Enquanto aguentamos o ridículo que é, a semana e meia do jogo, ainda não se saber o horário (e data?) do Sporting vs fcPorto, damos uma espreitadela no post escrito pelo Artista do Dia e que merece toda a nossa atenção.
Os horários da Liga NOS
Torna-se cada vez mais difícil compreender a política que a Liga segue para a calendarização das jornadas e definição das horas para as diversas partidas do campeonato. A I Liga é o principal produto que o futebol português tem para oferecer aos seus consumidores, pelo que me parece elementar que deveria haver uma maior preocupação por parte da LPFP em alcançar um equilíbrio que conjugue a maximização das assistências nos estádios e os interesses dos detentores dos direitos de transmissão televisiva.
Considerando que é de todo o interesse aproximar as famílias do futebol e minimizar o sacrifício de quem faz longas deslocações para estar presente nos estádios, o mais lógico seria agendar as partidas para o fim-de-semana, preferencialmente para as tardes de sábado e domingo e, num segundo nível, para as noites de sábado. Apenas em casos excecionais se deveria recorrer às noites de sexta-feira e às noites de domingo. Isto deveria ser válido para todos os clubes, mas ainda mais para aqueles que levam maiores multidões aos estádios. Maiores assistências significam mais receitas de bilheteira para os clubes, maior projeção para os patrocinadores e, indiretamente, potenciam o espectáculo com o ambiente que criam à sua volta.
Infelizmente, esta política de horários seguida pela Liga não contribui em nada para promover a deslocação dos adeptos aos estádios. O único interesse que está a ser protegido é o da Sport TV, que parece sobretudo preocupada em encaixar os jogos da liga portuguesa em horários que não colidam com os das ligas estrangeiras que transmitem, nomeadamente a inglesa.
Os horários dos jogos caseiros do Sporting são um excelente exemplo daquilo que NÃO se deve fazer. Ao fim de quase cinco meses de competição, foram disputados sete jogos em Alvalade. Os três primeiros jogaram-se às 21h de sábado, e os quatro seguintes às 20h de domingo. Ou seja, desde finais de setembro que não há um único jogo em Alvalade a horas convenientes para as famílias com crianças que gostam de ir ao estádio. É verdade que em alguns casos se torna difícil evitar este tipo de horários – nomeadamente havendo Liga Europa na quinta-feira anterior -, mas isso não serve de desculpa para todas as situações: não houve jogos a meio da semana que antecedeu o Sporting – Nacional, e não se conseguiu “arranjar” um horário melhor que as 20h de domingo.
O desleixo da Liga na proteção do seu produto atingiu o auge neste princípio de 2019. A marcação da 15ª jornada para os dias 2 e 3 de janeiro é uma aberração. E, em particular, gostaria de saber qual foi o cérebro que teve a ideia genial de marcar o Sporting – Belenenses para as 18h de uma quinta-feira que, ainda por cima, coincide com o primeiro de dia de aulas do novo período escolar. Alguém na Liga tem noção da quantidade de adeptos que não conseguirão ir ao estádio? Ou sequer assistir ao jogo por inteiro em casa?
As datas estapafúrdias desta jornada acabam por ter reflexo também no agendamento da 16ª jornada, que terá três jogos marcados para os dias 7 e 8 (segunda e terça-feira) – um dos quais às 19h (o Tondela – Sporting).
Por curiosidade, deixo os horários em que se disputaram os jogos caseiros dos cinco clubes que mais gente levam aos estádios (considero como jogos à tarde aqueles que se iniciam até às 18h30, inclusivé).
O Sporting tem tido de longe os piores horários, e isso tem-se traduzido em assistências abaixo das expetativas. No polo oposto está o Benfica que, tendo estado na Liga dos Campeões e transmitindo os seus próprios jogos, tem tido a capacidade de ter excelentes horários para a maior parte dos seus jogos. O Porto tem tido horários razoáveis, enquanto Braga e V. Guimarães, sem a restrição das competições europeias, se vão sujeitando às necessidades semanais da Sport TV.
É óbvio que a participação na Liga Europa e os interesses da Sport TV contribuem decisivamente para o cenário a que o Sporting tem sido sujeito. Mas mesmo com essas restrições, também me parece que o clube não está isento de responsabilidades: deveria haver alguém no Sporting atento a esta questão que fizesse a pressão possível para conseguir horários mais decentes para os nossos jogos, nomeadamente em semanas que não são antecedidas pela Liga Europa. Se por acaso já existe alguma pessoa com essa responsabilidade, então não está a fazer um bom trabalho.
*“outros rugidos” é a forma da Tasca destacar o que de bom ou de polémico se vai escrevendo na blogosfera verde e branca
3 Janeiro, 2019 at 14:22
Jogos no domingo às 20h ou 21h são priceless. Devem pensar que o Sporting é um clube regional como os filhos da puta do “futebol corruptos pioneiros” que só leva gente ao estádio do ladrão num raio de 50km.
3 Janeiro, 2019 at 14:28
E com estes horários “merdosos”….quando é que o Sporting entra no Século XXI no que diz respeito às Gameboxs?
Porque carga de água é que a entrada no Estádio tem que ser feita com o “cartão fisico”???
