Este fim de semana o futebol das meninas, raparigas e mulheres do Sporting apenas competiu no escalão juvenil.
Às 11h do sábado, no Campo nº 6 do Estádio Universitário de Lisboa as leoas receberam e venceram as jovens do Malveira por 5-0, em jogo a contar para a 3ª Jornada da fase de Apuramento de Campeão Distrital da AF Lisboa, na categoria de juvenis sub17 de Futebol de 7 Feminino. Os golos das Leoas, que lideram isoladas o Campeonato, foram apontados por Marisa Paulo (defesa, 16anos), Nádia Bravo(defesa,14 anos), Marta Galvão (defesa, 15 anos), Marta Melão (defesa, 14 anos) e Andreia Bravo (meio-campo, 13 anos) (sendo que as “posições” se tornam muito relativas em futebol de 7 e dizem mais respeito ao contexto em que treinam).
A não existência de outros jogos deve-se ao facto de este fim de semana haver meias-finais da Taça de Portugal (onde, como é óbvio, jogaram 4 equipas, mas que interrompeu 3 competições: os campeonatos nacionais da 1ª e 2ª divisão seniores e o de juniores sub19). A equipa de Infantis, “folgou” este fim-de-semana porque o seu adversário, o Encarnaçõ e Olivais, desistiu da competição.
Todavia, a existência de um Torneio de Elite sub17 em que participou a nossa selecção, não foi suficiente para “interromper” as competições distritais nesse escalão. Enfim, mais uma bizarria da nossa Federação.
A propósito desse Torneio, Portugal venceu por 1-0 a República Checa (desculpem mas não resisto: o tal país que tem enorme tradição no Futebol Feminino). Foram titulares nesse jogo as leoas Alicia Correia, Bárbara Lopes e Andreia Jacinto (esta com a assistência de pura classe para o golo) e a Marta “Peyroteo” Ferreira entrou já no decurso da segunda parte.
E, a propósito da Taça de Portugal, não posso deixar de assinalar que um dos jogos das meias-finais opôs, em “final antecipada” Benfica a Braga e nos 2 onzes iniciais havia 5 portuguesas: o Benfica alinhou com 1 portuguesa, 1 cabo verdiana e 9 brasileiras; o Braga, alinhou com 4 portuguesas, 2 norte americanas, 2 brasileiras, 1 canadiana, 1 nigeriana e 1 camaronesa. Se fosse a final, teríamos metade das jogadoras brasileiras a disputar a Taça de … Portugal!!!
Mas, nesta rubrica de hoje, quero dedicar um espaço para outro assunto, também merecedor de reflexão.
No decurso desta semana, foi firmado um acordo de parceria a 3 anos entre a FA (Football Association, a entidade reguladora do Futebol em Inglaterra) e o Banco Barclays: esse acordo envolve 10M£ (equivalente a 11,6M€) e terá início já na próxima época de 2019/2020. Em linhas gerais, o que contempla esse acordo?
Em primeiro lugar, nos próximos 3 anos, a Women’s Super League, a única Liga de Futebol Feminino integralmente profissional, passará a designar-se Barclays FA Women’s Super League. A instituição bancária financiará um prémio total de 500.000£ (580.000€) que será distribuído de acordo com o posicicionamento final das equipas na Liga.
A parceria também se estende à cooperação entre o Barclays e a FA em iniciativas que visam promover as bases de crescimento do futebol femnino na Grã-Bretanha, usando o estatuto de liderança doFA Girls’ Football Schools Patnerhsips, projecto nacional de desenvolvimento do acesso das raparigas ao futebol a nível escolar.
O C.E.O. do Barclays, Jes Staley afirmou, a propósito desta parceria: ” O nosso (Barclays) empenho para o futebol das mulheres e raparigas, num momento crucial do seu desnvolvimento, vai muito além do simples patrocín; acreditamos que ele poderá ser um elemento chave para aumentar a participação, o crescimento e a visibilidade do Futebol Feminino”.
Ora chamo a atenção de que um acordo para a sponsorização de uma Liga Profissional que envolve 10M£ em 3 anos, apenas gastará 1,5M£ (15% do bolo) em prémios directamente para os Clubes, os outros 85% são para desenvolver o crescimento e a visibilidade do Futebol Feminino, com particular enfoque no Futebol de Formação e, particularmente ao nível do Desporto Escolar.
A nossa FPF, que é quem tem a seu cargo as competições nacionais do Futebol Feminino, não esclarece quanto do seu principesco Orçamento é dedicado à Modalidade neste Género, nem sequer divulga os contornos da sponsorização do BPI à Liga Principal (tal como não esclareceu no passado os da sponsorização da Allianz). A Federação deveria ter uma rubrica para o desenvolvimento do Futebol Feminino, mas se tem não diz quanto é. E só ficamos a saber que vai receber mais 150.000€ por ano da UEFA, por notícia da Soccerex, que isto da transparência no Futebol é para os Clube não é para a Federação ou as Associações.
Entretanto, a Seleccção principal Masculina joga mais duas partidas no Estádio FPF (que é como proponho se passe a designar a lixeira a céu aberto da Luz, pois 16 utilizações pela selecção principal em 10 anos e com pagamentos extra, pela “porta do cavalo”, já devia dar direito a naming no Estádio). Qual Emirates, qual o quê! O maior patrocinador do toupeirame é Fernando Gomes! Reparem que, também aqui, a “transparência” é opaca: só se soube dos pagamentos extra, através do blogue Mercado de Benfica. E ainda há quem queira criminalizar os Ruis Pintos deste nosso burgo.
Uma Federação que tem enchido os bolsos à custa de 2 gerações consecutivas de jogadores maioritariamente formados no nosso Clube, continua a só investir migalhas no desenvolvimento, formação, credibilização e visibildade do Futebol.
Mas, sejamos claros: quem tem telhados de vidro não pode atirar pedras. E a Sporting SAD, desde que formou a equipa profissional feminina também tem sido muito pouco transparente. Não consta nos R&C e nos balanços da SAD, ou sequer nas Contas Consolidadas do Universo Sporting, qualquer referência ao Futebol Feminino. Ora, a equipa principal é profissional, logo, tem custos, e este deveriam estar reflectidos nos R&C, como estão os do Plantel Masculino Senior (profissional). Temos (os sócios do Clube, mesmo os que não são da SAD e os sócios da SAD) o direito de saber quanto se investe e quais as recitas em cada ano no Futebol Feminino, com a descriminação de todas as transacções de activos, tal como sucede com no Futebol Masculino.
Essa transparência deveria ser promovida pelo Clube, comunicada à CMVM e exigir igual cumprimento da parte de outros Clubes que tenham SADs e Futebol Feminino. É a forma de poder vir a aplicar regras de “fair-play” financeiro. Porque elas também virão a ser implementadas na UEFA para o Futebol Feminino. Não se iludam. A notícia da parceria Barclays/FA estará, seguramente, a ser atentamente seguida em paíse como Espanha, França, Alemanha e Itália. E, estou certo que haverá, bem mais cedo do que alguns pensam, novidades nas competições desses países. Porque o impacto de um Atletico de Madrid – Barça em Futebol Feminino que coloca mais de 60.000 espectadores no Wanda Metropolitano, novo estádio do Atlético, não deixará de alertar os potencias sponsors e pstrocinadores (e as televisões) para o novo filão que está à sua disposição.
Por cá, continuamos a olhar para o lado, a assobiar, a fechar os olhos, os ouvidos e a boca. Ao contrário do que se possa pensar, não é a “liberalização” da industria que a vai fazer crescer em Portugal. Exactamente porque ela, por cá, ainda está numa fase muito gestacional do seu desenvolvimento, precisa de regulação criteriosa e de “suporte básico de vida”. Equipas com 10 ou 7 estrangeiras no seu 11 base, nesta fase do Futebol Feminino vão ajudara a crescer a modalidade? Associações Distritais como a de Lisboa ou a do Porto, sem quadro competitivo feminino para os escalões de sub13 e sub 15, estão a ajudar a crescer a Modalidade? Uma Federação e um Ministério da Educação que ainda não apresentaram um programa conjunto de promoção e incentivo ao Futebol Feminino nas Escolas estão a ajudar o desenvolvimento da indústria?
Questões como: a limitação do número de estrangeiras inscritas por clube; a coordenação na escolha de horários para que determinados jogos possam ser jogados em grandes palcos (Alvalade, Luz, Pedreira, Estoril) não colidindo com o uso desses palcos pelo Futebol Masculino; o investimento para aumentar a participação, o crescimento e a visibilidade do Futebol Feminino; a procura de sponsors mais proactivos; o investimento Federativo e Associativo na Formação (começando por incentivar o Futebol feminino no Desporto Escolar e passando pela criação de competições distritais nos escalões sub13 e sub 15, desde logo nas AF do Porto e de Lisboa a exemplo do que já faz a de Braga, ou ainda por promover torneios futebol 7 que congreguem equipas femininas de Distritos onde não haja competição nos escalões mais jovens), e outras questões relevantes para a defesa do crescimento sustentado da Modalidade, deveriam estar na ordem do dia do debate sobre o futuro do Futebol Feminino em Portugal.
O problema é que não existe esse debate e ninguém parece estar interessado em promovê-lo. O Sporting poderia (e na minha opinião deveria) ser o motor de arranque desse debate, até chamando a si os outros Clubes que saem mais prejudicados pelo regabofe “liberalizante” em que nos encontramos.
* às segundas, o Álvaro Antunes faz-se ao Atlântico e prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
25 Março, 2019 at 8:19
Bom Dia, realmente o Álvaro é um conhecedor a fundo do Futebol Feminino e poe-nos a conhecer um bocadinho mais do mesmo, quem gosta do futebol em geral, também é um apreciador do feminino, apesar da performance não ser tão elevada como no Masculino, agora no Atletismo também não o é e as pessoas que gostam de Atletismo adoram-no. Ao princípio estranha-se e depois entranha-se. No fundo é assim, para já parece que tal como no Masculino as polémicas também as há, os Lamps contra a sua sucursal, fartaram-se de queixar dos apitadeiros.
25 Março, 2019 at 9:30
Bom dia,
Mais um excelente post.
Mts parabéns Álvaro por esta sua dedicação ao futebol femenino.
