Em séculos recuados, no tempo dos Descobrimentos, era uso dar a conhecer o destino das viagens através da carta de prego, uma carta com selo Real, pregada no mastro da nau capitã. Antes ainda, nos mercados e feiras francas, usavam os arautos reais deitar pregão, das disposições e mandados Reais, e para os fazer cumprir.
Nesses recuados tempos, era um privilégio Real ou do Clero mandar pregão, ou afixar édito. Tanto assim é que houve um padre, professor de Teologia na Universidade de Wittenberg, que afixou as suas 95 teses, onde condenava a prática da Igreja em relação às indulgencias e aquilo não correu tão bem assim para o revolucionário, pelo menos a breve trecho…
Nessa boa tradição, continuaram os pregões de tudo quanto se vendia e trocava ou comprava, ou arranjava, desde tesouras e facas, sapatos, almofadinhas, etc. etc. E para os mais velhos havia as sortes, a malta ainda mal saída duma adolescência e entrava numa vida adulta, e tantas vezes curta ela era. Adiante.
Serve tão largo rodeio, para chegar às nossas convocatórias, aos nossos editais. Os putos, e os papás também, a ver onde vão jogar, se são ou não convocados, e ainda que não seja drama de morte, ou guerra, ou navegações para o desconhecido, a ânsia é real.
No escalão tal, o Sr. Fulano de Tal, está convocado. Uma alegria, e um nervosismo começam logo imediatamente a formar-se.
Vamos conseguir por em prática tudo o que treinámos? Vamos tentar… E quando as coisas correrem menos bem, pois sempre corre algo menos bem, como podemos ajudar? Sim, porque no Rugby usa-se o plural. Jogamos, placamos, marcámos, vencemos, perdemos, falhámos. E desde os nossos pequeninos, aos maiores e seniores. Todos. Se uma equipa falhou num escalão, todos falhamos. Pois será o êxito de todos que nos interessa… E que queremos atingir. Sempre.
Os nossos U08, U10 e U12 vão estar em acção no Torneio U, convívio organizado e que vai ter lugar no Estádio Universitário de Lisboa.
Os U16 e U18 vão até Setúbal, jogar com o CR Setúbal, no sábado a partir das 13:00.
As nossas seniores vão ter a primeira jornada do campeonato de 10 (Tens), na Moita da Bairrada (malta da Bairrada, é aparecer… e apoiar. Elas BEM merecem).
*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio
11 Janeiro, 2019 at 11:45
Escondidinho,
por certo terás visto e lido, mas deixo aqui este artigo muito interessante sobre rugby feminino. Pode ser que depois ainda o puxe para post
E agora, já existe rugby feminino em Portugal?
O Sporting Clube de Portugal é campeão ibérico mas os problemas do rugby feminino continuam por resolver. Uma leitura ao passado, presente e futuro da modalidade
Pela primeira vez na história do rugby português, há um campeão Ibérico luso no feminino. Na segunda edição do troféu disputado entre os países que compõem a Península Ibérica, foi o Sporting Clube de Portugal a levantar o troféu. Mas até que ponto esta vitória representa um marco importante ou de crescimento para a modalidade no território nacional?
O troféu foi ganho por 26-08 frente ao Olímpico Pozuelo de Espanha, numa exibição completamente desequilibrada para o lado das leoas.
A formação, treinada por Nuno Mourão e Pedro Leal, foi “forçada” a passar do jogo de Sevens para uma equipa de XV, algo que raramente acontece no rugby português feminino.
Nos últimos 15 anos, o rugby feminino tem sofrido constantes alterações e mudanças, com o fim do rugby de 13 e a passagem para os Tens, sendo que os Sevens foram convertidos no “diamante” competitivo feminino.
Esta foi uma das primeiras más decisões federativas (alinhada com alguns emblemas nacionais), num rol de erros e limitações impostas que têm condenado o crescimento do rugby feminino em Portugal.
