Tempo para uma pausa e para ler a entrevista que Paulo Gomes, novo Director Geral da Academia, dá ao Jornal Sporting, bem como para recuperar a que pode ter passado despercebida, no Record.
Sem grande aprofundar de diversas questões, fica desde já uma novidade: os relvados sintéticos vão todos dar lugar a relva natural. O resto, está nas páginas que se seguem.
____________________________________________________________
28 Novembro, 2018 at 11:41
Acabar com os sintéticos parece-me uma medida agridoce. Sendo algo que faz sentido para o futebol masculino, é algo que vai pesar na preparação das equipas femininas.
No campeonato feminino há uma grande prevalência do sintético, é importante manter pelo menos um para que as nossas atletas se possam ambientar a esse piso.
28 Novembro, 2018 at 12:05
E não só… creio que os jogos dos mais novos também decorrem em maioria em sintéticos…
SL
28 Novembro, 2018 at 13:53
Verdade Max, mas lembro-me que quando o meu irmão jogava no Casa Pia, eles tinham um acordo com as lamparinas em receber vários jogadores das camadas jovens emprestados de modo a que estes se habituassem cedo a jogar em relvado. Era suposto receberem um pagamento em troca, mas na altura já iam em 2 anos de atraso em pagamentos. Típico.
A longo prazo voto em relvados, e um sintético para preparação pré-jogo quando se justifique.
28 Novembro, 2018 at 12:41
A bola salta mais num sintético e há menos imprevisibilidade. Torna o futebol mais básico, físico e previsível. Para equipas más é mais fácil jogar num sintético. A qualidade técnica faz mais diferença num relvado natural.
Acho que manter um sintético em Alcochete só para treinar certos aspectos faz sentido. Mas numa equipa como a do Sporting tem de se apostar num relvado natural desde tenra idade!
28 Novembro, 2018 at 14:09
Eu jogo num sintético e para onde a bola vai é tão imprevisível como quando jogo num relvado.
28 Novembro, 2018 at 13:54
Apesar de ver com bons olhos as mudanças dos relvados, o que mais gostei de ler, foi o papel do nosso presidente, no acompanhamento clínico aos miúdos. Revela um interesse e preocupação excepcionais com o bem estar deles e por conseguinte, com o bem estar do clube.
28 Novembro, 2018 at 14:17
Uma entrevista que diz pouco…fala de melhorar infra-estruturas…não creio que as infra-estruturas sejam o que tem mais de mudar.
Como tenho dito eu vejo muito talento naquela academia. O que é preciso é potenciá-los, prepará-los para integrar uma equipa principal, ter uma mentalidade forte e de leão. E depois o que mais tem faltado. Uma estratégia para a equipa principal que passe por aproveitar os recursos existentes em vez de muita compra de jogadores para fazer numero.
Vamos ver. Daqui a 4 ou 5 anos veremos que formação temos. Eu lembro-me como as coisas estavam à 4 ou 5 anos…e sei que fizemos um caminho muito interessante nestes 4 ou 5 anos. Agora veremos o que o futuro nos reserva.
28 Novembro, 2018 at 14:26
Ouvi o outreodia uma reportages na rádio belga sobre o efeito cancérigeno daquelas “bolinhas” de desperdício de pneus que enchem os terrenos sintéticos. Ao que parece, ultrapassa em duzentas vezes as normas europeias. Na Holanda já estao proibidos e a Bélgica estuda o assunto. Também por isso, boa decisão de
acabar com eles. Bom seria que a nossa FPF, a supor que ainda existe, estudasse o problema…
28 Novembro, 2018 at 14:42
Vivo na Holanda. O clube dos meus putos tem campos sintéticos e relvados. Essa questão levantou-se o ano passado. Existe de facto um grande debate sobre se se deve proibir o uso de sintéticos mas para já ainda não há proibição.
Se os putos não andarem a comer bolinhas de borracha, não me parece que haja grande perigo, mas não percebo muito do assunto. O que eu noto é que a bola tem mais tendência a saltar (mais difícil de colá-la ao relvado) por isso prefiro os naturais.