25 Março, 2019 at 9:41
O Álvaro sempre atento às proezas das nossas Leoas. É bom saber que temos grandes talentos a despontar!
Quanto ao acordo entre a FA e o Barclays… Em Inglaterra não se brinca!
SL
25 Março, 2019 at 10:34
Este post deveria ser enviado em forma de carta à FPF. E à nossa Direcção.
Algo que me custa actualmente é ver o Sporting a não liderar um caminho para a melhoria do desporto nacional e em particular pelo futebol feminino.
Nós, pela nossa dimensão e exemplo, deveríamos reunir outros clubes e apresentar propostas conjuntas junto da Federação. Acredito que o interesse em potenciar as atletas e fazer crescer a competitividade (e os clubes na sua dimensão) será de todos.
SL
25 Março, 2019 at 10:44
Excelente texto, Álvaro.
Apenas 1 correcção picuinhas da minha parte… A Pauleta é espanhola (constava do onze inicial do Sporsboa e Beinfic@).
25 Março, 2019 at 11:21
Peço desculpa Jaime, mas o 11 inicial do Benfica era Dani Neuhaus (Bras), Daiane Rodrigues (Bras), Sílvia Rebelo (Port.), Tayla (Bras), Yasmin (Bras), Patrícia Llanos (Bras), Ana Vitória (Bras), Darlene (Bras), Geyse (Bras), Evy Pereira (Cabo-Verde). A Pauleta estava indicada no banco, pelo que acho que estará lesionada. De outro modo, acredito que seria titular, sim.
Um abraço e saudações leoninas
25 Março, 2019 at 12:04
Foi titular, a Pauleta… Tens aí 10… Falta ela.
25 Março, 2019 at 13:00
Certo! As minhas sinceras desculpas ao Jaime e brigado pelo retaro a ambos. Exagerei nas brasileras titulares ainda mais que as toupeiras: foram 8 brasileiras, 1 espanhola e 1 cabo-verdiana; portuguesa é que foi mesmo só uma (a ex-Braga Sílvia Rebelo).
Saudações leoninas
25 Março, 2019 at 14:25
* errata: obrigado pelo reparo
SL
25 Março, 2019 at 19:14
Ora essa!! Considera como uma “adenda”…!
Fazendo jus ao nome, distribuiu Pau como gente grande! Saíu na iminência de ser expulsa.
Braga superior fisicamente (meio campo muito poderoso (aquela americana é qualquer coisa de boa… jogadora) e temíveis nas bolas paradas, onde fazem a diferença!!). Uma coisa é jogar com bola, outra coisa é correr atrás dela e ter de ir ao choque.
SL
25 Março, 2019 at 12:28
Do onze inicial oficial constava a Pauleta. O Luís já alertou para so teres considerado 10 jogadoras.
“Benfica: Dani Neuhaus, Daiane, Sílvia Rebelo, Tayla, Yasmim, Pauleta, Ana Vitória, Pati Llanos, Evy, Geyse e Darlene.
Suplentes: Carolina Vilão, Raquel Infante, Andreia Faria, Rilany, Diva Meira, Carlota Cristo e Maiara.
Treinador: João Marques”
A jogadora espanhola viria a ser substituída mais tarde…
“82′ – Substituição no Benfica. Sai: Pauleta. Entra: Maiara.”
25 Março, 2019 at 11:23
Destaco isto num post cheio de boa informação:
“o Benfica alinhou com 1 portuguesa (…) o Braga, alinhou com 4 portuguesas”. Isto na meia final de Taça de…Portugal?!?
É absolutamente inconcebível e devia envergonhar, se não as próprias equipas, pelo menos e sobretudo, os órgãos responsáveis pela modalidade.
25 Março, 2019 at 11:34
Isso é válido para todas as modalidades?
Quotas?
25 Março, 2019 at 13:10
Pelo menos para as Modalidades aonde se inicia o seu desenvolvimento e crescimento.
É muito diferente falarmos do Futebol Masculino, onde a competitividade está construída sobre 8o0 anos de modelo mais ou menos inalterado, ou do Futebol feminino, onde a competitividade foi bruscamente alterada por um convite aos Clubes da 1ª Liga para entra directamente na principal Divisão, distorcendo os equilíbrios prévios e requerendo, por isso, na minha opinião regras que defendam também as equipas que sustentaram a Modalidade durante décadas (Futebol Benfica, Valadares, 1º Dezembro. Albergaria, Ouriense, Boavista e outras).
No post eu tenho o cuidado de salientar que a regulação e os apoios ao desenvolvimento se justificam nesta fase ainda gestacional do crescimento do Futebol Feminino.
Obrigado Nuno e saudações leoninas
25 Março, 2019 at 13:47
Curioso que para o futsal esta mesma federação tenha critérios tão distintos em relação aos estrangeiros…regras a moda de quem já sabemos…
25 Março, 2019 at 15:06
O futebol (m) é um mundo à parte.
Mas todos os problemas elencados nos sucessivos posts do fut fem são transversais a todas as modalidades.
Equipas 99% amadoras, clubes formadores ficam sem jogadores sem serem ressarcidos pelos custos de formação, estrangeiros, diferenças abissais de orçamento, competições desequilibradas, etc…
25 Março, 2019 at 11:37
Falta uma, só ai estão 10.
25 Março, 2019 at 12:30
Faltava a referência à Pauleta (espanhola).
25 Março, 2019 at 11:38
Excelente post.
A FPF e o senhor Gomes só se vão interessar pelo futebol feminino no dia em que este lhes traga bom retorno financeiro…
Permitir que equipas femininas joguem com mais estrangeiras que portuguesas é matar o crescimento do futebol feminino em Portugal e cair no servilismo do costume, perante os mesmo do costume. Que para ganhar no imediato promovem este tipo de artimanhas.
Que ainda são louvadas todas as semanas, com manchetes e parangonas.
Diga quem souber, se esta equipa não custa tanto como todas as outras juntas.
Gostava de ouvir a sua opinião sobre a equipa sénior feminina do SCP e se corrobora do meu raciocínio.
Acho que o SCP errou no paradigma para esta época desportiva ou não ter apostado na vida de algumas, poucas, jogadoras estrangeiras para complementar as muitas portuguesas boas que temos. Com exceção da Nevena, que já estava da época passada, acho que as outras não acrescentaram muito. Dever-se-ia ter ido buscar 2 ou 3 que fizessem a diferença em termos físicos e de estatura, porque o nosso plantel sofre de falta de centímetros e falta de peso.
Pena foi que esta época não se tivesse mantido a aposta para ganhar tudo e não se tivesse acompanhado o investimento do Braga, porque para o ano vai ser mais complicado.
Na minha opinião dever-se-ia ter apostado num novo treinador e em novas jogadoras, porque se percebeu; sobretudo depois do rotundo falhanço na Champions Legue e eu vi os jogos e devíamos ter passado, sendo o segundo ano de participação e aqui culpo o treinador.
Já da época transata se percebeu que o Braga estava mais forte e tinha sido mais complicado e aqui entra a reformulação do futebol feminino que não foi implementada.
É preciso fazer um refresh e trazer um novo treinador com nova mentalidade e novas ideias.
Qualidade não falta ao SCP, pois tem as melhores jogadoras e com mais técnica, mas o Braga ganha em força física e altura, tal como se viu na Taça de Portugal, se bem que esse jogo tenha tido uma arbitragem vergonhosa.
Mas o jogo com o Braga em casa foi limpo e perdemos sem espinhas e não me parece que vamos lá ganhar por 3-0.
Portanto o campeonato já foi e a Champions league também.
25 Março, 2019 at 11:52
Não concebo que o SCP não entre com qualquer equipa, de qualquer modalidade para competir por títulos. Para se fazer as figuras tristes que andamos a fazer com aquela equipa senior de Futsal feminino, então mais valia nem competir.
E espero que o futebol feminino não vá pelo mesmo caminho.
Não temos de ganhar tudo e ganhar sempre, mas temos de ter um mínimo de qualidade para nos batermos de principio a fim.
25 Março, 2019 at 15:07
Figuras tristes.
🙂
25 Março, 2019 at 16:00
Luis, a opinião que me pede já aexpresei em vários posts e comentários anteriores, mas como me parece ser a sua primeira vinda a esta rubrica, não me custa nada (tenho até imenso prazer) e fazer um resumo da mesma:
1- sou acérrimo defensor do paradigma subjacente ao projecto que o Professor Nuno Cristóvão, a convite do anterior CD, implementou para o Futebol Feminino do Sporting: procurar construir uma equipa profissional competitiva, que, a médio/longo prazo pudesse ficar entre as 8 melhores da Europa, tendo como base a atleta lusa e a Formação;
2- nesse sentido, logo no 1º ano (16/17), o Sporting recrutou cerca de 100 atletas, TODAS portuguesas, com idades dos 8 aos 28 anos; só competiu em 3 escalões (sub17, sub19 e seniores), por não haver, em Lisboa, competição sub15 ou sub13; ara dar mais competição a mais atletas “forçou-se” a subida a “escalões acima da idade real” (sub19 com média etária de 17 anos; sub17 com média etária de 15 anos; organização de mini torneios para dar competição às cerca de 50 meninas que tinham menos de 13 anos;
3- no segundo ano, manteve-se o paradigma, mas fizeram-se alguns ajustes: contrataram-se 3 atletas estrangeiras para o plantel principal e constituiu-se uma equipa feminina de sub13, para competir no Distrital de sub13 de futebol de 7 … Masculino. Mas não foi alterado paradigma.
4 – no 3º ano, novamente, manteve-se o paradigma, mas procederam-se a novos ajustes: de 3 passamos a 4 estrangeiras prescindindo da porto-riquenha Vanegas (que se considerou uma contratação que não resultou) e contratando a sérvia Nevena Damjanovic e a sueca Nathalie Persson; simultaneamente, foi criado mais um patamar competitivo, com uma equipa B na 2ª divisão sénior, para facilitar a transição de junior para senior e para aumentar radicalmente a competitividade do plantel sub19. EmJaneiro foi feito novo reajuste, prescindindo da sueca (que não rendeu o esperado) e contratando a americana Syd Bomquist.
É minha opinião que a avaliação do projecto do Sporting tem de ser feita com base em TODOS os resultados destes 3 anos e comparando com o desempenho do nosso rival (até agora apenas o Braga).
