Para avaliar o Projecto do Futebol das Meninas, Raparigas e Senhoras do Sporting, devemos começar por tentar compreender as linhas mestras que sustentam o seu paradigma, os processos que o têm desenvolvido e os resultados desses processos.
Este projecto foi pensado tendo como pilares instrumentais a jogadora portuguesa e a sua Formação e como pilares ideológicos a absorção e a promoção dos Valores e dos Padrões da Cultura Sporting. Os Valores são Esforço, Devoção e Dedicação consolidados por um forte sentido de Compromisso com o Clube; os Padrões são os de máxima exigência individual e colectiva, da permanente auto superação e de encarar cada desafio com o foco único na vitória. A meta que consubstancia essa exigência é a de colocar o Futebol Feminino Profissional do Sporting entre as 8 melhores equipas da Europa (objectivo a 8/10 anos).
Concretização do Projecto:
No 1º ANO formámos 3 equipas de competição: A equipa sénior, recrutou em outros clubes em Portugal e no estrangeiro, EXCLUSIVAMENTE, atletas portuguesas; a média etária era de 22/23 anos. A equipa sub19 (de Futebol de 9), recrutou a outros clubes, para participar no Campeonato Nacional do escalão e na Taça de Portugal; média etária 17 anos. A equipa sub17 (de Futebol de 7), recrutando a outros clubes, para participar no Campeonato Distrital e na Taça Nacional do Escalão; média etária 17 anos. Recrutámos em “concurso aberto” meninas entre os 8 e os 12 anos para a nossa Escola de Infantis no Pólo EUL, não havendo competição feminina para as suas idades, o Clube organizava, nos fins-de-semana, mini Torneios de Futebol de 7 entre elas e/ou com equipas mistas de clubes que convidava.
No 2º ANO, fizémos ajustes, no Projecto e formámos 4 equipas de competição: A equipa sénior, manteve a base de atletas portuguesas do ano anterior, mas recrutando 2 jogadoras americanas e uma costa-riquenha; a média etária era de 23/24 anos. A equipa sub19 (de Futebol de 9), manteve a base do ano anterior com saídas para as seniores do SCP ou de outros clubes e entradas vindas das sub17: média etária 17 anos. A equipa sub17 (de Futebol de 7) forneceu atletas à ssub-19 e absorveu outras das infantis ; média etária 15 anos. Formámos Equipa Feminina de Infantis (10 a 12 anos) para competir no Campeonato Distrital sub13 Masculino de Futebol de 7.
No 3º ANO, voltámos a fazer ajustes no Projecto e formámos 5 equipas de competição: A equipa sénior A, ficou com a base de atletas do ano anterior, mantendo as 2 jogadoras americanas, saindo a costa-riquenha e entrando 1 sérvia e 1 sueca: a média etária é de 24/25 anos. A equipa B compete no Campeonato Nacional da 2ª Divisão Senior, e a sua base são 2 jogadoras de 20 anos que não integram o plantel senior (treinam com as juniores), e jogadoras do plantel junior a que se juntam conjunturalmente algumas jogadoras do plantel A que, por menor utilização, precisem de recuperar ritmo competitivo. A equipa sub19 (de Futebol de 9), com entradas e saídas por mudança de escalão manteve a média etária 17 anos. A equipa sub17 (de Futebol de 7), com entradas e saídas por mudança de escalão manteve a média etária 15 anos. A Equipa Feminina de Infantis (10 a 13 anos) voltou a competir no Campeonato Distrital sub13 Masculino de Futebol de 7 (de momento, ocupa a 5ª posição em 12 inscritos).
Que resultados se otiveram neste processo?
O objectivo de reforço qualitativo da Formação como Instrumento central do Projecto tem sido plenamente alcançado. A colocação das atletas da Formação em contextos competitivos que obrigam a uma permanente exigência, a um foco e concentração elevados e à valorização dos processos colectivos tem sido uma realidade anualmente reforçada e aperfeiçoada.
O objectivo de aposta na atleta portuguesa como sustentáculo do projecto tem sido mantido (em cerca de 80 atletas apenas 4 são estrangeiras).
Os objectivos competitivos fizeram, nos 2 primeiros anos já completos, o pleno para os 3 escalões de competição: 12 títulos conquistados em 12 competições disputadas nacionalmente. Neste item, todavia, o 3º ano será bem mais parco em sucesso competitivo absoluto, uma vez que já sabemos que, nas Seniores A, não revalidaremos as conquistas das 2 Taças que disputámos e dificilmente seremos tri-campeãs.
Mas, feita a análise em termos absolutos, teremos também de a contextualizar em termos relativos ou comparativos. E o único elemento de comparação, do ponto de vista competitivo, é o Braga.
Ora o Paradigma do Projecto do Braga era bastante diferente daquele do Sporting: logo no primeiro ano, o Braga concentrou toda a sua aposta, única e exclusivamente na constituição de uma equipa senior para conquistar Campeonato e Taça de Portugal. Para isso investiu e bem: formou um plantel de 27 jogadoras, das quais 5 brasileiras, 4 espanholas e 5 portuguesas contratadas em clubes estrangeiros. Tinha e tem ainda a vantagem concorrencial de desfrutar gratuitamente das instalações municipais do Centro de Treinos e do Estádio 1º de Maio (a sua SAD ainda possui idêntica vantagem no Masculino relativamente ao uso das instalações do Estádio e Complexo da Pedreira). No segundo ano, formou uma equipa sub19 e passou de 9 para 5 estrangeiras no plantel senior. No terceiro ano reforçou radicalmente esse plantel A, passando a ter 10 atletas estrangeiras e apenas 1 transitada da época anterior. Em 3 anos o Braga já contratou 18 jogadoras estrangeiras; o Sporting, nos mesmo 3 anos, contratou 6. Em 3 anos, o plantel senior do Braga terá investido quase o dobro do investimento do plantel senior do Sporting e irá conquistar 3 (eventualmente 2, na pior das hipóteses 1 título), enquanto as seniores do Sporting arrecadaram 5 títulos (ou, numa remota hipótese, 6). Numa avaliação comparativa custo/benefício ficámos claramente a ganhar: o nosso projecto tem-se demonstrado mais assertivo e melhor executado; acrescem ainda os resultados da Formação.
Mas, até aqui, fizémos essa análise comparativa em termos muito globais. Talvez seja bom segmentarmos a análise. Então, no que se refere aos resultados da equipa A, poderemos, resumidamente, afirmar que: investimos menos que o Braga no 1º ano e ganhámos tudo; aumentámos um pouco o investimento, mas continuámos a investir menos que o Braga no 2º ano e voltámos a ganhar tudo; voltámos a aumentar um pouco o investimento no 3º ano, mas vimos aumentar a desfasagem de investimento para o Braga no 3º ano e, muito provavelmente não conquistaremos nada e o Braga conquistará os 3 Troféus nacionais em disputa.
Esta quebra no rendimento da equipa A, deverá impor uma reavaliação do Projecto?
Em minha opinião, claramente que NÃO! Mas deverá impor uma reavaliação dos ajustes anuais de que o Projecto necessita para não perder de vista a competitividade da equipa A face ao Braga, mas também face ao Benfica, que para o ano também disputará a 1ª Liga (e já neste ano, na 2ª divisão, investiu em 11 brasileiras, 1 espanhola e 1 caboverdiana e algumas portuguesas recrutadas ao Braga e outros clubes).
Defendo que, mais uma vez, o ajuste deve ser progressivo,embora com um reforço maior da equipa A que os verificados nas épocas anteriores. Entendo que devemos manter a mesma base desta época, apenas saindo (de preferência por empréstimo às equipas de Futebol Benfica, Estoril, Valadares e Albergaria) a central Mariana Azevedo, as americanas Carlwin Baldwin e Sharon Wojcik, a Nadine Cordeiro, a Bárbara Marques e a Constança Silva e adquirindo: a) 2 centrais altas, de bom porte atlético, com “poder de choque”; b) 1 trinco alta, rápida a varrer a zona à frente das centrais, com boa leitura de jogo e qualidade de passe curto e médio; c) passar a Nevena Damjanovic para a posição 8 box-to-box, que acho ser a que melhor pode maximizar a sua qualidade; d) subir a seniores as atletas Marta Ferreira, Beatriz Conduto e Nicole Araújo (alocando-as à Equipa B, mas treinado com o plantel A)
Esses ajustes não implicarão um reforço de investimento que ficará desfasado da realidade do mercado?
Sou de opinião de que não deveremos replicar na equipe feminina os mesmos vícios de gestão que têm inquinado o nosso futebol profissional masculino. O investimento deve ser ajustado à realidade do mercado. Mas há, no mínimo 3 formas de abordar esse ajustamento: a minimalista que é a de só investir o que tiver retorno “garantido” no mercado pre-existente; a prospectiva, que é a de investir calculando o crescimento do mercado (e até para induzir esse crescimento); a proactiva, que é a de aumentar a capacidade de gerar receitas próprias como forma de “capitalizar” o investimento em activos mexendo, também assim, com a capacidade de retorno do mercado.
