Esta semana temos uma rubrica um pouco mais divertida. Vamos (tentar) esquecer o futebol por momentos e seguimos para uma lufada de ar fresco.
A fase decisiva da nossa equipa feminina vai começar em breve, então achei que podia ser interessante apresentar todas as nossas jogadoras que vão atacar esta subida de divisão. As palavras normalmente são suficientes para descrever alguém, mas hoje teremos um plus.
Como vamos percebendo, o Cherba é um expert de boa música, por isso desafiei-o a selecionar uma para cada jogadora. Eu fiz uma descrição individual e o Cherba define a música que lhe inspirar. Se o exercício pode parecer fácil, garanto-vos que não é. Escolher uma música para alguém, vindo de quem gosta/percebe de música, é uma grande responsabilidade. A música é uma forma de expressão, arte, alma, emoção e podia continuar. Oferecer uma música é quase como dar um novo nome.
Aqui vamos!
4 – Sara Serrano (c)
Capitã.
Uma capitã de equipa no Sporting é sempre alguém importante. A nível técnico, é fantástica. Tem um passe bonito e cuidado, dando gosto vê-la passar. Se fica nervosa, raramente se nota, pela tranquilidade que as suas expressões transmitem. Já não é a distribuidora titular, mas nem isso lhe tirou importância na equipa.
20 – Beatriz Rodrigues
Revelação.
É surreal a evolução da Beatriz desde o início da época. Está afinadíssima com as colegas de equipa e já revela uma maturidade surpreendente para uma jogadora de apenas 18 anos. Joga e faz jogar. Uma qualidade fantástica ao serviço do nosso clube. Está aqui o futuro do voleibol do Sporting e de Portugal.
10 – Francisca Rodrigues
Paciência.
A sua idade, 21 anos, denuncia que tem uma longa carreira pela frente. Jogou pouco esta época, mas isso não quer dizer que jogue mal. Isto significa sim que as colegas têm uma vantagem competitiva. Do que fui vendo, tem como seus pontos fortes o bloco e o serviço. O potencial para jogar no nosso Sporting existe, por isso que continue a trabalhar, a evoluir no ataque e a aprender com as mais velhas que o seu espaço vai chegar.
2 – Catarina Barbosa
Segurança.
É das jogadoras que mais me chamou a atenção do início da época por ser tão completa em todos os momentos do jogo. O segredo? Foco. Uma concentração elevadíssima que a torna preparada para jogar bem. Perdeu algum espaço com os reforços de Inverno, mas isso não deve (nem pode) levar a assumir que perdeu importância na equipa. Irá ser chamada durante esta fase decisiva e irá aparecer com a competência do costume.
18- Kate Yeazel
Reforço.
Veio para jogar e ser decisiva. Chegou em Janeiro, quase como uma desconhecida, mas pegou de estaca. Pela sua (grande) estatura (1,90m) tem no bloco um ponto forte, contudo é no ataque que se destaca mais. Um braço fortíssimo que é sinónimo de pontos e mais pontos. É o trunfo que veio equilibrar, por cima, esta equipa. Grande reforço.
8 – Rita Mira
Confiante.
O seu ponto forte é o serviço, no que respeita ao gesto técnico, e a confiança, no que transmite quando joga uma bola. Tem o seu espaço na equipa, que o usa para se impor com alguns pontos que vão sendo importantes em cada jogo. Bate uma bola rápida no meio de rede para o fundo de campo muito difícil de defender, por isso tem níveis de eficácia altos. Numa época longa e cansativa é, também, um dos destaques do Sporting pela sua regularidade.
7 – Natalya Haramisiyv
Potencial.
Tal como a Rita, tem tido o seu espaço para ir fazendo uns pontos. Uma jogadora jovem que, a par da Beatriz, tem feito uma grande evolução esta época. Muito activa em campo, sempre em movimentos constantes a apoiar a distribuidora, dando-lhe uma boa opção de passe. Atenta, empenhada, trabalhadora e sempre a evoluir tecnicamente. Está a ganhar o seu espaço e tem potencial para ser uma grande jogadora.
6 – Dalliane Dias
Muro.