Desde logo, os paradigmas e os objectivos dos 2 projectos eram BEM diferentes. O Braga entrou para o Futebol Feminino, no mesmo ano do Sporting, mas investiu logo em 9 estrangeiras (5 espanholas e 4 brasileiras) e em jogadoras portuguesas como a Andreia Norton (contratada aoa Barcelona), Jéssica Silva (dos espanhóis do Levante), Adriana Rodrigues (adquirida aos suiços do FC Neunkirch), ou Vanessa Marques (do bi-vice campeão Valadares). Nesse ano, o Braga só tinha equipa senior. Quem constrói um projecto com base nessas opções, aposta TODAS as fichas para ser, logo, campeão. Mas não foi nem venceu a Taça. Quem foi campeão e venceu a Taça foi o Sporting. E ainda conquistou Nacional e Taça em sub19 e Distrital (não há nacional) e Taça em sub17. Receita repetida no ano seguinte com o acréscimo da Supertaça. Se este ano não vencermos nada em seniores e o Braga conquistar 3 troféus., não julgo que isso determine uma avaliação negativa do projecto que leve à alteração do paradigma. O que penso, sim é que devemos ser ainda mais acertados e assertivos nos ajustes que fizermos Sou de opinião que deveríamos prescindir da Carlwyn Baldwin e da Sharon Woijcik (ou talvez empresta-las a clubes como o Valadares, o Futebol Benfica, o Estoril Praia ou o Albergaria) e contratar 2 centrais altas e atléticas uma trinco alta, atlética, com ao leitura de jogo, boa saída de bola e boa capacidade de passe curto e médio, mantendo a Nevena mas como 8 box-to-box e a Syd Blomquist. Para a entrada das 2 centrais, emprestaria (a equipas acima citadas) a Mariana Azevedo e mantinha a Bruna Costa e a Carole Costa). Mantenho o princípio de que, nesta fase do crescimento do Futebol Feminino, nenhuma equipa deveria poder manter inscritas nos seus plantéis mais de 5 jogadoras estrangeiras.
Quanto à forma de financiar este ajuste (que implica um salto no investimento) são outros quinhentos que já abordei noutros posts e comentários, mas a que voltarei mais especificamente em artigo futuro, lá mais perto do final da época.
Um abraço Luis e saudações leoninas
25 Março, 2019 at 12:09
Também não resisto e volto a repetir que admiro tanto a enciclopédia que há em ti como a tua lucidez em misturar alhos com bugalhos…
Inglaterrra é Inglaterra. O Futebol Feminino vai carregado às costas do Futebol Masculino e aproveita muito dos princípios que levaram a Liga Inglesa a ser o campeonato mais mediático do mundo, a uma longa distância dos demais. Os passos que têm sido dados são muito semelhantes.
Transparência…
A transparência tem um limite. Não vamos ser transparentes só porque uns iluminados acham que isso é giro, quando mais ninguém se expõe dessa maneira.
Na SAD estão lá os custos da SAD toda e isso abrange o futebol masculino e o futebol feminino. Tal como no clube estão lá os custos do clube todos e isso abrange todas as modalidades, não vindo discriminado que x é para o Futsal, y é para o andebol, etc. Não é obrigatório fazê-lo, os outros não o fazem, não vejo porque temos nós de abrir o jogo e dar azo a que se comente – muitas vezes com falsidades como dizer que investimos 20M€ nas modalidades quando isso é o orçamento do clube todo e não o que se gasta em ordenados nas modalidades, que é cerca de metade disso!
Esta mania do “sermos diferentes” afecta o raciocínio lógico a muita gente que “quer” obrigar-nos a ter uma postura que em nada nos beneficiaria. E não me venham com a conversa que eu não ligo a x mas já ligo a y porque, obviamente, não se devem copiar os erros dos outros mas as coisas bem feitas já se devem. Não é por não se deverem copiar os erros que também não se deve copiar o que se faz bem, ou vice-versa. Isso seria absolutamente estúpido!
Caro Álvaro… O Futebol Feminino português tem crescido bastante nos últimos 6 ou 7 anos mas como uma incidência muito grande nos últimos 3. Há 10 anos ninguém ligava ao futebol feminino e estávamos num nível que nem metade era do que temos actualmente. O Futebol Feminino checo já tem um bom nível – vamos dizer similar ao que nós temos actualmente – há décadas. Por isso, meu caro, o Futebol Feminino checo tem uma tradição que o nosso só agora está a atingir e se você, que é uma enciclopédia, não percebe isso, só posso pensar que o faz de forma enviesada porque burrice é algo que não lhe reconheço!
Os grandes impulsionadores do futebol feminino são o Sporting, o Braga – que têm 3 anos de modalidade – e o Benfic@ que está a completar o 1º ano.
O Sporting é o 64º clube do Ranking de Clubes da UEFA e nem Braga ou Benfic@ aparecem nesse ranking.
O Slavia de Praga é o 9º classificado desse ranking.
Por países, Portugal ocupa o 24º lugar e a Republica Checa o 6º.
Dá para perceber a diferença?
Se não quis perceber o que eu quis dizer, pois temos pena. Isso não invalida que o que eu disse seja a verdade e o que você disso uma treta. Basta perceber o que era o bloco do leste no desporto e o que era Portugal no desporto para perceber o que isso significava há 50, 40 ou 30 anos… Depois é só ver o que se foi fazendo!
O facto de ganharmos à Republica Checa em sub17 não inviabiliza o que eu disse, tal como quando Portugal deu 3-0 à Alemanha isso não mostrou que desenvolvíamos um trabalho notável no futebol e eles não… Agarrar num resultado para provar qualquer coisa é estúpido e, repito, de burro você não tem nada! Já tentar fazer os outros passarem por burros…
Estrangeiras e o Benfic@-Braga…
Quem acompanha o futebol feminino português tem a perfeita noção que há um nº muito limitado de jogadoras com um nível que clubes como Sporting, Braga e Benfic@ procuram. Se calhar teremos um lote de 28, 30, 32 atletas com capacidade e potencial para serem chamadas à selecção A. E entre estas é relativamente fácil pegar em 14, 15, 16 de onde sairá o normal 11 português. Muitas – vá, algumas – dessas 30/32 atletas ainda estão a dar os primeiros passos, como é o caso da nossa Joana Martins, e sendo jogadoras com potencial ainda estão longe do nível competitivo que estes 3 clubes exigem nos jogos a doer – entre eles! Contra um Boavista ou um Vilaverdense, pois não só servem como são superiores a muitas das jogadoras – talvez mesmo a todas – desses clubes.
O Sporting começou o seu projecto muito bem! Foram rápidos e certeiros e apanharam grande parte das boas jogadoras portuguesas que andavam espalhadas por aí. Aliás, basta ver as convocatórias da selecção principal para perceber isso – normalmente temos cerca de metade das convocadas.
O Braga também apanhou bastantes, no 1º ano, mas foi deixando-as sair por não conseguir suportar os ordenados que algumas delas recebiam – casos da Norton, da Jéssica ou da Dolores – preferindo investir o dinheiro de uma boa portuguesa em duas boas estrangeiras.
Logicamente, a entrada tardia do Benfic@ condicionou muito a escolha do plantel, não só porque a maioria das boas jogadoras portuguesas estavam colocadas como pelo facto de irem competir na 2ª Liga. A opção era óbvia e só podia passar por escolher uma ou outra jogadora interessante da 1ª Liga e recrutar estrangeiras.
Não perceber este contexto é simplesmente ignorar o que se passa. Não existem 50 boas jogadoras para este nível. Existem talvez umas 20/25 a que se juntam umas 5/10 jovens de bom potencial.
Quem viu ontem o jogo – e eu só vi até aos 10 minutos da 2ª parte porque tive de sair – percebeu que quer o Braga, quer o Benfic@ têm boas equipas. O Braga, como já se sabia, joga muito à base da capacidade física e da altura, não tendo um futebol muito elaborado. O Benfic@ demonstrou uma boa capacidade física – pelo menos na parte que eu vi – e um futebol técnico muito interessante, apresentando alguma dificuldade no jogo aéreo. Tem uma excelente base para preparar a próxima época.
Este jogo era interessante para perceber exactamente o que se pode esperar destas equipas para o ano. E ambas têm uma excelente base para ser trabalhada.
Mas nós também.
Dificilmente seremos campeões este ano. Não estou a ver o Braga perder mais pontos com alguém até ao nosso jogo. Nem estou a ver irmos ganhar por 3 golos a Braga – ainda que ache possível ganhar o jogo com uma arbitragem decente.
Isto, sendo assim, irá afastar-nos da WCL em 2019/20. E eu acredito que esta equipa do Braga, reforçada com 1 ou 2 jogadoras, poderá fazer aquilo que nós não conseguimos: passar a fase de grupos da WCL.
Dado o que foi, na minha opinião, o fracasso nas aquisições nestas 2 ultimas épocas – a passada e a actual – é preciso um investimento seguro em 4 ou 5 jogadoras que possam trazer mais valias para o 11 – sendo que 2 ou 3 terão de ser estrangeiras altas e fortes. Para o ano a coisa vai ser a doer e ou entramos a competir, ou a modalidade vai definhar…
Já disse que acho incompreensível como num orçamento duma SAD que factura 70M€ (sem CL e sem vendas) não se consegue que 2M€ vão para o Futebol Feminino. Caramba, é um ordenado dum cromo como o Alan ou um pouco acima dum Petrovic…
25 Março, 2019 at 12:42
“Logicamente, a entrada tardia do Benfic@ condicionou muito a escolha do plantel, não só porque a maioria das boas jogadoras portuguesas estavam colocadas como pelo facto de irem competir na 2ª Liga. A opção era óbvia e só podia passar por escolher uma ou outra jogadora interessante da 1ª Liga e recrutar estrangeiras.”
Compreendo este teu raciocínio, mas não acredito que seja só isso.
O Beinfic@ quer apostar em grande para ganhar tudo.
O Sporting, se quiser voltar ao poleiro, tem que abrir os cordões à bolsa e ir buscar jogadoras de top, como aquelas que estão no Lyon, por exemplo.
25 Março, 2019 at 12:44
Ou então haver limitação de estrangeiras utilizadas por jogo.
O banco de suplentes da equipa do Beinfic@ era praticamente constituído por portuguesas.