Pessoalmente acho que devemos trabalhar um misto destas duas últimas abordagens, da seguite forma: 1) aumentar o orçamento, para investir em activos que garantam maior competitividade e melhores espectáculos, partindo de uma base de 1M€/1,5M€ já para o próximo ano [abordagem prospectiva]; 2) passar a cobrar bilhética (e criar Gamebox) para os jogos em casa [abordagem proacticva]; 3) garantir que os jogos com Braga, Benfica e eventualmente Estoril e Futebol Benfica se realizem no Estádio de Alvalade, precedendo-os de uma promoção agressiva [abordagem proacticva]; 4) produzir merchandising próprio do futebol feminino, colocá-lo à venda nas Lojas Verdes e na Loja Virtual e fazer marketing agressivo desses produtos (postos móveis de venda em dias de jogo; eventos promocionais semanais com a presença de atletas) [abordagem proacticva]; 5) procurar garantir sponsoring e patrocínios substancialmente maiores que os actuais [abordagem proacticva]; 6) aumentar anualmente o orçamento em função do rendimento desportivo e do aumento de receitas próprias (variáveis competitividade e mercado) ou manter esse investimento, caso haja quebra nessas variáveis [abordagem reactiva];7) Realizar torneios internacionais de pré-época (seniores) convidando equipas de renome espanholas e nacionais (El Pozo, Atletico Madrid, CFF Madrid, Barcelona, e Braga, Benfica e Futebol Benfica ou, mais tarde, Guimarães) e de Páscoa (sub17 e Infantis) convindando equipas do mesmo escalão de clubes estrangeiros de referência (Lyon, Chelsea, Slavia de Praga, Barcelona, e Benfica, Futebol Benfica e Ouriense) [abordagem prospectiva].
E necessitará a “indústria” de uma maior e/ou melhor regulação para induzir maiores visibilidade, credibilidade, atractividade e crescimento do mercado?
Em minha opinião, existe a necessidade de garantir que o contexto competitivo se faça sem grandes distorções dos limites concorrenciais, com regras que atenuem desníveis de capacidade de investimento, com regras e ferramentas que garantam uma maior verdade desportiva e com regras e ferramentas que possibilitem uma maior visibilidade, credibilidade e crescimento da Modalidade.
Nesse sentido, o Sporting deveria liderar um movimento de transformação positiva do Futebol Feminino, apresentando um caderno de propostas credíveis e de reivindicações equilibradas, capazes de atrair aos nossos Valores os clubes de segunda e terceira linha. Com propostas como:
a) as equipas profissionais femininas, integradas em SAD, deveriam apresentar à CMVM exactamente a mesma informação a que estão obrigadas as equipas profissionais masculinas;
b) os Clubes que utilizam instalações de terceiros deveriam ser obrigados a comunicar os custos anuais dessa utilização;
c) deveria haver uma limitação da inscrição (7) e utilização por jogo (5) de jogadoras estrangeiras;
d) deveria haver uma limitação dos empréstimos efectuados a outros clubes nas mesmas competições (2 a cada Clube);
e) deveria ser regulamentado que jogadoras emprestadas a equipas a competir nas mesmas competições da cedente não poderiam jogar contra esta;
f) deveria ser dada uma moratória (3-5 anos) para a completa profissionalização da 1ª Liga Feminina;
g) deveria ser dada uma moratória de 3 anos para a completa profissionalização do quadro de árbitros(as) da 1ª Liga;
h) deveria ser dada uma moratória (3 anos) para implementação do recurso a VAR na 1ª Liga;
i) no protocolo do VAR, deveria ser instituida a regra de disponibilização publica in-loco das comunicações audio e video entre VAR e Árbitro Principal, sempre que este consulta o VAR;
j) deveria ser obrigatória a divulgação dos relatórios dos Árbitros bem como das classificações e relatórios dos seus avaliadores;
k) deveria ser negociado, de forma centralizada, um pacote de Direitos de Transmissão Televisiva dos jogos da Liga, com a distribuição a ser feita no final de cada época, em função da classificação;
l) no final da moratória de Profissionalização total, a organização da competição principal deveria transitar para a L.P.F.P., bem como o seu Regulamento, ficando a Disciplina e a Arbitragem a cargo de Conselho e Comissão próprios sob responsabilidade da Federação (tal como nos Maculinos, mas com órgãos separados);
m) a entidade organizadora da Liga Profissional deveria criar, complementarmente às transmissões televisivas, a sua própria plataforma de serviço streaming OTT (over-the-top) para difusão de conteúdos que ajudem a credibilizar e a melhorar a imagem do Futebol Feminino e a contribuir para que a sua implantação nacional e o seu crescimento sejam mais rápidos e consistentes, nomeadamente com transmissões em free streaming de jogos de escalões de Formação e transmissões streamming pay-per-view dos jogos da Liga Profissional (ou gratuito, se transmitido em diferido);
n) deveria ser aplicado um mecanismo de compensação de formação, com efeitos retroactivos a 2016, a pagar aos clubes formadores portugueses que tenham transferido internamente seus activos de formação aos Clubes profissiionais;
o) a FPF deverá passar a informar com clareza os Clubes, do destinos das verbas UEFA, Federativas e Associativas destinadas à promoção da Modalidade (supostamente já existiam verbas próprias da Federação e das Associações, a que se acresciam as verbas UEFA entregues às Federções para esse efeito; agora essas verbas foram reforçadas em mais 150.000€ ano; no entanto, ninguém consegue perceber em que aspectos concrectos da promoção da Modalidade foram essas verbas consumidas);
p) a FPF deverá, em conjunto com as AF Lisboa, Porto, Coimbra, Setúbal e Aveiro implementar já a partir de 2019/20 Canpeonatos Distritais Femininos de Sub15 e sub 13 em Futebol de 7, que preferencialmente sejam abertos à inscrição de equipas de Associações geográficamente próximas (a partir de 2022/23 deveria ser generalizada a todas as Associações “Distritais” de Continente e Ilhas a organização de campeonatos sub15 Futebol de 7 e a partir de 2024/25 de campeonatos de sub13 Futebol de 7);
q) a FPF deverá criar em conjunto com os Clubes, as Associações, a SEJD, o Ministério da Educação, as Autarquias e as Escolas (de 1º, 2º e 3º ciclos de escolaridade) um Programa Nacional de Promoção e Formação do Futebol Feminino Escolar.
Sou de opinião que um Caderno de Propostas para o Desenvolvimento da Modalidade (independentemente de serem estas ou outras as propostas sugeridas e defendidas pelo Clube) deveria ser um desiderato prioritário do Sporting e que a sua discussão pública deveria ser por nós promovida junto de todos os Clubes e entidades (a exemplo do que a anterior Direcção fez em 2013/14 com o Futebol Masculino) e devidamente divulgado, quer internamente junto dos Associados e Núcleos, quer externamente através da Comunicação Social.
p.s.: resultados relevantes desta semana:
Apur. p/ Fase Fin. Camp. Europa sub17: Portugal 6 – 0 Irlanda do Norte. Titulares do Sporting: Andreia Jacinto, Alicia Correia e Marta Ferreira; Bárbara Lopes na 2ª parte. Marta Ferreira 1 golo + 2 assist.;
Estágio seleção sub-14 de Lisboa: Cristiana Martins, Catarina Potra, Andreia Bravo, Lara Pinto, Inês Fonseca, Francisca Martins e Marta Melão
Camp. Distr. Femin. Sub17 Futebol de 7 – Fase Apur.Campeão: Sporting 5 – 1 Futebol Benfica. Golos de Inês Nogueira, Marta Melão, Francisca Martins, Andreia Bravo e Maria Ferreira.
Camp. Distr. AFLisboa Mascul. Sub13 Futebol de 7: UDR Santa Maria 2 – 2 Sporting
Encontro Particular de Solidariedade com Moçambique: Sporting 1- 0 Misto Benfica/Brasil. Golo de Joana Marchão
* às segundas, o Álvaro Antunes faz-se ao Atlântico e prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
1 Abril, 2019 at 14:44
Porra Álvaro, você não é só um expert na matéria, você é uma autêntica enciclopédia do Futebol no Feminino!!
Bravo
SL
1 Abril, 2019 at 15:11
Fosse o Dr. Pedro Pires (de tremoços) tão sabedor quanto ele… 🙂
Z
1 Abril, 2019 at 15:09
Longo texto… 🙂
Concordo com quase tudo o que, nesta altura, defendes!
Insistes em 2 coisas que me parecem completamente descabidas:
a) comparar “projectos”
b) defenderes que o investimento tem de ter retorno
Sobre comparares projectos…
Cada clube segue o caminho que quer. Ponto. Não me interessa olhar para os “projectos” do Braga ou do Benfic@ se esses projectos não forem os que eu defendo para o meu clube. Eles que façam o que quiserem e é lá com eles como gastam o SEU DINHEIRO! Se os “projectos” já me disserem algo, aí sim, devemos ver o que estão a fazer de bem, trazer isso para o nosso clube e, se possível, melhorá-lo!