28 Novembro, 2018 at 16:09
E arranha mais 🙂
28 Novembro, 2018 at 16:36
Provavelmente a solução passará proibir as bolas de borracha/pneu e substituir pela areia, que era usada no início dos sintéticos mas que arranhava quando a malta fazia carrinhos e escorregava mais, daí a preferência pela borracha.
28 Novembro, 2018 at 17:31
Nao me expressei bem. O que foi dito na reportagem belga é que na Holanda teriam proibido aquele tipo de coisinhas de desperdício de pneu, não os sintéticos.
Pelo que percebi, já há casos graves de cancro em jogadores que passaram a vida naquele tipo de terrenos no RU. Será que é mesmo essa a causa? Não sei, mas que é inquietante, é. Claro que as entidades do futebol não se interessam, são os ministérios da saúde que deverão investigar e agir.
28 Novembro, 2018 at 14:28
O mais importante é dar espaço na equipa principal para eles aparecerem, temos talento e temos infraestruturas muito boas, não sei se há muita coisa a melhorar ali.
28 Novembro, 2018 at 14:33
Falar na Academia e nas suas aparentes falhas é sempre aquela discussão para horas. Melhorar as infra-estruturas é sempre bom, mas acho que não seria o mais prioritário. Faltam papeis na estrutura, como um departamento de acompanhamento psicólogo para cada escalão de formação e até mesmo para a equipa principal (curioso ver que até as equipas de topo de e-sports gastam dinheiro em psicólogos e no futebol isso parece passar ao lado), falta, na minha opinião unificar os juniores, iniciados, sub-23 e equipa principal em termos técnicos e tácticos para reduzir o tempo de adaptação e aproveitamento aquando uma subida.
Há trabalho pela frente, mas como já ouvi dizer, o caminho faz-se caminhando e em 4-5 anos cá estaremos para ver isso
28 Novembro, 2018 at 15:00
Concordo que uma das principais lacunas é a falta de apoio psicológico aos jovens que entram na Academia para tentarem ser profissionais de futebol. Será talvez até a principal lacuna.
Outra é alguma falta de talento – discordo em absoluto com muita gente que aqui comenta e vê talento “aos molhos” em Alcochete! Nos ultimos 4, 5, 6 anos perdemos muitos talentos, mas muitos mesmo, para várias outras equipas com o Benfic@ à cabeça – isso nota-se principalmente nos sub23, nos juniores e, menos um pouco, nos juvenis! Obviamente que ainda temos alguns.
Com estes 2 factores a pesarem pela negativa tivémos uma prestação má na equipa B que acabou por a fazer baixar de divisão – estou convencido que a decisão de acabar com a equipa B teve muito a ver com a real possibilidade disso acontecer – com uns sub23 que cometem muitos erros para o nível etário e competitivo onde estão, com uns juniores que são uma “desgraça” e com uns juvenis que vão escapando a esta “nódoa” porque têm um excelente treinador que consegue tirar muito dos miúdos e ainda ensina-los!
O que eu vejo, e vi, nestas equipas de que falei, foi, é, muito vedetismo, pouca intensidade, muitas vezes um desleixe preocupante, e também alguns jogadores que nem percebo como estão no clube, tão fracos que são.
De qualquer maneira, estou convicto que, exactamente com os mesmos jogadores que temos, e tivemos, com um gabinete de apoio psicológico – que trabalhasse mentalmente os miúdos para melhor os preparar para as exigências do futebol profissional e de um clube como o Sporting – teríamos resultados muito melhores, quer a nível de resultados desportivos, quer a nível do jogador que depois chega ao patamar onde se decide se tem capacidade para integrar um plantel principal do Sporting ou não!
Dos iniciados para baixo, penso que a coisa está um pouco melhor composta pois já se tinha começado a tentar inverter este ciclo negativo. Mas há muito a melhorar, especialmente nestas 2 vertentes que falei.
É a minha opinião!
28 Novembro, 2018 at 15:01
Mas há apoio psicológico na formação…
28 Novembro, 2018 at 15:04
Espera…estás a dizer que há 4/5 anos havia muito talento na academia? Ou estás a dizer que perdemos no sentido que andava à solta e não os conseguimos ir buscar?
