Esta é uma análise sobre o que tem sido a nossa viagem ao longo das 84 épocas da Liga, desde os nossos “tempos áureos” até à actualidade, comparando os registos dos 3 grandes rivais, e, com a preciosa ajuda da história, tentar decifrar o presente: estará o Sporting a viver um ciclo conjuntural negativo, que naturalmente tenderá a inverter-se, e que se repete, periodicamente, nos 3 grandes? Ou estará a escavar-se um fosso cada vez mais profundo entre o Sporting e os seus rivais, numa tranjetória de divergência?
Com este contributo, tentam-se dar pistas para responder a esta questão, na convicção que, quanto mais estrutural for o nosso problema, maiores e mais profundas terão que ser as mudanças, para que possamos inverter o curso da história ao reencontro da glória.
Este estudo não é mais do que um conjunto de análises assentes numa abordagem metodológica simplificada, e por isso subjectiva, que visa tornar minimamente comparáveis períodos distintos, quer na quantidade de jogos por época, quer na quantidade de competições, quer no grau de profissionalização da indústria do futebol.
1 – Diferença pontual em ciclos de 5 anos
Neste critério, foram considerados ciclos de 5 anos (que correspondem ao maior período consecutivo de vitórias em campeonatos, alcançado pelo FCP), de forma a perceber quantos pontos, em média, têm separado os 3 grandes, em cada ciclo de 5 anos. Para que tal leitura fosse comparável, foi utilizada a seguinte metodologia:
– Uniformização do registo de 3 pontos por vitória para as 84 épocas.
– Com base no número de pontos por jogo alcançado pelos 3 grandes, época a época, foi uniformizado o número de jornadas para 34, de forma a poder ter uma base comparável de pontos por época, para a totalidade do período em análise.
Nota: foi atribuído domínio, quando a equipa com melhor performance obteve pelo menos 5 pontos de vantagem, em média, anualmente, para o ciclo em análise
Nota: o período de 34/39 integra 6 anos, para facilidade de interpretação dos dados.
Conclusões:
– A concentração de pontos dos 3 grandes (indicador para o nível e competitividade da Liga) não decresceu longo dos 84 anos. Inclusivamente, acentuou-se desde 2010. O padrão mantêm-se desde 1934: 3 crónicos candidatos, e por duas vezes, vitória de um outsider.
– Em ciclos de 5 anos, apresenta-se normalmente um clube destacado (dominante). Tal aconteceu em 11 dos 16 ciclos já completos, com o SLB e FCP a dominar 5 ciclos cada, e SCP apenas 1, sendo 5 ciclos caracterizados por equilíbrio (entre 2 ou 3 grandes).
– O Sporting, desde o quinquénio 1950-54 que não tem um ciclo de equilibro ou dominância na Liga. Desde então, num total de 12 ciclos completos (60 anos), o Sporting apenas em 2 ciclos obteve uma média pontual inferior a 10 pontos, relativamente ao primeiro classificado nesse ciclo, chegando a ter, no ciclo 2010-2014, uma distância média de 20 pontos/época para o clube dominante.
– No actual ciclo, ainda incompleto, o Sporting (que corresponde ao “Sporting de JJ”) obteve a melhor média de pontos desde o ciclo 1950-54. Apesar do ciclo estar incompleto – e sendo expectável que a média desça já este ano, é muito provável que venhamos a registar o melhor ciclo dos últimos 60 anos. No entanto, FCP e SLB registam médias pontuais superiores, com o SLB a apresentar, neste ciclo, a pontuação média recorde da sua história (ex-aequo com o ciclo 70-74).
2. Médias pontuais dos 3 Grandes: Os 10 All Time Best e os 10 All Time Worst
Conclusões:
– O FCP é, entre os 3 grandes, o que tem piores épocas em termos pontuais, sendo que 4 das suas piores épocas tiveram lugar antes de 1950. As épocas negras do Sporting foram essencialmente nos anos 60, e mais recentemente, a época de 2012/13. Note-se que SLB apenas teve 15 épocas com registos abaixo de 2 pontos/jogo que compara com 21 e 30 épocas, no caso de FCP e Sporting respectivamente.
– Em termos de épocas com melhor performance, o SLB apresenta o melhor registo, e divide o Top 10 com o FCP, com o Sporting a figurar apenas com um registo, em 8º lugar, na longínqua época de 46/47 (a primeira época dos 5 violinos).
Conclusões:
– Analisando os títulos de campeão nacional, sobressai o domínio do Sporting nas décadas de 40 e 50, do SLB nas décadas de 60, 70 e 80 e do FCP nas décadas de 90 e 2000. A actual década está a ser disputada, taco-a-taco entre FCP e SLB.
– O Sporting tem vindo a baixar progressivamente o seu score de títulos em cada década, tendo conquistado apenas um título por década nas últimas 30 décadas, sendo que, na atual década ainda não foi conquistado nenhum título.
Conclusões
– Ao contrário do número de pontos por jogo, que se tem mantido estável, no agregado dos 3 grandes, observa-se uma trajectória descendente no número de golos marcados, de cerca de 3.5 golos/jogo nas primeiras épocas, para 1.9 golos/jogo no virar do milénio, tendo este rácio recuperado, desde então, paa valores de 2.0-2.1 golos/jogo.
– O Sporting foi dominante nas primeiras décadas da competição, e, no que toca a golos marcados, foi mais prolífico do que os seus rivais, ficando para a história os únicos 3 registos superiores a 4.5 golos/jogo nas épocas 37/38, 39/40 e 46/47 (4.8, 4.8 e 4.7 golos/ jogo respectivamente), com um denominador comum chamado… Peyroteo.
– Tal como em outros critérios, o Sporting entrou também em perda nesta variável, sendo de forma consistente e nos últimos 50 anos, o ataque menos produtivo dos 3 grandes.
Conclusões:
– O FCP, após uma década terrível, em que o Belenenses assumiu um protagonismo de “4º grande”, atirando o FCP para fora do pódio por 9 vezes, tornou-se mais competitivo ao ponto de, nos últimos 43 anos, ter ficado sempre no pódio. No total, 17 épocas fora do pódio.
– O SLB ficou apenas por 5 vezes fora do pódio, 3 das quais, na década passada. Aliás, à excepção dessa década, o SLB não ficava fora do pódio desde os anos 40.