Sobre o retorno…
O Futsal tem um investimento que dá retorno? E o Atletismo? E o Voleibol? E o Hóquei? E o Goalball?
Porque raio o Futebol Feminino (FF) tem de dar retorno nesta fase da “vida da modalidade em Portugal”? Só vais investir o valor que o FF conseguir angariar? É que é isso o “dá retorno” que queres… O FF necessita de investimento! Ponto. Só assim vamos subir patamares.
Tudo o que apontas que o Clube deve fazer no FF, na minha opinião, está muito bem. Concordo plenamente – e muita coisa defendo aqui há pelo menos 2 anos! Mas isso vai contra a parte que depois defendes quanto ao “só investir o que tiver retorno “garantido” no mercado pre-existente”. Aliás, nem entendo bem o que é isto. Que retorno “garantido” no mercado é esse? Referes-te a quê?
E sou um pouco mais “exigente” – não sei se este é o melhor termo! – no que toca ao FF. A SAD tem de conseguir disponibilizar à volta de 2M€ – para já! – para a parte feminina! Se isso significar menos um jogador contratado no plantel masculino, que seja. Metam mais um da formação! E acho que a médio prazo vão ter de duplicar esse valor – claro que acompanhado do aumento de receitas quer na SAD, quer no próprio FF.
Ou nós conseguimos ombrear com Benfic@ e Braga, e lutamos pelo titulo com verdadeiras hipóteses de o ganhar – e com isso competir na WCL – ou a modalidade vai perder o interesse porque não pensem que se vai manter a interesse com terceiros lugares no futebol feminino, como se tem, de alguma forma, mantido no futebol masculino.
Em relação ao VAR no FF, que acho uma das prioridades com o que se tem assistido este ano e com a entrada dos batoteiros mor para o ano, acho que se poderia implementar já para a próxima época com os clubes a suportarem os custo do VAR nos jogos em que os pedirem! Não serão muitos jogos a ter o VAR requisitado pelo que é perfeitamente possível esse custo acrescido para haver Verdade Desportiva e não a batota que este ano já nos custou a Supertaça e o afastamento da Taça de Portugal!
Finalmente umas palavrinhas sobre o jogo no Restelo.
Não sei qual é a opinião dos tasqueiros mas a mim pareceu-me que o Benfic@ tem um conjunto que joga ligeiramente melhor que nós. Em muitas partes fomos dominados muito porque a qualidade técnica das jogadoras do Benfic@ me pareceu ser superior – no geral.
Não fosse o penalti, que me pareceu justo, e o resultado tinha sido 0-0 – muito por conta da Patrícia que fez excelente exibição. Mais uma vez muita dificuldade nas bolas aéreas – e o Benfic@ nem é uma equipa muito alta – e no confronto físico, perdendo-se constantemente as segundas bolas.
Bem o Nuno Cristóvão a ir mudando a equipa, mesmo arriscando a perder o jogo com isso, enquanto do lado do Benfic@ mantiveram o 11 inicial até as jogadoras já não aguentarem mais, num sinal claro que queriam muito ganhar o jogo.
O que me parece evidente, e toda a minha preocupação no FF vai para aí, é que há necessidade de uma boa renovação na equipa A – e estou de acordo com tudo o que dizes sobre isso, excepto emprestar as estrangeiras. Penso que precisamos de 4 estrangeiras boas – mais a Damjanovic – pelo que as outras 3 que lá estão devem sair definitivamente.
1 Abril, 2019 at 15:57
Miguel, acho que fui claro no porquê de comparar projectos. A avaliação é feita em termos absolutos e em termos relativos. A avaliação relativa é comparativa. O único termo de comparação neste caso é o da outra realidade profissional que surgiu na mesma altura: a do Braga.
O que eu não percebo é essa relutância em fazer comparações. Os projectos estão lá também para isso. E a competição é também isso. O facto de fazer a comparação, de per si, não diminui nem valoriza os termos que estão a ser comparados. E com certeza que quando comparo projectos, não estou a reclamar que os outros não tenham autonomia para escolher os seus (nem sei de onde tira essa estapafúrdia conclusão). “(…) Se os “projectos” já me disserem algo, aí sim, devemos ver o que estão a fazer de bem, trazer isso para o nosso clube e, se possível, melhorá-lo! (…)” (Miguel dixit). O que estás a dizer é que, por outros motivos, também comparas projectos .
Sobre o retorno … Mais uma vez, critica sem se ter dado ao trabalho de ler com olhos de ler aquilo que escrevi. Julgo ter sido claro! Não sei onde leu que eu defendo que o Futebol feminino tem de dar retorno e esse tem de cobrir o investimento. Eu defendo isso, mas como princípio genérico de qualquer Modalidade, se quisermos ter um Clube (e uma SAD) viável. Sei também que não pode ser analisada essa problemática como uma “conta de merceeiro do Deve e Haver. Por isso falo de 3 abordagens para enfrentar a questão do “equilíbrio orçamental” e até defendi que, nesta fase do Projecto, deveríamos assumir um modelo de uso misto das duas últimas abordagens (prospectiva e proactiva) RENUNCIANDO à abordagem minimalista ou reactiva em que só se investe aquilo que se pensa vir a ter como retorno.
Por isso, não compreendo como tira a conclusão: “(…) Mas isso vai contra a parte que depois defendes quanto ao “só investir o que tiver retorno “garantido” no mercado pre-existente”. Aliás, nem entendo bem o que é isto. Que retorno “garantido” no mercado é esse? Referes-te a quê?(…)”. (Miguel dixit).
Mas estás a afirmar que eu defendi EXACTAMENTE AQUILO QUE APONTO COMO INVÁLIDO. Cito o que disse:
“(…) Mas há, no mínimo 3 formas de abordar esse ajustamento: a minimalista que é a de só investir o que tiver retorno “garantido” no mercado pre-existente; a prospectiva, que é a de investir calculando o crescimento do mercado (e até para induzir esse crescimento); a proactiva, que é a de aumentar a capacidade de gerar receitas próprias como forma de “capitalizar” o investimento em activos mexendo, também assim, com a capacidade de retorno do mercado.
PESSOALMENTE ACCHO QUE DEVEMOS TRABALHAR UM MISTO DESTAS DUAS ÚLTIMAS ABORBAGENS, (…)”. Como podes ler, eu não só não defendo que só se invista o que se pensar vir a ter retorno no mercado pré-existente, como acho essa uma má abordagem.
E quem lê os pontos em que explano o que acho que deveríamos fazer percebe isso perfeitamente. Por isso, acho que as 2 “coisas descabidas” estão na tua cabeça e não nas minhas palavras
2 Abril, 2019 at 0:41
Não há relutância em fazer comparações, Álvaro.
Só falo nisso por estares sempre com este tema. Praticamente não há post que não fales nisso…
Uma vez por outra, tudo bem, a toda a hora é um pouco exagerado, pelas razões que apontei. Mas é só a minha opinião, claro!
Claro que se olha sempre para os rivais. Mas o intuito deve ser perceber o que fazem de bem e não estar a comparar. Se fazem bem, é copiar… Não há que inventar o que já está inventado. 🙂
Serve também para que não se cometam os mesmos erros… 🙂
O “retorno” é outro tema que estás sempre a abordar. Já o Nuno comentou isso fazendo exactamente a comparação com outras modalidades como eu fiz hoje.
Ninguém pede que se invistam 10M€ no FF. Mas, como eu disse, em 70M€ não dá para tirar 5% para o FF? Na minha opinião tinha de dar. Com 3,5M€ no FF, fazias uma equipa A com 2,5 a 3 M€ e isso já dava uma equipa muito boa – veio hoje na CS, não me lembro se no Record se nO Jogo, as 5 jogadoras mais bem pagas no mundo e a mais bem paga ganha 400 mil por ano. Portanto podes ter várias (7 ou 8 ou 9) a ganhar 100 mil, uma ou duas acima disso e o resto a ganhar abaixo disso, inclusive algumas a ganhar 15/20 mil por ano – as mais novinhas!
5% para o FF nem meio Alan Ruiz é! Portanto basta ter competência para não se cometerem erros destes que desbaratam dinheiro aos montes todos os anos!
E é isto!
Hoje falaste nisto, em ambas as coisas, pela “enésima” vez! Só isso. Não é da minha cabeça. Com certeza guardas os textos que fazes pelo que é fácil ires ver que o que digo é verdade.
De qualquer maneira, é só uma opinião num assunto que, pelo menos para mim, não é dos mais importantes nem dos que gosto mais de falar.