28 Novembro, 2018 at 15:11
Deixámos que fossem outros clubes a “apanhar” muitos dos talentos que haviam por aí. Não os conseguimos ir buscar, que era algo que há 8, 10 anos, fazíamos com relativa facilidade!
28 Novembro, 2018 at 15:25
Põe mais 10 anos nisso mas ok…já percebi. Conseguias à pai 20 anos…
Mas a esses tempos não mais voltarás. Eles investem como nós. Por isso a partir daí é sempre um mercado dividido….eu continuo a achar que isso é importante em 1 ou 2 jogadores. Acho mais importante do que isso conseguires trabalhar a sério o que tem. Talento desse…há 5 ou 6 putos no país de cada escalão…que serão divididos entre os grandes. E isso nem sequer é preciso um grande scouting porque são visíveis a qualquer um. Ouço muito falar do scouting…é importante claro. Mas se tens um puto a entrar naquela academia aos 8…toda a formação dele é ali feita. Ele sairá o jogador que conseguirmos fazer dele…
28 Novembro, 2018 at 15:30
“Ele sairá o jogador que conseguirmos fazer dele…”
É exactamente disso que falo num outro comentário.
28 Novembro, 2018 at 15:31
O Ponde era um talento extraordinário, o William era um jogador interessante e nem sequer era o melhor médio daquela equipa (era o Renato Neto…). O porco deixou sair o Félix porque não tinha grande vontade de os manter…também não seguraram o João Mário…
Num micro-país como o nosso e num mundo globalizado como o nosso…esses talentos que falas e que aparecem para serem recrutados…são poucos e conhecidos de todos.
E ainda digo mais. A maior arma para recrutar estes putos não é chegar lá primeiro. É conseguires aliciá-los. E para isso o Sporting tem de mostrar que dá oportunidades especiais aos putos e que ali se forma para ser jogador e não para encher. Cada vez que se diz e que se deixa passar que os outros fazem melhor e apostam mais…é um prego que metemos em todas as nossas negociações…
Por isso é que essa conversa do scouting para mim é olhar para a árvore…não para a floresta…
28 Novembro, 2018 at 15:48
É nesta parte que discordo com o Miguel sobre o muito ou pouco talento que há na Academia. O William foi para mim uma completa novidade quando apareceu, pelo menos não tinha a notoriedade que teve o Bruma, Illori o Edgar Ie ou o Agostinho Ca, tem o Miguel Luis etc. Agarrou a titularidade na equipa principal e tornou-se para mim um dos melhores trincos do mundo. Mais do que talento, acho que é preciso dar oportunidade a quem vem de baixo, uns agarram outros não.
28 Novembro, 2018 at 15:50
A questão dos irmão Eduardo, Wilson e João Mário, tem pouco ou nada a ver com scouting e interesse dos clubes, pois tratou-se de uma questão privada, familiar.
Basta pensares que o João já estava em Lisboa e o Wilson continuou por cá.
28 Novembro, 2018 at 15:56
É isso que digo. Não foi scouting…porque até foi para lá primeiro. Não foi uma pérola que saiu de um extraordinário scouting…
28 Novembro, 2018 at 20:10
Quem é o porco?
28 Novembro, 2018 at 15:32
Há 10 anos conseguias!
Geraldes, Matheus, Iuri, Podence, Gelson, Semedo, etc…
Há 20 anos vinham ter contigo. Nem precisavas de ir à procura…
28 Novembro, 2018 at 15:48
O Geraldes entrou no Sporting pai com 8 anos. Podence pouco mais…pai 10 anos se tanto. Iuri idem…
Eles foram os jogadores que o Sporting fez deles…
E estamos a falar de jogadores que curiosamente não calçavam nem por nada na selecção…por isso não estamos a falar do tipo de talento de que costumas falar. São produtos da casa, não de scouting…
28 Novembro, 2018 at 18:48
Exacto.
Há 10 anos conseguias ir buscar estes gajos! Todos putos talentosos!
Não calçavam na selecção também porque apanharam os anos onde os do Benfic@ iam sem merecer! Que agora já não é o caso, na maior parte deles.
28 Novembro, 2018 at 17:03
Pelo que sei eles investem mais do que nós, especialmente em relação às suas famílias – conseguem cativa-las com ofertas de vários tipos – e já se sabe o peso que têm as famílias nas decisões dos miúdos.