– O Sporting tem 25 épocas fora do pódio, o que equivale a quase 30% das épocas. Mesmo na década gloriosa de 50, em que o SCP realizou grandes proezas, ficou fora do pódio por 3 vezes. Curiosamente, e inversamente ao SLB, foi na década passada que conseguiu alcançar uma das suas melhores marcas, com apenas uma época fora do pódio, à semelhança dos anos 40.
Com este índice, o desafio foi tentar capturar a performance de cada um dos 3 grandes, tendo em conta, não apenas a conquista de campeonatos, mas também de outra competições que, ao longo destes 84 anos, foram surgindo (nacionais e internacionais), bem como a regularidade competitiva (vice-campeonato e 3ª posição). Assim, com base numa ponderação por cada evento foi construído um Índice de Performance Global representado no gráfico abaixo
Conclusões
– Depois de uma década de 40 desastrosa, a performance global do FCP tem vindo a crescer sustentadamente, tendo sido a equipa dominante dos anos 90 e 2000, reforçada com o êxito internacional. Na actual década, a tónica é o equilíbrio com o SLB.
– SLB foi um adversário competitivo e à altura do Sporting nos anos 40 e 50, tendo dominado o futebol nacional nos anos 60 e 70. Na presente década há sinais de melhor performance e de inversão um ciclo negativo de 20 anos.
– O Sporting, sendo a equipa de referência da década de 40 e 50, vê-se prejudicado pelo facto (i) do baixo número de competições naquele período, (ii) pela irregularidade da sua performance, ficando várias vezes fora do pódio e (iii) pelo número de Taças de Portugal arrecadadas pelo SLB.
– Ainda em relação ao Sporting, é visível uma trajectória descendente neste índice, desde a década de 40, com uma ténue recuperação na década passada, sem no entanto por em causa a hegemonia do FCP nesse período.
Os 5 violinos marcaram a fase dourada de glória do Sporting. Apesar de terem coincidido todos eles apenas em 3 épocas – 46/47, 47/48 e 48/49, o período dos violinos estendeu-se por 22 anos, desde que o primeiro violino se estreou até que os últimos violinos encostassem as chuteiras. E de facto, registam números impressionantes especialmente quando comparados com a realidade leonina “extra violinos”.
Com efeito, o contraste é notório: o “Sporting dos violinos” ganhou mais de metade dos títulos de campeão nacional que o Sporting alcançou até hoje. E, apesar de terem o SLB como um rival com quem ombreavam, levaram a melhor com um registo de 10 campeonatos em 22 épocas (quase 1 título em cada 2 épocas). O Sporting sem violinos contabiliza 62 épocas (quase o triplo das épocas do “Sporting dos violinos”), com apenas 8 títulos conquistados, isto é, um título em cada 8 épocas.
NOTAS FINAIS
Os vários critérios analisados neste estudo – alguns mais objectivos, outros mais subjetivos, poderão ter as mais diversas interpretações Os factos analisados, que abrangem uma série longa de dados, podem ter explicações muito objectivas e especificas. Relevo no entanto, que estas tendências de longo prazo parecem robustas, e mesmo utilizando outros métodos ou opções valorimétricas, não se observam alterações de fundo ao quadro apresentado.
Partilho, no entanto, a minha interpretação: o estudo aponta, no meu entendimento, para um Sporting que tem, continuadamente, e desde há 7 décadas, vindo a registar uma trajectória de divergência, contrariada, de forma cada vez mais esporádica, por episódios de sucesso. Ao contrário, os rivais, aparentam registar ciclos negativos e positivos, alternando períodos de dominância no futebol nacional. Esta perda de competitividade do Sporting contrasta com a crescente profissionalização e globalização do futebol.
Uma nova trajectória requer alterações profundas na forma de pensar o Sporting. O futebol já não se resume a um deporto, mas sim uma indústria extremamente competitiva; os participantes nesta indústria já não são os clubes, mas sim as sociedades anónimas desportivas que os clubes criaram. Os jogadores são marcas. A concorrência é global. O Sporting tem urgentemente de se alinhar com esta realidade, de ter uma estratégia empresarial, de ter um plano estratégico, capacidade de antecipação e de criação de vantagens competitivas, que passam pelo reforço das nossas competências, pela modernização da nossa gestão, pela refundação do nosso governance e pela atracção de parceiros que nos complementem, para partilhar know how, partilhar risco e aportar músculo financeiro – factores essenciais para o sucesso, num ambiente de forte competição. A bem de um Sporting vencedor.
Texto escrito no site Tertúlia Sporting por Manuel Reis, Sócio nº 5691
5 Março, 2019 at 19:40
«O Sporting tem urgentemente de ter uma estratégia empresarial.»
o regresso do clube empresa. Fiquem com ele.
o clube empresa pode ter acionistas mas não tem adeptos.
eu não sou um cliente.
e se é uma empresa, depois não se admirem de só se relacionar com mercenários, especuladores, investidores apátridas e outros.
5 Março, 2019 at 19:41
Lendo o texto um bocado à pressa, os factos aqui apresentados são… factos que não se podem contrariar!
Tudo bem!
Eu comecei a seguir o futebol no final da década de 60. Portanto, falo da década de 70 para cá…
Ninguém me convence que o Benfic@ não dominava o sistema nessa década de 70. A imagem que tenho mais presente é relativa ao melhor bandeirinha dessa época, o Humberto Coelho. E lembro-me de muitas vitórias importantes do Benfic@, especialmente fora de casa, onde o dedo da APAF já se fazia sentir!
Na década de 80 começou a inverter-se o sistema, que aos poucos foi passando para norte.
Nas décadas de 90 e 2000, o sistema era azul mas de metade da década de 2000 para a frente o Benfic@ começou a trabalhar o seu sistema actual.
Portanto, sendo um facto que tudo o apontado é factual, passe a redundância, também não deixa de ser verdade que estes factos foram muito influenciados por coisas extra futebol, nomeadamente a corrupção.
Se na década de 70 a coisa era relativamente discreta, mas eficiente na mesma, todo o domínio do Porto através do Apito Dourado – 30 anos de gamanço – e o actual domínio do Benfic@ através do Estado Lampiânico – 10 anos de gamanço aqui e ali posto em causa por erros próprios – é mais que evidente e está provado com tudo o que se sabe hoje.
Hoje, tens isto, em campeonatos, sem contar com aqueles que estão em discussão na AR:
Benfic@ 36
Porto 28
Sporting 18
Se meteres mais 8 campeonatos no Sporting – em 40 anos que foste roubado, o que só dá cerca de 2 campeonatos em cada 10 anos – e tirares 4 a cada uma das nádegas ficas com:
Benfic@ 32
Sporting 26
Porto 24
Se em vez de 8 só metesses 6, que em 40 anos é mais que pouco, ficas:
Benfic@ 33
Sporting 25
Porto 25
Em ambos os casos é uma coisa completamente diferente!
