Título provocatório qb, sal na ferida, raspar a crosta, enfim…
Os nossos U16, em conjunto com RC Belas, perderam o primeiro jogo oficial nesta época. Jogámos fora, na Lousã, e perdemos por um ponto, 19-18. Deixa amargo de boca, sabor a fel, injustiça… Meras palavras quanto a mim.
O que nos importa – pelo menos a mim – enquanto entusiasta de rugby e Sportinguista, é o que podemos tirar desta derrota?
Dou um exemplo… A equipa jogou desconcentrada… O que fazer para melhorar os índices de concentração? Como treinar a concentração, e especialmente sobre pressão, em ambiente de treino? Este foi só um exemplo e não reflete o que se passou no campo. Perdemos em último caso porque o adversário soube ser mais competente. Ponto.
Este nosso sentimento de dever cumprido após um jogo deve-se à certeza que todos dão o seu melhor, e em nada devemos a cada um individualmente. E se um falha, falha a equipa. A estória do “temos que levantar a cabeça” no rugby não funciona e não funciona para nós. Sabemos que damos o nosso melhor, sempre. E quando o nosso melhor não é suficiente para a vitória, vamos nessa nossa “não vitória” encontrar motivação e formas de melhorarmos, sempre. Assim é no rugby. Bem-vindos ao nosso lado oval do Mundo verde e branco.
Num registo europeu, este fim de semana joga-se a 4ª jornada do Guiness 6 Nações. A minha Escócia recebe Gales no sábado, às 14:15. Jogo difícil para a malta dos Kilts. Os Galos fizeram mossa na jornada anterior, e a Escócia tem mesmo que arrepiar caminho, se não quiser passar de um sonho bonito… Os mineiros de Gales vão tentar partir as Highlands ao meio, e poderio para isso têm. Vêm de uma vitória sobre a Rosa em casa, que os pode motivar para voos mais altos… um título, against all odds? Os brookers, em caso de vitória este fim de semana dos galeses, devem começar a tomar calmantes pois não vai ser fácil aguentar a seleção das penas do Príncipe de Gales até ao fim.
A Inglaterra recebe a Itália, também no sábado, às 16:45. Muito pouco a dizer ou a fazer neste jogo. A não ser, mais uma vez que os spaghetti inventem algo digno de um Leonardo da Vinci. Tipo rematarem aos postes, para falharem a conversão ou penalidade e tentarem ensaio, por exemplo… enfim.
No domingo, é a vez da Irlanda receber a França. Será o jogo grande desta jornada. Os Gauleses venceram categoricamente a Escócia em casa, para espanto de meio mundo. E avisada desta gracinha, a Seleção do Trevo vai ter que mostrar em campo os galões, e deixar tudo no campo e sem reservas, independentemente de quem vai jogar.
Abraço oval.
*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio
8 Março, 2019 at 15:18
Escondidinho, deveria ser sempre assim: sair de campo com a sensação de que todos deram tudo e que nada nos pesará na consciência, exceto que os outros foram melhores e que nós temos que trabalhar ainda mais para (n)os superarmos.
O levantar a cabeça deveria ser erradicado do léxico leonino.
8 Março, 2019 at 19:03
Concordo. E cada vez mais… desde a formação.
8 Março, 2019 at 16:34
Lousã…lembro-me de num jogo de juvenis (eu jogava no Técnico) sairmos de campo a correr para os balneários e sem tomar banho fomos para o autocarro com alguns GNRs a tentarem acalmar os espectadores…não sei como é hoje em dia mas antes vivia-se o Rugby com muita paixão na Lousã. E é exactamente isso Escondidinho, não há que tentar encontrar desculpas e dizer que podemos fazer melhor para a próxima, não há ninguém que numa equipa de Rugby não dê o máximo em cada jogo…
8 Março, 2019 at 19:03
Nem mais