28 Novembro, 2018 at 17:09
Mas eu tenho a teoria que esse tipo de famílias é exactamente o que não interessa ter na academia…Nisso eu não investia…
28 Novembro, 2018 at 15:28
Se há, naquilo que quero dizer, não parece.
Eu não me refiro a terem apoio psicológico por estarem longe de casa, por terem más notas, ou essas coisas. Refiro-me a um apoio e acompanhamento para que sejam melhores pessoas e melhores profissionais de futebol quando chegar a hora. Que os ajudem a focar no que é o futebolista, um futebolista. Que os ajudem a perceber a importância do trabalho, a importância da humildade, que os ajudem a perceber que terão de sofrer para singrar no futebol profissional, etc…
Porque o que eu vejo em muitos é que são uns cagões que têm a mania que (já) são alguém só porque jogam no Sporting. Fazem umas merdas engraçadas contra uns “mija na escada” quaisquer mas não são jogadores competitivos por natureza! Quando chegam ao patamar onde a coisa passa a ser a sério e é preciso sofrer, desaparecem…
Olho para um Diogo Brás, vejo ali um potencial tremendo, mas depois vejo que lhe falta quase tudo o resto, que podia ser trabalhado por essas equipas de profissionais para lhe incutir mais atitude, mais capacidade de esforço e sofrimento, etc. Falta-lhe ser competitivo! Vejo este miúdo no “fio da navalha”, a ver se cai para o lado do “tremendo jogador” ou para o lado do “podia ter sido um tremendo jogador”!
E quem fala neste, que ainda lá está, podia falar num Iuri ou num Matheus, por exemplo, que tinham mais que potencial para, na idade em que estão, já serem jogadores titulares do Sporting porque talento não lhes falta. Falta quase tudo o resto… A começar por serem homenzinhos e competitivos.
Um clube como o Sporting, que consegue apanhar talentos quando são novos, tem de ter um departamento que potencie todo esse talento mentalmente de modo a ter num futuro jogadores que valham 20, 30 ou 40 M€ e não jogadores que valham 5 ou 10 M€!
28 Novembro, 2018 at 15:38
É um papel mais de motivar para ser melhor e preparar para os desafios de um futebolista de alto-rendimento. Por exemplo, o Matheus e o Yuri, têm talento, mas um tem o rei na barriga e o outro sempre o achei fraco mentalmente, nunca aguentou o peso que vinha com uma camisola na equipa principal. Pelo menos era a isto que me referia
28 Novembro, 2018 at 15:40
Não há um acompanhamento compartimentado. Há um acompanhamento dos putos em todas as suas vertentes da vida.
Mais uma vez isso é inevitável. Um puto cheio de si que se encosta porque acha que já chegou lá é o que mais há em todo o lado e nenhum acompanhamento vai fazer com que isso não aconteça. Vais ter sempre Ronaldos e Paims…o que depois acontece é selecção natural. Os mais resilientes e com mais vontade vencem…
Não quer dizer que quem lá está é perfeito ou faz um grande trabalho. Não sei. Mas que existe…existe…
E sabes….parte da culpa disso pertence-nos. Mimamos e olhamos para estes putos aos 16 aninhos como craques…as redes sociais ampliam o nosso “mimo”…e isso só torna este trabalho mais difícil. Olha o Rafael Leão. Quantos estão arrependidos de tanto mimo lhe deram para que fosse aposta?! O puto quando entrou em campo a primeira vez parecia que tinha entrado o Ronaldo depois de muito tempo na praia. Um puto que tem este tratamento dos adeptos…só se for MUITO resiliente e muito pés no chão é que não entra em êxtase e no Olimpo…
28 Novembro, 2018 at 15:52
Este ultimo ponto é o que faz com que só conheças os casos do Sporting. Porque o Sporting e os Sportinguistas olham sempre para o próximo grande talento e olham sempre com enorme esperança.