A imposição constante da variante de sete levantou limitações para atletas mais pesadas, menos rápidas ou ágeis, tornando-as, desde logo, inviabilizadas, na sua maioria, de jogar rugby. Sobraram algumas resistentes, que foram apostas constantes dos seus treinadores tanto por mérito como por necessidade (vários clubes enfrentam dificuldades para garantir números mínimos de atletas), mas percebia-se que não eram atletas para os Sevens.
A demografia do rugby feminino português caiu com grande estrondo e, apesar de existirem vários emblemas a actuar nos Campeonatos Nacionais de Sevens e Tens, a maioria sente graves dificuldades em apresentar números consistentes de atletas torneio após torneio.
A decisão de apostar no jogo de sete para sete foi baseada em alguns factores: apuramento para os Jogos Olímpicos 2016 e Jogos da Juventude 2018, suscitar o aparecimento de novos clubes ou abertura da secção feminina em vários emblemas e possibilitar desenvolver ainda mais a Selecção Nacional de Sevens, a única em funcionamento no género feminino.
Portugal esteve perto de chegar ao Jogos Olímpicos em 2016, com a ida até à fase de Repescagem, sem conseguisse sair da Irlanda com o apuramento na mão. A nível do Circuito de Sevens Europeu o crescimento sustentado caiu a pique e Portugal desceu mesmo de divisão em 2018, sem grandes surpresas naquilo que será um tropeção preocupante. A nível interno, o rugby feminino ressentiu-se como já tínhamos feito menção, apesar do sucesso de um ou outro caso.
É impossível ter conhecimento dos números totais de atletas femininas em Portugal, mas é bem possível de observar que existem atualmente menos jogadoras nos relvados, até pela “extinção” da maioria dos pilares e segundas linhas, para além do facto de que os Sevens limitam o número de convocados por jogo/torneio.
O foco esteve sempre no “fim” e não no “meio”, ou seja, tanto a Federação Portuguesa de Rugby (alinhada com alguns quantos clubes) como o Sporting CP tiveram olhos para as conquistas ou patamares superiores, sem ter cuidado com os processos que ficaram para trás esquecidos.
O desenvolvimento da selecção de sub-18 feminina tem permitido cativar as jovens atletas que surgem no rugby feminino português, uma vez que não há escalões entre os sub-14 e séniores.
Isto significa que, a partir dos 14 anos, todos as atletas juntam-se no mesmo escalão, forçando um desenvolvimento mais acelerado das mais jovens por um lado, sendo que do outro existe o fantasma das desistências por não estarem fisicamente ao mesmo nível que as mais velhas.
Este problema é atenuado pela existência da Selecção Nacional de sub-18 feminina (treinada por João Pedro Catulo, antigo jogador) que aproveita a boa forma e desenvolvimento em crescendo dessas atletas para atingir melhores resultados em torneios internacionais. Contudo, os problemas dos processos continuam lá e a falta de ideias ou estrutura para desenvolver com outra veemência o rugby feminino em Portugal são um dos principais dilemas no futuro próximo.
Uma das maiores questões vai para o investimento e a falta do mesmo na maioria dos casos. Todavia, o caso do Sporting Clube de Portugal vai contra a corrente do desinvestimento e ausência de apoio no rugby feminino.
O emblema de Alvalade investiu na vinda de Kate Matau e Harono Iringa, duas internacionais neozelandesas, sem que fossem divulgados os valores em relação do investimento realizado. Matau fez parte das Black Ferns que levantaram o título de Campeãs do Mundo em 2017, e só este facto cria um “boom” de atenção formidável para a modalidade em Portugal.
Todavia, será proveitoso recrutar duas atletas de alta qualidade para uma realidade competitiva medíocre? Em Portugal, jogam-se apenas duas variantes, como já aludimos, e não se extende durante dez ou nove meses de forma constante, forçando uma intensidade mínima sem que se retirem ganhos positivos para as atletas e treinadores envolvidos.