2 Abril, 2019 at 2:37
Miguel, aprecio os seus comentários (particularmente os do FF9 e até concordo com boa parte do que diz. Custa-me a perceber é a sua insistência em “colar-ME” afirmações que não fiz para servir de SEU argumento e, depois de eu lhe responder, voltar à carga … desconversando.
Ficou bem explicado o contexto da comparação. No longo post (como você notou), apenas fiz a referência em uma dúzia de linhas porque a avaliação de balanço de um projecto que é (também) competitivo não se faz apenas em termos absolutos mas também em termos comparativos. Foi isso que lhe expliquei na resposta “às 2 coisas completamente descabidas”: esta era a primeira e eu demonstrei-lhe como “cabia” no post. Na sua resposta atira com chavões , fala de recorrência e aponta o seu modelo de comparação. MUITO OBRIGADO pelo esclarecimento, mas não foi isso que falei no post … nem no comentário.
O segundo “descabimento” foi ainda mais a despropósito que o primeiro: pura e simplesmente leu, mais uma vez, MAL aquilo que escrevi e comentou em função da leitura errada. Esclareci que tinha escrito exactamente o oposto do que me imputava. Mas, mesmo assim, volta a falar do mesmo como se eu tivesse escritoo que não escrevi e ainda se agarra a um comentário ualquer do Nuno que nem sei onde o foi buscar (nem me interessa, porque não foi comentário a este post). Eu já citei aquilo que REALMENTE escrevi (o que nem deveria ser necessário pois está no post), mas vou usar o seu “recurso” e citar um comentário (este a propósito porque é deste post) do Jaime Grilo: “(…) Também agradecer as observações do Miguel, apesar de parecer ter entendido mal a parte do “retorno garantido”, prontamente explicada pelo Álvaro num dos comentários seguintes.(..)” (Jaime Grilo dixit). Como vê Miguel houve quem lesse e compreendesse, sem “desvios” ou “interpretações não literais” EXACTAMENTE aquilo que escrevi no post e que tenha detectado na sua “interpretação” a mesma incorrecta leitura que eu apontei. E, imagine-se, até percebeu que o que u fiz na resposta foi “prontamente explicar” o que escrevi. Mas, mesmo assim, o Miguel não é capaz de dizer simplesmente: nesta questão li mal o que escreveste, ou interpretei de forma contrária o que escreveste. Não! Volta à carga com a imputação de que eu defendo orçamentos só com retorno do investimento.
SL
2 Abril, 2019 at 9:02
Descabimento foi uma palavra um pouco infeliz. Não era bem isso que queria dizer .
Só acho que te focas nestes 2 temas com “demasiada” frequência para o que merecem. É só isso. Mas é a minha opinião. Se tu achas de outra maneira e achas relevante falar nisso, tudo bem…
2 Abril, 2019 at 14:34
Mas ainda não reparaste que a 2ª “demasia”, foste tu quem a interpretou ao contrário? Não és capaz de reconhecer isso? Eu acho que fui bastante bem claro, nas 3 vezes que “só neste post” já tive d e falar sobre isso. E depois ainda dizes que sou muito recorrente. Pois se me “obrigas” a esclarecer 3 vezes que não disse nem escrevi aquilo que me imputas, queres que não seja recorrente? Recorrente é a tua errada imputação e ainda não te vi corrigi-la. Acho que era o mínimo Miguel.
Um abraço e saudações leoninas
1 Abril, 2019 at 16:10
Quanto à recomposição da equipa que proponho acabamos por propor algo idêntico quanto a aquisições: tu propões a aquisição de 4 estrangeiras e eu proponho a de 3, mantendo a Blomquist (que penso pode dar um bom 10 em esquema de 4-3-3). Não defendo a aquisição de uma ponta de lança alta, que acho iria descaracterizar o modelo de jogo. Já as centrais e a trinco altas e possantes podem facilmente ser “enquadradas” num modelo de jogo mais “tecnicista” (a técnica e rapidez fazem-se mais notar nas alas e no sector de meio campo ofensivo e ataque). Quanto a não dispensar este ano nenhuma jogadora, mas antes as emprestar tem a ver com pelo menos duas coisas: por um lado, ajudar a reforçar as equipas imediatamente abaixo do patamar das 3 grandes e, assim, tornar o campeonato mais competitivo, os jogos mais interessantes e a “indústria” mais apelativa; por outro lado, tem a ver com a necessidade de valorizar a venda de activos (alguns empréstimos poderiam fazer-se com opções de compra no final da época; ou no final da época, tendo essas jogadoras, em princípio gozado de mais competição e alguma evolução, poderíamos avaliar o que fazer com elas: ou recuperar a sua utilização na equipa A, ou procurar vender).
SL
2 Abril, 2019 at 0:56
Acho que aqui estamos muito em sintonia, finalmente. Longe vai o tempo em que discutíamos a importância da altura e do físico… 🙂 Acho que já percebeste o que queria dizer e hoje, acho eu, partilhamos muito a mesma ideia.
Defendo 4 ou 5 estrangeiras, no máximo, para já, mas boas.
Uma central alta, física, relativamente rápida, razoável tecnicamente. Faria uma boa dupla com a Carole.
Damjanovic no meio campo!
Uma 6 alta, física e boa tecnicamente. Uma Murnam já não era mau mas se fosse mais técnica, melhor!
Uma Ana Borges canhota! Faz muita falta!
E em termos de estrangeiras, para chegarem e serem titulares, está bom.
Na baliza estamos muito bem servidos.
Falta uma boa lateral direita. É descobrir uma em Portugal. A Fontemanha serve para suplente.
Falta uma alternativa à Marchão!
Falta uma alternativa mais para o meio campo. Não desgosto da Sharon e talvez seja de a deixar ficar mais um ano, até para a ajudar a recuperar.
Concordo com a tua opinião de emprestar algumas das jovens. Precisa, jogar com regularidade em boas equipas como o Estoril e o Futebol Benfica. Também seria bom para estas equipas terem jovens deste calibre.
Não sei se notaste o mesmo mas eu achei que tecnicamente a equipa do Benfica é mais evoluída. Tem muito bom toque de bola e isso ajuda muito no bom jogo que fazem.
Vender jogadoras acho que é uma ideia… para daqui a uns anos! 😉
1 Abril, 2019 at 16:20
Quanto ao VAR: o modelo que propões poderia ter menos custos imediatos mas não é viável. A Federação (e muito bem) não autorizaria que uma condição de arbitragem apenas estivesse disponível para uns e não para outros. Quanto aos custos, não vejo que sejam tão grandes assim. A 3 anos, a FPF (ou a LPFP) teriam tempo para garantir um sponsor melhor para o naming e para negociar direitos televisivos centralizados para a transmissão de jogos. Nesses 3 anos a Federação (a acrescer àquilo que já tem e que ninguém sabe quanto é) tem MAIS 150.000€ ano para o fomento da Modalidade. Basta gastar parte disso para custear 50% do investimento necessário, os outros 50% a pertencer aos clubes. (E o investimento até já nem é tão grande assim porque o investimento central já está feito e fisicamente disponível na Cidade do Futebol da FPF em Oeiras/Jamor).
SL
2 Abril, 2019 at 1:03
Pois, pode ser mas…
Vamos lá ver, se abrirem o VAR a quem quiser, é para quem quiser, responsabilizando-se quem quer pelo pagamento do custo. É diferente de se implementar o VAR só nos jogos x e y… Implementa-se o VAR mas fica ao critério de cada um usar essa ferramenta.
Sejamos práticos e não hipócritas. O campeonato decide-se em 2 jogos – para o ano em 6 jogos! É aqui que é preciso que haja Verdade Desportiva acima de tudo.
Portanto, deixar que não haja Verdade Desportiva em 6 jogos porque há 50 ou 60 jogos onde não interessa sequer haver VAR é uma idiotice!
É óbvio que se pode fazer uma regra que permita que haja VAR em todos os jogos mas que, ao mesmo tempo, se dê a possibilidade dos clubes prescindirem disso!
Isto numa primeira fase.
Depois, daqui a 3 ou 4 anos, logo se tinha VAR sempre!
2 Abril, 2019 at 2:55
Miguel, isso NUNCA pode ser feito porque provocaria logo a contestação das equipas que não usassem o VAR, ou das equipas que jogassem contra as que não usassem o VAR. E, convenhamos, nessas condições (uns tinha e outros não) em vez de gerar mais verdade estava-se a contribuir para mais distorção e, com isso, até a descredibilizar o uso da ferramenta.