No resto dos clubes normalmente nem olham…querem lá saber. Quando chegar à A logo se vê o que rende. Além de que lá está…não acompanho o suficiente as formações deles para saber os muitos que se perderam pelo caminho…
28 Novembro, 2018 at 18:34
Caro Tiago, deixar a coisa à “selecção natural” da vida parece-me curto, além de ser um erro de palmatória que tem um custo enorme quer para o clube, quer para a pessoa/miúdo. Bem sei, suponho, que não queres dizer que não se faça nada mas que se faz alguma coisa e depois é com cada um. Uns dão Ronaldos, e os outros dão Pains…
É nisso que eu falo.
Para um puto como o Ronaldo, nem precisas de acompanhamento… 🙂 O puto tinha tudo na cabeça e sabia onde queria chegar, custasse o que custasse! Não tinha medo do trabalho, não tinha medo da dor, não tinha medo de se cansar…
Mas há bem mais Paíns do que Ronaldos e, portanto, há necessidade desse acompanhamento que eu falo. E eu falo de acompanhamento de “pai” para “filho” mas com conhecimento académico e bases cientificas. Perderes um talento como o Paím fez-te perder 20M€ ou muito mais que isso. E quem diz o Paím diz outros.
Um gajo como o Paím tem de ter alguém sempre em cima dele porque é um talento que pode valer uma fortuna. Não pode ser deixado “ao Deus dará” e depois logo se vê! ´verdade que há comportamentos “desviantes” que são lixados de controlar e corrigir mas, caramba, o puto Paím fazia uma coisa que gostava e estava num ambiente controlado. Só se perdeu o puto porque nunca se tentou realmente fazer nada, a não ser conversa de café – e eu sei disto porque tive uma colaboradora que foi trabalhar para o Sporting, com os miúdos, na ajuda escolar, e me contava algumas coisas.
Não quero dizer com isto que resultasse. Ou com ele, ou com outros. Obviamente, alguns vão-se perder porque são burros demais mas se os miúdos forem trabalhados mal chegam ao Sporting – e quanto mais novos, melhor – a probabilidade de sucesso, de evitares que um talento se perca, é muito maior. E isso é dinheiro em caixa.
Pega nos exemplos do Iuri e do Matheus, que têm problemas por razões diferentes, ainda que eu ache que são ambos pouco esforçados. O caso do Iuri penso que será mais uma questão de pouca confiança e o caso do Matheus, o oposto, confiança a mais – já se acha muito bom! Se não derem nada de jeito, vais acabar por vendê-los abaixo dos 10M€, quando são talentos que podem facilmente valer 20 ou 30 M€ sem muita dificuldade – ou até mais de conseguirem colocar em campo todo o potencial que têm.
No entanto, agora é mais complicado “tratar” do problema deles. Com acompanhamento como deve ser desde miúdos, nesta altura já estavam a caminho de serem vendidos por 20M€ ou mais e, afinal, ainda nem se afirmaram! Não valerão mais que 1/4 disso!
É preciso uma equipa suficientemente abrangente e suficientemente numerosa para acompanhar os putos – que são muitos – como deve ser de modo a estarem em cima deles e perceberem onde estão os indícios para actuarem logo.
Ainda este verão vimos os putos nas redes sociais a fazerem merdas que são completamente inadmissíveis. Não me venhas dizer que não é possível corrigir estas tretas! primeiro, ensinar respeito ao clube que aposta em ti! Isto é básico, caralho! Não se mete likes em merdas de posts do Leão, que foi um gajo que desrespeitou o clube que lhes dá tecto e mete pão na mesa! Porque, acima de tudo, está o respeito ao clube!
Muitos destes putos vêm de famílias pobres, sem grandes estudos, sem grande educação. É preciso que o Sporting faça um papel de “pai” e “mãe”, se depois quer tirar os dividendos desses putos. Não é só ensiná-los a dar pontapés na bola. E, foda-se, até temos n exemplos de grandes talentos que não vingaram porque só fizeram merda. É mostrar-lhes isso! É mostrar-lhes o que era o Ronaldo e o que era o Paím e perguntar-lhes qual querem ser?
A mim fode-me ver talentos desperdiçados! Muito mais do que ver gajos na Academia que, na minha opinião, nunca serão jogadores nem para um Tondela desta vida!