25 Março, 2019 at 13:32
Para o campeonato elas tem obrigatoriamente de ter 9 formadas localmente na ficha. Na taça, apenas as equipas da liga são obrigadas a ter 10 formadas localmente, para as da 2ª divisão o regulamento é omisso.
25 Março, 2019 at 13:57
Neste jogo da taça também tinham (mais que) 9 na ficha. Mas no banco de suplentes.
25 Março, 2019 at 14:35
Estão na ficha estão dentro do regulamento que infelizmente não fala em titulares
25 Março, 2019 at 14:39
Sim, eu sei. Por isso sugeri “Ou então haver limitação de estrangeiras utilizadas por jogo.”
25 Março, 2019 at 14:52
“formadas localmente” é genial! O “Jasus” diria que é uma faca de dois legumes: há brasileiras e cabo-verdianas dadas como “formadas localmente”.
Ter na ficha, é outro must! O Benfica joga na 2ª Divisão, normalmente com 9 ou 8 estrangeiras no 11, e depois tem 6 ou 7 das 8 suplentes portuguesas, algumas com 16 anos, que entram a 10 ou 15 minutos do fim com resultados já acima dos 15 ou 20, só para dizer que “utilizaram 5 ou 6 portuguesas”.
Na minha opinião, não há que saber: nesta altura do crescimento do Futebol Feminino Português a atleta estrangeira só faz sentido em dose mínima e para complementar e ajudar a esse crescimento. Se olhar para o 11 do Benfica na meia final da Taça, por exemplo, estavam 10 estrangeiras … a ajudar o crescimento … da Sílvia Rebelo!!!
Regulação nesta fase é necessária. Para garantir a aposta na atleta portuguesa e para garantir uma maior competitividade entre mais clubes (nomeadamente, respeitando mais os históricos da Modalidade, que tanto deram e continuam a dar à mesma e vêem o seu investimento de 3 décadas ser sugado por 3 ou 4 tubarões que chega à Modalidade de “paraquedas”.
Saudações leoninas
25 Março, 2019 at 14:56
+1
25 Março, 2019 at 15:28
Uma coisa absurda é a liga obrigar a inscrição de 10 e a 2 divisão apenas obrigar 9. Em teoria a 2 divisão seria o espaço para a jovem portuguesa crescer. E sem dúvida o formado localmente é uma falácia. Quanto às brasileiras com menos de 21 anos, como não têm 24 meses de permanência na FPF em princípio são não formadas. Mas a Evy e a Pauleta, uma cabo-verdiana e uma espanhola, que não são elegíveis para a selecção nacional são consideradas formadas localmente. Nós a época passada tínhamos a Ana Leite e o próprio slb tem a Jassie que são portuguesas, internacionais e não contam para as formadas.
25 Março, 2019 at 16:59
Absolutamente de acordo.
Essa coisa das formadas localmente é uma aberração!
Mais uma merda a que o Benfic@ tem grande responsabilidade.
25 Março, 2019 at 12:56
Então mas iam buscar quem?
Podiam ter ido buscar a Matilde Fidalgo, que não tinha aceitado renovar com o Sporting, mas ela não quis ir jogar para a 2ª Liga, tal como não quis assinar mais de 1 ano com o Braga – como não quis com o Sporting. Para o ano está no Benfic@ que é o clube dela.
E como não quis ela, não quiseram mais 2 ou 3.
Porque achas que o Sporting renovou por mais 3 anos com o Patrícia?
As jogadoras portuguesas que estão fora ganham todas bem – e é por isso que eu achei uma coisa sem sentido irem buscar uma Ana Leite (o ano passado) ou um Carolina Mendes (este ano) quando com esse valor se traz uma boa estrangeira – do género que o Braga contratou.
Não acho que sejam preciso, para já, jogadoras de um nível “Lyon”…
A Darlene é excelente jogadora. A Geyse é muito boa também e dava jeito no nosso ataque.
O que é preciso é equilíbrio. Obviamente, apostar na jogadora portuguesa, forma-las em condições, com técnica e competitivas, e depois complementar a equipa com 3 ou 4 boas estrangeiras, tecnicamente aceitáveis, que aportem o que a jogadora portuguesa não tem: altura e capacidade física! E é trabalhar sobre isto…
25 Março, 2019 at 13:53
O Miguel afirma com toda a convicção “As jogadoras portuguesas que estão fora ganham todas bem – e é por isso que eu achei uma coisa sem sentido irem buscar uma Ana Leite (o ano passado) ou um Carolina Mendes (este ano) quando com esse valor se traz uma boa estrangeira – do género que o Braga contratou.”. Mas onde vai o Miguel buscar essa convicção, se não são divulgados os números das transacções de activos no Futebol Feminino?
Saudações leoninas
25 Março, 2019 at 14:57
Falo de ordenados, Álvaro, não de transacções. Nem tenho conhecimento que alguma vez algum clube tenha pago uma transacção! Mas até pode ser desconhecimento meu…
Por exemplo, a Norton ganhava no Barcelona 7.500€ por mês e veio para o Braga ganhar o mesmo valor. A sua saída paga pelo menos 3 estrangeiras que jogam regularmente. A Jéssica foi ganhar um pouco mais que 3.000€ e a Dolores mais ainda.
É a informação que tenho de quem está mais ligado ao meio que eu. Da Norton tenho de 3 “fontes” a mesma informação. Parto do principio que está certa e o mesmo nas outras, até porque não vejo que interesse haja em mentir.
A Ana Leite ganhava 2.000 e tal euros e veio baixando ligeiramente o ordenado – do que me disseram ganhava 2.000 e poucos. A Carolina ganhava em Itália mais que a Ana Leite. Não sei as condições em que veio mas pode ter vindo numa situação parecida com a da Ana Leite – ganhar um pouco menos porque vem para Portugal e para um projecto atractivo e que, na altura, era dominador!
Portanto, eu parto do principio que estas pessoas são como eu e dizem a verdade porque quando não “sabem” dizem que não sabem. Discutimos de uma forma aberta e leal, não para passar mensagens que levem a enganos. Agora, ver nos contratos que é assim, nunca vi… 🙂
25 Março, 2019 at 16:11
Por isso é que é relevante que a informação nas contas da SAD sejam idênticas à do Futebol Masculino senior. Afinal são ambas realidades COMPLETAMENTE profissionais.
Não vejo como ou porquê contestar essa transparência. Afinal sempre é mais transversal e fiável do que o “ouvi de amigos”. Não contesto que o Miguel se fie nessas informações, mas por que raio hei-de eu (ou qualquer sócio do Clube ou qualquer accionista da SAD) acredite na validade desses elementos?
Saudações leoninas
25 Março, 2019 at 16:54
Ó Álvaro, tu fiaste no que quiseres.
Agora eu é que tinha de te dizer para te fiares nisto ou naquilo? Era o que faltava…
Mas continuo sem perceber a transparência que queres? É especificar quanto ganham?
É que não fazem isso nos homens…
É dizer que x é para ordenados dos homens e y é para ordenados das mulheres?
Mas dizem que x é para ordenados do hóquei, y para ordenados do voleibol e z é para o atletismo? E no atletismo dizem que s é para os masculinos e r é para os femininos?
E nós vamos pôr isso a nu porque tu queres quando mais ninguém o faz?
Nunca ouviste o MA dizer “ponham cá fora os vossos orçamentos que nós colocamos os nossos”?
Enfim, conversa da treta para encher chouriços!
25 Março, 2019 at 16:54
* fias-te…
26 Março, 2019 at 14:08
Não é especificar quanto ganham e já te esclareci isso várias vezes, inclusive em comentários neste post, pelo que acho inconcebível a insistência. Fui claro a este ponto: ““Pois é: está a ver para que serve a transparência das contas da SAD?” E não estava a aplicar com esta pergunta a mesma lógica mas sim a inversa NOQUE SE REFERE AOS ORDEBADOS DO PETROVIC OU DO ALAN RUIZ, QUE NÃO SEI QUANTO SÃO NEM ACHO QUE DEVO SABER!!! AÍ SIM É QUE DEVE PARAR A TRANSPARÊNCIA. Porque, verdade ou mentira, o Miguel também não deverá de gostar de ver escarrapachado num blogue o seu ordenado. Está a ver para que (não) serve a transparência das contas da SAD?”
Tendo sido de tal forma esclarecedor, o Miguel só volta à carga coma mesma “dúvida” porque gosta de contrariar e afirmar um seu ponto de vista quase com sendo exclusivo, mesmo quando é evidente que o seu interlocutor defende EXACTAMENTE a mesma coisa. Agora o que eu já entendo que deva constar nos R&C é quanto gasta globalmente a SAD com a folha salarial, descriminando o total de salários por plantel (A e Sub23 nos Homens e nas Mulheres) e o total de impostos referentes a esses salários. Porque isso são contas da SAD e não violam a privacidade de dados individual. Para mais numa SAD maioritariamente detida por um Clube que goza do Estatuto de Instituição de Utilidade Pública.
Quanto à lógica do hóquei e do atletismo, é mais demagogia do Miguel que está careca de saber que essas Modalidades não estão em SAD e os seus custos estão em R&C do Clube. Portanto não são realidades comparáveis. Sê-lo-iam se o Futebol Feminino não estivesse na SAD.
Infelizmente, nas Modalidades não descriminam os custos globais de salários por Modalidade, mas, tanto quanto me lembro, descriminam os custos globais totais por Modalidade, o que aproxima dos custos salariais com atletas e técnicos (uma vez que os custos restantes serão relativamente residuais, talvez 5 a 10%, penso).
Saudações leoninas
25 Março, 2019 at 14:05
“Então mas iam buscar quem?”
Isso é problema deles. Mas deixo-te uma resposta “académica”.
Olha… Ou iam buscar jogadoras portuguesas que estão em clubes estrangeiros ou algumas espalhadas pelos clubes portugueses, embora de qualidade inferior.
“Podiam ter ido buscar a Matilde Fidalgo”
Já deste a resposta a seguir a esta frase.
“Não acho que sejam preciso, para já, jogadoras de um nível “Lyon”…”
Gostei do “para já”, pois há-de chegar o dia em que vai ser preciso se quiserem (voltar a) ganhar alguma coisa.
