Desta vez não vai dar para dizer “o que passou-se?!?”. Muito menos para se escudar num “nunca sube”. É que a Promovalor, detida pelo presidente do benfic@, Luís Filipe Vieira, está há dois anos sem contas publicadas e, agora, a empresa que apresenta um buraco de 162 milhões de euros, tem um mês para evitar a liquidação.

De acordo com o Expresso, o aviso chegou a 14 de novembro. Nesse dia a Conservatória do Registo Comercial de Loures emitiu uma notificação à Promovalor II e ao seu presidente, Luís Filipe Vieira, sobre o início de um procedimento de dissolução e liquidação da empresa. O motivo, apurou o Expresso, é a falta de publicação de contas: a empresa de negócios imobiliários do presidente do Sport Lisboa e Benfica não só não entregou a sua demonstração de resultados de 2017 como também não o fez em relação a 2016.

As últimas contas da Promovalor II, relativas a 2015, mostram que nessa altura a empresa tinha capitais próprios negativos de 162 milhões de euros. Este “buraco” foi o resultado de sucessivos anos de prejuízos, que foram agravando a situação financeira do veículo de promoção imobiliária de Luís Filipe Vieira. A 31 de dezembro de 2015 a Promovalor II reportava um ativo de 117 milhões de euros, mas o seu passivo ascendia a 279 milhões.

Claro que a notícia não mereceu honras de destaque em qualquer diário, por isso resta esperar que surja alguma alma caridosa que resolva ficar atenta ao caso, nomeadamente porque podem acontecer coisas curiosas como aquela que data de 2012, ano em que a CGD ficou com 50% da participação de Luís Filipe Vieira no Fundo Imobiliário Real Estate para pagamento de uma dívida. Na altura, a participação foi avaliada em 24,5 milhões. Agora, de acordo com o jornal Público, o Fundo está em insolvência e isso pode significar prejuízo para a CGD.

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