E digo-te, sim, há talentos na Academia, mesmo nas equipas de Juvenis, Juniores e sub23. Mas a maior parte deles falta-lhes competitividade, querer, esforço, dedicação, intensidade… São moles! Ver um puto como o Diogo Brás, a maior parte das vezes irrita-me por ver que não se esforça nem metade do que podia. O bernardo é um bocadinho melhor neste aspecto mas vê-se que já se acha um grande jogador, quando não é porra nenhuma a não ser um puto com um potencial que muitos não têm! Mas o Paím naquela idade tinha muito mais potencial e é ver onde está!
Por isso eu acho fundamental que haja na Academia um Departamento só focado em trabalhar a cabeça dos putos e em fazer o seu acompanhamento. É a única maneira de minorar a perda de talentos. Além disso, minorando a perda de talentos, os outros putos vão perceber que ali o grau de aproveitamento é grande e vai ser para ali que vão querer ir! Porque ir para ali faz realmente a diferença.
E é essa diferença que temos de marcar!
28 Novembro, 2018 at 18:40
O Rafael Leão fez isso porque nunca teve acompanhamento.
Era, e é, um cagão.
Eu falei aqui muitas vezes na atitude merdosa que tinha em campo quase sempre. Um gajo pouco esforçado que só corre com a bola no pé… Há quem goste mas não é o meu caso!
Se tivesse sido trabalhado desde pequeno, provavelmente teria chegado a esta idade ainda mais jogador e não um gajo com muito potencial! Porque o gajo para jogar na equipa A, ao mais alto nível, tinha lacunas que não são permitidas. Aliás, basta lembrar do gajo naquele jogo, acho que com o Moreirense, onde o JJ passou o tempo todo a gritar com ele para se posicionar bem e fazer o acompanhamento do lateral! Bola que passasse a 3 metros dele já estava longe demais para ele correr…
28 Novembro, 2018 at 18:44
Eu também vejo estas coisas nos outros clubes.
O caso do Renatinho é um caso similar. Um puto cheio de potencial, um puto com muita vontade e entrega, mas falta-lhe que alguém lhe trabalhe a cabeça e falta-lhe quem o ensine a jogar futebol.
É um caso típico dum puto que teve um fraca educação e que isso lhe atrapalhou a inteligência. Precisava de um bom acompanhamento no seu processo de formação e não só jogar à bola.
28 Novembro, 2018 at 15:32
Concordo com a parte de acompanhamento psicológico. Na melhor epoca de JJ no Sporting, havia aquele motivador/psicólogo Brasileiro. Desde que ele saiu o futebol praticado piorou bastante.
Coincidência? Nem tudo.
28 Novembro, 2018 at 17:46
Um psicólogo pode ser incómodo para a estrutura, sabe muito mais do que pode parecer mas a sua voz é potencialmente incómoda a quem tem ideias fixas sobre o que pretende de cada jogador ou da equipa como um todo. Se calhar é melhor pensar em formar os treinadores todos em coaching, que não sendo psicologia, a usa. O famoso caso do eder que tanto nos deu sem que ninguém o visse como jogador para a selecção.
28 Novembro, 2018 at 14:54
Sabes o que é o gabinete sociopedagógico?
Quanto a unificar em termos técnicos e tácticos…não acho muito interessante. O importante é desenvolver os jogadores de forma a dar resposta a várias formas diferentes de jogar. Já achei isso, hoje acho que é uma não questão.
Uma coisa são coisas básicas como os jogadores saberem jogar apoiado, saberem trocar a bola, saberem as movimentações básicas de quem joga futebol, saberem sair a jogar e tudo mais. Terem intensidade e cultura táctica, entenderem o jogo, saberem pensar mais rápido, para além de características técnicas de excelência. Isso é a formação do atleta. Não se deve formar jogadores para jogar ao pontapé para a frente. Agora a nível táctico não vejo grande ganho em andar tudo a jogar exactamente da mesma maneira. Mesmo nos expoentes máximos dessa filosofia (Ajax e Barcelona) não os vejo ter grandes ganhos nisso…
Um puto que joga a extremo num 433 não precisa assim de uma ciência brutal passar a jogar a ala num 442. Um que jogue a interior num 433 não precisa de grande coisa para jogar num meio campo a 2 ou como 2 avançado (dependendo das características dele). Isso é trabalho do treinador principal. E à equipa principal interessa ganhar. Escolher um treinador capaz de ganhar no seu próprio modelo. Se tens de andar a escolher um que trabalhe num modelo parecido à formação para além de todos os requisitos que deve mesmo ter (qualidade de trabalho, desenvolvimento dos jogadores, lider e que goste de aproveitar o que tem em vez de estar sempre a pedir mais) é uma limitação que eu não concordo e nem sequer vejo grande ganho…
É uma questão interessante…já fui da tua opinião…hoje não estou tão certo disso…
28 Novembro, 2018 at 14:55
Isto era a resposta ao FixTix….