Ou seja…dias como o de hoje…. a minha gamebox fica em casa, porque logisticamente é complicado emprestar o “raio do cartão”…..
Pode-se comprar bilhetes online….. entrar com bilhete online sem necessidade de imprimir…. mas a gamebox….lá tem que ir o “cartãozinho”.
Custava muito cada um de Nós na respectiva área de Sócio emitir online um bilhete substituto do cartão fisico??
3 Janeiro, 2019 at 14:39
Podes fotografar o código de barras da Gamebox e entrar com o telefone, como de um bilhete electrónico se tratasse.
3 Janeiro, 2019 at 14:46
Mas isso é o desenrascanço à tuga.
Custa muito criar uma solução “como deve de ser”?
3 Janeiro, 2019 at 14:47
Sim… Nem sequer tenho a certeza que seja legal…
3 Janeiro, 2019 at 15:21
Além de ser uma solução de torniquete, não é pacífico passar nos seguranças com fotografia
3 Janeiro, 2019 at 16:38
é verdade que isto é uma solução à tuga… mas na verdade fazemos isso no meu grupo quando alguém não pode ir. Todos temos os cartões de todos… e os lugares por norma estão ocupados, tirando um dia como hj q é uma verdadeira merda. Eu estou ao lado do estádio, mas para o comum dos mortais n é assim…
4 Janeiro, 2019 at 12:33
E sabes se te deixam passar na entrada só com a foto do cartão?
É que não é só passar o torniquete com a leitura do código de barras…
Vou experimentar isto no próximo jogo em casa!
3 Janeiro, 2019 at 14:29
Mamar 550M€ e jogar ao Domingo à tarde?
3 Janeiro, 2019 at 16:12
Pois… Não dá? É que eu comprei gamebox…
Em Portugal, quem paga, escolhe.
A NOS pagou.
3 Janeiro, 2019 at 14:30
Tudo isto é ridiculo…
Acresce a que esta jornada a meio da Semana é absurda. Temos um calendário manso até Janeiro onde seria fácil encaixar esta jornada. Até a taça da Liga andou a jogar ao fim-de-semana. E agora marcam campeonato a meio da semana e apertam o calendário com a final 4 em Janeiro. Ridículo…
Mas como disse antes…parece que ninguém que está no futebol se importa muito com isto…só os adeptos, que parece que para as gentes do futebol…são descartáveis…
3 Janeiro, 2019 at 14:36
Recordo-me, há uns anos, recebi umas chamadas do Sporting que, ao abrigo de um protocolo com a, na altura, TV Cabo, para subscrever a Sporttv e assistir aos jogos, no conforto do lar.
Face à minha resistência, a operadora perguntou-me se não preferia ver o jogo no sofá.
Mandei-a para a puta que a pariu.
3 Janeiro, 2019 at 14:40
Que estupidez….
3 Janeiro, 2019 at 20:19
desde o ano passado ou ha 2 anos que existe esta jornada a meio da semana algures entre o meio de dezembro e o meio de janeiro.
basicamente decidiram fazer o que se faz em outras ligas com jornadas a meio da semana, no caso portugues é apenas uma jornada
3 Janeiro, 2019 at 14:32
Na realidade é absolutamente incompreensível esta situação…
No caso dos lampiões, dir-se-á que como transmitem da bostaTV escolhem os horários que querem…mas discordo desse facto…
É que quem deve marcar os jogos é a Liga…e o clube lampião não tem” uma liga própria…nem direitos superiores aos outros…
Na verdade, a Liga que deveria ter todo o cuidado na “protecção” ao produto futebol não o faz e deixa que “outros valores” se sobreponham ao que deveria ser o interesse comum…
Estes horários em Alvalade “são quase criminosos” …por exemplo hoje, é-me possível ir a Alvalade porque estou aposentado e vou com um amigo também ele na mesma situação …(pois para maior ajuda que nada tem a ver com o jogo… ainda por cima há greve da Rodoviária que nem permitiu levar a efeito a habitual camioneta do Núcleo…)
Cada vez mais “as famílias são afastadas” do Estádio porque fazer jogos `às 18:00, ou às 21:00 a uma quinta feira …”é mesmo um convite” para não estar presente…
Até mais logo…
SL
3 Janeiro, 2019 at 21:48
Max, quem na realidade tem a competência para a marcações das datas e horários dos jogos é a LPFP.
Por isso ainda é mais pertinente a sua observação!
A Liga, se a sua Direcção os tivesse no sítio, até deveria preterir o carnide nos horários dos jogos uma vez que insistem na transmissão em canal próprio e foram quem furou a centralização dos direitos televisivos (que tinha sido aprovada por maioria na Liga, inclusive com o voto do Carnide).
Mas parece que a preferência, como usual, é beneficiar os prevaricadores.
Uma braço e um bom ano para si e seus familiares.
3 Janeiro, 2019 at 21:49
correcção: um abraço (dar o braço só no Santo Amaro!).
SL
3 Janeiro, 2019 at 14:53
Eu estou pacientemente à espera de um jogo ao fim de semana à tarde para levar o meu sócio mais novo pela primeira vez à Alvalade, acho que vou esperar o campeonato todo.