O ponto mais forte da Dalliane é o bloco. Já vi muros menos sustentáveis que o bloco desta jogadora. Andou pela saída de rede uns tempos, mas é no meio “a sua praia”. Tem uma bola preferencial, ataque a um pé nas costas, que a usa para fazer os seus pontos. Raramente é blocada nesta jogada. Os centrais não são muito aptos a defender, mas a Dalliane vai contrariando isso, sempre que chamada. Muito boa jogadora e sempre com uma palavra de liderança em campo também.
14 – Bárbara Pereira
Pontos.
Farta-se de fazer pontos, não se destacando em nenhum momento em particular. Serve bem, bloca bem e ataca bem. É muito homogénea em todos os momentos do jogo, tornando-a num dos pilares desta equipa. Sempre com muita vontade de participar no jogo, mostrando-se muito disponível em todas as jogadas. Precisamos dos seus pontos para subir de divisão.
15 – Rachel Cox
Surpresa.
Para mim, a surpresa da época. Não a conhecia e o que vi na Internet não justificava a contratação. Certo é que chegou e pegou de estaca. Bem em todos os momentos do jogo, principalmente na recepção. Deu através da sua eficácia, logo que chegou, a confiança necessária às distribuidoras para lhe meterem bola. Dificilmente sairá da equipa e, espero, que a paixão que se vê que tem pelo voleibol seja contagiante e nos leve à conquista do campeonato.
3 – Fernanda Silva
Craque.
Nós temos jogadoras boas, outras muito boas e outras ótimas. Depois destas vem a Fernanda Silva. Tem muitos anos de voleibol e isso torna-a uma craque nesta equipa. Tem carisma, identidade, liderança e estatuto. Em tempos escrevi que podia ser comparada a uma pintura de Gustav Klimt e isso é o melhor elogio que lhe posso fazer. É, para mim, a melhor jogadora da equipa.
19 – Luísa Vitorino
Focada.
A Luísa é uma jogadora interessante na equipa. Apesar de estar tapada na titularidade, nunca a vi entrar com menos empenho para um jogo ou aquecimento. Ainda no último jogo que vi, entrou para a saída de rede, sempre com uma concentração imperturbáveis. Tem no seu ataque bom e forte a sua mais valia como jogadora.
9 – Matilde Saraiva
Expectativa.
Chegou também neste mercado de Inverno. Tem tido algum tempo de jogo proporcionado pelo treinador Rui Costa e percebe-se que tem qualidade. Controla o ritmo do jogo, principalmente em termos defensivos (recepção e defesa). Estou com expetativas em relação à sua potencial utilidade na equipa, dado que qualidade nota-se que tem.
11- Maria Palma
Eficiente.
É muito interessante ver a Maria Palma a jogar. Uma jogadora de entrada a atacar com o braço esquerdo. Antes dos reforços de Inverno chegarem, entrou no 6 titular, com grande mérito. Sempre a fazer muitos pontos e também com destaque em termos defensivos, por se posicionar muito bem. É muito inteligente a ler o jogo de voleibol. Os elogios da narradora da Sporting TV, Solange Rodrigues, levaram-me a reparar mais nela. Merece cada elogio que lhe foi feito.
13 – Mariana Veiga
Segurança.
A posição de líbero não deve ser notada num jogo. Normalmente se damos conta de uma líbero é porque não está bem no jogo. A Mariana é discreta em campo e, por isso, eficaz. Dá estabilidade à recepção do Sporting que é o ponto mais importante numa equipa de voleibol. Por aqui, tem estado garantida a tranquilidade necessária para as distribuidoras e as atacantes fazerem o seu trabalho. A sua qualidade existe por ser tão “silenciosa”.
17 – Daniela Loureiro
Internacional.
Estamos ansiosos para que chegue. Está a passar ao lado da época pela lesão que teve logo no seu início. Uma jogadora que é uma habitual convocada para a nossa seleção, o que lhe atesta qualidade. Gostava de a ver jogar este ano e adorava que participasse nesta luta à subida de divisão. Uma lesão destas, em atletas com este selo de qualidade, só serve para as tornar mais fortes. Tal e qual uma Fénix.
T – Professor Rui Costa
Líder.