Se se pensar que ganhando mais, teríamos mais poder e mais dinheiro, é até justo considerar poderíamos ter ainda mais campeonatos, mais dinheiro e mais poder, e estar muito mais perto do que é o Benfic@, em termos de títulos, actualmente.
E assim de cabeça, sem pensar muito, vejo claramente que nos gamaram o campeonato no ano do Queirós, no ano do Josic, no ano do Peseiro, num dos anos do Paulo Bento, no ano do Jesus! Estes, para mim são claros.
No ano do Jardim também nos gamaram mas já não acho que fosse tão claro.
No ano do Marco, chegas à penúltima jornada a 6 pontos num campeonato onde o Benfica foi beneficiado em 14 jogos e o Porto em 7. Não fosse isso e provavelmente, no mínimo, tínhamos lutado pelo campeonato até à ultima jornada e duvido que se perdesse esse ultimo jogo com o Estoril!
Isto é uma coisa feita só de memória, sem ir procurar nada!
É verdade que os nossos erros são mais que muitos e que existe há muito uma falta de cultura desportiva e de um projecto desportivo no Clube. Mas nos outros também existe tudo isso! É a deturpação da Verdade Desportiva que faz mais diferença, que faz a real diferença.
E para combater isso só roçando a perfeição e tendo um projecto desportivo que nos dê armas para, mesmo sendo gamados, ganharmos na mesma!
5 Março, 2019 at 21:38
“Nas décadas de 90 e 2000, o sistema era azul mas de metade da década de 2000 para a frente o Benfic@ começou a trabalhar o seu sistema actual.”
Olhando novamente a primeira imagem, e tendo em conta o seu rodapé “Nota: foi atribuído domínio, quando a equipa com melhor performance obteve pelo menos 5 pontos de vantagem, em média, anualmente, para o ciclo em análise”, de facto há uma gralha o período 2010-2014, pois a diferença pontual é 3. Logo, deveria estar “Equilíbrio FCP/SLB”.
5 Março, 2019 at 21:50
Considerando (e bem) os campeonatos efectivamente gamados (pelo menos 5, mas consideremos os 6 do exemplo – retirando 3 títulos a cada um dos corruptos), e não considerando os 3 oferecidos ao SLB e 1 ao FCP (as tais “ligas experimentais”, na altura em que os campeões eram os vencedores dos Campeonatos de Portugal, e não as “ligas experimentais”) – e não contando com os Campeonatos de Portugal, claro está – teríamos:
SLB: 36-3-3 = 30
FCP: 28-3-1 = 24
SCP: 18+6 = 24 (Miguel… colocaste “25” por lapso, já que 18+6=24).
5 Março, 2019 at 21:51
Mas as distorções não são, como muito bem frisou, apenas arbitrais; são também económicas e, logo de capacidade de induzir qualidade.
E não falo do que se perdeu financeiramente, por causa, dos títulos ou das idas à Liga dos campeões roubados. Dou só alguns outros exemplos:
1) no consulado Sousa Cintra, a Oliveirense apresentou queixa de uma dívida do SCP no pagamento de João Luis e o Sporting ficou impedido de inscrever jogadores até ao fim da 1ªa volta, podendo fazê-lo depois, após ter provado em tribunal que tinha razão; logo no primeiro jogo em que pôde jogar, uma das contratações, Careca, marcou no Bessa, numa vitória do Sporting por 3-0, matando um borrego de 48 anos (como teria sido campeonato sem essa interdição de uso de jogadores? ou imaginem um campeonato em que um dos três grandes é impedido de inscrever novos jogadores);
2) Desde o tempo da direcção de Santana Lopes houve um sentencioso com a CML de 19 milhões de contos que só foi resolvido 15 anos depois! Imaginem a falta que esse dinheiro fez para dotar o Clube de melhores equipas que, por sua vez, poderiam garantir mais outros Milhões.
3) No Euro 2004 o Estado comparticipou 25% dos custos das obras de Estádios para o Euro. O Sporting tinha o seu Estádio inaugurado onze meses antes do início do euro e ficou com um novo contencioso com a Câmara por causa dos terrenos dos acessos. Já o Benfica ameaçou não ter as obras de acessos pronta para o jogo inaugural e o Estado pagou essas obras. Já as benesses do Estado aos 2 rivais no que concerne aos seus centros de Treino e Formação são ainda mais escandalosas.A selecção estagiou durante 2 meses na Academia em Alcochete. a estrada onde víamos a camionete da selecção a ser acompanhada por grupos de campinos, foi integralmente pavimentada pelo SCP que, até 2013 ainda não tinha sido ressarcido desse custo (a estrada é uma estrada municipal e desconheço se entretanto já foi paga ao SCP o custo dessa pavimentação); já o Porto treina num centro de estágio do Olival em Gaia, cedido pela Câmara Municipal; e o SLB teve durante os primeiros oito anos o abastecimento total de água ao complexo – estamos a falar de uma área de 18,5 hectares com 3 campos de relva natural, 162 quartos, 2 ginásios, 5 zonas de balneários, várias saunas, jacúzi, e uma cafetaria restaurante, o que equivaleu a uma “poupança”, por alto, de mais de 100 000 euros anuais.
Isto, para não falar da célebre caução da 4 M€ de dívida fiscal com “acções” de uma SAD que ainda não estava cotada em bolsa (porque o Clube se orgulhava de não a querer cotar para não se sujeitar à mesmas regras de auditoria das suas contas); ou dos 2 anos consecutivos em que não foi aplicado pela Liga de Vlentim Loureiro a medida de descida compulsiva de divisão devida à falta do pagamento da Segurança Social, sob a alegação que a reunião da Liga que deveria determinar essa descida se realizou no início de Agosto e, como tal a medida só se poderia aplicar no ano seguinte (entretanto regularizou o ano em falta mas voltou a repetir a graça no ano seguinte sabendo que a reunião se voltaria a realizar em Agosto).
È com muitas destas, também, que se vai cavando o fosso.
SL
5 Março, 2019 at 22:40
Exacto!
Não temos sido espoliados só desportivamente. Há n decisões que nos têm lixado a vida.
Se virmos bem as coisas, com o que nos têm feito desde 70 – com grande incidência nas décadas 80, 90, 00 e 10 – ainda sermos este enorme Clube é uma coisa que só estudando o fenómeno se pode compreender bem.