28 Novembro, 2018 at 15:07
Concordo contigo quanto a esses aspectos tácticos.
Também já defendi que o modelo fosse sempre igual mas hoje não defendo isso. Acho que os miúdos devem aprender todos os modelos e perceber o que se espera de cada jogador em cada posição em cada modelo, até porque o modelo da equipa principal depende do treinador que lá estiver e dos jogadores que estão no plantel no momento. Além disso, ninguém garante que um miúdo não faz 4 ou 5 anos numa posição e depois alguém o muda para outra.
O importante na formação é um miúdo desenvolver-se, quer tecnicamente, quer tacticamente, quer mentalmente, de modo a perceber cada vez melhor o jogo e poder decidir rápido e bem.
28 Novembro, 2018 at 15:54
Formação do SCP nunca pode ser a formatar um jogador a uma táctica, ou dizer por exemplo és extremos tens que fazer estes e apenas estes movimentos, formação tens que dar primeiro liberdade criativa aos atletas e depois então tácticas! Tivemos dos melhores extremos do mundo por isso! Fazer o contrário é o que a formação do Benfica faz, todos ali certinhos tacticamente mas depois chegam a sénior e não há uma evolução
28 Novembro, 2018 at 15:30
Sinceramente desconheço, mas o facto de o Patrício, por exemplo, ter procurado sempre ajuda externa ao clube não é muito bom sinal, mas acredito quando dizes já haver psicólogos no clube.
Eu acho que tem de haver uma cultura táctica transversal ao clube, e que o treinador da equipa principal tem de se desdobrar e ter um papel muito mais influente a nível da equipa b ou sub-23. Claro que precisas de contratar para 5-6 anos em vez de 2 ou 3, e há que ter essa noção.
Sempre formamos grandes extremos, e pelo que sei, foi por beneficiarem de uma táctica de 433 em todos os escalões. Acho até que um médio ou um avançado que jogue bem em 433 joga bem no resto das tácticas pois esta é a meu ver a mais versátil… Mas é preciso incutir uma cultura táctica (usei o termo técnico mas agora vejo que cometi um erro, até porque a técnica é inerente ao jogador, ou tem ou não) semelhante a todos os escalões. Vejo mais valias nesta visão, mas admito poder estar completamente errado
28 Novembro, 2018 at 16:23
Existe para a formação, que era o tema do post. Para a equipa A não sei…pelo que sei não há mas para a formação sim. E aí concordo com a necessidade de haver na equipa A.
Quanto ao resto eu percebo a tua opinião, como disse já a tive. Hoje em dia não tenho, tenho a contrária.
Para mim o treinador da A é para treinar a A o melhor que sabe, ganhar e aproveitar os recursos que tem. A formação cabe ao clube fazê-la e depois aproveitá-la. E devemos poder falhar. Contratamos agora o Keiser. Se a coisa corre mal vamos mudar. Muda tudo novamente? Desde equipa principal até aos sub23 e Juniores? És obrigado a manter um treinador mediano porque ele orienta toda a formação? Como é que consegues formar assim? E imagina que corre muito bem. Achas que consegues manter o Keiser 6 anos? Ele saí…onde vais “catar” outro Keiser, que pense o jogo exactamente da mesma forma e que aplique os mesmos princípios, conceitos e movimentos? Para mim a formação é a formação. E devemos fazê-lo de forma independente da equipa principal. A equipa principal depois tem é de aproveitar o que de lá sai.