Um campeão ao serviço do grande Sporting. Tem um histórico de vencedor na modalidade o que nos deve deixar seguros do bom trabalho que está a desenvolver. Pelas várias entrevistas que vai dando depois dos jogos, entende-se que nunca promete vitórias, mas promete trabalho, empenho, garra, luta e combatividade. Percebe-se que tem o respeito da equipa pela sua personalidade e qualidade como treinador. Fica-lhe bem aquele símbolo ao peito e eu confio que nos levará ao Olimpo.
NOTAS SOLTAS
• Seniores Femininas
Vs CN Ginástica 3-0 (22-25; 18-25; 18-25)
• Seniores Masculinos
Vs Sporting Clube das Caldas 3-0 (25-22; 25-14; 25-17)
Vs AA Espinho 3-0 (25-18; 25-9; 25-17)
• A primeira mão das meias finais da Taça Challenge disputam- se amanhã, dia 27 de fevereiro, às 19:30 contra o Vero Volley Monza.
*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)
26 Fevereiro, 2019 at 14:24
Não do que gosto mais se do texto se da música.
É um privilegio ser cliente desta Tasca.
26 Fevereiro, 2019 at 14:30
Adrien S. adorei o post, que grande escolha de musicas.
Da proxima vez que vir a equipa feminina a jogar vou-me lembrar deste post.
26 Fevereiro, 2019 at 14:59
Adrien S, em grande, no texto e na música. Se a escolha musical inclui DM e Clash, tem que ser boa. Tão boa com as atletas que tão bem descreves.
Atrevo-me até a dizer que a foto das nossas leoas a celebrar um ponto e que encima o teu post é do melhor que tenho visto aqui pela Tasca. É com cada canhão, livra! Ao pé disto o canhão da Nazaré não tem qualquer expressão.
Realmente as modalidades ganham cada vez mais espaço no meu ‘tempo de antena’. O futebol profissional masculino, cada vez menos. Bom, o melhor é não começar…
26 Fevereiro, 2019 at 15:19
Excelente posta!!! PQP
Fã da Tasca e das modalidades!!!
SL
26 Fevereiro, 2019 at 15:21
Elá!!! Que grande petisco!!! Mas tbm não é de admirar porque o Adrien S costuma dar-nos bons textos e o Cherba já mostrou ser grande dj!!! Venham mais parcerias destas!!! Agora vou ouvir outra vez algumas destas músicas que não conhecia!!!
26 Fevereiro, 2019 at 18:22
Mas o DJ não é o outro?
SL
26 Fevereiro, 2019 at 18:39
eu sabia que alguém se lembraria deste pormenor…
26 Fevereiro, 2019 at 16:24
Que parceria!!
A minha cultura musical é bastante reduzida, mais logo vou olhar (e ouvir) com mais atenção!!
Obrigado por mais um retrato da nossa modalidade.
Jogo muito importante amanhã, era bom consegui meter dois sets lá. Mas seja qual for o resultado, já mostrámos que as eliminatórias são a duas mãos. E na segunda mão têm de vir ao João Rocha. É difícilimo, mas continuo a acreditar que aqui pode estar um título europeu. E como gostaria que isso acontecesse.
26 Fevereiro, 2019 at 17:27
Muito bom!
Nem tenho palavras…
Era importante trazer um bom resultado de Itália amanhã!
26 Fevereiro, 2019 at 19:58
Bravíssimo ao dueto Adrien S./Cherba (compositor/músico)!
Mais um excelente post, a fazer amar a Modalidade até o mais empedernido indiferente. Assertivo, pedagógico e criativo (como sempre).
Para mim, estas colaborações do Adrien S. e do Escondidnho vieram valorizar imenso, aquele que já era o melhor blogue leonino. Mérito dos colaboradores e do “hospedeiro”. PARABÉNS!
Saudações leonInas
26 Fevereiro, 2019 at 20:44
Vou guardar para logo… com fones
27 Fevereiro, 2019 at 2:51
Top! Que petisco!
27 Fevereiro, 2019 at 6:15
Gostei imenso de ler a descrição das jogadoras com o seu respectivo cognome.
Em relação às músicas devo esclarecer que a minha cultura musical neste género é praticamente nula, mas aprecio a ideia e o esforço.
27 Fevereiro, 2019 at 10:40
🙂
A vocês também aparecem anúncios a colchões para desportistas em todas as musicas?
Só gozam com o Varandas… 🙁