Temos muitos adeptos que, em 30 anos, viram o Sporting ser campeão 2 vezes. E muitos que nunca viram!
A minha mais nova tinha 1 ano! Nunca viu!
O meu filho tinha tinha 6 anos da ultima vez. Nem sei se se lembra.
E a minha mais velha tinha 8.
5 Março, 2019 at 19:44
qualquer dia a voz do presidente é um atendedor automático de chamadas.
o nosso direito participação é apenas responder a um inquérito de satisfação de clientes porque a chamada está a ser gravada para avaliar o desempenho da pessoa que nos atendeu, para controle de qualidade e no caso de litígio contratual.
5 Março, 2019 at 19:53
Eh pá. É isto mesmo que eu penso.
Com todos os defeitos que temos agora, prefiro assim como é do que ver um clube empresa sem representatividade da massa adepta.
SL
5 Março, 2019 at 19:50
Ainda nao li como deve ser o texto mas tou muito de acordo com o Miguel falta desde a anos um projecto Desportivo com principios e meios para alcancar os fins bem como uma falta de garra por todos nos sportinguistas na continuidade da procura desses mesmos fins a Gloria.
Alem de tudo isso temos sido espoliados e mandados para segundo plano por varios agentes do nosso futebol alem da falta de establidade duradoura.
5 Março, 2019 at 19:54
Mais de que um conceito mais empresarial, é importante perceber qiue hoje o jogador manda mais. São eles o mais importante. Os clubes que se têm safado mais hoje são aqueles que N sua recruta olham mais psrs o aspecto do tipo de personalidade do jogador do que ele é tecnicamente. Vejam o caso do traidor Fernandes, apesar de toda a história o tipo da tudo, não respeita o símbolo que veste, é não é a toa que rasgou o contrato, mas sua a camisola, podem contar com ele quando o apito começa. É isto é importante. O gordo drogado caiu porque não entendeu isto e quis um clube a antiga, isso hoje é impossível
5 Março, 2019 at 20:13
Pois, agora interessa história, em vez de olhar para o presente… enfim… é caso para dizer: palhaçada!
5 Março, 2019 at 20:15
Para um clube dos dias de hoje: Ricciardi, quem mais?
5 Março, 2019 at 20:16
nem sei se digo isto a sério ou no gozo: mas, sinceramente, dou por mim a preferir ricciardi a varanda….
6 Março, 2019 at 16:38
Preferes tu, eu e muitos mais …
5 Março, 2019 at 20:18
a história está sempre por contar
o olho da história é o da reportagem do tempo
o tempo sofrido
o tempo vivido
o tempo sentido
e, claro, o tempo perdido
mas para isso é preciso abrir os olhos
e é preciso mantê-los bem abertos quando se querem fechar diante do horror, diante do mais visceral horror, só assim pode haver reconhecimento, ou seja, conhecimento histórico que permite
alterar o presente, agora.
passem bem, senhores tasqueiros
5 Março, 2019 at 20:22
Gosto destes posts com sumo estatístico.
Isto mostra que nem no tempo do tão recordado João Rocha conseguimos inverter a tendência no futebol. No entanto, nessa altura fizemos uma coisa muito importante – criamos bases para o crescimento do clube. Apostamos forte nas modalidades e no património. O problema, como quase sempre tem sucedido, é que os projectos raramente têm continuidade. João Rocha durou enquanto pôde e depois foi uma sucessão de presidentes e novos projectos sem estabilidade. No virar do século apanhamos uma boa conjuntura (Benfica em crise, FCP acomodado, Boavista em alta) e fizemos duas gracinhas, mas depressa voltamos ao terceiro lugar, com a agravante de financeiramente e patrimonialmente ficarmos cada vez piores. Com Bruno voltou-se a ter um projecto, mas a vontade de ganhar rapidamente acabou por trair os objectivos e voltamos novamente à estaca zero.
Ou seja, o nosso problema não é de croquetes, nem brunistas, nem do estado novo, nem do 25 de Abril, nem do Pinto da Costa, nem do LFV, émuito mais complexo e duradouro, pois já se arrasta desde os anos 60.
O que estes números mostram é que nunca soubemos lidar com a profissionalização do futebol com a mesma competência dos nossos rivais. Isto é evidente. Fomos fortes enquanto o jogo era amador e apenas continuamos fortes nas componentes mais amadoras do clube – modalidades e formação.
Talvez traídos pelo sucesso inicial do nosso clube, sempre quisemos a glória muito rápido, negligenciando o esforço, a dedicação e a devoção. E recuperar isso demora muito. Ainda mais quando na equação passam a existir muitos euros a premiar o sucesso desportivo e a cavar um fosso cada vez maior para os rivais.
Não sejamos cegos. A situação é terrível e voltarmos a ser campeões a curto prazo depende muito mais de sorte do que competência.
O Sporting tem, no entanto, apesar destes 70 anos de retrocesso no futebol, um activo que pode ainda explorar por mais uma ou duas gerações, que é a sua massa adepta.
E não é o facto de não ser a maior em Portugal que pode justificar o insucesso, como o FC Porto bem soube demonstrar.
Mas atenção, mantendo o actual estado das coisas até essa fonte vai secar. Não contem que os putos de amanhã continuem sportinguistas apenas por influência familiar. Se o nosso afastamento dos lugares da frente se tornar crónico, a perda substancial de adeptos será inevitável e aí sim, não teremos forma de regressar à ribalta.
Os tempos exigem, pois, uma estratégia de longo prazo, obrigatoriamente assente numa formação e num recrutamento de excelência, que permita gerar rendimentos consistentes capazes de alimentar uma equipa principal cada vez mais competitiva, mas simultaneamente uma estratégia de curto prazo de serviços mínimos, que não alimente utopias de ganhar campeonatos já amanhã, mas que nos faça morder os calcanhares aos dois da frente e mantenha a chama dos adeptos acesa, o que passa inevitavelmente por ter uma equipa que pratique um futebol minimamente decente.
Por acaso até acho que a actual direcção tem consciência da necessidade de estabelecer o tal projecto a longo prazo e parece-me estar a dar alguns bons passos nesse sentido, mas no que toca a manter os serviços mínimos a curto prazo os indicadores são assustadores. E sem isso não há estratégia de longo prazo que resista. Não espero o Sporting campeão na próxima época, mas espero, obviamente, uma equipa que jogue muito melhor futebol e que não ande a morder calcanhares aos Bragas, Boavistas e Vitórias do nosso campeonato.