Abençoada Liga Inglesa com a maioria dos jogos ao fim de semana à tarde, e “Guess what” mesmo assim a que tem maior audiência televisiva no mundo. Duvido mesmo muito que um jogo na TV ao Domingo ou Sábado às 16h00 tenha menos audiência do que um as 20h00 ou às 21h00. Especialmente na maioria do Campeonato disputado em meses onde não há idas à praia e afins a concorrer. Acho mesmo que a única motivação da SportTV em mudar os horários é mesmo deixar as tardes livres para os jogos da liga Inglesa que é o único produto de interesse que tem no momento.
3 Janeiro, 2019 at 14:57
O maior mercado da liga inglesa é o Asiático e os jogos são transmitidos em horário nobre neste continente.
3 Janeiro, 2019 at 16:11
O horário Nobre ao fim de semana tem muito que se lhe diga. Durante a semana é bem vincado ao fim de semana nem tanto sobretudo nos meses de Inverno.
3 Janeiro, 2019 at 15:00
O que acho mais curioso que mais difere de PT…é que tem 3 horários por dia. E todos os jogos são nesses 3 horários. E as TVs só podem transmitir em directo 1 jogo por horário. São 10 jogos, no máximo são transmitidos 6…
Aqui alguém achou que brilhante era 1 jogo por cada horário e todos passarem na tv em directo…
3 Janeiro, 2019 at 22:14
Tiago o pior em PT não é passarem todos os jogos em directo (até porque acho que isso não acontece). O pior é que, como observaste, em Inglaterra, a melhor Liga do Mundo, são 10 jogos por jornada e, em Portugal são 9.
Dito de outra forma: a pátria do futebol, com um mercado interno (Inglaterra e País de Gales) de 60 milhões de habitantes, um mercado externo de mais de 2 000 milhões de potenciais telespectadores, futebol atractivo e competitivo e estádios cheios, tem uma primeira Liga com 20 clubes; o cantinho à beira mar plantado, com um mercado interno de 10 milhões de habitantes e um mercado externo (bem expremido) de 20 milhões de potenciais telespectadores, tem uma Primeira Liga que é a que tem menos tempo útil de jogo na Europa, um futebol de merda, onde ganham sempre os mesmos há 65 anos e com estádios às moscas e é disputada por 18 (!!) clubes. Reduzam a Liga para 10 clubes a 4 voltas, ficam com mais 2 jogos que actualmente, só 5 jogos por jornada e com Bragas e Guimarães e outros a receber ogo nos anos iniciais 6 vezes os agora “grandes”; a médio prazo a tendência seria para a aproximação financeira de mais clubes (pelo menos 6 ou 7) mais jogos mais equilibrados e mais abertos, mais gente nos estádios, mais público nas TVs, produto mais vendável para o exterior e bolo a dividir por menos.
Mas como nesse tal cantinho que é o cú da Europa temos a mania das grandezas (que já dividimos o mundo em 2 e ainda por cima com os espanhóis que conseguem ser mais merda que nós), toca de ter uma Liga comprida e chata: os espanhóis, os italianos, os ingleses e os franceses têm 20? então nós vamos ter 18! assim dá para satisfazer os interessezinhos dos clubes “satélites”, corresponder aos “anseios” de uns quantos autarcas e “acomodar” os embróglios jurídico/disciplinares resultantes da corrupção instalada no meio.
E queriam ter melhores horários?
SL
4 Janeiro, 2019 at 12:56
Também defendo a redução de clubes – para 12 – mas noutro esquema – 2 voltas com os 12 clubes mais 2 voltas com 2 séries de 6 clubes – sempre a somar pontos – onde os 6 primeiros lutavam pelo titulo e os 6 últimos pela manutenção – desciam 3!
Na 2ª Liga fazia algo semelhante, com 12 clubes sem equipas B, ou 16 clubes com equipas B. Nos 6 ou 8 primeiros lutavam por subir 3. Nos 6 ou 8 últimos lutavam por não descer 3 ou 4!
Na realidade passávamos a ter 24 clubes ditos profissionais – em vez dos 36 actuais – e era por esses que o bolo de dinheiro era distribuído – o que daria mais a cada clube! Além disso concentravam em menos equipas os melhores jogadores, o que teoricamente aumentaria a qualidade das equipas!
Acresce a isto que o facto de haverem mais jogos entre as melhores equipas – vamos dizer Sporting, Benfic@, Porto, Braga e Guimarães – ia aumentar as receitas e o nº de espectadores. o que também promoveria o equilíbrio.
É imaginar o que seria uma 2ª fase do campeonato com 6 equipas como aquelas 5 e outra qualquer… A possibilidade e probabilidade dos chamados 3 grandes perderem pontos seria muito superior ao que existe actualmente, o que traria emoção e competitividade ao campeonato e, por isso, mais espectadores, mais receitas. Mais espectadores e mais receitas trariam melhores jogadores… E assim por diante até um certo patamar – chega a um ponto em que deixa de haver grande margem para melhorar a não ser por se fazer um melhor trabalho em cada clube!
Isto também ia aumentar bastante o nº de adeptos fora dos 3 grandes pois essas equipas passariam a tirar pontos, empatando ou ganhando, aos crónicos com mais frequência e passa por aqui muito do crescimento dos adeptos dos outros clubes.
