Eu gosto de andebol. Muito mais do que futebol.
Tive a sorte de acompanhar a selecção nacional de 2000 a 2014 em trabalho para a Antena 1. Nesse período acompanhei para a antena 1 todos os jogos oficiais e a maioria dos particulares. Estive no europeu da Croácia em 2000, no mundial de França em 2001, no europeu da Suécia em 2002, no mundial de Portugal em 2003, no europeu da Eslovénia em 2004. E no europeu de andebol da Suíça em 2006.Depois de 2006 nunca mais Portugal foi a nenhuma fase final. Já esteve perto várias vezes e não duvido que lá chegará em breve.
Gosto da modalidade e dos atletas. Tenho milhares de recordações de coisas boas que vivi esses anos todos, com jogadores, com treinadores, com dirigentes, com colegas. Festejei as vitórias, sofri com as derrotas e insultei os Nachevskis quando nos roubaram em Albertville uma meia final dum mundial.
Fiz milhares de km de viagens para todos os cantos da Europa. Aprendi a respeitar quem lê o jornal ao contrário. Começam da última página para a primeira para ler sobre andebol em primeiro lugar. Aprendi a respeitar quem demora quase 2 dias a chegar a Zaporizhia na Ucrânia em pleno inverno no início de Janeiro para fazer um jogo. Fiz a viagem com eles e sei o que custavam as 5 ou 6 horas de autocarro do aeroporto de Donetsk até Zaporizhia com 20 negativos cá fora. Viagens de 24 horas para chegar a qualquer lado eram o pão nosso de cada dia.
No andebol é normal os jornalistas viajarem com a selecção, até ficar nos mesmos hotéis e comer nos mesmos restaurantes. As partes respeitam-se e aprendem a conhecer-se. Comigo as coisas sempre funcionaram nessa base de respeito, que na verdade, é opinião pessoal, faz falta no resto. Lembro-me dos cigarros que gostava de fumar com o Luis Pinto no fim dos jogos. Muitas vezes com um frio de rachar. Já gostava muito de andebol, mas acompanhar a selecção durante anos seguidos fez de mim “viciado” na modalidade.
Apeteceu-me escrever isto hoje porque o Sporting conseguiu um feito histórico. Chegar aos 1/8 final da liga dos campeões é algo incrível. Muito boa gente nem imagina o que isso significa. A dificuldade que é atingir este nível.
Não é futebol, não interessa, Infelizmente é assim que a maioria pensa. Mas eu vi o jogo aqui no Gana e vibrei. Alguns, já jogavam no tempo em que os acompanhava na selecção. A única coisa que tenho pena é de não ter estado em Bucareste para narrar o momento…
Este texto pertence a Pedro Cid e foi apanhado no facebook
2 Março, 2019 at 10:22
Top.
Qd era puto, leitor do Record… tb começava sempre ao contrário. Pelos resultados, pelas notícias de última hora… e deixava o resto para ir lendo.
Outros tempos.
2 Março, 2019 at 13:08
Ainda faço isso… e eu pensava que era estranho…
2 Março, 2019 at 14:26
E consegues ler alguma coisa de jeito? No Rascord?
Nem de trás para a frente, nem de frente para trás, nem de baixo para cima nem de cima para baixo!
Modalidades? Têm menos espaço que os anúncios da meninas das “massagens”!
Saudações leoninas
2 Março, 2019 at 15:59
Ainda leio… desde miúdo que o meu Pai comprava o record e habituei me a isso… já em adulto comprava primeiro, 3 vezes por semana, e depois diariamente… agora, habitualmente, após jogos do Sporting… ainda não consegui evitar dar dinheiro ao grupo Cofina…. mas lá chegarei… SL
2 Março, 2019 at 10:22
Grande texto. Estes rapazes do Andebol merecem o melhor independentemente do que aí venha. Abraços
2 Março, 2019 at 10:30
“Não é futebol, não interessa”
Infelizmente, é a verdade
2 Março, 2019 at 11:28
Não é totalmente verdade!
Fosse o Benfic@ a conseguir este feito e ias ver se não tinham páginas e páginas a falar do assunto – e tempo de TV!
2 Março, 2019 at 11:52
Os dois têm razão.