Acho que Varandas tem o direito a preparar uma época de raíz e mostrar que é, pelo menos, capaz de assegurar esses serviços mínimos.
Se não o conseguir, nem é preciso olhar para a estratégia de longo prazo. Será apenas mais um, como é óbvio.
SL
5 Março, 2019 at 21:19
Concordo com tudo o que o consórcio Sapinho aqui disse, é claro que o extra jogo do Porto como ficou provado no Apito Dourado e o Benfica no caso das toupeiras e emails, também jogam e colocamo-nos para baixo, mas o Sporting têm que ter uma organização muito funcional e séria e não o mundo de interesses que sempre o rodeou até agora, com pessoas que foram para o Sporting para se orientarem, não querendo saber de nenhum projeto para o clube que o torne sempre competitivo e zelando pela sua sobrevivência. A minha experiência de vida e do futebol em Portugal por aquilo que eu presenciei quando o Sporting está por cima por ser campeão, os nossos rivais minam-nos os nossos melhores jogadores, fazendo um mal estar dentro do balneário do Sporting, sempre foi assim após sermos campeões, das últimas vezes e isso acontece porque as estruturas do Sporting sempre foram fracas.
5 Março, 2019 at 21:57
Considerando os campeonatos que efectivamente nos foram gamados nos últimos 40 anos (cerca de 6; 3 para cada um dos corruptos), e não considerando os 3 oferecidos ao SLB e 1 ao FCP (as tais “ligas experimentais”, na altura em que os campeões eram os vencedores dos Campeonatos de Portugal, e não as “ligas experimentais”) – e não contando com os Campeonatos de Portugal, claro está – teríamos:
SLB: 36-3-3 = 30
FCP: 28-3-1 = 24
SCP: 18+6 = 24.
Isto só prova que o extra-jogo tem muita influência… Uma diferença de 18 passa, com verdade desportiva, para 6.
5 Março, 2019 at 22:19
Pois, tem razão. Mas a verdade é que nós não festejamos nenhum desses 6 títulos, nem vamos festejar. É passado e no futuro ninguém vai falar da falta de legitimidade dos mesmos.
E se vamos focar a nossa estratégia na questão da arbitragem não vamos ter sucesso algum. Dominar os factores externos ao jogo exige que primeiro se jogue futebol de jeito. Os nossos árbitros continuam incompetentes, mas felizmente hoje existem ferramentas que minimizam o impacto dos seus erros (só ganhamos a última taça da liga por causa disso, por exemplo).
Se queremos minimizar esse impacto ainda mais também temos que fazer a nossa parte, que é jogar muito mais do que jogamos. Não há alternativa, até porque ninguém vai dar crédito a quem não joga um charuto e depois se queixa de arbitragens.
SL
5 Março, 2019 at 22:59
Sapinho tem toda a razãoais uma vez, só que se ganhasse tinha a ajuda dos milhões da Champions e a valorização dos activos que também ajudavam muito, e com isso possibilidades de investimento maiores, claro que não vale a pena chorar sobre o leite derramado e mesmo nos últimos tempos temos grandes orçamentos e não jogamos nada.
6 Março, 2019 at 1:06
Não acho que nos tenham gamado só 6. Acho que os que disse – Queirós, Jozic, Peseiro, Paulo Bento e Jesus – são inquestionáveis e depois há outros, como o do Jardim, eventualmente o do Marco, e outros mais para trás.
Em cima disto há a considerar todo o dinheiro que se deixou de ganhar com estes roubos e o que se poderia ter feito com isso para ganhar outros campeonatos!
E, se metermos em cima de tudo isto o que o colega tasqueiro Álvaro fala, estamos a falar de mais de 40 anos de roubo que representam muitíssimo dinheiro – se calhar dava para pagar a divida que temos!
Mas que sejam 6 campeonatos. Só isso, que é uma ninharia, já faz uma grande diferença!
5 Março, 2019 at 22:02
Excelente comentário Sapinho!!
6 Março, 2019 at 7:36
Um comentário na linha do que penso.
Não mencionaste um tema, se tal como Varandas o treinador tb merece ou não começar a tal época de raíz.
Inicialmente, achava que sim. Mas jogo a jogo, opção a opção, discurso a discurso, vejo Keizer a começar mal e ao fim de 2/3 jogos a andar.
Resultado: ano zero outra vez.
6 Março, 2019 at 8:47
Pois… a omissão foi propositada! 🙂
Cheguei a escrever que Keizer merecia começar uma nova época, mas de facto o que se vê é tão fraco que já não consigo escrever isso. E ainda por cima vemos no vizinho um treinador novo a chegar a meio da época e colocar uma equipa que também não jogava pevide a jogar à bola que se farta… Enfim… Acho que por princípio qualquer treinador deveria ter a oportunidade de começar uma época de raiz, mas no caso de Keizer isso iria fazer assim tanta diferença na qualidade de jogo? Obviamente que é Varandas, quem tem a pasta do futebol e diariamente analisa de perto o que está a ser feito, que tem de avaliar isso, tomar decisões e no final ser responsabilizado pelas mesmas. Keizer é apenas um instrumento. Varandas é que está verdadeiramente em jogo.
SL
6 Março, 2019 at 8:26
Muito bom conentario. Análise lúcidado que é o Sporting.
A ânsia do imediato é a maior inimiga da criação de estruturas fortes para o futuro.
O problema é que os outros, mesmo quando passam por situações dificeis sempre têm as ajudas que lhes permitem levantar-se rapidamente.
6 Março, 2019 at 9:44
Bom comentário.
5 Março, 2019 at 20:37
O último paragrafo é para mim o foco.
5 Março, 2019 at 20:41
Perante uma conclusão destas: “Esta perda de competitividade do Sporting contrasta com a crescente profissionalização e globalização do futebol” só há uma questão que o estudo não tem em atenção (e o Miguel falou).
Há um padrão de corrupção nos últimos 30 anos no futebol que não foi aniquilado nem atenuado. Teve, sim, uma substituição na sua liderança. Jamais conseguiremos discutir o passado (e até o presente) quando a luta não é legítima.
Podemos discutir a forma como o nosso clube é gerido, mas NUNCA em termos comparativos. O Porto cresceu numa base de vitórias sujas, isto deu-lhe capacidade financeira, estatuto, crescimento da marca, etc. O benfica tem uma mão no sistema judicial, de arbitragem, no financiamento, etc. Lamento, mas em 2015 não fomos campeões por culpa do Bryan Ruiz, mas por culpa da corrupção do benfica.