Para além da vinda das kiwis, destaque também para o “empréstimo” de Daniela Correia (melhor atleta nos prémios da Federação Portuguesa de Rugby 2018) e a chegada de atletas brasileiras que ajudaram o clube atingir uma honra nunca antes conquistada.
Mas a pergunta mantém-se: até que ponto esta vinda terá sido positiva para o rugby português? Terá este investimento retorno na captação e/ou fomentação de mais atletas? E a criação de um super-Sporting, não criará uma maior divisão entre os clubes que participam nas competições femininas?
Em termos de marketing e publicidade, o jogo entre as campeãs de Portugal e Espanha foi um sucesso. Durante os cinco dias antes do encontro, foram vários os meios de comunicação social envolvidos nos trabalhos do Sporting Clube de Portugal, dando atenção como nunca à variante feminina.
No dia de jogo, a Sporting TV esteve presente com a transmissão em directo, para além de todos os grandes jornais desportivos e generalistas terem marcado presença. Houve “barulho” em redor da Taça Ibérica e esse factor é fundamental para a captação de novos investidores, garantindo um apoio ainda maior ao clube.
Porém, será que essa vontade de investir e patrocinar vai para além do emblema de Alvalade? O retorno esperado pelos possíveis novos patrocinadores tem de ir para lá da “compra de direitos de imagem”, indo para a secção de “apoio a um projecto com futuro”, colando totalmente essa imagem de salvadores de um clube ou, mesmo, da modalidade de forma apaixonada.
A vitória do Sporting CP traz esse foco de atenção, dá garantias aos sponsors de terem feito uma boa aposta num clube que respeita o patrocínio, levando o plantel para outro patamar. E a vinda das duas neozelandesas é um truque publicitário decisivo, trazendo uma sonoridade ainda maior aos feitos do Sporting CP, veiculado por alguns órgãos de comunicação social internacional.
Mas, será que o rugby português de facto ganha alguma coisa de palpável com a vitória do Sporting Clube de Portugal? Ou será que os ganhos terminaram logo após o apito final?
Sem um fio condutor em termos de projecto, o rugby português ganha muito pouco com este grande investimento dos “leões”, isolando quase por completo os ganhos nas novas campeãs ibéricas. Pelo meio, o Sporting CP reforçou-se de uma forma extraordinária, garantindo um poderio total, decisivo nas competições nacionais.
Por isso, escasseiam-se os projectos locais, regionais e nacionais em redor do rugby feminino, com a falta de ideias para activar a marca neste sector e, para além do Sporting CP, conta-se o RC Santarém com um apoio sustentado por parte de Tim Vieira, um dos mais recentes entusiastas pela modalidade em Portugal.
Portugal sempre enfrentou graves problemas no fomento de boas equipas femininas nas maiores modalidades colectivas mundiais, sendo que só nos últimos 20/30 anos tem sido feito um investimento estatal claro e com vontade nesse sentido.
No caso do rugby, o facto da modalidade ter enfrentado sérias dificuldades económicas e financeiras, retirou a possibilidade de realizar um maior investimento em campanhas dedicadas exclusivamente à fomentação do rugby feminino. Mas, a insistência na variante de sete não será nociva para a vontade de aumentar o número de atletas?
Enquanto que o rugby de XV feminino vai ganhando uma dimensão espectacular, em Portugal essa realidade é inexistente. Nesse ponto, a vitória das “leoas” na Taça Ibérica tem de ser aplaudida, uma vez que só por uma vez em dois anos jogaram rugby de quinze, demonstrando que é possível jogar a variante principal da modalidade em território nacional.
Um projecto interessante de analisar seria a criação de um supra-campeonato português, com a formação de super-clubes de XV, unindo-se equipas por regiões ou até por concurso geral. Seria assim possível constituir, pelo menos, cinco super-equipas seguindo-se um campeonato a duas voltas que significaria oito jogos para cada um dos emblemas.