A frase correcta seria: Não é futebol e não é benfic@, não interessa…
2 Março, 2019 at 12:55
Infelizmente é isso. Se fosse o boifica…
2 Março, 2019 at 13:34
Mas eu nem falo somente da CS, falo no geral. É dada muito mais importância por parte do Tuga a qualquer feito do futebol do que de outra modalidade.
2 Março, 2019 at 10:34
Muito bom. Top! Cada vez gosto mais do andebol, cada vez gosto mais das modalidades. O Sporting está aí, em estado muito mais puro! É aproveitar, nestes dias isso é um luxo.
2 Março, 2019 at 10:36
min 6.
https://www.youtube.com/watch?v=ePY005VLFec
2 Março, 2019 at 11:30
Esse momento é incrível!!!! 🙂
2 Março, 2019 at 10:42
O andebol é apaixonante. É um desporto de muita luta e muita garra, tal como eu gosto. Quando levava a verde e branca para as aulas de educação física era implacável, dava me sempre aquele boost de raça e compromisso com o jogo, mesmo que seja a feijões e para ninguém se magoar 😀
Que nos façam acreditar ainda mais, estes sim, dão tudo pelo clube e sentem no como deve ser sentido: com amor e muita muita muita garra!
SL
2 Março, 2019 at 10:44
O texto é muito bom mas o parágrafo final aplica-se, feliz ou infelizmente mais a adeptos dos nossos rivais e à comunicação social vendida e avençada que existe em Portugal.
Nos últimos anos, os sportinguistas redescobriram as modalidades, este ano até muito mais pela vergonha que grassa no futebol desde Maio.
“Não é futebol, não interessa” é o típico pensamento de um lampião.
Felizmente é cada vez menos o pensamento dos sportinguistas, sobretudo desde que o PJR é uma realidade.
As modalidades são seguidas com outro interesse hoje em dia.
O apoio está muito mais próximo e já ninguém precisa de andar com a casa às costas.
Os jogadores sentem e vibram com esse apoio como se pode ler nas palavras do Canela e do Bjelanovic, ou no orgulho com que todos os nossos jogadores envergam a camisola, jogadores de nivel mundial e conhecedores de outras realidade e de outros países mas que nunca se esquecem de elogiar o clube, os adeptos e a atmosfera do PJR.
O feito do Sporting no andebol é enorme, tal como o do volei, tal como mais uma vez o do futsal e o do atletismo tal como o do hoquei, etc, etc.
Só a porcaria do futebol não se recorda da nossa velha máxima do esforço, dedicação, devoção e glória…
2 Março, 2019 at 11:00
Uma palavra para o Bruno.
É um grande trabalho feito nesta área. Muito grato porque se a mim me dá um tremendo orgulho, parte do Sportinguismo dos meus putos deve-se às modalidades.
São muito novos e os anos de vida são com desilusões atrás de desilusões no futebol.
2 Março, 2019 at 11:39
Sem duvida, partilho desse pensamento também.
Muita gente, nomeadamente as viúvas, acha que quem é hoje contra o Bruno não reconhece nada do que fez de bom e é um ingrato. Até pode haver pessoas assim. Não acho que a maioria seja assim. A maioria reconhece tudo o que de bom o Bruno de Carvalho e a sua DIRECÇÃO fizeram em prol do Sporting, apesar de não poder esquecer ou apagar os muitos erros que também fez, muitos por pura teimosia e um ego desmedido, e muito especialmente quer os ultimos 6 meses de mandato, quer tudo o que se seguiu a isso!
Para mim a passagem do Bruno no Sporting teve 3 pontos enormes – e já lhe disse isso numa troca de palavras no Facebook:
1º, a mobilização que conseguiu à volta do clube!
2º, o Pavilhão João Rocha
3º, o elevar as modalidades a um patamar enorme
Teve outras coisas boas. Não foi só isto. Isto são as coisa que eu relevo mais, por esta ordem.
Tenho pena que ele não tenha sido mais inteligente, mais contido, mais abrangente, menos bronco… Se o tivesse sido, não era ainda Presidente, como o seria por muitos anos!
2 Março, 2019 at 11:41
Acho que é consensual que poderia ter sido um presidente para muitos e muitos anos.
2 Março, 2019 at 12:01
É
2 Março, 2019 at 13:31
Completamente de acordo Miguel esses 3 pontos que referiu foram os bons trabalhos alias muito bons de BdC tinha tudo para se tornar um presidente de decadas como Joao Rocha mas n soube controlar-se e contrer-se alem de abrir graves brechas internas.