Em conclusões, repito-me que jamais nos podemos comparar porque as regras não são iguais. Podemos, e devemos, opinar sobre a nossa gestão. Tudo o resto é… corrupção.
5 Março, 2019 at 22:05
“Lamento, mas em 2015 não fomos campeões por culpa do Bryan Ruiz, mas por culpa da corrupção do benfica.”
Disso não há dúvida! O Sporting perdeu esse campeonato, por exemplo, com o golo mal anulado aos Slimani pelo inefável Artur Soares Dias. Bastava essa vitória (em vez do empate) para o Sporting ser campeão.
Mais: mesmo que o Ruiz tivesse empatado o jogo contra as toupeiras, o Sporting seria roubado num dos outros jogos. Vem-me logo à memória o célebre jogo em Moreira de Cónegos, em que Bruno Paixão (e bem) validou o golo do Slimani mas anulou um golo limpo ao Téo Gutiérrez. Lembro-me que o golo do Slimani foi mesmo no limite do fora de jogo. Bastava BP anular esse golo e perdia-mos a liderança aí.
Mas o que fica para a história é que perdemos o campeonado devido ao falhanço do Ruíz.
5 Março, 2019 at 22:07
*ao Slimani
*perdíamos
6 Março, 2019 at 1:09
Mais do que o que nos prejudicaram foi a ajuda ao Benfica que fez a grande diferença. Aquele jogo em Guimarães com o Xistra e os 3 penaltis perdoados! Mesmo na ultima jornada, há 2 penaltis perdoados contra o Nacional. Um com 0-0 ainda, e outro com 1-0. Fora a polémica de lhes terem perdoado n expulsões!
Enfim…
6 Março, 2019 at 16:41
Esse jogo de guimaraes foi uma autêntica VERGONHA …
Eu vi o árbitro a empurrar o avançado do guimaraes que tinha sofrido um penalty, mas a empurrar pareca que ia andar à pêra com ele …
6 Março, 2019 at 7:52
Meu caro, o carnide fez algo inédito na historia do futebol, empatou UM jogo a epoca inteira…. e perdeu 4 jogos.
Nunca tal tinha acontecido, um campeão ter tantas derrotas e apenas um empate.
Curiosamente 3 das derrotas foram em jogos grandes (aqueles em que é dificil roubar). No total da epoca o carnide perdeu 5 dos 6 jogos com os grandes, dá que pensar!
5 Março, 2019 at 22:49
“… jamais nos podemos comparar porque as regras não são iguais”
Obviamente!
É como comparar quem leva mais fruta de Lisboa ao Porto, indo um de bicicleta e o outro de mota…
5 Março, 2019 at 21:35
Off: Que coisa linda que vai no Bernabéu!!
5 Março, 2019 at 21:46
A lição de futebol que o Ajax está a dar ao milionário Real é a prova de que é possível fazer uma equipa competitiva apenas com a formação e um ou dois estrangeiros de qualidade. É essa matriz que temos de recuperar e que JJ, à semelhança do que tinha feito nas toupeiras, destruiu.
5 Março, 2019 at 22:06
Essa matriz não foi destruída pelo JJ.
5 Março, 2019 at 22:07
O que vale é que agora temos Keiser a apostar na formação
5 Março, 2019 at 23:19
Esse está a renegar a matriz holandesa. Para mal dos nossos pecados.
5 Março, 2019 at 23:10
“treinador” careca já temos
5 Março, 2019 at 22:03
Fui atleta e representei o Sporting e Portugal. Sei que a “sorte” treina-se. O jogador estar no sítio certo na altura certa e sei que muita época o Sporting perdeu o campeonato por culpa própria. No entanto gostava de saber onde estaríamos sem a fruta, sem o café com leite e sem toupeiras.
Gostava de saber como seria se o golo do Luisão tivesse sido anulado por falta sobre o Ricardo, se o golo do ronny do Paços de Ferreira tivesse sido anulado por mão. Se o corte com o peito do Pedro Silva não tivesse sido penalty.
Pequenas coisas que não se treinam.
5 Março, 2019 at 22:08
+1
5 Março, 2019 at 22:11
Provavelmente, em vez de:
SLB: 36
FCP: 28
SCP: 18
tínhamos:
SLB: 36-3-3 = 30
FCP: 28-3-1 = 24
SCP: 18+6 = 24.
(-3 a SLB e FCP e + 6 aso SCP = campeonatos roubados por falta de verdade desportiva; -3 ao SLB e -1 ao FCP referentes aos títulos dos 4 anos da liga experimental, onde os campeões eram os vencedores do Campeonato de Portugal.)
5 Março, 2019 at 22:11
*aso = ao
5 Março, 2019 at 22:54
Exacto!
Somos gamados há anos.
Isso é só mais uma razão porque fico estupefacto quando vejo os “bandidos” das claques a baterem nos nossos atletas e deixarem em paz quem nos gama… Não que seja adepto da violência, que não sou, mas, foda-se, se é para bater batam nos “Duarte Gomes” desta vida… Quanto nos terá custado esse gajo? Será que esses FDP têm noção do prejuízo que causam a uma instituição centenário que dá de comer a tanta gente – a eles incluídos – e paga M€ de impostos por ano?
6 Março, 2019 at 7:49
Fdx, mas tu achavas mesmo que os “bandidos” das claques foram castigar os nossos jogadores? Eles foram fazer o que lhes encomendaram…. foram pagos e bem pagos pelo servico em Alcochete e foi um ponto-chave para destituir BdC.
Sem Alcochete era provavel que o Presidente ainda lá continuasse.
Mas caralho, agora andas a desconversar? Até parece que tu não estiveste sempre a apoiar tudo o que aconteceu…. andas a mudar o bico ao prego, mas o pessoal aqui não é estupido, existem estupidos (basta olhar para ti) mas nem todos são.
6 Março, 2019 at 11:39
Não como dessa comida…
5 Março, 2019 at 23:02
Belo artigo/estudo!
Diria que muitos de nós aqui até teríamos a noção da nossa história… temo é que lá está “não sabe um chaveto disto”… fácil, fácil…
5 Março, 2019 at 23:06
Se não limparem o futebol português, podem vender a SAD e enfiar lá 500M€ no reforço da equipa que continuamos com os mesmos resultados.
Clube-Empresa? Arriscam-se a daqui a uns anos terem 2 mil pessoas na bancada.