É mais fácil ser adepto dum Rio Ave ou dum Portimonense se constantemente se bate o pé aos grandes, ganhando ou empatando, ou até perdendo mas dando grande luta, do que levando cabazadas constantemente… Ninguém gosta de ser adepto do clube local quando leva sempre “na pá” dos grandes. Tem-se simpatia pelo clube local mas escolhe-se ser adepto de um dos grandes…
Enfim, é a minha opinião…
4 Janeiro, 2019 at 13:07
Para o estrangeiro – fora de Portugal e dos Palops – vendes, quanto muito, os jogos entre os grandes – são 6 por campeonato – e talvez as deslocações deles a Braga – que são mais 3 jogos. Nem acredito que vendam a ida a Guimarães… São 9 jogos por ano porque o resto interessa pouco ou nada!
Neste esquema duplicas os jogos – de 9 passas a 18 – e passa a haver um potencial maior de interesse nos outros jogos, especialmente na fase final com os 6 a lutarem pelo titulo, pelo equilíbrio maior que se consegue – quer pelos clubes terem acesso a mais dinheiro, quer pela concentração dos melhores jogadores em menos equipas, quer por outras medidas que se poderiam implementar como, por exemplo, o limite de jogadores sobre contrato de cada clube.
Isto sim, ia mudar muito o panorama do futebol em Portugal, inclusive a nível das provas europeias pois teríamos mais equipas a chegar ao patamar que o Braga tem hoje, ou até superior a isso – e eu acredito que seria um patamar superior ao Braga actual, quer o Braga, quer o Guimarães, quer outros clubes que trabalhassem bem. Não imediatamente mas em 2 ou 3 anos teríamos um campeonato super disputado!
3 Janeiro, 2019 at 15:01
Acho que a Sportv devia ter baixado o preço dos pacotes.
Ao fim de contas perdeu a Liga do Campeões e a Liga Espanhola.
3 Janeiro, 2019 at 21:12
Calma que perdeu essas duas competições mas acrescentou a liga turca e imagine-se, a fantástica liga australiana…
3 Janeiro, 2019 at 15:17
A Liga Portuguesa é uma das piores a nível europeu, só ficando acima daqueles países com pouca expressão no futebol e/ou com rendimentos ainda mais parcos que os nossos.
Como bom país de terceiro mundo com algumas estruturas de primeiro que é, a calendarização e os horários não poderiam deixar de reflectir o atraso civilizacional em que nos encontramos.
Por várias razões não sou habitue em Alvalade, mas em todo o caso, tirando os jogos do Sporting, não perco minutos sequer com a nossa liga. Há dias comecei a fazer um esforço de memória e só sabia quem eram os primeiros quatro classificados, de resto, não fazia a menor ideia de nada. Nem quero. Abençoada globalização.
3 Janeiro, 2019 at 15:32
Com estes horários de merda, já falhei vários jogos e ainda não consegui levar a minha filha ao Estádio. Uma verdadeira falta de respeito para com os sócios que compraram Gamebox.
3 Janeiro, 2019 at 15:57
Quero agradecer o facto de jogarmos hoje às 18. O Sporting tem peso, mexeu-se e consegue assim que os seus adeptos depois de um bom jogo com o Belenenses possam ver tranquilamente o City – Liverpool.
Sempre a pensar na malta.
3 Janeiro, 2019 at 16:45
Pensei precisamente isto…
3 Janeiro, 2019 at 17:56
E o Aves 😀
3 Janeiro, 2019 at 16:02
Não é nada fácil arranjar horarios para contentar toda a gente, mas o de hoje é especialmente infeliz…
4-1 e nao se fala mais no horário! 🙂
3 Janeiro, 2019 at 16:21
Mas uma vez que não se consegue contentar toda a gente a toda a hora, podia repartir-se “o mal pelas aldeias”, demonstrando, assim, ser a liga uma entidade justa para todos os clubes, o que, claramente e desde há muito tempo, não se verifica!
SL
3 Janeiro, 2019 at 16:18
Não concordo quando se fala do benfic@ se “auto-beneficiar” por força das próprias transmissões dos jogos: é que o que se tem vindo a verificar é que estes horários lhes são oferecidos em bandejas de prata, por quem tem a possibilidade para o fazer, até nos jogos fora do seu buraco!
Isto tem sido claramente um benefício à parte aos corruptos por parte dos corrompidos, sem ligar ao que traria mais vantagens a todos. Viu-se quando o benfic@ decidiu negociar os direitos televisivos à revelia da liga e dos outros clubes, levando a um esvaziamento das competências e das possibilidades da liga negociar um pacote global que trouxesse benefícios a todos os clubes, com os pequenos a amocharem e a comerem as migalhas que a organização de carnide lhes permitiu, bem como quando decidiu começar a transmitir os próprios jogos em casa, sem que a federação ou a liga lhes fizesse frente e os impedisse, uma vez que isto só configura concorrência desleal, coisa que deveriam ser estas entidades a combater. Enfim… mais do mesmo neste nosso corrupto retângulo “à beira-mar plantado”.
SL
3 Janeiro, 2019 at 16:57
Segundo se fala, por estudos que dizem terem sido feitos recentemente, hoje os direitos televisivos do futebol português não valem sequer o que se paga aos 3 grandes em conjunto – cerca de 120M€/ano – pelo que o interesse dos clubes neste momento é manter as coisas como estão pois pagam uns 50M€ a mais neste momento pelos clubes todos individualmente! É muito dinheiro!