A exemplo disso, foi a mais recente união do CR São Miguel ao CR Évora, com os dois clubes a perceberem da necessidade em se unir nos femininos de modo a garantir os números mínimos e uma competitividade boa nos campeonatos de Sevens e Tens.
Será impossível formular um campeonato de XV que se realize durante três meses e beneficie a longo prazo as selecções nacionais?
Os esforços feitos pelos selecionadores nacionais de rugby feminino nos últimos anos não apagam a falta de investimento e visão por parte da Federação Portuguesa de Rugby e dos clubes, que nos últimos 10 anos pouco fez para além da alteração de modelos competitivos, formatando a modalidade para uma direção que, talvez, não esteja correta. Até que ponto a excessiva atenção dada ao escalão de Sevens (não se pede o fim da aposta, atenção) pode estar a limitar o crescimento do rugby feminino português?
Será que uma vitória Ibérica realmente representa um passo fulcral para o rugby português ou é apenas um marco que precisava de outro acompanhamento geral para ser mais importante?
https://fairplay.pt/modalidades/rugby/agora-ja-existe-rugby-feminino-portugal/
11 Janeiro, 2019 at 12:02
Concordo em absoluto, inclusivé com as reticências.
Eu estou com um projeto “giro” em mãos, e também vou sofrer desse sintoma… Haverá “esse” tipo de rugby em Portugal??
Mas depois recebo sms de malta da Irlanda com nomes esquisitos, a dizer para andarmos, vai haver um 6 Nations, Portugal pode entrar…
Falta convencer, e acima de tudo vencer, não os jogos mas as mentes.
Vencer jogos não é problemático, estão já vencidos de véspera, é passar à pratica a teoria… Agora vencer e ganhar almas, mentes, corações… mudar ideias…
Isso sim, pode ser difícil…
É portanto a isso mesmo que me proponho fazer…
No pressure.
11 Janeiro, 2019 at 16:07
Escondidinho, antes de mais um muito obrigado por todos os seus posts sempre bastante didácticos; obrigado também ao Cherba pela partilha desse artigo no seu comentário. Duas pergunta e dois comentários, relacionados com as questões levantadas no artigo:
1ª questão: a falta de “investimento” da Federação (e da quase totalidade dos Clubes, por não haver competição oficial) nos XV não encontra “justificação” (ou alibi) na morfologia da atleta portuguesa?
2ª questão: o artigo fala de um jogo do SCP na variante de XV em 2 anos. Mas não é verdade que a final do ano passado também foi nessa variante e que o Sporting (em conjunto com um Núcleo SCP do sul de França não organizara uma mini-digressão em que jogaram, também nessa variante contra 2 equiapas francesas?
1º Comentário: a existência de competições oficiais em todas asvariantes competitivas e em todos os escalões etários, deveria ser uma exigência dos Clubes, uma vez que as Federações e Associações gozam do Estatuto de entidades de Utilidade Publica. É o caso, dando outro exemplo, da Associação de Futebol de Lisboa que ao contrário da AF de Braga, não tem, no Futebol Feminino qualquer competição de Futebol Feminino abaixo das sub17 (Braga tem sub13 e sub15), o que leva a que: as meninas com menos de 13 anos só possam jogar e competir ou integrando equipas masculinas ou jogando contra elas no distrital sub13 Masculino de futebol de 7 – o SCP é a única equipa feminina inscrita nesse campeonato, para dar competição às atletas que forma com idades entre os 9 e os 12 anos; as meninas com mais de 14 anos e 15 anos só podem competir se tiverem capacidade para integrar as equipas femininas de sub 17; o que leva à desistência de muitas meninas com alguma aptidão e muita vontade de jogar a Modalidade, porque não há nenhum clube, tirando o Sporting que em toda a zona Sul de Lisboa e vale do Tejo invista na formação de equipas de meninas que, depois não têm com quem competir).