“(…) É óbvio que se pode fazer uma regra que permita que haja VAR em todos os jogos mas que, ao mesmo tempo, se dê a possibilidade dos clubes prescindirem disso! Isto numa primeira fase. DEPOIS, DAQUI A 3 OU 4 ANOS logo se tinha VAR sempre!(…)” (Miguel dixit)
Miguel, quando encasqueta com uma, não desarma, pois não? Por favor, eu no post proponho: “(…) h) deveria ser dada uma moratória (3 ANOS) para implementação do recurso a VAR na 1ª Liga;”, que é basicamente o que o Miguel afirma acima e, no comentário até realço que: a FPF tem a obrigação de custear 50% da implementação sendo os outros 50% responsabilidade dos Clubes, que os custos serão relativamente baixos pois o grosso do equipamento já está na Cidade do Futebol, que o que “demorará” é a formação dos árbitros e VARs (mesmo assim não é nada que não se faça no defeso) e a FPF até pode adiantar as custas de Clubes que não possam cumprir já com a sua parte, recebendo até ao fim da moratória (e implementando já em todos os Estádios). Outra coisa que facilitaria a implementação seria a FPF ou a LPFP garantir direitos de transmissão dos jogos com uma cadeia televisiva e esta ajudar a suportar os custos técnicos nos estádios.
SL
2 Abril, 2019 at 9:08
Não concordo.
Com uma regra em que pode haver VAR em todos os jogos mas as equipas podem prescindir de o usar, como é que equipas que prescindissem do VAR podiam depois protestar? Iam protestar o quê? Que elas próprias não tinham querido usar a tecnologia?
Não faz sentido.
E falei dos 3 anos exactamente para usar o teu exemplo. Parece-me um período aceitável para passar a ser regra.
2 Abril, 2019 at 14:46
Miguel, o que não pode existir é essa regra porque é inaceitável, por ser discricionária, até em termos de validação internacional da competição. Tal como a despenalização ou penalização após visualização televisiva, não pôde ser aplicada até que todos os jogos da competição fossem integralmente filmados/registrados. É simples e compreensível. Trata-se de IGUAIS REGRAS à partida para todos.
Podiam protestar os que tivessem aderido à tecnologia em caso de suceder algo em casa de alguém que não tivesse aderido. Ou até poderiam protestar sim os que não tivessem aderido se fosse alterada qualquer coisa em casa de quem tivesse aderido. E alegariam(COM TODA A RAZÃO) que só poderiam aplicar a tecnologia quando essa estivesse disponível para TODOS.
E essa é mesmo uma não questão porque não sou eu que defendo isto; é uma exigência FIFA e UEFA. A validação das competições implicam igualdade de condições. Por exemplo, na Taça de Portugal, pode ser aplicado o VAR a partir das meias-finais, por exemplo, porque as regras foram iguais para TODOS (até chegar às meias-finais); ou até mesmo só numa final, como já aconteceu com a tecnologia “olho de falcão” sobre as linhas de golo (acho que numa final Benfica Braga ou Guimarães. (Não percebo porque nunca veio a ser instituída).
SL
1 Abril, 2019 at 16:34
Quanto ao investimento, diferes, para já, em 0,5M€. Eu acho que, para comprar as 3 estrangeiras que referi e para melhorar as condições de performance do treino, para esta época chegará e concederá condições de competitividade com Benfica e Braga. A duplicação do valor a médio prazo, faço-a depender dos resultados de receitas (várias: gameboxes, bilhética, merchandising, vendas de activos, direitos televisivos, sponsoring, patrocínios vários,etc). Quanto melhor trabalharmos esses factores, no ano seguinte mais devemos acrescer ao orçamento. Dou como exemplo: este ano investíamos 1,5M€ e, ganhávamos 50.000 de prémios de competições e realizávamos 500.000€ de receitas várias. Para o ano somávamos metade dessa verba ao orçamento de 1,5M€. A partir desse ano. Só seria aumentado ao valor do último orçamento, uma percentagem igual ao do aumento de TODAS as receitas; em ano que não houvesse aumento ou houvesse quebra de receitas, o orçamento era mantido. Isso obrigaria a, no mínimo 3 coisa: 1) ter orçamentos com uma boa base mas que procurariam tendencialmente o equilíbrio (por cima, dito de outra forma); 2) executar uma política agressiva e eficaz de geração de receitas próprias em todas as suas vertentes (algumas acima enunciadas); 3) envolver muito assertiva e proactivamente o máximo de adeptos e sócios nessa política de geração de receitas. Automaticamente, se tudo fosse bem trabalhado, a tendência seria de bola de neve (pelo menos até um ponto de “saturação”), pois esse crescimento implicaria melhores equipas, melhores espectáculos, mais públicos, maiores receitas e por aí adiante.
SL
2 Abril, 2019 at 1:06
Vamos lá ver, Álvaro, achas um exagero, por exemplo, a SAD ter 5% da receita para o FF? Isto independentemente de concordar que se deva fazer a parte do FF fazer por ter receitas de jeito, se possível que se aproximem do que se gasta.
2 Abril, 2019 at 3:00
Não acho nada. Apenas entendo que: 1º – para o plantel que ambos defendemos para já 1,5M€ chega bem; 2º – que esse rigor ajudará a um maior escrutínio nas decisões que se tomem (não quero vir a ter Alan Ruizes, Sinamas-Pongolles ou Elias no FF); 3º – que partir desta base (torna mais viável ter já receitas que se aproximem do que se gasta; implica uma VONTADE clara de gerar receitas e há que trabalhar MUITO MAIS e MELHOR para isso).
SL
2 Abril, 2019 at 9:11
Pois, não achar nada é fodido… 🙂
1,5M€ chegava este ano. Vamos ver se chega para o ano…
2 Abril, 2019 at 17:50
Quando disse não acho nada referia-me ao exagero, mas compreendo que tenhas entendido erradamente. Este ano tiveste um orçamento de cerca de 500.000€, segundo Samuel Almeida, que afirmou ter tomado conhecimento documental. Por isso, acho que 1,5M€ chega perfeitamente parta a época 2019/20, para o reforço de plantel que ambos estamos basicamente de acordo.
Para 2020/21(se tivessem em 2019/20 trabalhado muito bem a geração de receitas próprias, teriam feito facilmente 100.000€ bilheteira+100.000€ merchandising próprio+200.000€ sponsoring,patrocínios vários,direitos televisivos) seguindo o que proponho, passaria a ter um orçamento de 1,7M€ de orçamento (de salientar que tendo feito boas escolhas em 2019/20, o que precisarás no ano seguinte é de um ou outro plus, para o que contas com boa parte do orçamento)
Já para 2021/22, poder-se ia de novo aplicar o princípio de alocar ao montante do orçamento anterior, mais metade das receitas geradas na época anterior (que calcularia a 600.000€, com a entrada do Guimarães e com todos os jogos em Alvalade), o que daria um orçamento de 2M€. Aplicando nos anos seguintes aumentos percentuais correspondendo às percentagens de aumentos de receitas e calculando para os próximos 5 anos aumentos médios de 20%, terias em 2022/23 = 2,4M€; 2023/24 = 2,88M€; 2024/25 = 3,45M€; 2025/26 = 4,14M€ ; 2026/27 = 4,96M€. Não acho que estas percentagens de aumentos de receitas sejam optimistas porque partimos de uma base curta com forte tendência a aumentar por força de mais jogos equilibrados no Nacional (Benfica, Braga, Guimarães e eventualmente outros como Fófó, Estoril e Porto, se começar a ver o filão que pode ser o FF; em Inglaterra o Manchester United só o ano passado pediu à FA para poder competir em femininos, começando na 2ª divisão, quando todos os outros grandes – Man.City, Arsenal, Chelsea, Liverpool, – já estavam na WSL há alguns anos), mas também por força do que traz esse crescimento de visibilidade e de público, mais sponsors e patrocínios, mais direitos televisivos a nossa entrada em fases a eliminar da Champions, implica outro aumento exponencial de receita, prémios (gameboxes e bilheteiras e prémios), etc.
Com estes patamares de investimento e com o que temos vindo a formar, poderemos ter uma equipa de enorme competitividade.
Concordo com o Miguel que teremos de ser extremamente assertivos e ter enorme pontaria no scouting externo (poucas, mas muito boas e só para preencher com evidente maior qualidade posições mais “críticas”), mas só o poderemos ser se 1º investirmos uma boa base já; 2º SUSUTENTARMOS ESSA BASE COM UMA MUITO BOA CAPACIDADE DE GERAR RECEITAS E DE FIDELIZAR PÚBLCOS CRESCENTEMENTE ALARGADOS.
Um abraço e saudações leoninas
2 Abril, 2019 at 18:13
Quando falo de orçamento, falo apenas da Equipa profissional, porque o resto não deverá estar descriminado nas contas da SAD. Os números que aponto referem-se, portanto, apenas à equipa profissional. Achei necessário este esclarecimento, até porque me pareceu que os números do Miguel se referem a todo o projecto e, assim sendo, diria que os nossos números são praticamente coincidentes.
SL
1 Abril, 2019 at 15:14
Mais um grande texto com um enorme pacote de medidas que promovem o futebol feminino português.
É triste ver que para um futebol feminino onde temos tudo em aberto para promover a jogadora portuguesa se vão usar os já velhos erros do futebol masculino.
Tem a palavra quem decide….