Houve muita coisa e muita palvrs desncessria no seu mandato mais contencao e estavamos na lita em tudo.
SlL.
2 Março, 2019 at 13:00
Tem razão, em parte, mas o que me dá raiva é que ponderando o bom e o mau, os anti-Bruno e os defensores da atual gestão inclinam-se, sem qualquer dúvida, para o mau e daí até apoiam a expulsão.
De que vale considerar o bom, se no final admitimos a expulsão?
2 Março, 2019 at 13:14
Há quem coloque o Bruno acima do clube e só veja o bom.
Aqui nunca haverá consenso…
2 Março, 2019 at 15:10
Bravehart, também tem razão nesse comentário; também existem idólatras de BdC para quem este não cometeu erros.
Mas existem duas situações que eu acho relevantes para aferir se existe ou não o necessário equilíbrio: a C.I. de 22 de Fevereiro e a expulsão de sócio.
Antes de mais porque ambas foram actos dos Órgãos Sociais do Clube a quem se exige muito mais ponderação do que os “desabafos” ou os “autos de fé” do mero adepto (até ao sócio eu exijo outra ponderação e equilíbrio).
E o que aconteceu em ambos os casos?
No primeiro, perdeu-se 50% da C.I. a “lavar” publicamente a suposta “roupa suja” (que afinal até nem estava tão suja, porque, de 2013 a 2018, o Clube e a SAD diminuíram consideravelmente dívida e aumentaram consideravelmente activos e capitais próprios). Ou seja, não houve o bom senso de não falar em assuntos que só o devem ser feitos internamente e não houve o equilíbrio de relativizar o passado negativo com o legado positivo. Indesculpável para um Conselho Directivo.
No segundo, optou o Conselho Fiscal e Disciplinar por decidir a expulsão de Bruno de Carvalho, alegadamente com base na decisão de nomeação de uma Comissão Fiscalizadora transitória. Não só não se ponderaram as circunstâncias desse “abuso de autoridade”, como não o compararam com o igual abuso perpetrado por Jaime Marta Soares e, sobretudo, não tiveram em conta para a tomada de uma tão extrema decisão todos os inestimáveis e indiscutíveis serviços prestados ao Clube pelo associado expulso.
Ora, são decisões e actuações deste tipo que contribuirão para tudo menos para Unir o Sporting, afinal o desiderato máximo a que se propuseram estes órgãos Sociais. E, confesso, enquanto sócio sportinguista, mesmo não tendo votado nestes OS, que era o seu lema de campanha e a sua promessa eleitoral central que mais gostaria de ver concretizada. Quando falham ROTUNDAMENTE até com o seu mote de campanha, será mais que altura de olharem para DENTRO DE SI PRÓPRIOS e ver o que estão a fazer mal e o que têm de URGENTEMENTE CORRIGIR.
Sou defensor do cumprimento dos mandatos, mas estes têm de cumprir com as promessas centrais que os levaram a ser escolhidos. Não sendo assim, só lhes resta 3 opções: – ou, após um processo honesto de auto crítica, identificam as falhas que têm impedido o cumprimento das suas promessas eleitorais e anunciam as necessárias correcções;
– ou reconhecem que as promessas e prioridades com que se apresentaram a votos estava erradas e reformulam os objectivos, sufragando essa nova política em AG;
– ou entendem que não têm condições para cumprir o que prometeram e pedem a demissão suscitando novas eleições
Há sempre uma outra via: esconder a cabeça na areia como a avestruz, não reconhecer quaisquer erros e/ou defeitos na sua actuação e atribuir todos os actuais resultado negativos ou menos positivos a uma “herança do passado” Parece ter sido esta a via escolhida.
Saudações leoninas
2 Março, 2019 at 19:12
Faço minhas as tuas palavras Miguel.
2 Março, 2019 at 14:37
” (…)O texto é muito bom mas o parágrafo final aplica-se, feliz ou infelizmente mais a adeptos dos nossos rivais e à comunicação social vendida e avençada que existe em Portugal.
Nos últimos anos, os sportinguistas redescobriram as modalidades, este ano até muito mais pela vergonha que grassa no futebol desde Maio.
“Não é futebol, não interessa” é o típico pensamento de um lampião.