5 Março, 2019 at 23:25
E isto que está a dar comichão no cu de muita gente:
https://scontent.flis6-1.fna.fbcdn.net/v/t1.0-9/53147928_950168041854197_7134818093229932544_n.jpg?_nc_cat=110&_nc_ht=scontent.flis6-1.fna&oh=4f756552f2a134dea2b19f0a6f3e2995&oe=5CDCA51F
6 Março, 2019 at 7:46
Não, tem de ser como uma “empresa”…. daquelas que nunca dá lucro e que o Estado tem de colocar lá dinheiro para “salvar”, ao mesmo tempo que os gestores enfiam bonus milionários ao bolso.
Fdx, o que as pessoas agora argumentam para tentar justificar a venda da SAD.
Até parece que com o BdC o clube não estava no bom caminho, e tudo isso sem “empresas”.
5 Março, 2019 at 23:33
Lá está as guerrilhas estúpidas da medição de orgãos inferiores ainda em estado juvenil… continuamos com BdC a ladrar… dp seguimos com o Tio Ricci a tentar voltar à ribalta (um gajo destes q teve apenas 15%, o melhor q fazia era ficar em casa quieto)…
Sejam humildes e honestos, dediquem-se verdadeiramente ao nosso clube!
Com esta malta bananoide, já percebemos que não vamos lá… foi rápido!
6 Março, 2019 at 0:00
O Sporting tem de ser gerido como uma empresa. Melhor, com valores de empresa. Sendo que em Portugal, boa parte das empresas não são geridas como empresas.
Passa por um ‘cadinho mais que o lucro.
6 Março, 2019 at 7:38
Gerir um clube como uma empresa nunca esquecendo que o core business é o futebol e que há uma variável determinante: a paixão.
6 Março, 2019 at 0:07
União!
6 Março, 2019 at 0:24
Que me desculpe o Cherba mas o Sporting de certo não precisa que seja “gerido como uma empresa”.
O FC Porto não o é, nem o Benfica. O Real Madrid não o é. O Barça não o é.
Precisa de mais profissionalismo em certas posições? Claro que sim.
Precisa de gente mais competente? Certo.
Mas precisa de identidade. De alicerces solidos e de , acima de tudo, identificação de adeptos e jogadores com o Sporting.
Não é à toa que regularmente vemos ex jogadores do Porto e do Benfica a fazer juras do amor aos clubes. No Sporting muito menos.
Quando um jogador contratado já fala em pular para outro antes de jogar no Clube, temos um grande problema de percepção e de força do clube. Isto não pode vir de fora, mas de dentro.
6 Março, 2019 at 1:38
Continuando:
É que isto de identidade precisa de pessoas que realmente sintam, percebam e amem o clube. Ao se falar em “gestão estilo empresarial” há um sério risco de se olhar para as coisas sem aquele elemento “intangivel” que é a paixão, valores e essência do clube.
São precisos bons profissionais em todas as áreas. Mas profissionais que defendam, amem e que respeitem os pergaminhos e a identidade do clube.
O sucesso do Porto e Benfica tem a haver com alicerces bem estabelecidos nesta identidade, mas também competencia na criação dos alicerces de suporte: scouting, formação, prospecção de mercado, marketing, e “ratice”. Porque Portugal funciona assim. É o que temos, não há volta a dar, e não é por ser santo que se vence em Portugal.
Em jeito de à parte, Achei piada quando a nova contratação do clube para “liderança” estar a trabalhar para incutir nos jovens espirito para “não mergulhar”. Bonitos valores provenientes do Rugbi. Mas fitebol em Portugal não é isso. Talvez em Inglaterra. Gosto desses valores e jogo assim no meu campeonato de veteranos amador. Mas no mundo real de Portugal, não sei, não…
6 Março, 2019 at 7:43
Não são geridos como empresas? São sim, mas empresas mafiosas.
A Mafia funciona numa estratégia empresarial e resulta muito bem.
As pessoas é que têm a ideia de que a mafia é um grupo de gansters que se junta na esquina e vai cometer crimes, mas a Mafia (seja ela qual for) funciona como uma empresa muito bem oleada. Até digo que o carnide funciona como a mafia calabresa.
Apenas entra na estrutura quem é do mesmo sangue (pertence ao carnide) e comportam-se como uma tribo, uma pequena familia.
O porco é mais “quem ajuda é amigo, que não ajuda que saia da frente”, mas o carnide é muito mais tribal, ao ponto das pessoas nem saberem para quem estão a trabalhar, mas continuam na mesma a “rezar as missas como o santo padreco gosta”.
6 Março, 2019 at 8:18
Pois. Contradições e achismo. Uma tribo não é uma empresa. Em lado nenhum.
6 Março, 2019 at 9:33
Se não fosses tão estupido até te daria troco… agora vai la brincar com os legos.
6 Março, 2019 at 0:27
Sanatório Leonino
José Maria Ricciardi: “É tudo mentira, são invenções delirantes de que eu estou feito com o Álvaro Sobrinho… O clube é dos sócios e quando se puser o problema de ter de avaliar uma mudança de estrutura para competir internacionalmente a um certo nível serão os sócios a decidi-lo. Eu nunca tive a pretensão de ficar com SAD nenhuma e tenho a certeza de que o Álvaro Sobrinho também não”
6 Março, 2019 at 5:44
Tanta merda para acabar finalmente por largar a pastilha:
“O Sporting tem urgentemente de se alinhar com esta realidade, de ter uma estratégia empresarial, de ter um plano estratégico, capacidade de antecipação e de criação de vantagens competitivas, que passam pelo reforço das nossas competências, pela modernização da nossa gestão, pela refundação do nosso governance e pela atracção de parceiros que nos complementem, para partilhar know how, partilhar risco e aportar músculo financeiro – factores essenciais para o sucesso, num ambiente de forte competição. A bem de um Sporting vencedor.”
Vocês acham que estamos em 1995? Que já não os topamos? Que podem requentar a sopa de merda e voltar a servir só porque se carrega com coentros?
Se querem vender a SAD ou parte significativa dela, digam “achamos que devemos vender a SAD ou parte dela”, não façam de nós parvos;
e POR FAVOR, metam o “governance” e o “know-how” bem fundo no vosso pomposo cú.
As elites são sempre arrogantes e condescendentes. Vão pó caralho.
6 Março, 2019 at 7:37
É uma bela análise, daquelas que serve para limpar o real cagueiro….
E sigo isto por uma razão, facil de perceber.
Andamos a discutir “epocas” e “tendências” mas não sabemos o que tem levado aos titulos dos corruptos? Não sabemos do lodo em que estamos mergulhados?
