Post (3)Rara é a semana que não falo em pessoas, nomes que compõem o voleibol do Sporting. O primeiro objetivo é, claro está, que os nomes vão soando cada vez mais familiares. Em segundo lugar porque não consigo ver o Sporting sem nomes de pessoas. Sem idolatrias, mas com um sentido de admiração imenso por aqueles que me fazem sorrir. Os jogadores do Sporting, principalmente eles, transformam a razão em emoção e fazem-nos sentir quando o mais sensato seria ignorar. Realçá-los é, para mim, elevar o Sporting.

Por isso, hoje vai mais um nome da equipa masculina: José Pedro Monteiro.

No início da época ainda li que estaria de saída por falta de espaço no plantel, visto que seria o 3º distribuidor da equipa. Vem de uma temporada onde fez muitos jogos, visto que era a alternativa que tínhamos ao Miguel Maia. Não me recordo de ter comprometido e as opiniões são unânimes em dizer que a sua qualidade contribuiu, em muito, para sermos campeões.

Quando veio vestir a camisola do Sporting trazia um bom currículo, que nos dava a confiança que seria uma mais valia. O seu anterior clube, a AJ Fonte Bastardo, foi campeã e o José Pedro Monteiro fazia parte dessa equipa açoriana.

Recuando na sua carreira vemos muita credibilidade para assumir que é um bom jogador e merece estar no Sporting. Antes da AJ Fonte Bastardo andou, como capitão, pelo Clube Atlântico da Madalena fazendo parte de um projeto muito interessante. Numa equipa liderada pelo professor João Pedro Vieira e onde participavam internacionais como João Malveiro e Ricardo Alvar. Continuando a olhar para trás, vemos que fez toda a formação no Sporting Clube de Espinho e era o distribuidor titular da seleção de juniores quando por lá andava com 18 anos.

Hoje, tem poucos “minutos em campo” dado ser o terceiro distribuidor da equipa. Ainda assim, vai tendo algum espaço e participando em alguns momentos. Curiosamente, sempre em alturas decisivas do set. Entra para um serviço importante num final de set e segurar a defesa com a sua postura sempre combativa. Como em qualquer modalidade, no voleibol entrar para jogo num momento de tanta pressão é preciso “tê-lo nos sítios” e, evidentemente, ter uma grande confiança por parte do treinador Hugo Silva.

Um jogador com mercado, contudo decidiu que o melhor para a sua carreira era continuar de leão ao peito e ser bicampeão nacional. O nosso craque partilha connosco esta paixão de ser Sporting, juntamente com o Miguel Maia, João Simões e Beatriz Rodrigues. Provavelmente também deu aquele berro gigante quando o Mathieu, no domingo, meteu aquele livre lá para dentro! E recordam-se como ele festejou aquele título do ano passado? Impressionante!

Partilho também um texto de um post que encontrei no Facebook que falava do nosso jogador. Então, escrevia uma mãe a descrever a foto da sua filha, que aparecia com o José Pedro, ambos com sorrisos do tamanho da qualidade do Miguel Maia: “A minha princesa feliz, por ter estado junto do Zé Pedro Monteiro o nosso jogador do Sporting de voleibol (…), a foto mostra o quanto ela esta feliz, obrigado Zé Pedro Monteiro por este pequeno momento, que foi muito grande (…)”. Isto é ser Sporting (e ser boa pessoa). Estamos melhores com o José Pedro Monteiro do que sem ele. Menos tempo de jogo, mas igual importância na equipa.

Quanto ao fim-de-semana:
A equipa liderado por Rui Pedro Costa foi jogar duas vezes com o GC Santo Tirso e venceu os dois jogos. No sábado, para a Taça de Portugal, margem máxima no resultado. No domingo, foi mais complicado e ganhámos pela margem mínima. Recordo que foi esta equipa nos venceu no PJR (jogo transmitido pela SportingTV), na primeira volta do campeonato. Com estas duas vitórias espero, muito sinceramente, que o Sporting tenha oferecido um belo lanche de Jesuítas, na Pastelaria Moura. Vale a pena ir a Santo Tirso só para comer este doce! (Nota: eu não tenho comissão nenhuma na pastelaria).

GC Santo Tirso 0-3 Sporting_CP
(17-25; 11-25; 21-25)

GC Santo Tirso 2-3 Sporting_CP
(16-25; 25-22; 25-21; 20-25; 11-15)

A equipa masculina teve um jogo mais tranquilo com o histórico Castelo da Maia GC.
Sporting CP 3-0 Castelo da Maia GC
(25-17; 25-16; 25-20)

Esta quarta-feira, dia 19, jogamos na Turquia para os oitavos de final da Taça Challenge. O adversário chama-se Maliye Piyango e é para ganhar, como sempre.

Por último um grito de ES PE TA CU LAR, para a foto seguinte. Está exatamente no seguimento do post da semana passada. Aqui vemos o Dennis, vestido à Sporting, a falar para os mais pequenos!

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Bê-a-bá do Voleibol:
Antes de todas as jogadas de voleibol, o distribuidor da equipa faz alguns sinais com as mãos. Estes são feitos escondidos dos adversários e indicam o que cada atacante tem de fazer na jogada seguinte. Hoje descrevo-vos 3 sinais que são feitos para os centrais (o que rematam ao meio):
– Mão fecha e polegar esticado (fixe): Indica que o central tem de ir a uma bola rápida, perto e à frente do distribuidor. Normalmente chamada uma bola curta.
– Mão fecha e dedo mindinho esticado: Indica que o central tem de ir a uma bola rápida, perto e nas costas do distribuidor. Normalmente chamada uma bola curta nas costas.
– Mão fecha e indicador e polegar esticado: Indica que o central tem de ir a uma bola rápida, afastado (1 metro pelo menos) e à frente do distribuidor. Normalmente chamada uma bola tensa no meio.

MM

*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)