Felizmente é cada vez menos o pensamento dos sportinguistas, sobretudo desde que o PJR é uma realidade. (…) (José Silva dixit)
José quem me dera poder concordar consigo. Nas infelizmente não posso! Não quando vejo assistências de 349 pessoas num encontro internacional de Voleibol, ou de menos de 300 em jogos do Vólei, do Hóquei e do Andebol para o Campeonato Nacional. Ou 3 ou 4 dúzias de pessoas numa meia final da Liga dos Campeões de Ténis de Mesa.
Não! Se houvesse EM LISBOA verdadeira cultura de Sporting, verdadeira defesa dos seus valores, verdadeira paixão pelo eclectismo, teríamos OBRIGATORIAMENTE SEMORE um mínimo de 2000 assistentes no PJR.
Infelizmente andamos muito longe disso. E não se trata apenas de faltar muitas vezes o merecido apoio emocional e anímico aos jogadores e às equipas; trata-se também de garantir a sustentabilidade de Modalidades de sucesso!
Perguntem-se quantas Gameboxes pluri Modalidades se venderam? Depois façam as contas só aos sportinguistas do Lumiar, Telheiras e Campo Grande e vejam a falta de militância que esses números revelam.
Um abraço e saudações leoninas
2 Março, 2019 at 19:31
Álvaro, ser adepto do futebol e das restantes modalidades não está ao alcance de todos os bolsos.
Muito provavelmemte serei um dos que vão deixar de ter gamebox futebol para passar a ter gamebox modalidades.
E não duvido que haja muita gente que vá seguir o mesmo caminho.
SL
2 Março, 2019 at 10:56
Gostei, muito bom.
2 Março, 2019 at 11:02
Não é futebol, não interessa
Isto…
Ass. alguém que lê os jornais ao contrário
2 Março, 2019 at 11:15
A ncuiam e Nascimento nas meias.
2 Março, 2019 at 11:27
Eu sou do tempo do Carlos Silva, Brito, Bessone Bastos… Depois o Andebol deixou de me interessar. Muito provavelmente isso teve também a ver com o facto do Sporting ter acabado com a modalidade.
Hoje vibro com o Andebol como vibro com o Hóquei, como vibro com o Voleibol, como vibro com o Futsal (que também aprendi a gostar à conta do Sporting), como vibro com o Atletismo, como vibro (menos mas vibro) com outras modalidades menos mediáticas. Sei que um dia voltarei a vibrar com o Basquetebol, o meu primeiro desporto colectivo e onde cheguei à selecção de iniciados de Lisboa.
Esta equipa de andebol enche-me de orgulho. Pouco mais há para dizer. Sim, tenho pena que sendo fantásticos, percam finais da Taça de Portugal e Supertaças para adversários e rivais mas não deixo de ter enorme orgulho neles.
Um excelente texto que foi muito bem colocado aqui na Tasca!
2 Março, 2019 at 11:33
Quando é que a modalidade fechou?
2 Março, 2019 at 11:40
Esta escapou ao Santana.
2 Março, 2019 at 11:50
Por acaso… O tipo pôs a referendo entre o andebol e o basquete. Era demasiado topete fechar as duas. Eu recusei-me a votar em tamanha cretinisse, embora não aprecie basquete.
2 Março, 2019 at 13:02
Também eu. Não consegui votar e Santana também foi uma boa merd@.
2 Março, 2019 at 14:40
Qd digo escapou é porque chegou a haver referendo…
Por ele tinha acabado tudo.
2 Março, 2019 at 15:07
Coitado do Santana… esse é que não mandava mesmo nada.
2 Março, 2019 at 16:29
Nem sequer qd adormecia e faltava ao parlamento…
2 Março, 2019 at 11:40
Sim, não fechou. Erro meu. Desinvestiu… Quem fechou foram outras…
2 Março, 2019 at 11:43
No fundo foi como fechasse. Deixou de se ligar às modalidades como se ligava antes, onde, fosse qual fosse, basquetebol, hóquei, andebol, voleibol, era sempre uma loucura…
Para mim, foram desaparecendo e fui deixando de ligar. Até pensei que o andebol tinha desaparecido também… Mas foi erro meu!
2 Março, 2019 at 12:54
Pior até esteve o andebol na época de Sousa Cintra. Houve uma época que estivemos quase a cair na 2ª divisão
2 Março, 2019 at 11:55
Desinvestiu… tb não é totalmente verdade.