“A Darlene é excelente jogadora. A Geyse é muito boa também e dava jeito no nosso ataque.”
Essas duas são do Beinfic@… Nada feito, salvo se tiverem contrato só por um ano.
Da reportagem que eu vi, não me parece. O projecto é para mais tempo.
“O que é preciso é equilíbrio. Obviamente, apostar na jogadora portuguesa, forma-las em condições, com técnica e competitivas, e depois complementar a equipa com 3 ou 4 boas estrangeiras, tecnicamente aceitáveis, que aportem o que a jogadora portuguesa não tem: altura e capacidade física! E é trabalhar sobre isto…”
Inteiramente de acordo. Aqui estamos em sintonia.
25 Março, 2019 at 16:24
“O que é preciso é equilíbrio. Obviamente, apostar na jogadora portuguesa, forma-las em condições, com técnica e competitivas, e depois complementar a equipa com 3 ou 4 boas estrangeiras, tecnicamente aceitáveis, que aportem o que a jogadora portuguesa não tem: altura e capacidade física! E é trabalhar sobre isto…” ((Miguel dixit)
“Inteiramente de acordo. Aqui estamos em sintonia.” (Jaime Grilo dixit).
Já somos 3 em sintonia!
Eu até especificaria 2 centrais altas, 1 central alta e atlética, com boa leitura de jogo, rápida a “varrer” a zona à frente das centrais, com boa saída de bola sob pressão e boa qualidade de passe, passar a Nevena para 8 box-to-box (como Adrien); manter a Syd Blomquist a 10 ou 9 ou “9,5” variando terrenos com a Diana Silva e a Capeta; emprestar a Mariana Azevedo, a Sharon Wojcick, a Carlyn Baldwuin, a Nadine Cordeiro e a Constança Silva a equipas como o Futebol Benfica, o Estoril-Praia, o Valadares Gaia ou o Albergaria.
Um abraço aos dois e saudações leoninas
25 Março, 2019 at 16:45
Vês que até nos entendemos?
Afinal não é difícil!
27 Março, 2019 at 3:36
Já deve ser a 4ª ou 5ª vez que afirmo isto! Não percebo o tu espanto! Já agora uma correcção ao meu comentário: coloquei duas centrais e mais uma central à frente das centrais … obviamente era uma trinco e não uma central. Mas esse é o upgrade que defendo para a próxima época. Porque, até esta época, estávamos a dar-nos bem com o que tínhamos. Nesta prova-se que já é preciso mais? Vamos então compensar! E mesmo sem muito stress, que não me preocupa tanato assim se não ganharmos, mesmo sendo esse, sempre, o objectivo. O upgrade que advogo implica um aumento significativo do nosso investimento: por isso, admito que, se não for possível tudo, então se abdique, neste próximo ano, de uma das tais 2 centrais altas e, aí, não se emprestaria já a Mariana Azevedo. A segunda central alta estrangeira, viria ou no mercado de Janeiro ou no ano seguinte.
Acho a minha diferença em relação ao que o Miguel advoga, julgo estar na premência da contratação para ganhar. Eu não vejo assim. Acho que devemos fazer upgrades sim mas mantendo um nível de progressão do investimento, relativamente baixo. Particularmente porque os outros dois rivais estão a investir mais desesperadamente. É deixá-los porque, pelo menos um deles se irá dar mal. E nós continuamos a percorrer o nosso caminho, continuando a exercer a mesma pressão competitiva no escalão profissional, com menos investimento e com a garantia de que dentro de 2 a 3 anos, temos jogadoras que vieram da Formação, a alimentar com muita qualidade esse quadro principal.
Outro dado que acho que devemos considerar para o próximo ano é o de aumentarmos o plantel, mas fazendo empréstimos de algumas jogadoras (as que forem substituídas pelas tais aquisições e algumas jogadoras que ascendam da nossa formação mas tenha menos possibilidade de jogar no plantel principal – e que queiramos a competir num patamar competitivo do que a segunda divisão que é muito pouco interessante). Será uma forma de darmos tarimba a algumas jogadoras e reforçar as equipas de segundo plano (Estoril, Futebol Benfica, Valadares, Albergaria); isto desde que haja regras para os empréstimos idênticas às actuais do Futebol Masculino e, preferencialmente, que haja uma limitação do número de estrangeiras.
Saudações leoninas
25 Março, 2019 at 12:52
“a transparência tem um limite”
O profeta Salgado Zenha instituiu o 11º mandamento, cabe agora aos sacerdotes espalhar a palavra…
25 Março, 2019 at 12:57
Bom mesmo é expor o nosso jogo e dar trunfos aos adversários…
É isso e ser burro!
25 Março, 2019 at 16:21
E em que é que a divulgação desses dados fragiliza o clube ou a SAD?
Essa informação fragiliza de se revelarem negocios ruinosos existindo melhores alternativas. Mas se não souberes os contornos, não podes contestar, porque é especulação.
25 Março, 2019 at 16:44
Mas falas do quê, em concreto?
Eu só peguei no que o Álvaro disse…
Por exemplo, tanta transparência e sabes de quanto é o patrocínio da CASA? Sabes se não havia possibilidade de ter um melhor?
Levantaste a voz quando foi anunciado sem especificarem?
Essas coisas não são para vir cá para fora. Até porque muitas vezes as outras empresas também não querem divulgar os valores. O que muitas vezes aparece é a CS a dizer que foi X… Nem o clube, nem a empresa dizem de quanto é o contrato. E é assim com quase todos…
25 Março, 2019 at 13:50
Mais uma vez, o Miguel argumenta com o “tom” bélico que enviesa o debate (e quiçá o discernimento).
Não misturo alhos com bugalhos. O Miguel é que analisa assim. Limitei-me a “transcrever” uma notícia que acho pertinente para o futuro bem próximo do Futebol feminino na Europa. Porque, como realcei, tenderá a ser rapidamente replicado em países como a Espanha, a França, Itália, ou Alemanha. Primeiro, porque já têm várias equipas profissionais; segundo, porque têm um Mercado de mais de 50M de habitantes e com maior potencial de cativação exterior; terceiro porque, já estão num grau de desenvolvimento que atrai bons públicos com regularidade; quarto porque tem um muito maior número de empresas e instituições financeiras de grande dimensão. Ora, quando a realidade que já atingiu a Inglaterra, atingir estes outros países, haverá a imediata tendência de a UEFA procurar replicar os modelos competitivos e de regulação que aplica no Masculino. É a minha dedução e parece-me lógica.
“A transparência tem um limite. Não vamos ser transparentes só porque uns iluminados acham que isso é giro, quando mais ninguém se expõe dessa maneira.” (Miguel dixit). Em primeiro lugar acho que a transparência não deve ter limite para além do que proteja o direito à privacidade: as contas de Sociedades cotadas em Bolsa não são abrangidas por esse direito. Depois, o facto de outros não cumprirem com os requisitos legais não significa que nós também o não façamos. Aliás , o Sporting deve até PRIMAR e ORGULHAR-SE em ser pioneiro neste tipo de matérias. Depois o que se está a exigir é que se cumpra um direito dos Sócios (os da SAD e os do Clube) de ver expressas nas Contas da SAD as despesas, receitas, movimentações de activos, etc do Futebol Feminino profissional EXACTAMENTE da mesma forma que estão as do Futebol Masculino Profissional. Finalmente que se exija isso de nós próprios, em primeiro lugar, é um passo necessário para termos moral para exigir que o mesmo seja feito pêlos outros, A COMEÇAR PELA FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL que, não sei se reparou, foi que motivou o reparo da ausência de transparência e é uma instituição de utilidade pública supervisionada pelo Estado Português.
O seu parágrafo sobre as estrangeiras é uma mão cheia de nada: como dizem os Gato Fedorento; fala, fala e não diz nada. Oque é que de todo esse extenso parágrafo, o Miguel conclui sobre a limitação do número de estrangeiras?
Os outros 7 longos parágrafos, são o novo desfilar do rosário de opiniões do Miguel sobre os pró e contras na constituição dos 3 plantéis seniores e as virtudes e lacunas na forma como foram sendo construídos. Ora aí está uma boa mistura de alhos com bugalhos, uma vez que não falei de nada disso neste post.
Pego, todavia, no último parágrafo, porque entronca em algo que já foi explicado mais atrás: “(…) Já disse que acho incompreensível como num orçamento duma SAD que factura 70M€ (sem CL e sem vendas) não se consegue que 2M€ vão para o Futebol Feminino. Caramba, é um ordenado dum cromo como o Alan ou um pouco acima dum Petrovic…” (Miguel dixit). E o Miguel sabe que “a SAD factura 70M€ (sem CL e sem vendas) e … os ordenados de cromos como o Alan ou Petrovic” como? Pois é: está a ver para que serve a transparência das contas da SAD? E desses 70M€ de receita, quanto é do Futebol Feminino? E qual a despesa do Futebol Feminino? E como justifica ao accionista ou ao sócio que se “retire” dinheiro do Futebol Masculino para “dar” ao Futebol Feminino? ´Não tem de haver uma base de sustentação financeira dessa política para justificar as opções? Não acha estranho o Migue ser um defensor de mais investimento para o Futebol Feminino profissional e, simultaneamente, ser contra a apresentação transparente das suas contas?
Espero que não ache que, nesta resposta, misturei alhos com bugalhos.
Saudações leoninas
25 Março, 2019 at 16:08
Se há “tom bélico” daqui, Álvaro, é para responder ao “tom bélico” e à “piadinha da primária” que vem daí!
Mas é um se… Eu não ando aqui para chatear ninguém mas simplesmente para dar a minha opinião e debater as coisas.
Eu sou constantemente “agredido” com piadinhas, inclusive por ti, e outras coisas piores e tento não baixar a esse nível contigo porque respeito o facto de seres um colaborador aqui na Tasca e por tudo fazer para que se possa discutir o tema dentro de uma certa elevação. Mas há limites para tudo e eu não sou perfeito…
Eu acho o que acho, como todos fazemos aqui.
E cada um expressa aqui as suas ideias.
Podem acusar-me de textos longos, de comentar muito, de até ser chato, mas não podem acusar-me de ofender as pessoas gratuitamente ou de não fundamentar as minhas opiniões – que depois vocês podem concordar ou não, como é óbvio!
