O Sporting venceu por 3-0 o Sp. Braga numa grande exibição, vitória que não oferece qualquer contestação. Keizer conseguiu “comer de cebolada” um tal de arrogante e convencido Abel. Curiosamente Abel, no final do jogo, não tinha um sorriso tão rasgado na cara, como tinha quando levou 6 no bucho.

Face ao futebol medíocre que apresentávamos ultimamente, era importante e precisávamos de uma reação. Foi isso que aconteceu neste jogo. Keizer inovou, mudou e foi imprevisível. Conseguiu transfigurar o modo de atuar da equipa e isso permitiu-lhe ganhar o jogo de forma brilhante.

O que mudou? Adoptou uma dinâmica e modelo de jogo num sistema de três centrais que nos surpreendeu a todos nós. Colocou Borja junto de Coates e Ilori. As faixas laterais foram entregues a Acuña e Ristovski, permitindo que subissem com critério e nos momentos de defender estivessem mais perto da linha defensiva. Subiu Gudelj para uma posição onde se sente melhor e encostado a Wendel. Com estas alterações táticas, o sporting conseguiu finalmente ter mais segurança na primeira fase de construção, mais critério na saída de bola e Wendel pegou na batuta e encheu o meio campo de bom futebol. Em simultâneo Bruno Fernandes e Diaby jogaram mais como interiores e mais perto da zona de finalização. Voltámos a ver os passes curtos, as variações rápidas de flanco, um futebol rápido e perigoso para o adversário.

A juntar às alterações táticas promovidas pelo mister, temos que juntar a intensidade e o querer que toda a equipa colocou em campo, fatores esses fundamentais para se estar sempre mais próximo de ganhar. Keizer acabou por dar razão às criticas que lhe vinham fazendo, porque teimava em jogar num modelo de jogo demasiado previsível e fácil de anular por qualquer dos adversários que nos defrontavam.

Destaques: Estão todos, e sem qualquer exceção, de parabéns pela exibição que realizaram, mas individualmente tenho que me referir a alguns jogadores: Wendel que jogo enorme fez o brasileiro. Conseguiu mexer com toda a dinâmica da equipa. Assumiu a primeira fase de construção e teve pulmão para estar em todo o lado. Borja tem margem para evoluir, mas não tremeu. Foi importante e conseguiu quase sempre ganhar os duelos na sua zona de atuação. Depois há aquele…., aquele que teima em abrir o livro todas as semanas, mesmo que o livro da moda seja outro, mesmo que um tal de iluminado chegado agora das arábias, diga que pode escrever um livro sobre o Sporting de 20 páginas. Bruno Fernandes continua a escrever em campo, magnificas obras de arte.

Termino como iniciei esta crónica. Conseguem repetir isto? Se o estádio do Vilarreal se chama Estádio “de la Cerámica”, então partam a loiça toda!!!!

ESTE POST É DA AUTORIA DE… M Aires
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