2 Março, 2019 at 12:15
Recordar é viver:
“Nume entrevista publicada no Jornal Sporting de 30 de Maio de 1995, Santana Lopes, já virtualmente o futuro presidente do Sporting visto não haver mais listas apresentadas às eleições, deu voz à intenção de reduzir o número de modalidades de alta competição. Essa intenção já tinha sido considerada por várias vezes nos anos anteriores, mas nunca tinha sido levada por diante. O último orçamento apresentava números deficitários para as modalidades que, no seu conjunto, era superior ao deficit do futebol. Para além disso, tinha-se definitivamente instalado a realidade que algumas modalidades eram dominadas por clubes pequenos que se dedicavam a apenas um ou dois desportos, e conseguiam assim ser competitivos, levando ao aumento de custos para os clubes eclécticos que desejassem manter-se competitivos.
Santana Lopes declarou: “O Sporting não pode andar nestas andanças, e teremos que adequar as modalidades ao que se passa nos outros clubes europeus, que se traduz na redução das modalidades de alta competição para duas ou três, mais o futebol, e o resto dedicar-se-á ao trabalho de formação e iniciação. Não faz sentido ter seis ou sete modalidades de alta competição mas, se as ditas modalidades mostrarem viabilidade económica, evidentemente que terão lugar no Clube, adoptando uma vertente menos competitiva e mais de formação. Logo se verá se os sócios querem que sejamos nós a escolher, em Assembleia Geral, quais as modalidades de alta competição…”. E continuava: “Não podemos continuar a funcionar como sacos sem fundo, onde, todos os dias, me telefonam para anunciar contratações, quando as receitas não compensam minimamente investimentos dessa ordem. (…) De uma coisa os associados do Sporting podem estar certos: esta Direcção não vai recuar.”
Logo depois da eleição que marcou o início do projecto Roquete, na Assembleia-Geral eleitoral realizada no dia 2 de Junho de 1995, Miguel Galvão Teles declarou aos sócios “a decisão final sobre as reformas que trazemos no nosso programa, será sempre a vossa.”.
Em reunião efectuada a 12 de Junho, a Direcçãodecidiu extinguir as secções de Hóquei em Patins e de Voleibol, e suspender as de Andebol e de Basquetebol até decisão dos 41 mil sócios efectivos por realização de um referendo, para escolher ou uma ou nenhuma destas modalidades para acompanhar o Atletismo como modalidade de alta competição do Sporting.
O referendo decorreu entre 20 de Junho e 3 de Julho, e cada sócio teve direito a um voto, contrariamente à situação normal, por exemplo nas Assembleias Gerais, em que o número de votos dependia da antiguidade. Entretanto, o Sporting tinha conquistado a Taça de Portugal, o primeiro grande troféu do futebol em 13 anos, levando a que muitos sócios relativizassem a importância do desaparecimento de modalidades históricas.”
Vamos ver se este discurso não regressa por estes dias…
Já agora, algo que nem sabia, para decidir qual das modalidades a extinguir (andebol ou basquetebol), cadz sócio teria direito a um voto…
Falar-se hoje de 1 sócio = 1 voto parece ser sacrilégio…
2 Março, 2019 at 15:40
“Já agora, algo que nem sabia, para decidir qual das modalidades a extinguir (andebol ou basquetebol), cadz sócio teria direito a um voto…
Falar-se hoje de 1 sócio = 1 voto parece ser sacrilégio…” (José Silva dixit).
Não podia estar mais de acordo consigo. Qual a necessidade ou a vantagem de proceder à premiação da fidelização através de mais votos? Não há outros meios muito mais democráticos e bastante mais eficientes como: 1% de desconto nas Lojas Verdes por cada 2 anos de sócio; 1€ de desconto nas Gameboxes por cada ano ininterrupto de sócio após os 5 primeiros; mais vantagens nos protocolos negociados com parceiros (bancos, gasolineiras, cadeias comerciais, teatros, cinemas, etc). Nos votos é que não faz sentido nenhum: não só porque se subverte a democracia, como porque se entrega o poder mais desmesurado – 90 anos de associados – a pessoas potencialmente mais desfasadas da realidade e mais desactualizadas.
SL
2 Março, 2019 at 15:44
No dia em que isso for conseguido (se algum dia o chegar a ser …) O Sporting muda radicalmente!