Eu só disse que o Futebol Feminino vai a reboque do Futebol Masculino em Inglaterra porque, para mim, isso é evidente – no sentido em que estão a fazer as mesmas coisas boas que tornaram o Futebol Masculino no campeonato mais visto do mundo e ainda usam isso em favor do Futebol Feminino, o que é muito bem feito.
Pedir para, em Portugal, olharem para isso, é bonito, mas não passa duma piada pois se nem olham para a parte Masculina, vão olhar para a parte Feminina?
Mas, pronto, é só um detalhe. Teoricamente isso está tudo certo mas é um discurso que cai em saco roto, como se disse do discurso do Sporting/Varandas sobre o que aconteceu no Dragão Caixa: tudo certíssimo mas não vai adiantar nada! Aqui é igual.
Mas fica o registo, pelo menos!
A transparência…
1º tu achas que não há limites e eu acho que há. Nenhuma sociedade, quer o Braga, quer o Sporting, quer o Benfic@, estão ilegais na forma como as contas são apresentadas. Não são obrigados a separar o futebol masculino do feminino. Portanto, nada há de ilegal aqui, ao contrário do que insinua – “o facto de outros não cumprirem com os requisitos legais não significa que nós também o não façamos”! Não há qualquer ilegalidade!
Sejamos sérios, Álvaro. No futebol masculino separam-se as contas do Profissional da Formação? Grosso modo, não! O que está lá é o bolo total. Mostram-se os ordenados? Não. O que se mostra são compras e vendas que, surpresa, no feminino não existem até à data! Que raio de contas quer então ver expostas “como no masculino”?
2º se decidirem que se deve mudar as coisas, ok, não sou contra. Não percebo é porque raio nós temos de esmiuçar tudo ao detalhe, expondo-nos como mais ninguém se expõe, só porque sim? Qualquer dia vão querer que seja tudo publico, até qualquer contrato. Isso, sim, seria a transparência total!
3º, NUNCA me “ouviu” defender a ilegalidade. NUNCA! E, garanto-lhe, NUNCA, me “ouvirá” defender tal coisa.
O que eu defendo é que se seja inteligente! E isso implica, por exemplo, TER O DISCERNIMENTO para não cometer os mesmos erros dos rivais mas TER O MESMO DISCERNIMENTO para copiar ou usar o que fazem bem feito. Porque o Sporting não tem de inventar tudo ou ser o pioneiro em tudo. E é isso que vocês, na vossa cega clubite – nem estou certo que seja o teu caso mas às vezes parece – não percebem! Benfic@ e Porto são muito similares – para mim a grande diferença entre ambos é o equipamento – e são clubes cujos processos são, no mínimo, altamente questionáveis – para mim clubes corruptos que já deviam ter sido penalizados por isso com descidas de divisão e dirigentes presos por largos anos – mas nem tudo o que fazem é mau e dentro das más práticas. E nós temos a OBRIGAÇÃO de ver isso e de trazermos a pouca parte boa que terão para nós, para que possamos ser mais fortes.
Não há, repito, nenhuma ilegalidade no modo como as contas são apresentadas. Nem no Sporting, nem nos outros clubes. A não ser que sejam mentira e isso eu já não sei. Parto do principio que as contas são reais.
4º, eu não falei na limitação de estrangeiras!
Isso passou-te ao lado por lapso ou foi de propósito?
O que eu defendo ou acho sobre isso, não abordei.
Limitei-me a explicar, do meu ponto de vista, tentando colocar-me na posição do outro, qual terá sido a linha de orientação. Porque, meu caro, se fosse ao contrário, se fosse o Benfic@ a ter entrado há 3 anos e nós este ano, éramos nós que teríamos o problema com que o Benfic@ se deparou. Ou não consegues ver isso? E ias buscar jogadoras portuguesas onde, para teres uma equipa competitiva?
Pois é… Falar e criticar é fácil… Olhar todo um contexto é que depois complica um bocadinho o encontrar das tão fáceis soluções!
5º, o Miguel sabe que a SAD factura 70M€ sem CL e vendas porque é isso que diz o R&C e foi isso que quer o Bruno, quer o Varandas já disseram que era a nossa realidade. Inclusive, já na Direcção do Varandas, como aliás o Bruno já tinha dito, o objectivo é fazer subir esse número. O Bruno disse, inclusive, que tínhamos de chegar aos 110/120 M€ com a CL – no ano em que fizemos pouco mais de 90M€ nessas circunstâncias, coisa que hoje seria facilmente possível indo à CL devido ao aumento dos prémios mas isso foi dito antes deste aumento dos prémios.
Quanto aos salários… epá, sei! É a vida! Queres o nome de quem me disse? O que é engraçado é que eu os digo aqui há talvez um pouco mais de 2 anos e há pouco tempo falaram neles na CS. Cenas!
6º, então, dos 70M€ de receita, ao Futebol Feminino não cabem só 500 mil euros? Não é isso que tu dizes aqui a toda a hora? Que o Sporting investe no Futebol Feminino 500 mil euros e que a equipa A do Benfic@ custa 1M€ e a do Braga 750 mil euros – que não é verdade, obviamente!
7º, não, o Miguel não acha estranho! O Miguel acha que a SAD, onde estão o futebol masculino e feminino, fazem parte do Sporting e formam um todo em que uma parte leva 50 ou mais anos de avanço da outras e que a parte que vai atrasada dever ser ajudada pela parte que vai adiantada. E, lá está, só peço que o ordenado dum pino como o Alan ou o Petrovic possam ser investidos nessa modalidade! E volto a dizer, ser transparente não é expor-nos estupidamente!
8º, e para acabar, eu acho 2 ou 3 coisinhas que são importantes deixar aqui para o contexto pré aumento de receitas da CL – que se quiserem depois podemos debater – e do Clube.
a) é (era) perfeitamente possível lutar pelo título com um plantel orçamentado entre os 50/55 M€ contra os nossos rivais a baterem os 70/75 M€. E quanto melhor se trabalhar na formação, e quanto mais assertivos formos nas contratações, mais perto deles estaremos mantendo o mesmo orçamento.
b) partindo dos tais 70M€ de receita ordinária, é (era) possível subir isso os 20M€ que o Bruno falava sem a venda de jogadores e sem a CL. Requer trabalho, muito trabalho, mas é possível.
c) partindo dos 20M€ que o Clube factura anualmente, já aqui defendi que era possível, sem perda de competitividade nas modalidades já existentes, a inclusão do Basquetebol (2M€/ano) só por um melhor aproveitamento dos recursos e um aumento dos patrocínios e da venda dos bilhetes.
Portanto, eu acredito que trabalhando bem vamos lá chegar. O Sporting é absolutamente viável e as pessoas deviam ajudar, sejam quais forem os presidentes, directores, treinadores ou jogadores. Criticar sim, apontar soluções sim, mas ajudar acima de tudo!
25 Março, 2019 at 17:41
Muito bem Miguel: as primeiras 15 linhas para justificar o tom e queixar-se das “piadinhas” e afirmar que “não podem acusar-me de ofender as pessoas gratuitamente”. Isto para quem já me chamou de burro, idiota, estúpido e tontinho, está muito bem. Mas, embora, não gostando relevo porque sei que o tom se deteriora muitas vezes em qualquer Tasca que se preze. Passe. E vamos, denovo, ao que interessa:
a) ” Pedir para, em Portugal, olharem para isso, é bonito, mas não passa duma piada pois se nem olham para a parte Masculina, vão olhar para a parte Feminina?” A questão é que aquilo que afirma é um chavão que só corresponde à realidade quando ninguém se mexe. O Sporting em 2013/14 começou a mexer-se e bem, produziu um caderno de propostas para melhorar o Futebol português e credibilizar a indústria, apresentou-o na Federação, a todos os Clubes da Liga e à 22 Associações de Futebol e obteve resultados. Não os obteve logo. Teve que levar nas orelhas da CS avençada, teve o escárnio e maldizer de vários Clubes, teve a aparente indiferença dos organismos oficiais, mas insistiu, nacional e internacionalmente e obteve resultados. Hoje há divulgação dos relatórios e da avaliação dos árbitros, há vídeo-árbitro e a introdução de novas tecnologias como auxiliares da arbitragem. Por isso sim, acho que vale a pena apresentarmos propostas válidas para o Futebol Feminino, mesmo que elas sofram resistências iniciais. Essa é outra coisa boa que tínhamos conquistado no Sporting e que não gostaria de ver perdida: a capacidade de lutar pela transparência, pela Verdade desportiva e pela defesa da indústria, apresentando propostas concretas e levando-as aos mais variados e pertinentes fóruns. (Que é feito do Congresso The Future of Fotball?). E antes que alguém me responda com o paleio de defesa do Profeta ou do Messias ou do Gordo ou de BdC pu de quenm quer que seja, esclareço que apenas estou a defender um PRINCÍPIO que entendo deveria ser mantido no Nosso Sporting, independendo de quem esteja à frente dele.
b) A transparência é exactamente aplicar as Contas e Relatórios da SAD as mesmas regras no Futebol Feminino Profissional que são aplicadas no Futebol Masculino Profissional: uma tabela dos activos e dos seus valores (se veio da Formação o valor do activo é zero mas consta nos Relatórios e nas Contas) e o montante da folha salarial; bem como as receitas de sponsoring, de patrocínios, de merchandising; bem como outros custos. É tão só fazer no Futebol Feminino o que se faz no Masculino. Pergunta e responde o Miguel: “No futebol masculino separam-se as contas do Profissional da Formação? Grosso modo, não! O que está lá é o bolo total. Mostram-se os ordenados?”. FALSO! No Futebol Masculino separam-se as contas do Futebol profissional das do Futebol de Formação e estão os dados das transacções de activos (que não existem, teoricamente, na Formação) e do custo global dos salários do Futebol Profissional. E eu também só falei do Futebol Feminino Profissional!
c) “porque raio nós temos de esmiuçar tudo ao detalhe, expondo-nos como mais ninguém se expõe, só porque sim? Qualquer dia vão querer que seja tudo publico, até qualquer contrato. Isso, sim, seria a transparência total!”. Demagogia Miguel! Não leu em nenhum dos meus escritos defender o que questiona. Fui claro afirmando que o limite para a transparência é o da privacidade individual; daí não defender que se publique resultados; mas já defendo que a Sporting SAD divulgue o gasto total anual com salários de jogadores (até porque o Sporting Clube Portugal é o principal accionista e é uma instituição que goza do estatuto de utilidade pública; mas também porque o Clube é de Sócios e a SAD de accionistas que devem ser devidamente informados; já expliquei os limites).