1 Abril, 2019 at 16:30
bom texto , excelente analise sobre o futebol femeninio e concordo consigo quase em tudo, só não concordo em relaçao a aquisição de uma ponta de lança, acho que precisamos de uma ponta de lança, tb acho que esta defesa direita não é grande coisa, não sei se emprestava as norte americanas , a sharom virá de uma lesão grave , talvez , nesta parte não terei tanta certeza ja que temos a tatiana e fatima pinto mais um trinco e a passagem da navana para media ok se calhar é correcto.
não é preciso buscar grande nº de jogadoras, e se tivermos que ir buscar que sejam mais valias e não para fazer numero, concordo que se divia criar um gamebox para futebol femenino , preço unico e se calhar tb fazer um acordo com um clube que tenha um estadio em lisboa.
1 Abril, 2019 at 16:42
Carlos Almeida, não vejo, para já, a necessidade de fazer acordos com Clubes para Estádio em Lisboa. Acho que a maioria dos jogos em casa se podem fazer no Aurélio Pereira, que ,se enchermos a casa com pagantes, já seria muito bom.
Os jogos com Benfica, Braga, Futebol Benfica e Estoril Praia, deveriam ser jogados no Alvalade. É tudo uma questão de acerto de horários. Caso sejam na mesma jornada em casa, um fica para Sábado e outro para Domingo; em última análise no mesmo dia, um de manhã e outro à tarde.
Quanto à avançada estrangeira e alta, não entendo que seja uma boa opção. Ter um pinheiro à frente altera necessariamente o modelo de jogo e não penso que o Sporting o deva fazer.
Obrigado pelo comentário.
Um abraço e saudações leoninas
2 Abril, 2019 at 1:14
Eu sou a favor de um estádio em Lisboa onde os sub23 e o FF jogasse sempre.
Para mim o estádio ideal, dos que conheço, era a Tapadinha, mas já está ocupado. É arranjar um outro similar.
Ou então, também sou favorável a isso, fazer as miúdas jogarem sempre em Alvalade.
Também sou favorável a ter jogos um a seguir ao outro. Primeiro as miúdas, por exemplo, às 16h, e depois os homens às 18h30! Não acho que o relvado não aguente os 2 jogos.
Antigamente acontecia muito isto, com os juniores a jogarem antes dos seniores! E normalmente os estádios já estavam bem compostos para os juniores – via isto no Belenenses!
2 Abril, 2019 at 3:24
Miguel eu acho que as miúdas profissionais deveriam vir a jogar sempre em Alvalade, mas que ainda não há condições para isso. Por essa razão é que apontei a realização de 4 dos nove jogos em cas em Alvalade e os outros em Alcochete. Não aumentaríamos os custos, jogaríamos sempre em casa e, com o aumento do público aí sim passávamos a fazer de Alvalade a nossa casa sempre. Mas, cobrando ingressos já desde a próxima época Gameboxes de 18€; jogos em Alvalade de 4 euros contra Benfica e Braga e de 3 euros contra Fófó e Estoril (estes, para já, porque, sendo de Lisboa, também podem trazer algum público; até devíamos fazer promoção junto dos seus adeptos) e 2 euros para os jogos em Alcochete.
Para o ano 2020/21, já deverás ter também o Guimarães, seriam 5 jogos em Alvalade e 4 no Aurélio Pereira. E se as medidas de promoção, divulgação e competitividade resultassem, poderias “arriscar” a época 2021/22 com todos os jogos em casa em Alvalade. E aí com outras receitas (porque significava que já tinhas fidelizado mais público e porque as garantias de bons espectáculos seriam maiores) e outros preços 5€ com os outros 3 grandes, 3€ todos os outros jogos e 27€ as gameboxes.
SL
2 Abril, 2019 at 3:28
errata: 5€ com os outros 3 grandes, 3€ todos os outros jogos e 25€ as Gameboxes (e não 27€)
SL
2 Abril, 2019 at 9:14
Não discordo disso mas acho perfeitamente possível que elas jogassem sempre em Alvalade desde já.
2 Abril, 2019 at 17:57
Impossível não seria mas acho que não se justificava. Os custos de Alvalade são maiores e o público para os outros jogos ainda muito curto, o que daria uma sensação de menor apoio (público reduzido e mais afastado) e acho que poderia ser pouco benéfico para a motivação das jogadoras. Mas para o ano seguinte, já com o Guimarães e com mais hábitos e maior fidelização de adeptos, também penso que deveríamos pôr “toda a carne no assador” e apostar em jogar sempre em Alvalade os jogos em casa (particularmente se estivermos na Champions e passarmos à fase de Eliminatórias, isso pode criar uma fidelização de público extraordinária).
SL
1 Abril, 2019 at 16:44
O problema é o que o Álvaro apontou… Poderia descaracterizar o jogo.
Enquanto o efeito “Capeta” se mantiver, não há muito a mudar aí… 🙂
Um poste/pinheiro na área adversária serviria para os jogos contra as melhores equipas. Mas a maioria dessas equipas também tem “armários” na defesa e, possivelmente, com melhor impulsão.
O reforço que opino, em geral, é mesmo para derrotar as equipas adversárias mais complicadas.
Quanto às provas europeias…
Aí sou como o “maluco”… Se quero ganhar (seja FF, Futsal, Vólei, Hóquei, Andebol), tenho que trazer os “Ricardinhos” para o Sporting.
Não há dinheiro? Não há dinheiro, não há palhaços…
1 Abril, 2019 at 16:45
*No início do meu comentário estava a referir-me à frase “só não concordo em relaçao a aquisição de uma ponta de lança, acho que precisamos de uma ponta de lança”.
1 Abril, 2019 at 16:37
Obrigado, Álvaro, por mais um excelente texto.
Também agradecer as observações do Miguel, apesar de parecer ter entendido mal a parte do “retorno garantido”, prontamente explicada pelo Álvaro num dos comentários seguintes.
A minha opinião não foge muito ao pensamento destes 2 tasqueiros, apesar de ser ligeiramente mais radical: não abdicar de ganhar títulos como até aqui nos têm habituado.
O jogo do Restelo… Fiquei com a sensação que, se fosse a sério, o resultado não seria aquele… E por aqui me fico.
1 Abril, 2019 at 16:47
Jaime, se fosse a sério, o resultado não seria aquele? Mas duvida que, apesar da natureza do desafio, um Sporting-Benfica nunca é a feijões.
Até deve ser salientado, como muito bem o Miguel referiu, que o Benfica fez muito menos substituições que o Sporting e pôs mais tempo “toda a carne no assador”.
Foi acima de tudo, uma promoção do Futebol Feminino, a provar que pode ser feito pela sua evolução muito mais do que até aqui.
Obrigado e saudações leoninas
1 Abril, 2019 at 21:18
Claro que não é a feijões. Um dérbi é um dérbi.
Mas o Bein-fic@ não jogou com a equipa no máximo. E mesmo assim esteve (pareceu-me) sempre mais forte.
E um jogo a sério teria uma arbitragem diferente… Veja-se o jogo do Sporting contra o Braga para a Taça de Portugal…
Sei que és inteligente o suficiente para não te fiares neste resultado como “não precisamos de reforçar mais a equipa que como está dá para ganhar…”
O jogo teve muitas bolas nos postes, de ambas as partes…
1 Abril, 2019 at 21:19
“como muito bem o Miguel referiu, que o Benfica fez muito menos substituições que o Sporting e pôs mais tempo “toda a carne no assador”.”
Olhe que não, doutor! Olhe que não!
2 Abril, 2019 at 0:24
Olha que não, Jaime… 🙂
Para o Benfic@ era importantíssimo não perder e muito importante ganhar porque vinha duma derrota com o Braga. Por isso manteve as melhores em campo até elas não poderem mais.
O Sporting começou com a Diana no banco e tirou a Ana Borges ao intervalo. Isso, se fosse a doer, não seria assim.
Mas é a minha opinião… Não a verdade Universal! (ainda que possa ser 😀 😀 )
2 Abril, 2019 at 3:52
E tirou também a Patrícia Morais, que estava a salvar o resultado ao intervalo!
Gosto muito da Inês, mas quando vi a Patrícia a sair, pensei que perdíamos o jogo.
2 Abril, 2019 at 9:15
Exacto.
O Sporting arriscou bastante na abordagem ao jogo com a gestão das jogadoras.
1 Abril, 2019 at 17:24
Jaime, eu também não quero abdicar de títulos. Acho que as propostas que faço dão para lutar, e bem, por eles. Agora “garantir” que se ganha, isso só se forem os padres de carnide ou os fruteiros do norte.
O investimento que proponho, progressivamente reforçado e com a chegada das craques que estão a ser formadas (e existem várias que vão ser mesmo craques), é absolutamente consentâneo com a colocação do futebol Feminino do Sporting entre as 8 melhores da Europa dentro de 5, 6 ou 7 anos.
Há é que não perder o combóio!