2 Março, 2019 at 16:04
Em relação à questão do numero de votos por socio, relembro que há bem pouco tempo a diferença ainda era maior. Foi na revisão de estatutos feita quando Bruno ainda nao era presidente que foi reduzida a ponderação de votos em função da antiguidade e a introdução da categoria B. Na altura também havia quem defendesse 1 socio=1voto e lembro-me de o Bruno comentar que se a AG aprovasse a proposta (o que veio a acontecer) já não era nada mau.
1 socio=1voto tem uma desvantagem economica que pode ser importante: reduz muito a fidelização de sócios e acaba a recuperação da antiguidade por pagamento de cotas atrasada.
A minha sugestão:
1 ano – 1 voto
10 anos – 2 votos
25 anos – 3 votos
50 anos – 4 votos
75 anos – 5 votos
100 anos – 6 votos
+ 1 voto por cada titulo honorifico atribuido pelo clube
2 Março, 2019 at 16:09
A ser assim, nao era excelente, mas comparativamente ao que temos… já era bom! Já dava para o varandas ter perdido as eleições.
2 Março, 2019 at 17:24
Não discordando totalmente da proposta que apresentas, sou de opinião que a idéia:”1 socio=1voto tem uma desvantagem economica que pode ser importante: reduz muito a fidelização de sócios e acaba a recuperação da antiguidade por pagamento de cotas atrasada.” não está correcta.
Veja-se o que aconteceu estes últimos anos: passámos de 85.000 sócios para 175.000.
E isso nada teve a ver com mais ou menos votos. Ou, pelo menos, essa não foi a motivação para este aumento do número de associados.
2 Março, 2019 at 19:18
Eu voto nessa.
2 Março, 2019 at 16:42
Eu votei para manter o andebol…
2 Março, 2019 at 15:28
Pois! Foi mais uma pequena gaffe do Bart Simpson. E o período de ouro do Sporting até se prolongou para lá de Bessone Bastos e Brito. Tivemos no final dos anos 70 e princípio de 80 (77/78 a 89/81 foi o tetra campeonato) uma equipa fabulosa que contou com Carlos Silva, José Manuel, João Gonçalves, Miranda, João Manuel, os irmãos Vasconcelos, Manuel Brito e outros.
SL
2 Março, 2019 at 19:30
O Simpson é lampiao, vem aqui com a cartilha mal estudada
Chamado croquete bezutado em óleo
Deixem de responder ao frito amarelo
2 Março, 2019 at 12:40
Miguel, a modalidade de andebol nunca foi extinta no Sporting Club de Portugal!
2 Março, 2019 at 17:50
Não acabou. Estiveram as duas modalidades na balança, andebol e basquete, acabou por ficar o andebol porque segundo se ouviu na alura, Basket só na NBA. Espero que volte, tem público.
SL
2 Março, 2019 at 11:28
o futebol tem tanto que aprender com o andebol…
muito mais do que com o raguebi de onde nasceu.
2 Março, 2019 at 11:34
Veszprem…
um dia vamos ganhar ao Veszprem…
2 Março, 2019 at 11:49
Grande texto. Com emoção e razão. Parabéns Pedro Cid.
Não sei se viram, mas esta foi a recepção aos nossos Leões-Heróis:
https://twitter.com/Sporting_CP/status/1101629274824544256
2 Março, 2019 at 13:18
Goloooooo henrrique
2 Março, 2019 at 13:32
Grande texto. Este ano depois do que se passou, percebi que muito mais que futebol gosto mesmo é do Sporting. Já seguia as modalidades mas passei a seguir ainda mais e devo confessar que o andebol passou a ser o meu desporto de eleição.
Realmente um feito fantástico atingir os 1/8s!
2 Março, 2019 at 13:38
Eu tambem dantes lia o Record e a Bola e sou do tempo da Gazeta dos Desportosvpelo fim gostava imenso de ler a pagina inteira sobre Hoquei no Record sob a orientacao de Alves de Carvalho belos tempos.
SL.
2 Março, 2019 at 13:58
Muito bom texto.
2 Março, 2019 at 14:04
Nisto o Vagandas tem razão em Unir o Sporting. Cada vez estamos mais unidos em redor das modalidades.