2º comentário: não seria tempo de os principais clubes portugueses solicitarem à Secretaria de Estado do Desporto e ao IPDJ a organização de um Congresso Nacional para discutir e tentar encontrar soluções exclusivamente para o desenvolvimento do Desporto Feminino, a competição em escalões de Formação e o Desporto Escolar?
Saudações leoninas
11 Janeiro, 2019 at 16:41
Boas.
Na primeira questão, é uma falsa questão, pois a morfologia típica portuguesa é mais para os XV que para VII. Independentemente da altura… foi uma aposta, na altura correta, nos VII, de modo a tentar os JO. Não foi conseguido, mas não houve capacidade para fazer rewind;
Na segunda, na realidade houve mais jogos de XV, em Perpignan, com o USAP, que ganhamos, com umas espanholas, já este ano, como preparação para a T.I. e novamente com uma “Seleção Nacional”, igualmente de preparação. Assim sendo, o jogo da T.I. foi o 4º jogo de XV, se não me falha a memória.
Os clubes em Portugal, nas modalidades amadoras, quase sobrevivem, e mal.
Pois o Sponsor em Portugal, que poderia ser algo como em Inglaterra, pelo menos no Gallagher Championship, os jogadores têm o seu próprio sponsorship, que pode ser encontrado tanto dentro dos partners do clube onde jogam, ou fora.
Aliás, ainda o ano passado, e falando num rugby que me é caro, o Deaf Rugby, as jogadoras inglesas tiveram que recorrer a sponsorship individual para garantir viagem, estadia, etc… enquanto os homens foram abonados pela RFU.
Acontece que os homens perderam a final para os Galeses, e as mulheres foram campeãs do Mundo.
As condições, e o apoio, mais que o dinheiro vertido, podem fazer a diferença.
E no desporto feminino mais ainda.
11 Janeiro, 2019 at 14:12
Pois que se abra uma excepção para falar um pouco a sério. A qualidade do texto e desta adenda o justificam.
Aplaudo e entusiasmo-me com a contratação das duas neozelandesas. Se é verdade que um empreendimento só cresce se orgânico e sustentado, de um marasmo só se sai com uma pedrada no charco.
O mote está dado e o movimento iniciado. Falta o resto, que é quase tudo. Falta transformar a equipa sénior em rugby de XV, mesmo que por cá tenham que ir jogando a menos. Falta criar campeonatos que permitam essa evolução. Será algo supranacional, não duvido, mas pois que seja, que o clube até já leva Portugal no nome.
Há uns anos, quando o Escondidinho começou a escrever, fui olhar para a modalidade com mais atenção e carinho. As épocas competitivas eram exíguas, sobretudo no feminino. Gostava muito que se tivesse tentado transformar núcleos em algo mais, nomeadamente sedear, parte do ano, as equipas em locais em que as modalidades são mais evoluídas. Pegar nas nossas raparigas e deixá-las começar de baixo na Nova-Zelandia, entre outras hipóteses? Há custos, pois há. Menores que muitos outros, estou certo.
Por fim, de algum modo, isto fez-me voltar ao pouco de bom que tive na infância. Se a nós, putos pequeninos, estava permitido o sonho de sermos Maradonas, porque é que algumas meninas ficavam apenas com o epíteto de “gorda”, subtraídas da componente social do jogo e, consequentemente, ostracizadas naqueles pequenos mundos? Quem me dera que lhes tivesse sido permitido sonhar ser Kates.
11 Janeiro, 2019 at 14:57
Caro Hadjy, um dos cenários em cima da mesa, seria o de levar a nossa equipa de rugby feminina a competir no campeonato espanhol.
Essa era uma forma de dar competitividade às jogadoras, e pô-las a jogar semana sim semana não com algumas das melhores jogadoras mundiais.
Seria o cenário, não perfeito, mas possível.
E agradeço as palavras, fico penhorado.
11 Janeiro, 2019 at 15:56
Competir no mercado espanhol…
Defendo isso!
Podiam começar pelo rugby!