A Inglaterra já tem um campeonato inteiramente profissional e com um Sponsoring de naming de 10M€! Já lá competem, e a investir bem, Manchester City, Arsenal, Chelsea, Liverpool e para o ano estará o Manchester United, além de outros.
Na Espanha está a crescer imenso o investimento dos Clubes. Um exemplo é o record de assistências de mais de 60.000 pessoas no Estádio Wanda Metropolitan para ver o último Atlético de Madrid – Barça.
Em França esse investimento já tem alguns anos e vai, decerto, conhecer um grande incremento cokm a organização da fase Final do Mundial em 9 das suas cidades (Grenoble, La Havre, Lyon, Montpellier, Nice, Paris, Reims, Rennes e Valenciennes; o jogo inicial e a final serão em Lyon; a descentralização é uma realidade; Bordéus e Marselha, por exemplo ficam de fora; o enfoque foi dado às cidades onde já há investimento e público para garantir o retorno financeiro e a emotividade de Estádios cheios; o resto fará a Televisão e as plataformas streamming). Nós só temos a aprender com os bons exemplos e as boas práticas.
Um abraço e saudações leoninas
1 Abril, 2019 at 21:24
“Agora “garantir” que se ganha, isso só se forem os padres de carnide ou os fruteiros do norte.”
Podes garantir se tiveres uma equipa “imbatível” (ou com jogadoras de grande qualidade que nos permita ganhar os jogos mais complicados – internamente, ou com jogadoras estrela para vencer títulos internacionais).
MAS… Sem descurar a formação.
No resto, estou de acordo.
1 Abril, 2019 at 17:42
Excelente trabalho (há muito trabalho e tempo neste texto!)
Há aqui uma grande riqueza de propostas.
Concordo que deva ser o Sporting a liderar um projecto de alterações para valorização e crescimento do futebol feminino em Portugal. Penso mesmo que o caro Álvaro Antunes deveria integrar uma equipa criada para o efeito. Para além de conhecer o trabalho que está a ser feito no Sporting, também sabe o que está a ser feito pelos rivais e a nível internacional.
Este post deveria ser enviado em forma de carta à nossa Direcção.
Em relação ao dérbi dizer que o resultado foi fantástico e deixou muita gente com uma azia que ainda hoje é sentida. Tivesse sido outro o resultado e quase aposto que teríamos abertura de telejornais e capas de desportivos com destaque ao jogo. Por esta razão gostaria que a próxima edição do Jornal Sporting trouxesse uma capa com maior destaque ao derbi feminino mesmo que a meias com a nossa vitória na Taça de Portugal de futsal. Não tenho dúvidas que o toupeira jornal o faria como sendo um feito histórico para o futebol nacional e mundial!
SL
1 Abril, 2019 at 20:24
Caro JHC, muito obrigado pelo seu simpático comentário. Apenas pretendo corresponder ao desafio que me foi colocado pelo Cherba e contribuir para que nesta tão excelsa Tasca se possa debater o Sporting, também no Futebol Feminino.
Fico muito satisfeito de que este texto, mais elaborado, (fruto do que tinha pensado para as minhas intervenções no último Sporting 160 com a Tasca, ao qual acabei por não assistir) tenha recebido bons comentários, muito assertivos e contribuindo para um bom debate.
SL
1 Abril, 2019 at 20:32
Ja agora amigo tasqueiro Alvaro aceita ser o meu proximo entrevistado aqui da tasca o primeiro foi o Sir Bobby Robson ?
1 Abril, 2019 at 22:19
Terei todo o gosto nisso. Li com atenção e prazer a entrevista do Sir Bobby Robson basco. Temo que seja difícil estar à sua altura, mas para debater o Nosso Sporting podem contar sempre comigo.
Um abraço e saudações leoninas
1 Abril, 2019 at 22:27
Ok quer as perguntas para responder Alvaro?
2 Abril, 2019 at 18:14
Quando e como quiser caro Sonhador.
Um abraço e saudações leoninas
2 Abril, 2019 at 21:31
Caro Alvaro aqui vai as perguntas depois responda por ordem de numeros se faz fvr.
1- como nasceu o teu Sportinguismo quais os momentos que mais vibraste pelo Sporting,descreve ?
2- Como tens visto o Sporting desde que te lembras de ser Sportinguista qual a tua opiniao passado presente do clube. ?
3- Qual a tua perspectiva de futuro do clube,como gostarias que fosse ?
4 – Se fosses candidato quais as principais medidas que aplicavas – Financeiras Projecto Desportivo -Futebol e ModLidadea ? O que achas do sistema eleitoral ? Quais seriam as tuas bandeiras como candidato ?
5 – O que achas dos denominados ilustres e notaveis e o que farias em relacao as claques ?
6- Que medidas aplicarias para melhorar o futebol nacional em todas as suas areas modelos organizativos da liga de futebol.
7 – Qual o jogo do Sporting que mais te marcou, Qual o teu onze ideal e escolhe um tecnico ?
8 – Alvaro supoe que tas a falar as massas sportinguistas num momento muito importante do clube qual a tua mensagrm ?
Alvaro coloca aqui neste post as tuas respostas ae faz favor para eu depois poder situar a entrevista, quando puderes responde.
SL. Abraco.
2 Abril, 2019 at 23:06
1 O meu sportinguismo nasceu com o meu pai, também ele sportinguista, o único entre 7 irmãos (o resto era benfiquista). E lembro-me do 1º jogo a que assisti, em Junho de 1963, tinha eu pouco menos de 6 anos: a final da Taça de Portugal contra o Guimarães, que nos deu acesso à Taça das Taças que viríamos a conquistar. Ganhámos por 4-0 e recordo o penalti do Lúcio “pé de canhão” Soares (que contratámos nessa época, precisamente ao Guimarães) que causou uma polémica pois o árbitro demorou a assinalar. No fim do jogo viria a explicar (na altura os árbitros podiam falar no final dos jogos; curioso que era em pleno salazarismo mas a lei da rolha da FPF veio com a democracia): tinha a noção de a bola ter entrado, mas como foi parar aos placards de publicidade atrás da baliza ficou com dúvidas; ele e o fiscal de linha foram fiscalizar a rede e estava furada, tal a violência do remate. Nessa época, mesmo muito novo assistia a quase todos os jogos em casa do Sporting porque o meu pai, oficial do Exército, estava destacado na chefia da PVT (Polícia de Viação e Trânsito de Lisboa) e tinha lugares no camarote da PSP (que havia em todos os estádios com camarotes). Vi os 16-1 ao Apoel de Limassol (o maior score de sempre em provas europeias) e os 5-0 ao Manchester United (a pior derrota europeia da História do United (na altura com Nobby Stiles, Bobby Charlton, o mago galês George Best o super goleador
3 Abril, 2019 at 0:40
(cont.) *errata: o mago norte-irlandês George Best o goleador escocês Dennis Law e outros). Essa foi uma grande equipa do Sporting que misturava técnica (Osvaldo Silva, Géo, Pérides, Fernando Mendes, Hilário) e raça (Morais, Mascarenhas, Figueiredo). E os jogos eram sempre empolgantes.
2. O desiderato dos fundadores, a História secular, o Lema do Clube e os seus Valores respondem a essa pergunta. O Sporting é um Clube destinado, desde o início a se tornar um dos maiores da Europa; e esse presságio de José de Alvalade é hoje confirmado por 33 títulos europeus conquistados em 6 Modalidades e por uma História de mais de 20.000 troféus patentes no Museu Sporting; títulos só possíveis porque várias gerações de atletas cumpriram o lema Esforço, Devoção Dedicação e Glória e porque sucessivas levas de dirigentes, atletas e adeptos transportam os Valores do Ecletismo, do Desporto para Todos, da Verdade e Lealdade Desportivas, da Solidariedade Social e da Cultura Leonina. Já levo mais de 55 anos de sportinguismo, mas recordo como marcantes momentos como o do épico jogo com o Manchester, as medalhas Olímpicas de Prata de Carlos Lopes (10.000 metros) e Armando Marques (Tiro), as primeiras portuguesas. A corrida da Maratona dos Jogos Olímpicos de Los Angeles, a volta triunfal de Lopes no Estádio Olímpico e o pranto que não contive quando ouvi o Hino Português a ser entoado pela 1ª vez na maior competição desportiva do Mundo. A equipa maravilha do Hóquei em Patins. A “caminhada” épica da última Taça UEFA particularmente a “remontada” em casa contra o Newcastle (nunca vivi um ambiente tão espectacular como o do público naquela noite de Alvalade; com direito a ser aplaudidos à saída do Estádio por quase 3 000 adeptos do Newcastle). E, mais recentemente, a 1ª conquista europeia do Goalball leonino em 1918, logo na sua 1ª participação oficial na Super European Goalball League.