3 Janeiro, 2019 at 16:47
O Benfica define quase todos os seus horários. Por transmitir os próprios jogos, por ser quem dá mais audiências.
Porto e Sporting não o fazem.
O Porto ainda escapa uma ou outra vez, porque tem mais poder, mas o Sporting não tem poder de decisão nenhum!
As operadoras pagam – cerca de 40M€/ano – e decidem os horários de acordo com os seus interesses e a disponibilidade existente – tendo até em conta as provas europeias.
É óbvio que, dos 3, a fava calha sempre ao Sporting!
Money talks!
3 Janeiro, 2019 at 17:08
Concordo totalmente com os pontos principais:
1 – A indefinição do calendário quase até à semana antes do jogo.
2 – O ridículo agendamento desta jornada.
3 – A marcação de muitos jogos em horários pouco familiares.
Moro em São Miguel e sempre que possível tenho ido aos jogos do Santa Clara com o meu filho mais velho. Ontem, por exemplo, foi impossível; 4a feira, 15h? Isto do futebol é para desempregado ver? Quero levar o miúdo a Alvalade um par de vezes, mas não consigo programar nada com a devida antecedência, porque os horários são um mistério desvendado à última da hora.
3 Janeiro, 2019 at 17:37
Quem debatia dias e horários de jogos, salvo erro, era o Bruno Mascarenhas, tão elogiado por JJ na organização dos jogos. Com o marquises deve ser uma força divina.
3 Janeiro, 2019 at 17:47
A liga portuguesa é um produto de merda que só mesmo os doentes como nós “compram”
3 Janeiro, 2019 at 17:59
Totalmente de acordo… Ainda não consegui levar os meus meninos ao estádio…
E como é que ainda se espera para saber a calendarização de um jogo que é daqui a um par de dias? Amadorismo puro!!!
3 Janeiro, 2019 at 21:29
Ah! Agora compreendo a quebra nas assistências. Eu, por exemplo, esta época ainda não fui a Alvalade porque os horários nunca me convieram…
4 Janeiro, 2019 at 1:51
É offtopic, mas importante (será que somos os próximos?):
Como um superagente e um bilionário chinês planearam a venda de jogadores
O português Jorge Mendes juntou forças com um investidor de Xangai no lucrativo negócio da compra e venda de futebolistas. Documentos da Football Leaks dão uma ideia da extensão das suas ambições.
No início de 2016, Jorge Mendes, o mais poderoso agente de futebol da Europa, estava, com um fato escuro (que é a sua marca registada), ao lado de Guo Guangchang, um bilionário chinês, num hotel de luxo em Xangai. Estavam lá para lançar uma nova parceria perante uma plateia de celebridades do futebol, incluindo José Mourinho e presidentes de alguns dos maiores clubes europeus.
Mendes e Guo, um dos fundadores de um grupo chinês de investimento chamado Fosun, anunciaram que iriam criar uma agência para a expansão do futebol na China e ajudar na gestão da carreira de jogadores. Mas isso era apenas parte do plano.
O que Mendes e Guo não revelaram publicamente na altura, e desde então, é que também pretendiam criar uma rede de clubes e academias de futebol por toda a Europa e comprar e vender jogadores, segundo revelam emails e outros documentos internos. Uma rede destas permitiria aos parceiros passarem ao lado da proibição de investidores comprarem percentagens de jogadores e as negociarem. Com a ajuda de agentes de topo como Mendes, este tipo de transacções poderia garantir o lucro que, de outra forma, iria para clubes mais pequenos.
Segundo um documento interno da Fosun, a empresa chinesa considera que negociar e representar jogadores é a única forma sustentável de obter lucro na indústria do futebol.
O grupo Fosun, que engloba várias entidades controladas por Guo e mais dois co-fundadores, vale mais de 10 mil milhões de dólares e detém activos que vão desde o Club Med a imobiliário em Nova Iorque. Em 2016 definiu objectivos ambiciosos para o futebol. Em Agosto desse ano, um analista que trabalhava na Fosun enviou um email a um parceiro de Jorge Mendes, Luís Correia, a dizer o seguinte: “O nosso objectivo é criar um sistema completo no mundo do futebol consigo, com clubes de níveis diferentes e academias de treino… Acredito que, juntos, podemos estabelecer uma presença forte em todos os grandes campeonatos.”
Um dos objectivos era criar uma rede para identificar jogadores que poderiam ser vendidos mais tarde com lucro, segundo mostram documentos e emails da Fosun. Um email de 2016 de um executivo da empresa fala em investir e negociar jogadores como “a parte mais lucrativa do negócio na indústria futebolística”.
A Fosun, Guo, Mendes e Correia não responderam aos pedidos de entrevista da Reuters para comentar o assunto.
Estas revelações vêm de um acervo de emails, contratos e outros documentos de várias entidades ligadas ao futebol que foram obtidos pela revista alemã Der Spiegel e a que a Reuters teve acesso no âmbito da plataforma Football Leaks, partilhados com o consórcio European Investigative Collaborations.
Os documentos analisados pela Reuters vão até meados de 2017. Não é claro até onde avançou a parceria entre Mendes e a Fosun desde então.
