Tendo em vista a participação portuguesa nos Jogos Olímpicos de Montreal em 1976, Mário Moniz Pereira, um dos mais conceituados treinadores do mundo de Atletismo, o senhor Atletismo em Portugal e uma das figuras mais lendárias não só do desporto português como do Sporting Clube de Portugal, apresentou ao mais alto representante nacional do governo na área desportiva um projecto de trabalho tendo em vista uma melhor performance nos jogos de Montreal, com estágios e planeamento de treinos que somente míster Moniz Pereira e as suas ideias avançadas no tempo, se afiguravam como tentadoras de inspirações de feitos.

Após o 25 de Abril de 1974, o Atletismo, e as corridas de estrada, ou os denominados grandes prémios começaram a proliferar no país, surgindo novos talentos para se juntar aqueles que já brilhavam à época nas distâncias de meio fundo e fundo. O Sporting Clube de Portugal, surgia como clube de grandes tradições e resultados de destaque na modalidade, com Manuel Faria, vencedor de duas São Silvestres de São Paulo e Manuel Oliveira (4º) nos 3000 metros obstáculos dos Jogos de Tóquio de 1968 a serem exemplos.

Foi com estes planeamentos de treinos em pista (séries) e estágios, alguns deles realizados na zona das Açoteias (Algarve) para um melhor espírito de grupo, que o talento, a raça e a qualidade que alguns dos atletas leoninos deram início a uma longa tradição de domínio ao nível do corta mato europeu, com quinze vitórias das Taças dos Clubes Campeões Europeus de Corta Mato.

Assim em 1977, na cidade espanhola de Palência, realizou-se a primeira edição e o primeiro de mais catorze títulos leoninos. Carlos Lopes seria o campeão individual, Fernando Mamede seria sexto e Aniceto Simões o oitavo. Entre 1977 e 1982 apenas três atletas por equipa contavam para a geral equipas, mas o atleta Carlos Cabral ainda seria o 26 nesta edição inaugural.

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A partir da edição de 1983 passaram a contar quatro atletas para a classificação colectiva.
O Sporting viria a conquistar as edições (15) de 1977, 1979, 1981; 1982; 1983; 1984; 1985; 1986; 1989; 1990; 1991; 1992; 1993; 1994 e 2018, sendo que os seus atletas venceram e foram campeões europeus de forma individual em 12 destas 15 edições.

Domingos Castro seria o mais títulado com cinco (5) vitórias em 1989; 1991; 1992; 1993 e 1994.
Carlos Lopes foi três (3) vezes vencedor da prova em 1977, 1982 e 1985.
Fernando Mamede venceria por duas (2) vezes em 1981 e 1983.
Dionisio Castro em 1990 e Davis Kiplangat em 2018, sagrar-se iam também campeões europeus.
O Sporting perderia as edições de 1988 e 1989, a favor de um dos seus rivais de sempre da década de oitenta do século passado a equipa italiana do Pró Pátria, que tinha em Alberto Cova, Francesco panneta e Demadonna, a armada que se batia até aos últimos metros pelo título europeu de corta mato.
Os nossos bravos leões sagrar-se iam por duas vezes, seis vezes campeões europeus consecutivas (1981 a 1986) e (1989 a 1994).

O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL, e pelo seu colectivo sagraram-se campeões europeus os seguintes atletas:
Carlos Lopes, Fernando Mamede, Aniceto Simões, José Sena, Joaquim Pinheiro, Ezequiel Canário, Hélder de Jesus, Rafael Marques, Domingos Castro, Dionisio Castro, Fernando Couto, Carlos Patrício, Eduardo Henriques, Alberto Maravilhas, Carlos Monteiro, João Junqueira, Paulo Guerra, Davis Kiplangat, Rui Pedro Silva, Rui Teixeira e Lícinio Pimentel.

Contribuíram ainda e estiveram presentes pelas equipas do Sporting, embora não se classificando para a tabela colectiva, os atletas, Carlos Cabral, Fernando Miguel, Bernardo Manuel, Artur Pinto, Carlos Capítulo e Bruno Albuquerque, que integraram estas equipas que o meio fundo e fundo leonino apresentou com enorme qualidade, sob a batuta e galhardia de um treinador e coordenor do nosso atletismo, o inesquecível professor Moniz Pereira, um homem do desporto português e do Sporting Clube de Portugal em particular, o artífice de enormes campeões e das conquistas entre 1977 e 1994.

No passado, com Carlos Lopes, como director e Carlos Silva como director técnico e treinador o nosso clube viria a regressar vinte e quatro anos depois ao título colectivo masculino, obtendo ainda o feito da conquista do título feminino, com as atletas Jessica Augusto (2ª), Sara Moreira (5ª), Inês Monteiro (7ª); Svetlana Kuzdelich (8ª), e ainda Catarina Ribeiro em 10ª e Carla Salomé Rocha (12ª).

A estes títulos convém ainda recordar os títulos europeus obtidos pelo Sporting Clube de Portugal em Pista Masculinos (2000 – em Vila Real de Santo António) e 2 – títulos femininos em pista alcançados em 2016 e no ano passado.

Aqui vai a minha justa homenagem ao talento, à raça, à entrega, à dedicação de todos estes nossos atletas, que se bateram por todas estas conquistas, elevando o nome de Portugal e do Sporting Clube de Portugal ao mais alto nível europeu na modalidade. A todos eles que fizeram do lema Esforço, Dedicação, Devoção, obtendo a justíssima GLÓRIA, o nosso clube deve muito do nosso historial europeu.

Que este ano os nossos sócios e adeptos possam vitoriar e festejar de novo novas conquistas europeias, no crosse, na estrada ou nas provas de pista. VIVA O SPORTING CLUBE DE PORTUGAL!

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ESTE POST É DA AUTORIA DE… O Sonhador
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