3. Aquilo que espero/desejo do Sporting é que cumpra a negociação com a banca da revisão daa reestruturação financeira da SAD e Clube e que continue o ritmo (ou mesmo que o aumente) de conquistas europeias dos últimos 3/4 anos. Claro, desejo que se cumpra o objectivo do projecto do Futebol Feminino do Sporting de se tornar dentro 5/6/7 anos um dos melhores 8 Clubes europeus. E que o Futebol Masculino se consiga organizar e congregar de modo idêntico ao Feminino e ao das Modalidades do Clube: sem desculpas e com compromisso de vitória.
4. Financeiramente apenas procurava dar cumprimento ao que já estava pré-acordado e combinado por Bruno de Carvalho e Carlos Vieira com os Bancos credores (BCI e Novo Banco) para rever e completar a reestruturação da dívida da SAD e Clube; nas Modalidades apenas teríamos de continuar o bom trabalho já feito, com o mesmo compromisso e a mesma exigência; no Futebol Feminino (que apliquem o que proponho neste meu post de 1 de Abril); mas onde entendo que é necessária uma verdadeira “revolução” é na Comunicação, no Marketing, nos Sponsoring e no Merchandising do Clube, estendendo-os a Todo o Universo Sporting (todas as Modalidades, todos s Escalões, Todo o território nacional, Todos os Núcleos espalhados pelo País e pelo Mundo. Quando operarmos essa revolução, seremos absolutamente imparáveis! Porque somos o Clube com maior expansão de implantação orgânica. Por mais que outros falem de 14 Milhões (contar com o Viriato, o Sertório e o D. Afonso Henriques não devia valer), a nossa expansão é expressa em mais de 240 Núcleos, 100 Filiais e 14 Delegações espalhadas por todo o Mundo.
Entendo que devia, também aqui ser operada outra revolução: Um Sócio, Um Voto seria meu lema de Campanha se fosse candidato. A antiguidade devia ser premiada com o respeito e com incentivos ou recompensas materiais e NUNCA com distorções da vontade maioritária dos sócios e da vida democrática da instituição. Quanto ao resto do “programa eleitoral”, na essência, já está expresso em muito do que defendi atrás.
5. Para mim, o Sporting Clube de Portugal são mais de 3 Milhões de adeptos igualmente notáveis. Este é outro motivo para acabar com a descriminação no número de votos/sócio. Essa distorção também contribui para distorcer a forma como se perfilam muitos dos sócios perante a instituição. Outro “elemento” de descriminação é aquele que é induzido por um certo sentimento de “linhagem” que se instalou em alguns segmentos dos associados do Clube mais ligados a uma camada dirigente que adveio do Projecto Roquette e suas “sequelas”. E aqui remeto de novo à outra revolução de que falei atrás: a da Comunicação, do Marketing, do Merchandising que tem de se voltar e fazer apelo a TODO o Universo Sporting. Este não é apenas um imperativo de sustentabilidade económica e financeira do Clube. É também e sobretudo um imperativo de POPULARIZAÇÃO do Sporting (ou, dito mais correctamente, imperativo de reconhecimento e orgulho na popularidade do Sporting).
Quanto às Claques, acho que o Clube, institucionalmente, deve definir com clareza os limites e as condições do seu apoio às mesmas, no reconhecimento da sua importância como motoras do apoio às equipas do Clube e, simultaneamente, da sua responsabilidade em veicularem os Valores e a Cultura Sporting.
6. Aquilo que defendo no post de Balanço e Perspectivas do Projecto de Futebol Feminino, naquilo que concerne ao caderno reivindicativo que o Sporting deveria assumir, pode ser replicado para o Futebol Masculino (exceptuando o que já está instituído, como o VAR, mas incluindo as alterações que também aí proponho – uma delas foi hoje aprovada pela Football Association para a Premiere League inglesa); mas, acima de tudo defenderia uma alteração radical do Quadro competitivo, reduzindo progressivamente o número de Clubes da Primeira Liga até esta vir a ser disputada por 10 Clubes a 4 voltas. Menos jogos por fim de semana = melhores horários=melhores receitas; menos clubes a competir= maiores direitos televisivos por clube (direitos teriam de ser centralizados e redistribuídos por “mérito” consoante a classificação em cada época); 4 voltas implica que clubes como Braga, Guimarães, Rio Ave, e outros recebam 2 vezes Sporting, Benfica e Porto o que contribui para aumentar as suas receitas e reduzir distâncias materiais para os maiores clubes; todos esses factores tendem para um maior equilíbrio por cima, para melhores espectáculos para um progressivo reforço do conjunto dos plantéis aproximando-os mais das realidades dos “tubarões europeus”. Maior qualidade da competição e melhores horários tornam a Liga mais “vendável” para os grandes mercados estrangeiros.
7. O meu onze histórico do Sporting seria (porque a “minha” história do clube só foi vivida a partir de 1963): Vitor Damas, Artur Correia, Stan Valckx, Laranjeira, Hilário, Vidigal, Luis Figo, Osvaldo Silva, Cristiano Ronaldo, Hector Yazalde, Dinis. (Claro que no banco teria, Meszaros, Pedro Gomes, André Cruz, Fernando Peres, Manuel Fernandes, Jordão e Nani).
8. Não consigo me colocar nessa situação. Não me vejo a falar para as massas.
3 Abril, 2019 at 0:42
* na resposta 7 esqueci o técnico: Sir Bobby Robson, sem dúvida (alternativa Mirko Josic).
Saudações leoninas
3 Abril, 2019 at 7:35
Obrigado Alvaro Dias Antunes ainda nao tive tempo de ler mas irei avisar o Cherba se ele tem maneira de colocar estas 2 emtrevistas feitas a si e ao Sir Bobby Robson num post ou ficheiro a parte.
SL. Abraco.
3 Abril, 2019 at 12:56
E, no banco fazia uma alteração: em vez de Meszaros, o enorme Peter Schmeichel (a suplente de Damas:, não poderia haver maior homenagem ao eterno Vitor).
SL
1 Abril, 2019 at 22:25
De resto grande grande e muito bom bim post sobre o futebol feminino portugues e do SCP.
SL. Alvaro.
1 Abril, 2019 at 19:58
Quando temos uma análise e conclusões deste calibre, resta fazer uma vénia.
1 Abril, 2019 at 22:32
Apesar de não comentar muito, é sempre uma delicia ler estes textos do Álvaro sobre futebol feminino, foram uns largos minutos muito bem empregues.
1 Abril, 2019 at 22:48
Sem grande conhecimento de causa, vejo um bom futuro para o nosso futebol feminino.
Mesmo com os adversários passarem a ser 2, se trabalharmos bem as mais jovens (imenso talento) bastará a certa altura acertar nas contratações.
Não foi conseguido este ano, espero que contratemos para o ano cirurgicamente. Consigamos trazer malta com características que não temos cá.
Falo de altura, falo de poder de choque. O resto temos.
2 Abril, 2019 at 3:07
Este ano até nem desacertámos assim tanto braveheart! Contratámos muito bem a Nevena Damjanovic, falhámos redondamente na Nathalie Persson (que já foi contratação de Frederico Varandas) mas houve um reajustamento com a sua substituição pela americana Blomquist (pelo apelido até parece sueca).
SL
2 Abril, 2019 at 8:42
A ideia não pode ser acertar pouco, tem de ser acertar muito e falhar o menos possível.
Temos trabalhado muito bem as mais jovens, mas não podemos descurar o presente.
Falta a esta equipa altura, falta poder de choque. É por aí que o próximo passo deve ser dado.
E este ano devemos ter uma mudança no treinador, digo eu.
2 Abril, 2019 at 9:21
Só acertamos a Nevena Damjanovic. O resto foi tudo ao lado.
E o ano passado acertamos a Carole e escapou a Sharon.
Muito pouco.
É a minha opinião.
2 Abril, 2019 at 8:17
Qu’aganda chapa a da capa deste artigo.
Foto da semana, subbitto
2 Abril, 2019 at 18:04
Pois é Escondidinho! Eu só espero que o Cherba aceite o desafio que fiz e “edite” no final do ano, uns calendários com as melhores fotos da semana; ou com as melhores fotos por Modalidade (Fut.Fem.;Vól.Mas.+Fem.; Rugby Fem+Masc.; Andebol; Hóquei; Futsal; Ténis de Mesa Masc.+Fem.; Desporto Adaptado e Paralímpico). Eu comprava 2 de cada, na boa!!!
Um abraço e saudações leoninas
3 Abril, 2019 at 11:56
E da formação… com autorização, claro…
3 Abril, 2019 at 11:57
E o dinheiro arrecadado para a Fundação Sporting.
Fazer umas fotos tamanho A3/A2, numerá-las e autografá-las e colocar em leilão, tipo edição especial.
3 Abril, 2019 at 18:35
Ora aí está! Em poucas linhas já mandámos uns bons bitaites para o merchandising do Clube poder aproveitar! Com tantas Modalidades, com tantos atletas, com tantos bons momentos, como é que não se aproveita quase nada disso para ajudar o Clube a carburar melhor e para dignificar e expandir a Imagem do SCP.
SL