As transferências de jogadores são muitas vezes mais lucrativas do que ser dono de um clube, dizem académicos que estudam o desporto. Mas é um modelo de negócio que muitos adeptos, dirigentes e donos de clubes criticam.
Dizem que desvia o dinheiro para agentes e investidores, em vez de ajudar os clubes a manterem a competitividade que os adeptos pagam para ver.
Ivo Belet, um eurodeputado belga que tem olhado com atenção para o futebol, diz que a relação entre clubes e agentes é “uma grande ameaça para o futebol europeu e devia ser investigada com mais atenção”.
A integridade da competição no futebol está em risco quando há muitas ligações entre jogadores, agentes e os donos das equipas, aponta Belet, e a União Europeia precisa de “continuar a pressionar” as autoridades do futebol para que a transparência seja maior.
“Essas relações… são grandes ameaças para a integridade do futebol”, refere o belga.
Simon Chadwick, professor de Gestão Desportiva na Universidade de Salford, está preocupado com os efeitos financeiros desta proximidade entre clubes, agentes e investidores. “Se o dinheiro começa a sair do futebol de uma forma mais evidente, isso pode potencialmente afectar os clubes mais pequenos.”
Os organismos que tutelam o futebol dizem que a transferência de jogadores entre clubes deve promover a competição e ajudar as equipas a ganhar troféus e não ajudar os investidores a terem lucro.
“O futebol é um negócio de entretenimento e não um negócio financeiro”, diz Didier Quillot, director executivo da Ligue de Football Professionel, organismo que gere o futebol profissional francês.
Potencial enorme
Mendes começou como jogador, mas virou-se para os negócios depois de não ter ido muito longe nos relvados. Começou por ter um videoclube e um clube nocturno em Portugal. Nessa altura, conheceu um guarda-redes chamado Nuno Espírito Santo e negociou a sua transferência para um clube maior. Era a carreira de agente a chamar por ele.
Mendes fundou a Gestifute e Luís Correia, que é seu sobrinho, tornou-se parceiro. No início do século XXI, Mendes tornou-se agente de José Mourinho e de Cristiano Ronaldo, que viria a ser uma das maiores “estrelas” da sua geração.
Mendes nunca olhou para trás. Nos Globe Soccer Awards de 2017, foi considerado o melhor agente do mundo pela sexta vez.
Os jogadores são comprados e vendidos pelos clubes. Se alguém que não o clube tem uma parcela dos “direitos económicos” do jogador, isto é considerado “third party ownership” (co-propriedade de passes de jogadores). Jornais em Portugal e no Reino Unido têm divulgado nas últimas duas décadas que a Gestifute tem participações nos direitos económicos de uma dezena de jogadores importantes. Mendes nunca revelou publicamente pormenores sobre esta matéria.
Mas, segundo mostram documentos a que a Reuters teve acesso, a participação da Gestifute em direitos económicos de jogadores vai mais longe do que se pensava. Até ao final de 2015, a Gestifute tinha parcelas em direitos de mais de 50 jogadores de topo, de acordo com um contrato assinado entre a empresa de Jorge Mendes e a Fosun.
Com isto Mendes fazia crescer a sua influência e a possibilidade de ter lucro sempre que estes jogadores fossem comprados e vendidos. Em Julho de 2014, por exemplo, a Gestifute comprou 40% de um jovem jogador chamado Diogo Jota ao Paços de Ferreira. Jota tinha na altura 17 anos, a começar a sua carreira profissional, e a Gestifute adquiriu a participação por 35 mil euros, de acordo com um contrato de venda.
Jota tornou-se uma “estrela” em ascensão e, em Março de 2016, o Atlético de Madrid comprou-o por 6,4 milhões. A participação da Gestifute rendeu à agência cerca de 2,5 milhões, segundo atestam emails e uma nota de pagamento. Outro agente envolvido no negócio teve direito a 20% do valor da transferência, deixando o Paços de Ferreira com direito a apenas 40% do total.
O Paços de Ferreira diz que o negócio Jota é um “assunto encerrado” e acredita que foi o melhor negócio possível na altura, de acordo com as circunstâncias. Jota não respondeu a um pedido de comentário feito através do seu actual clube, o Wolverhampton; o Atlético de Madrid também não respondeu ao pedido da Reuters.
A Fosun estava entre os que viam as vantagens de estar associada a Mendes e às suas relações no mundo do futebol. Em Outubro de 2014, a Fosun contactou-o e sugeriu uma parceria, em que a Fosun entraria com capital e Mendes escolheria os projectos futebolísticos em que ambos poderiam investir.
Luís Correia parecia entusiasmado com a ideia. “Na minha opinião, o potencial é enorme”, escreveu Correia a Mendes num email de 31 de Outubro de 2014.
Um documento interno da Fosun circulou entre os seus executivos em Novembro de 2014 com o plano da empresa. Um slide com o título “Construir um império no negócio futebolístico” mostrava um organograma dividido entre um negócio “não chinês” e uma “entidade chinesa”. O negócio “não chinês” incluiria a Gestifute, cuja actividade era descrita como “partilha de direitos económicos de jogadores de futebol”.