d) “NUNCA me “ouviu” defender a ilegalidade. NUNCA! E, garanto-lhe, NUNCA, me “ouvirá” defender tal coisa. (…)” e por aí fora. Mais demagogia Miguel. Onde me leu a dizer que havia ilegalidades? O não cumprimento dos requisitos legais é óbvio, por integrarem as equipas profissionais femininas na Futebol SAD e não aplicarem as regras de informação definidas pela CMVM: Isso não é uma ilegalidade. É sim uma INCONFORMIDADE! Que só passa por os pingos da chuva porque a CMVM é mais reactiva que proactiva e porque a regulação é ineficiente!
e) “eu não falei na limitação de estrangeiras! Isso passou-te ao lado por lapso ou foi de propósito? O que eu defendo ou acho sobre isso, não abordei.” MAIS DEMAGOGIA MIGUEL? A que propósito vem isso? Onde é que eu disse que falou na limitação de estrangeiras? Por sinal, sobre essa matéria, como se pode ler num outro comentário seu e nos comentários ao mesmo do Jaime Grilo e meu, até estamos em quase total sintonia. Eu apenas comentei que, no seu 1º comentário ao meu post, dedica um parágrafo à utilização de atletas estrangeiras mas não fala de nada do que eu falei no post; daí eu ter PERGUNTADO: ” O que é que de todo esse extenso parágrafo, o Miguel conclui sobre a limitação do número de estrangeiras?”, porque foi sobre essa limitação que eu falei no post.
f) “o Miguel sabe que a SAD factura 70M€ sem CL e vendas porque é isso que diz o R&C e foi isso que quer o Bruno, quer o Varandas já disseram que era a nossa realidade.” E foi por isso que eu respondi com a questão: “Pois é: está a ver para que serve a transparência das contas da SAD?” E não estava a aplicar com esta pergunta a mesma lógica mas sim a inversa no que se refere aos ordenados do Petrovic ou do Alan Ruiz, que não sei quanto são e acho que nem devo saber!!! Aí sim é que deve parar a “transparência”. Porque, verdade ou mentira, o Miguel também não deverá de gostar de ver escarrapachado num blogue o seu ordenado. Está a ver para que (não) serve a transparência das contas da SAD?
g)”então, dos 70M€ de receita, ao Futebol Feminino não cabem só 500 mil euros? Não é isso que tu dizes aqui a toda a hora?” Não digo a toda a hora e quando o disse referi a fonte, que podes confirmar, porque passou num programa da Sporting TV. Não foi de nenhum amigo, porque mesmo o melhor amigo pode ser enganado.
h) “não, o Miguel não acha estranho! O Miguel acha que a SAD, onde estão o futebol masculino e feminino, fazem parte do Sporting e formam um todo em que uma parte leva 50 ou mais anos de avanço da outras e que a parte que vai atrasada dever ser ajudada pela parte que vai adiantada. E, lá está, só peço que o ordenado dum pino como o Alan ou o Petrovic possam ser investidos nessa modalidade! E volto a dizer, ser transparente não é expor-nos estupidamente!” MAIS DEMAGOGIA MIGUEL! Não foi isso que lhe perguntei de achava estranho? Foi sim exigir mais investimento na equipa feminina, mas entender que isso não deva constar das Contas da SAD. E isso é spor-nos tão estupidamente como nos expõe a divulgação feita no Futebol Masculino profissional porque É SÓ ISSO QUE UE RECLAMO!
O 8º ponto do Miguel nem o debato aqui (independentemente de concordar ou discordar) por extravasar o Futebol Feminino. Acho, no entanto, um tópico muito interessante e a merecer a reflexão dos sportinguista.
Um abraço Miguel e saudações sleoninas
25 Março, 2019 at 23:53
Passando ao que interessa…
a) Fui muito claro no que escrevi. O que o Álvaro fez aqui neste post é similar ao que o Varandas fez na CI sobre a agressão ao MA. Ou seja, está do lado da razão mas o que pede vai cair em saco roto.
Há divulgação dos relatórios do árbitros? Não me faças rir!
Há divulgação da avaliação dos árbitros? Nem avaliação há…
Já expliquei como o VAR foi implementado e porquê em Portugal. Não tira o mérito ao Sporting por ter lutado por isso mas NÃO FOI POR O SPORTING TER LUTADO POR ISSO que há VAR.
O dossier com propostas apresentado foi muito positivo. Simplesmente cagaram nisso!
b) Se calhar tem razão e até separam as contas da Formação do Profissional. Não me lembro de ver isso mas na próxima vez vou ver com mais atenção. Pode muito bem ser que tenha razão aqui e eu não.
No entanto, no resto quer que coloquem o quê se todas as jogadoras chegam com um custo zero ao Sporting? Uma coisa é dizer que o Dost custou 12M€ e que o Alan custou 8M€. Faz sentido isso porque houve um custo. No futebol feminino não existe esse custo! Quer que lá ponham o quê em concreto?
c) O Sporting SAD divulga o gasto em salários anuais, como divulgam os outros clubes. Não separa o masculino do feminino porque não é obrigado a isso e porque nenhum clube o faz!
Ponto.
Para mim isto é um não assunto.
Cumprimos as regras, cumprimos a lei, fazemos como todo o mundo faz… Onde está mesmo o problema?
d) “Depois, o facto de outros não cumprirem com os requisitos legais não significa que nós também o não façamos.”
No meu português quem não cumpre os requisitos legais comete uma ilegalidade…
Mas está explicado e seguimos em frente!
e) Não concluí nada porque não tive a intenção de falar sobre o assunto. Nesta altura, este assunto é outro não assunto para mim. É um assunto que poderá ser abordado e debatido no futuro, na altura certa. Não agora, para agora, como querem só porque o Benfic@ joga com 10 estrangeiras no 11 titular. O Benfic@ joga com as regras que existem e existiam na altura. Como TODAS as outras equipas!
f) O facto de eu dizer que x ganha y… vale o que vale. Quem quer liga. Quem não quer não liga. Não é vinculativo. E eu só falo nisso quando o tema é dinheiro ou falta dele. E para se ter a noção da merda que se tem feito no clube há décadas!
g) Pois, tudo certo, Álvaro… Eu já ouvi coisas na Sporting TV que SEI QUE SÃO MENTIRA. Portanto, eu confio em quem eu quero confiar – por ter razões para isso! Confio mais numa pessoas que sei há décadas que é tão sportinguista quanto eu, tão preocupado com o clube quanto eu, tão honesto nas suas opiniões e “dicas” como eu, e que nunca me deu razões para não confiar no que diz. Ora, se na Sporting TV já os vi a dizerem coisas que eu sei que não são verdade, que eu sei que há o interesse em passar essa mensagem… A Sporting TV está atrás destas minhas fontes, no que toca a eu confiar ou deixar de confiar. E dou outro exemplo… Eu vi pessoas a dizer na Sporting TV, que o Patrício há anos que quer sair do Clube e outras a dizer que o Patrício sempre teve a vontade e o objectivo de fazer toda a sua carreira no Sporting. Em que ficamos?
h) Não concordo contigo, Álvaro. Achas que há alguma contradição e eu não vejo contradição nenhuma. Para começar, eu não exijo nada. Quem sou eu para exigir o que seja ao Sporting… Se exijo alguma coisa é que façam o melhor e me deixem apoiar…
Eu gostava de ter mais investimento no FF, sim! E acho isso perfeitamente possível, sim! Basta não esbanjar dinheiro, como o clube faz há décadas! Mas não acho relevante que venha escrito nos relatórios que são 68M€ gastos no FM e 2M€ gastos no FF porque os outros clubes não têm nada a ver com isso! Tudo pertence à SAD e chega dizer que se gastam 70M€.
Se decidirem que o devem fazer, eu também não sou contra. É outro não assunto para mim. Não dou a importância que tu dás a isso. O que é importante para mim é que gastem bem o dinheiro e que não se endividem estupidamente, coisa que não fazem há 4 décadas!
O ponto 8 já foi um extra para se perceber algum do contexto onde sustento as minhas convicções.
Eu acho que, mesmo não tendo as condições das duas nádegas sujas, temos as condições necessárias para darmos luta se formos competentes e inteligentes. E isto é de extrema importância para mim! É por isto que eu luto porque é por aqui que podemos crescer!
SL
25 Março, 2019 at 15:11
Continuo sem perceber a lógica.
Um tipo qualquer resolve gastar 5M/ano numa equipa feminina. Gosta de ver miúdas em calções a correr atrás décima bola. Proibe-se a equipa dele de participar porque o orçamento é 10x que os outros todos juntos?
Há um mecanismo de regulação a implementar? O que se deseja?
É que nos últimos 2 anos Braga e Sporting secaram tudo em redor e não deram qualquer hipótese, e não vi grandes problemas.
25 Março, 2019 at 15:11
Atrás de uma bola
25 Março, 2019 at 15:18
“Proibe-se a equipa dele de participar porque o orçamento é 10x que os outros todos juntos?”
Claro que não. Mas deve regular-se a participação das estrangeiras.
Caso se mantenha, é o Sporting apostar forte e feio em…
“THE BEST: SAIBA QUEM SÃO AS DEZ NOMEADAS PARA MELHOR JOGADORA DO ANO
Lucy Bronze (Lyon)
Pernille Harder (Wolfsburg)
Ada Hegerberg (Lyon)
Amandine Henry (Lyon)
Sam Kerr (Sky Blue FC)
Saki Kumagai (Lyon)
Dzsenifer Marozsan (Lyon)
Marta (Orlando Pride)
Megan Rapinoe (Seattle Reign)
Wendie Renard (Lyon).”
25 Março, 2019 at 15:19
Estes nomes são apenas indicativos… São o top dos tops. Bastavam algumas com um nível aproximado a estas estrelas.
25 Março, 2019 at 16:40
E não é isso que faz em Futebol Masculino….o City, o Real Madrid, a Juventus, etc?
25 Março, 2019 at 17:52
E acho que se deve regular sim!