A altura em que aproveitaste melhor a formação foi quando ela jogava em 433 e a principal em 442. E honestamente te digo…nem sequer havia um potencial tremendo naqueles putos. Veloso, Moutinho, Nani, Carriço, Djaló…não tiveram problemas nenhuns em jogar de uma forma diferente. Olha para os últimos que subiram. Gelson, Podence, Semedo, João Mário…433 para 442. Nos 3 grandes, todos os putos que têm sido lançados vêem de um 433 para um 442. A equipa B do porco até chegou a jogar em 343…
28 Novembro, 2018 at 16:15
Banalidades e lugares comuns do principio ao fim, tanto numa entrevista como noutra. Espero bem que seja resultado de uma vontade de guardar preciosos segredos…
28 Novembro, 2018 at 16:44
Um sicofanta do fguegue a agradecer-lhe o novo gig. Oxalá se dê bem mas, se fosse índio, este tipo chamar-se-ia Lugar Comum… (E um dos sintéticos deve ser obviamente mantido).
28 Novembro, 2018 at 18:45
William antes de conseguir a titularidade passou pelo Fatima e Cercle de Bruges. João Mário começou no Porto. Adrien, Cedric, Semedo rodaram.
São raros os jogadores vindos da cantera que pegam de estaca, só me lembro:
Beto, Futre, Figo, Hugo Viana, Quaresma, Simão Sabrosa, Moutinho, Nani, Ronaldo , Rui Patrício e Gelson. Os outros rodaram.
A atual equipa do FCP é constituída em mais de 90% por estranjeiros. O Benfica, este ano, a apostar na formação, com muitos portugueses, esta a fazer uma das piores prestações que me lembre.
O celebre Garrincha veio das peladas na sua terra em Pau Grande: num treino da seleção brasileira, para descomprimir, com a sua equipa de bairro, deu um baile a Nilton Santos ; começou ai a carreira dum dos maiores jogadores de todos os tempos.
Orlando, celebre trinco , campeão do mundo, não era titula na equipa do bairro; levado para o Vasco da Gama pelo padrinho fez-se um grande jogador.
O dia em que os adeptos do Sporting aceitarem, como os do Ajax , 3/4 anos sem ganhar, ate formar uma equipa ganhadora, ai sim, a Acdemia vai ser TOP.
28 Novembro, 2018 at 18:53
“O dia em que os adeptos do Sporting aceitarem, como os do Ajax , 3/4 anos sem ganhar, ate formar uma equipa ganhadora, ai sim, a Academia vai ser TOP.”
Eu aceito isso na boa!
O que me espanta é os adeptos do Sporting, habituados a 18 anos sem titulos 2 vezes – e acho que desta vez até podem ser mais – acharem sempre que temos de ser campeões para o ano – no já famoso “este ano é que é”! – e nunca estarem disponíveis para fazer um projecto como deve ser!
Mas, pronto, o “este ano é que é” é que é ser adepto do Sporting…
28 Novembro, 2018 at 19:53
Vamos ver se o campeonato de 2015/16 não vai ser atribuido ao SCP e … depois conversamos …
Aí acaba-se logo a lenga-lenga de que estamos há 16 anos sem vencer o campeonato …
28 Novembro, 2018 at 19:52
Talvez que as redes sociais, os blogs Sportinguistas, possam desempenhar um papel importante no esclarecimento dos adeptos em relação à Academia, ao seu REAL aproveitamento. Ninguém duvida da força das redes sociai na atualidade.
Em vez de guerras de presidentes, absurda.
Em 1958, vivia longe, mas assisti ao 10ºtitulo do Sporting; memória de puto lembro de : Carlos Gomes, Travassos, Vasques, Martins, Vadinho, Osvaldinho, David Justino, o treinador era Fernandez(espanhol?). Ainda não sei quem era o Presidente.
Ja agora até 1958 ,so contabilizando a 1ª Liga:
Sporting – 10 campeonatos
Benfica – 9 campeonatos
Porto – 4 campeonatos
Apartir dessa altura o Sporting ganhou 1 campeonato de 4/4 anos , depois de João Rocha de 18/18 anos. Nos dias de hoje?
Isso devia fazer meditar. Acabar com a trampa das guerrinhas.
SL