2 Março, 2019 at 15:52
É verdade! Isso deve-se, em primeiro lugar aos resultados das modalidades, mas também devido á falta de resultados no futebol! Muitos adeptos, eu sou um deles, devido á desilusão que tem sido o futebol, começaram a olhar e a apoiar as modalidades com maior interesse e regularidade. Amanhã vou ao andebol e dps vou jantar …sobre o futebol irei querer saber o resultado…
2 Março, 2019 at 15:09
Lindo. Emocionante
2 Março, 2019 at 15:38
Sempre gostei de Andebol,lembro-me de sair do emprego durante a semana e ir à nave de Alvalade ver jogos da equipa de Andebol,depois também por diversas vezes fui ao Casal Vistoso ver jogos e acompanhar a equipa.
É um desporto muito mais emocionante do que o futebol e jogado com qualidade é uma maravilha de se ver.
Lembro-me muitas vezes do jogo final do play off em que vencemos um super Porto na nave de Alvalade com o Carlos Resende entre outros e fomos campeões,
Um grande jogo onde por vezes entrava o Hugo Canela para defender e que marcou um jejum muito grande de títulos.
2 Março, 2019 at 19:41
Velhinha NAVE sair dos treinos com o Mister César Nascimento, Osvaldo Silva e depois nos iniciados Carlos Pereira e ir directo ver Andebol, Basket e ou Hóquei
Oh tempo áureos da minha juventude
O ambiente de pavilhão é intransponível, vibrante e pulsante
Nada comparado com as equipas de futebolinho menor que o clube sempre sustentou
2 Março, 2019 at 16:19
Cada leio mais pessoas a desabafar que se venda a SAD e que vão passar a apoiar apenas as modalidades.
Quer queiramos quer não, é o futebol que mete dinheiro no clube. Uma das medidas mais importantes tomadas por BdC foi a venda de GBs exclusivamente a sócios. Isso fez aumentar muito as receitas de quotização e permitiu reforçar seriamente as modalidades.
Se perdermos o controlo da SAD, a administração que vier acabará com essa medida, pois maximizará a venda de GBs e não tem proveito nenhum nas cotas. O número de sócios baixará significativamente e lá teremos que voltar a definhar nas modalidades. Já tentámos essa solução com Soares Franco, mesmo com a maioria na SAD, e foi o que se viu…a memória é assim tão curta?
2 Março, 2019 at 16:42
“Cada leio mais pessoas a desabafar que se venda a SAD e que vão passar a apoiar apenas as modalidades.”…
É o que se costuma dizer na gíria de “lançar o barro à parede…”.
2 Março, 2019 at 21:18
Esse é um desabafo que eu também faço, mas o que quero mesmo é des-sadizar o futebol. Acabar com o cancro que é a lógica SAD no futebol, que faz com que os jogadores de futebol não tenham empatia nenhuma com o clube, e que na prática se destinava a mudar a natureza do Sporting, acabando com os sócios, regressando à natureza anti-democrática e elitista do clube antes de João Rocha. A SAD era e é um eufemismo para possibilitar um regresso ao passado, a um clube no qual não me revejo e do qual não me teria tornado adepto.
Só quem estiver muito distraído, ou for completamente ingénuo, não percebe que o Sporting é neste momento dirigido por proto-fascistas que têm uma raiva e um ódio profundos a uma grande parte da massa adepta do clube, que estão a fazer uma purga a ex-dirigentes e sócios. Esta direcção sim está verdadeiramente barricada, porque não conheço ninguém que goste da mesma, mas também não vejo a mínima dinâmica para mudar alguma coisa. E é com isso que os pequenos ditadores contam, ou sejam, com a passividade e com o alheamento. Porque qualquer espécie de retorno da militância nunca poderá gerar união e apoio àquela gente intragável, iria era correr com eles a pontapé. O seguro de vida do Vagandas e dos outros imberbes é apenas e só a apatia generalizada dos sócios.
2 Março, 2019 at 16:36
Falando em ganes….o babagee acabou de facturar!
2 Março, 2019 at 16:53
Grande texto!
Parabéns e um abraço para o Gana
3 Março, 2019 at 6:18
Boa noite a todos na tasca
Obrigado por esse abraço.
O texto do Pedro está excelente só é pena não termos mais pessoas como ele , uma pessoa que aprecia desporto e com quem é muito agradável falar. Se tudo correr bem iremos ver o próximo jogo juntos e torcer para que o feito histórico ainda seja maior , pena não poder ser no João Rocha mas será aqui no calor do Gana que irei sofrer.
Abraço
2 Março, 2019 at 18:07
Cherba amanhã há encontro nas roulottes?