Depois passando a outras modalidades – uma das primeiras seria o futebol feminino.
Um dia o nome do Sporting seria mais “normal” e “comum” em Espanha e poderíamos mudar para lá o futebol masculino! Sair deste buraco corrupto, expôr o Clube a uma dimensão competitiva maior a toda a hora, ter mais receitas e aumentar a massa adepta. Em 3 ou 4 anos estaríamos ao nível dum At. Madrid!
Só tínhamos a ganhar!
11 Janeiro, 2019 at 16:22
Pois Escondidinho, essa poderia ser uma solução. Mas mesmo essa teria de ter a “conivência das 2 Federações para poder compatibilizar campeonatos (o de Espanha na variante de 15 com os de Portugal nas variantes de 7 e 10).
E será que existe essa vontade, só para acomodar um clube?
O que eu vejo, noutros exemplos, é o inverso: o ano passado, a equipa sub19 de Futebol Feminino do SCP, detentora dos Títulos de Campeãs e da Taça de Portugal, não pôde defender o último, porque a FPF organizou a sua Fase Final em datas coincidentes com jogos do SCP no Campeonato (!!!).
A mudança tem de começar a mentalidade de dirigentes Federativos e Associativos Até admito que exista muita carolice e muita entrega na maior parte dos casos de dirigentes de Associações Distritais e de Federações das diversas modalidades; mas há que se libertarem de um sentimento muito nacional de clubite e há que estarem mais abertos a soluções criativas e que privilegiem mais as componentes de Formação (sustentabilidade), de Espectáculo (“atractibilidade”) e de internacionalização (expansão) das Modalidades que dirigem e que se querem desenvolver.
SL
11 Janeiro, 2019 at 16:44
A competição em Espanha só teria a ganhar com uma equipa como o Sporting lá dentro, pois sabem bem do que somos capazes a nível de imagem e atracção.
Ainda ontem falei com um irlandês do mundo oval, e quando lhe falei que o meu minime joga no Sporting, ele não só o conhecia, como nos conhecia como clube multidesportivo, e um dos maiores do Mundo, ao nível do Barça.
Portanto, também a FP Rugby ganhava em ter atletas a competir XV a nível mais elevado, pois a ambição e os objectivos passariam a ser outros, acho.
11 Janeiro, 2019 at 17:31
Escondidinho, o tempo dos XV femininos em PT chegará. Por agora, Um escalão sub 20 de X e um nacional de XV parecem-me patamares aceitáveis para a realidade local. Talvez o Sporting pudesse contribuir (ainda mais…) para isso, se conseguisse envolver um clube satélite nessa prova. Mas cabe à Federação mexer-se porque toda a modalidade tem a ganhar com isso. (Quanto a jogar mais vezes em Espanha, sim, participar no campeonato local, não. Um par de épocas de sub desempenho e extinguiriam a equipa. Ao pensar nisso, acho mais plausível um protocolo que permitisse às nossas miúdas serem emprestadas a um clube amigo do campeonato francês).
SL
14 Janeiro, 2019 at 8:06
Caro Antão, desculpa por só responder agora. Acho mesmo que a participação no campeonato espanhol iria colocar foco tanto no Sporting, como no rugby feminino. E acho que não seria de modo algum um retrocesso se se voltasse atrás. Pois épocas de menor rendimento acontecem em todas as modalidades.
Quanto a arranjar um clube francês amigo, sei do que falas… o USAP era óptimo. Não sei se será possível, tivemos jogadoras nossas na NZ, nas Counties Manukau, campeãs Regionis, e donde chegaram as Black Fern esta época. Se será um protocolo, ou coincidência, não sei. Mas é uma forma de trazer mais e melhor ao nosso rugby.
Já imaginaste as nossas filiais na África do Sul, a detetar, formar e receber os nossos talentos, num intercâmbio? Ou as nossas filiais na Irlanda, Inglaterra, Escócia, etc etc. Em Timor, na Austrália…
Fica a dica.