Enquanto as duas partes negociavam um entendimento, a Fosun mostrava-se efusiva na sua admiração por Jorge Mendes. Uma apresentação interna de Setembro de 2015, em chinês e preparada por um executivo da Fosun, falava da força do modelo de negócio de Mendes. “Mendes suplantou a influência de todos os outros agentes. Controla vários clubes de forma indirecta nos principais campeonatos europeus por força da dependência que os clubes e os jogadores têm da sua habilidade negocial”, lê-se na apresentação. “Isto faz com que consiga colocar os seus jogadores e treinadores nestes clubes, atingindo assim um controlo total da carreira dos jogadores e uma influência a longo prazo nos clubes.”
Um mês depois, outra apresentação da Fosun diz que, com muitos clubes a terem dificuldades para equilibrarem as contas, empresas como a de Jorge Mendes eram as únicas que podem “ter lucro de forma sustentada na indústria”.
A Start SGPS, a holding de Jorge Mendes, teve proveitos líquidos de 25,1 milhões de euros em 2015, segundo atestam os emails. Só dez clubes europeus tiveram proveitos líquidos mais elevados, segundo dados compilados pela UEFA.
Jorge Mendes não respondeu aos pedidos da Reuters para comentar esta avaliação da Fosun.
Em Setembro de 2015, a administração da Fosun concordou com a compra de 15% da Start SGP, que detém a Gestifute e outros interesses de Jorge Mendes. Guo e os restantes accionistas aceitaram pagar 42 milhões de euros por essa fatia, avaliando o grupo em quase 280 milhões de euros, e obtiveram o direito de elevar essa percentagem até 37,5% ao longo do tempo.
“Bingo!!!!!!”, escreveu Correia num email dirigido a Mendes e a Carlos Osório de Castro, advogado da Gestifute e um dos directores da empresa, quando soube que a Fosun tinha aceitado os termos do negócio.
De acordo com o contrato de venda da participação da Gestifute a entidades controladas pelos fundadores da Fosun, a agência de Mendes tinha adquirido fracções dos passes de 54 jogadores em Novembro de 2015. Esse rol incluía nomes como Diogo Jota, o guarda-redes Ederson Moraes ou Fabinho, que actualmente representa o Liverpool.o
Ederson não respondeu às perguntas que lhe foram enviadas via Manchester City, o seu actual clube. E o mesmo aconteceu com Fabinho.
Na altura do acordo Fosun-Gestifute, Jorge Mendes falou publicamente sobre as ambições dos seus parceiros na China, e não na Europa. “Sinto-me muito honrado por fazer parte deste projecto e poder ajudar o futebol chinês a tornar-se uma nova potência mundial”, afirmou o agente numa declaração então emitida.
A Gestifute não respondeu a um pedido de comentário sobre o negócio com a Fosun ou sobre a propriedade dos direitos económicos de muitos jogadores. Osório de Castro também recusou comentar, argumentando que o conteúdo das perguntas da Reuters foi formulado “com base em informação obtida com recurso a um ataque criminoso a informação privilegiada”.
A proibição do TPO
Houve, porém, um problema para o modelo de negócio que Mendes e a Fosun pretendiam promover. Em 2012, a UEFA determinou que a partilha dos direitos económicos dos passes dos jogadores distorcia a competição e retirava dinheiro do futebol; e em Maio de 2015 a FIFA aplicou uma nova regra com o objectivo de acabar com essa prática, a chamada third-party ownership (TPO).
Não existem registos de contratos deste género, o que torna impossível saber quão recorrente era ou continua a ser esta prática, e a influência de alguns dos detentores destes direitos pode ser subtil. Alguns contratos pré-2015 estipulavam que os clubes teriam de comprar uma parte do passe dos atletas, se rejeitassem uma oferta lucrativa pelos jogadores em causa, segundo se lê ememails consultados pela Reuters. Este tipo de acordo poderia obrigar os clubes a venderem futebolistas que pretendiam manter no plantel, fazem notar alguns especialistas.
Os dirigentes entendiam que apenas os jogadores e os clubes deveriam influenciar o timing e o destino dos atletas, em caso de transferência. E os organismos que representam os futebolistas, como a FIFPro, defendiam que a TPO ou acordos do género criavam incentivos que levavam os empresários a convencer os atletas a aceitarem transferências que eram mais do interesse do agente do que do próprio jogador.
Outra preocupação prendia-se com o facto de serem os investidores financeiros a retirarem os lucros do futebol em detrimento dos clubes mais pequenos, que muitas vezes dependem dos valores dos direitos de formação que decorrem das vendas de estrelas em ascensão.
Mendes opôs-se à proibição da FIFA, alegando que a TPO partilhava o custo dos jogadores e ajudava os clubes mais modestos a contratarem melhores jogadores. Esta medida estava “a matar a competição”, disse à Reuters numa entrevista, em Janeiro de 2015.
De qualquer forma, esta proibição pouco contribuiu para coarctar as ambições da Fosun. A FIFA tinha proibido a TPO, mas não havia nada que proibisse a Fosun de comprar um clube de futebol, que poderia deter livremente os direitos económicos dos jogadores sem quebrar as regras.
Inicialmente, a Fosun ponderou comprar o Espanyol, emblema da Catalunha, e também clubes em Portugal e em Itália. Alguns emails mostram que a empresa solicitou conselhos a Jorge Mendes sobre estes possíveis negócios e propôs que Mendes investisse no Espanyol. Nenhuma das intenções avançou e o Espanyol também não respondeu às perguntas da Reuters.