As equipas profissionais femininas, integradas em SAD, deveriam apresentar à CMVM exactamente a mesma informação a que estão obrigadas as equipas profissionais masculinas.
Os Clubes que utilizam instalações de terceiros deveriam ser obrigados a comunicar os custos anuais dessa utilização.
Deveria haver uma limitação da inscrição e utilização de jogadoras estrangeiras.
Deveria haver uma limitação dos empréstimos efectuados a outros clubes nas mesmas competições.
Deveria ser dada uma moratória (3 a 5 anos) para a completa profissionalização da 1ª Liga Feminina.
Deveria ser dada uma moratória (3 anos) para a completa profissionalização do quadro de árbitros(as) a 1ª Liga.
Deveria ser dada uma moratória (3 anos) para implementação do recurso a VAR na 1ª Liga.
Já são 7 regulações que fazem TODO o sentido em nome da transparência, da lealdade de concorrência, da defesa da jogadora portuguesa e do crescimento da Modalidade em Portugal e da Verdade Desportiva.
25 Março, 2019 at 18:22
Que informações prestam as equipas profissionais masculinas?
Compras e vendas de jogadores?
25 Março, 2019 at 21:36
Exacto e R&C auditados, entre outras informações de operações financeiras.
A questão é que essas informações se reflectem nos R&C, mas já vais para o 3º ano de equipa profissional feminina e não tens uma única alusão sequer à sua existência nos RC das SAD de 2017 e 2018. Ainda dou de barato que não houvesse no de 2017, porque a profissionalização ainda não era uma realidade “total”. mas em 2018, seria “obrigatório”. Até da Formação Masculina tens informação sobre custos globais e nem uma palavra sobre o Futebol Feminino. Os outros Clubes que têm futebol feminino profissional (a saber, Braga e Benfica e acho que o Estoril) não sei sequer se as suas equipas estão nas respectivas SADs. E isso é de uma desigualdade chocante! Maior ainda para os Clubes que não estão profissionalizados e que foram o sustentáculo do Futebol Feminino e dos Campeonatos Nacionais desde 1992/93 até 2016/17.
Saudações leoninas
25 Março, 2019 at 22:01
Em relação às estrangeiras, bastaria fazer o que a Espanha faz. Não podem limitar as comunitárias por causa da livre circulação. Mas limitaram as extra comunitárias a 6 com 3 apenas em simultâneo
25 Março, 2019 at 16:31
Mas qual lógica?
Há lógica? Ou é um Benfic@ e passa a haver um problema?
Alguém procurou fazer o exercício se fosse ao contrário? Se fosse o Sporting a entrar este ano, como seria?
25 Março, 2019 at 18:08
Miguel, não tem que fazer o exercício ao contrário porque a questão que coloca subverte toda a realidade.
O Sporting, o Braga , o Estoril (e, na altura, o Belenenses) entraram quando a Federação fez o convite a TODOS os Clubes da LPFP. O Benfica não entrou na altura porque não acreditava no Futebol Feminino. Depois de ver o potencial que existe (graças ao investimento sobretudo de Braga e Sporting) acharam conveniente (e muito bem) construir o seu projecto. Claro que o tiveram de construir de forma diferente, porque se vão deparar com dois rivais já “instalados” (embora eu ache que terão “exagerado” no que investiram em ano de 2ª Divisão, francamente pouco competitiva; só a Taça, no meu entender era pouco e, aliás, até se deram mal; mas é para o lado que durmo melhor … é lá com eles); de notar que o Benfica também foi já, desde a época passada, edificando um projecto de formação que se revela algo interessante, competindo em sub17 (com 2 equipas, para integrar idades mais novas) e em sub19.
Saudações leoninas
26 Março, 2019 at 0:01
Discordo, Álvaro.
Sei disso tudo, como é evidente.
O que eu digo é que havendo um limite curto de boas jogadoras, entre as que estão no estrangeiro a ganhar muito bem, as que estão no Braga e as que estão no Sporting, praticamente não sobrou nenhuma jogadora portuguesa para o Benfic@ ir buscar.
Isto aconteceria ao Sporting se o Benfic@ tivesse entrado há 3 anos e o Sporting só este ano. É isso que eu quero dizer. Só!
A solução, para nós, seria a mesma que o Benfic@ seguiu… 🙂
Agora, que eles gastaram demais, tudo para ganhar uma Taça de Portugal que neste momento estão a ver por um canudo, gastaram. Mas, por outro lado, têm uma base já muito boa para fazerem um equipa muito competitiva para o próximo ano!
Vais ver que para o ano vão arranjar 3 ou 4 boas portuguesas – Dolores, Jéssica… Matilde Fidalgo, alguma do Braga que possa sair e com certeza tentarão algumas do Sporting cujo contrato acabe este ano.
Perdendo a TP este ano, vão apostar ainda mais!
SL
29 Março, 2019 at 1:36
Paciência, tivessem entrado no mesmo ano. Agora, não haver nenhum limite à aquisição de estrangeiras é do cacete!!! A “chico espertice” de não arriscar quando as outra o fizeram e entrar quando querem de peito cheio e sem limites de estrangeiras torna tudo mais fácil.
SL
29 Março, 2019 at 7:06
Já faltava a defesa diária do carnide…
25 Março, 2019 at 22:15
Se fosse ao contrário, estaria errado na mesma.
25 Março, 2019 at 22:18
Mas sendo permitido, e se Braga e Sporting quiserem ganhar alguma coisa, têm que adquirir jogadoras de maior qualidade. Sejam portuguesas a actuar no estrangeiro, sejam estrangeiras. Só assim podem competir com aquela equipa.
Não se iludam com o resultado da Taça. Elas são capazes de ir a Braga ganhar e virar a eliminatória.
E, ao contrário do que eu escrevi, no jogo solidário não deveremos ver o real potencial desta equipa contra as nossas atletas. Provavelmente jogarão mais portuguesas.
26 Março, 2019 at 0:09
Neste momento acho difícil mas não impossível!
Ganhando 1-0 o Braga ainda tem vantagem.
Terão de marcar 2 golos.
O Braga não ficará em branco pelo que provavelmente 2 golos não chegarão.
Mas não acho impossível o Benfic@ ganhar lá.
Penso que quer Sporting, quer Benfic@ jogam mais à bola que o Braga mas o Braga tem outros atributos – grande capacidade física e altura – que as fazem ser uma equipa temível pois pode marcar a qualquer momento numa bola parada.
Enquanto os adversários do Braga têm andamento e velocidade para evitar o confronto físico, o Braga tem mais dificuldades, mas chega a um ponto em que a velocidade e o discernimento baixam e começa a haver mais confronto físico e a coisa muda de figura.
Nada está decidido ainda!
Eu não gosto do gajo que treina o Benfic@. É um gajo que me irrita um bocado. Por mim, pode perder sempre e espero que nunca o coloquem no Sporting!
25 Março, 2019 at 22:19
Aliás, Miguel. Se viste a primeira parte, concordarás que as jogadoras de Carnide foram superiores.
26 Março, 2019 at 0:02
Sim, mereciam ter ido para o intervalo a ganhar…
25 Março, 2019 at 22:14
deviam se ter lembrado disto era ha 3 anos quando resolveram convidar as equipas da liga masculina a entrar directamente e esqueceram-se de avisar o Braga e Sporting, que a ideia deles entrarem era para tornar o campeonato mais competitivo e não para entrarem a “matar” e fazer uma limpeza de alto a baixo as restantes equipas
é que o que estas 2 equipas fizeram quando entraram foi ir buscar tudo o que eram as melhores jogadoras das outras equipas e basicamente passaram as brincar as 2 e as outras deixaram de contar para o totobola
as tais equipas historicas, passaram a ser isso mesmo, historicas e sem qualquer hipotese de lutar pelos titulos e algumas a tentar nao descer de divisao quando 2 ou 3 anos antes lutavam pelo titulo, eram campeas ou eram uma equipa que fazia historia nas competiçoes europeias( caso do Ouriense).
o benfica entrando mais tarde numa divisao onde as equipas profissionais ou mais perto disso sao elas e o Sporting B, ou entravam calmamente a tentar formar e tal, ou entravam com uma super equipa e faziam desta epoca uma especie de pre epoca competitiva para o campeonato do proximo ano e para essa super equipa as principais e melhores jogadoras portuguesas ja estavam praticamente todas no Braga ou no Sporting, as que nao estavam estao la fora em campeonatos mais a serio e virem para cá nao compensa, ficaram com a meia duzia que sobrou de portuguesas e foram a melhor montra de recurtamento que é o Brasil e inclusive conseguiram ir buscar brasileiras a equipas espanholas como o Atletico Madrid
26 Março, 2019 at 0:15
Olha que não foi chegar e tirar as jogadoras que quiseram às outras equipas… Havia um limite por clube, que não me lembro qual era mas defendia a manutenção da maioria dos planteis, largamente!
Mas, claro, o poderio de Braga e Sporting fez a diferença. Além de que foram buscar jogadoras lá fora e isso fez terem planteis muito melhores. Depois as condições de trabalho também tiveram influência…
Na realidade, não era de esperar outra coisa.
Isto só podia ter sido diferente se, por exemplo, Benfic@, Porto e Guimarães entrassem também na mesma altura e com orçamentos similares porque nessa altura as jogadoras ficariam distribuídas por mais clubes e de uma forma mais equilibrada, obrigando todos os clubes a recrutar lá fora.
29 Março, 2019 at 1:46
rigaboss o seu comentário é do mais despropositado que já vi até aqui. Quando fizeram os convites a TODAS as equipas da primeira liga, houve apena 4 que aceitaram: Braga, Sporting, Estoril e Belenenses; o Belenenses desistiu logo; O Estoril recrutou no país, como é lógico; o Sporting também recrutou no país e 4 jogadoras portuguesas a jogar no estrangeiro; o Braga recrutou algumas no país 5 portuguesas no estrangeiro e 9 estrangeiras (brasileiras e espanholas). Qual foi a sangria? Foi a oportunidade de regressar à nossa Liga algumas das nossas melhores atletas que actuavam no estrangeiro; os clubes onde Sporting e Braga foram recrutar forma, de algum modo recompensados, e as jogadoras com que ficaram só podem crescer num campeonato onde a qualidade aumentou substancialmente.
Saudações leoninas