Sem a corrupcão já teriamos SEGURAMENTE mais 5 ou 6 titulos, e isso são anos em que fomos roubados fortemente, porque em todas as epocas tem acontecido roubos.
Eu lembro um caso em que o Wolfswinkel foi o nosso melhor marcador e até chegámos longe na UEFA. Na epoca seguinte comecaram a anular praticamente todos os golos que ele marcava. Ele até marcava mas mais de metade acabava por ser anulado. Ele entrou numa espiral em que deixou de marcar….. Uma equipa sem marcar não vence os jogos. Claro que podem dizer que não lutámos nessa epoca, mas a verdade é que são nos pequenos lances, nas pequenas coisas que se condiciona todo um jogo, não é preciso ser o penalti clarissimo que fica por marcar.
Andar a discutir tendências sem falar na corrupcão é como andar a falar do aquecimento global sem falar do Sol e das nuvens…. esses dois factores representam um impacto de 90% no clima da Terra, mas sim, podemos falar nos peidos das vacas se preferem.
6 Março, 2019 at 7:40
Parabéns ao autor do post.
Sei por experiência própria o quanto os números, puros e duros, podem incomodar certas pessoas. Mas isto são factos, independentemente das razões para os mesmos (e eu assisto há décadas, à corrupção crescente que porto e benfica disputam, à vez).
O Sporting precisa urgentemente de um rumo. Teve-o na mão, recentemente, mas suicidou-se, perdeu-se entre vaidades várias.
6 Março, 2019 at 11:58
“O Sporting precisa urgentemente de um rumo. Teve-o na mão, recentemente, mas suicidou-se, perdeu-se entre vaidades várias.”
É por isto que nós não nos entendemos.
Todos vemos que é preciso um rumo – no FUTEBOL DO SPORTING e não no Sporting porque nas modalidades existe esse rumo! O que nos diferencia é esse rumo…
Quando se diz que a Direcção anterior tinha esse rumo para o Futebol, está aí a explicação do insucesso que o Sporting tem tido nos últimos 40 anos…
Mas qual rumo?
Uma pessoa que escolhe 3 treinadores e se incompatibiliza com os 3, tem rumo?
Uma pessoa que desinveste na formação tem rumo?
Uma pessoa que se coloca nas mãos dum Jesus, tem rumo?
Foram 5 anos de decisões sobre o joelho. Mas qual rumo?
Todos os anos veio meio plantel novo e isto é um rumo?
Grande parte dos anos – 4 dos 5 anos – não se acertou mais que 20% das contratações! Total incompetência e isto era rumo?
A Direcção anterior teve muitos méritos mas, caramba, rumo no futebol nunca teve. Sempre foi para onde soprava o vento… e com muita incompetência à mistura.
6 Março, 2019 at 9:34
Optima analise, que acaba muito manchada pelo final.
E embora perceba e concorde com os tasqueiros que dizem que o polvo e a fruta nao nos deixam fazer mais, mas isso é novamente dar demasiada importancia á “bola que bate no poste e vai pra fora”.
Com ou sem polvo, o Sporting é um Grande. Com ou sem polvo o Sporting tem maior orcamento e melhores infraestruturas do que 90% das equipas em Portugal. Portanto eu estou do lado dos que dizem: “se marcarmos 4 golos todos os jogos e nao sofrermos nenhum, ganhamos sempre mesmo que nos anulem 3”. Portanto falta esta vontade, esta garra.
A direcao atual talvez esteja a caminhar nesse sentido depreciativo de empresa desportiva. Mas ate á bem pouco tempo tinhamos uma empresa desportiva alimentada pela paixao da sua massa associativa. Ou seja, é possivel!
Infelizmente, para mim, a culpa continua a ser nossa, dos adeptos. Nao damos espaço a que nos levem onde queremos estar, temos esta cultura sectária e divisionista e, para todos os efeitos, continuamos a ter muito cancro que quer servir-se do Sporting em vez de o servir.
Nessa perspectiva desejo ardentemente que levem tudo o que querem e nos deixem em paz, ou entao que haja a separacao da SAD e do Clube e se comece do inicio.
6 Março, 2019 at 11:47
“Com ou sem polvo, o Sporting é um Grande. Com ou sem polvo o Sporting tem maior orçamento e melhores infraestruturas do que 90% das equipas em Portugal. Portanto eu estou do lado dos que dizem: “se marcarmos 4 golos todos os jogos e não sofrermos nenhum, ganhamos sempre mesmo que nos anulem 3”. Portanto falta esta vontade, esta garra.”
Em parte também nos falta um extra para ganhar!
É minha opinião que é obrigação de quem dirige o clube – ou, no mínimo, de quem dirige o futebol – de explicar aos jogadores o que têm sido estes 40 anos de corrupção clara que nos têm prejudicado e que é preciso que todos os jogadores dêem um extra em cada jogo para combater as arbitragens.
Sem duvida, precisamos de uma vontade férrea para ganhar, uma garra em todos os jogos que dêem o extra para equilibrar o jogar contra 2 equipas!
Cada ano que partimos a pensar que vai ser tudo limpo, é um ano perdido…
6 Março, 2019 at 12:54
Essas estatísticas estão presentes, nem que seja empiricamente, na cabeça daqueles, como eu, que preferem a frieza dos números às balelas lamechas sobre as decepções das crianças: o SPORTING sobrevive a isso, pelo menos, desde a revolução de 1974.
Assinalo a incongruência dos bananas que choram pelos roubos e que testemunharam aquele do derby com VAR de Maio passado (onde a vitória sonegada nos daria logo a CL) para lançarem críticas internas e se comportaram como colaboradores do Roubo CLARO da última TdP.
Muito mais danosas para nós foram as traições à lei e ao direito que saídas como as de futre e agora do ranhoso de Corroios represent(ar)am. Os melhores das suas gerações, capazes de se e de nos projectarem saem sem qualquer retorno para o Clube e para benefício ou com a cumplicidade dos adversários. Dejectos como o padrasto da mariana ou o judas montinho sempre foram rameiras que renderam uns trocos.
Piores ainda foram as gestões venais dos croquettes; cfr aquilo que os velhos usurpadores fizeram no tempo que lá estiveram, escolhidos por um fdp a quem ninguém pede contas. Estou curioso para ver a recepção que o JR dará ao bananal dos ineptos, caso tenham a desfaçatez de aparecerem.
6 Março, 2019 at 21:15
Porra demasiado Radicalismo aqui nesta sua opiniao pah. Atao Bordoada n pode ser assim.