Ainda assim, a Fosun continuou a mostrar interesse em trabalhar com Mendes. “Se Fosun fizer algum negócio com um clube de futebol, será apenas para futuro benefício da nossa parceria”, escreveu Jeff Shi, chefe da divisão de media da Fosun, num email enviado a Correia em Agosto de 2015.
Comprar o Wolves
A Fosun ainda tentou comprar um outro clube português e outro inglês, mas os negócios voltaram a não se concretizar. Depois, em Maio de 2016, Correia enviou um email a Shi a informá-lo sobre um clube inglês chamado Wolverhampton, que estava no mercado por cerca de 40 milhões de libras. O “Wolves” atravessava dificuldades financeiras e desportivas. “Vale a pena olhar para isto”, acrescentou Correia.
Em cerca de um mês, a Fosun decidiu mesmo comprar o Wolverhampton e Jorge Mendes continuou a ser importante para a estratégia da empresa chinesa.
Antes de uma reunião entre Mendes e o co-fundador da Fosun Wang Qunbin, Shi escreveu a Correia: “O sr. Wang terá muito gosto em aprender com o Jorge como se gere um clube e promovê-lo à Premier League. E sabe be.”
A troco da sua orientação, a Fosun prometeu a Mendes uma recompensa significativa. “Jorge pode encarar o Wolverhampton como o mais fiável dos parceiros e como uma fonte de receitas durante um longo período de tempo”, escreveu Shi.
Nem a Fosun, nem Wang, nem o clube responderam a um pedido de comentário sobre a estratégia prosseguida pelo Wolverhampton.
Entre a decisão da Fosun de comprar o clube em 2016 e Fevereiro de 2018, o Wolverhampton gastou mais de 65 milhões de euros na compra de passes de jogadores. Nalguns casos, os reforços eram representados por Jorge Mendes ou o agente servia de intermediário nas transferências, referia o clube em comunicado. Os detalhes sobre as transferências não são públicos, por isso a Reuters não pôde determinar a real extensão do envolvimento de Mendes.
O clube escolheria mais tarde como treinador Nuno Espírito Santo, antigo guarda-redes que ajudou a lançar a carreira de Mendes como agente.
As transferências ajudaram a projectar o Wolverhamton para a Premier League, em Agosto. E também suscitaram críticas dos rivais. Em Março de 2018, o proprietário do Leeds United, Andrea Radrizzani, lamentou em entrevista que o Wolves tivesse uma vantagem injusta, argumentando que a relação de Mendes com os principais jogadores permitia ao Wolves comprar talento que não estava acessível aos outros clubes. Dirigentes do Aston Villa também questionaram como é que o Wolves conseguia fazer contratações de tão alto nível.
Os dirigentes do Wolverhampton já tinham antes admitido que Jorge Mendes era um consultor, mas rejeitaram uma relação de privilégio com o português. “O Jorge é um agente como qualquer outro”, garantia Kevin Thelwell, director desportivo do clube, em Junho de 2018. A direcção do Wolves não respondeu às perguntas da Reuters sobre a relação com o empresário.o
Em Abril, a Football League inglesa anunciou que tinha analisado a relação de Jorge Mendes com o clube e que não tinha encontrado nenhuma quebra nas regras que determinam que um agente não pode ter uma função executiva num clube ou controlar a sua estratégia. Adiantou, na altura, que “Mendes não tem qualquer função no clube”.
Depois de adquirir o Wolves, a Fosun e Mendes aceleraram os planos mais ambiciosos para criar uma rede que previa academias de treino e outros clubes.
Em Agosto de 2016, Yang Zhang, à época um analista de negócios da Fosun, enviou um email a Correia com o título “Oportunidades no futebol em Portugal”.
O gigante chinês pretendia avançar com o negócio da compra do Rio Ave e encetar uma parceria com uma academia de treino. Zhang também assumiu que a Fosun queria comprar um “clube TPO”. Esse desígnio permitiria à Fosun e a Mendes disporem de plataformas de treino e venda de jogadores de diferentes escalões, sem que houvesse violação dos regulamentos, porque os clubes são livres de investir em jogadores.
Contudo, em Abril de 2017 Shi dirigiu um email a Correia considerando que as restrições impostas pelo Governo chinês à aquisição de empresas no estrangeiro, que foram reforçadas em 2016 e 2017, estavam a complicar as intenções da Fosun de comprar o Rio Ave. O Rio Ave não respondeu a um pedido de comentário sobre o assunto.
O Wolves, dois anos depois de ter sido comprado pela Fosun, chegou ao primeiro escalão do futebol inglês. A equipa conta essencialmente com jogadores formados em Portugal e, no primeiro jogo disputado na Premier League 2018
4 Janeiro, 2019 at 1:52
https://www.publico.pt/2019/01/03/desporto/noticia/superagente-bilionario-chines-planearam-venda-jogadores-1856570
4 Janeiro, 2019 at 13:23
É isto que está a dar cabo do futebol… Isto e a corrupção!
É muito dinheiro em jogo e já se sabe que muito dinheiro atrai a merd@ toda!