nenhum jogador chamado Santiago, temos sim um patrocinador e ele confundiu. Sou particularmente sensível a este assunto pela minha profissão e explorá-lo dava uma tese, por isso deixo só questões: Tratamos bem os nossos patrocinadores? É interessante ser patrocinador do voleibol do Sporting? Que retorno se consegue retirar em patrocinar-nos? Se os homens têm pouco público, as senhoras ainda menos, valerá a pena patrocinar? Oferecer product placement é suficiente?

É difícil, em Portugal, uma modalidade ser autossustentada, mas podemos atenuar isso trabalhando um pouco melhor. Olhem reparem nesta maravilha:
“If your job in sports relies on fan engagement & ticket sales, take note! It’s time for a fact finding mission to The University of Nebraska in a little U.S. town called Lincoln. Population 285,000. They’ve sold out Memorial Stadium or “The Sea of Red” with up to 87,147 seats in every game since 1962 – 56 years! Season tickets are $400+.”
https://www.linkedin.com/feed/update/activity:6459533525816303616/

O NOSSO FIM DE SEMANA
A equipa masculina foi viajar até aos Açores e trouxe duas vitórias fáceis e pela margem máxima. Se o Clube K se perspetivava o resultado que se verificou (3-0 com parciais de 25-22, 25-16 e 25-9), a equipa da freguesia de Fonte Bastardo, na ilha Terceira costuma ser um “osso duro de roer”. Tem sido o grande adversário do benfic@ pelo título onde, ao leme do Prof. Alexandre Afonso, em seis anos conquistou dois campeonatos (2010/2011 e 2015/2016). No final, 0-3 (14-25, 21-25 e 23-25).

Com uma ajuda fantástica de um tasqueiro atento, conseguimos dar mais algumas informações sobre o jogo das meninas. Pelo resultado, pareceu logo um jogo fácil como também esperava o nosso treinador dado que entrou com um 6 inicial com algumas alterações. Destaco imediatamente a titularidade da Beatriz Barros por vez da capitã Sara Serrano. A Dalliane também teve a sua oportunidade na saída de rede. Um “jogo tranquilo onde o Sporting dominou em toda a linha com um serviço agressivo e um bloco muito bem formado, arrecadando sempre muitos pontos nesta combinação”. No final, vitória sobre o CV Lisboa por 0-3 (12-25; 15-25; 13-25), num “bonito serviço” que se estendeu às mais novas: as sub-19 foram ao Pavilhão Municipal Aranguês (Setúbal) superiorizar-se diante do VC Setúbal 1990 (3-0), na segunda ronda da 1.ª fase do Campeonato Inter-Regional – série B -, enquanto às juvenis se estrearam da melhor maneira na 1.ª fase do Campeonato Inter-Regional – série A -, ao triunfarem na casa do GD Sesimbra (23-25; 23-25; 17-25).

voleibol fem sporting

Bê-a-bá do voleibol: Pontuação dos sets
Um jogo de voleibol é ganho pela equipa que vencer os 3 sets. O set é ganho pela equipa que atingir primeiro os 25 pontos, com uma diferença mínima de 2 sobre o adversário. Em caso de igualdade aos 24-24 ou 25-25, etc, o jogo continua até existir uma diferença de 2 pontos.
Em caso de igualdade de sets (2-2), o set decisivo é disputado até aos 15 pontos com uma diferença mínima de 2 pontos. Tal como aconteceu no jogo que nos sagrou campeão nacional.

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)