Entre o Campeonato do Mundo de Futebol Feminino (FF) de 2015 (no Canadá) e a preparação para a edição de 2019 ( em França), várias selecções nacionais femininas lutaram, em conjunto com as suas federações, para alcançar melhores condições de trabalho e pagamentos equitativos aos das suas congéneres masculinas masculinas.
O team nacional feminino dos Estados Unidos liderou o ataque. A Noruega estabeleceu o novo padrão quando a Federação, em 2017, fechou um acordo para pagar às suas atletas mulheres o mesmo que aos homens. A luta alargou-se até países como Dinamarca, Nova Zelândia, Chile, Argentina e até federações ainda frequentemente esquecidas como a do Porto Rico. resumindo, o movimento reclama sustentabilidade.
Alertada por este movimento, a FIFA, em Outubro de 2018, lançou a sua estratégia global para o FF, onde estabelece como objectivos para a próxima década aumentar a participação e o investimento na Modalidade.
A estratégia passa por: dobrar o número de jogadoras em todo o mundo (para 60 milhões) no ano 2026; aumentar o valor comercial das qualidades do FF; e mandatar que todas as associações membro da FIFA tenham pelo menos uma mulher no seu Comitê Executivo (até 2026) – além de garantir que pelo menos um terço dos membros da Comissão da FIFA serão mulheres (até 2022). A FIFA também anunciou, quando definiu essa estratégia, que seriam duplicados os prémios monetários do Campeonato do Mundo Feminino de 2015 para 2019 (30M US $), que será pago um adicional de 20M US $ em despesas de preparação (11,52M US $ em 2015) e, pela primeira vez, serão pagos benefícios (8,4M US $) para Clubes de equipas femininas com atletas representadas.
Estas foram, pelo menos, as notícias mais mediatizadas sobre esse documento da FIFA. Não deixam de ser boas noticias, mas convém anotar que, apesar destes incrementos de apoios ao FF, aumentou a distância para os pagamentos ao Futebol Masculino: pote total do Mundial Masculino de 2014 foi de 358M US $ e o de 2018 foi de 400M US $. A diferença passou assim de 343M US $ em 2015 para 370M US $ em 2019. Só à França, que ganhou em 2018 38M US $ por ser Campeã Mundial no Futebol Masculino, foram atribuídos mais 8M€ que a todos os 24 países que estarão presentes na Fase Final do Mundial Feminino – França 2019.
Apesar de manter (e, em termos absolutos até acentuar) as disparidades entre o Futebol Masculino e o Feminino, o documento estratégico da FIFA desenha orientações importantíssimas para uma melhor percepção do que deve ser o futuro da Modalidade.
Mas, muito para além dos aspectos atrás focados, o Plano Estratégico da FIFA também passa, entre outras medidas e intenções, por:
elevar os padrões dos Clubes e Ligas de FF em todas as Federações Membro;
desenvolver e implementar Programas de FF Escolar;
desenvolver torneios FIFA para Jovens por forma a construir uma participação feminina de elite em idades mais precoces;
assegurar que, em 2022, todas as Federações menbro da FIFA desenvolveram para o FF estratégias adequadas e compreensivas;
examinar, monitorizar e analisar o cenário global das ligas de clube profissionais, tendo em vista a evolução do quadro regulamentar que enquadra a competição feminina, protegendo a sua integridade e as jogadoras;
trabalhar com os stakeholders relevantes no FF para fortalecer o calendário internacional e os respectivos regulamentos como uma ferramenta fundamental para a profissionalização do FF e construir as bases reguladoras das competições;
desenvolver e implementar, até 2026, um Programa Comercial do FF;
reforçar o envolvimento do FF com os parceiros comerciais existentes;
desenvolver uma estratégia para vender os direitos de transmissão, digitais e media, incluindo uma cobertura de amplitude sem precedentes das competições e programas FIFA para o FF;
implementar uma estratégia de marca distintiva para o FF que inspire as jogadoras e os adeptos e que forneça ao jogo uma identidade complementar à do Futebol Masculino e enriquecedora do Futebol como um todo;
reformular a estratégia de bilhética e projectar um modelo que integre o conceito de “família” no FF;
trabalhar para usar a tecnologia e inovação para atrair novos fãs, aprofundar a conexão da FIFA com os atuais adeptos de futebol e desbloquear novas fontes de receita para financiar o desenvolvimento da modalidade;
desenvolver e melhorar os programas e plataformas de marketing e comunicação do FF destinadas a atrair meninas para o jogo e mantê-las envolvidas por mais tempo;
publicitar programas de base, ligas e competições essenciais para o desenvolvimento sustentável do futebol feminino;
alavancar a capacidade da modalidade intervir socialmente;
usar como modelo de propaganda o poder comercial do FF, focando não só no Campeonato do Mundo, mas também em modelos e exemplos poderosos de impacto social;
avançar para a profissionalização do FF e garantir que as atletas são protegidas e tenham um reconhecimento claro e efectivo quer da FIFA quer das suas Confederações Regionais quer das sua Federações Nacionais;
reforçar e expandir o FLDP (Female Leadership Development Plan);
aperfeiçoar a organização do FF através da aplicação de uma maior força reguladora e da solidificação das relações entre os interveniente- chave no FF profissional (o que inclui: reforçar o sistema de transferências do FF para incluir transferências de jogadoras; incorporar o sistema de licenciamento de clubes como uma ferramenta de desenvolvimento para elevar os padrões de clubes e ligas e acelerar o desenvolvimento do jogo em todos os níveis; desenvolver e emitir um relatório regular sobre o panorama do FF, em colaboração com todos os stakehokders; criar uma plataforma de partilha para troca de experiências e conhecimentos sobre a profissionalização do FF).
Estas orientações apontam CLARAMENTE para a profissionalização das Ligas principais nacionais e das competioções internacionais. Mas elas não nascem da intervenção da FIFA; pelo contrário, são reacção (positiva) da FIFA às movimentações de várias Federações.
O exemplo mais avançado nesta matéria é o da Football Association (FA), a entidade reguladora do Futebol em Inglaterra (correspondente à nossa Federação) e da FA WSL 1 (Women Super League One). Desde a época 2018/19, que a competição Futebol Feminino Senior inglês se reparte em duas competições (a FA WSL 1 e FA WSL 2), ambas com 11 clubes. A FA WSL 1 inclui apenas Clubes Profissionais e obriga ao cumprimento de regras desportivas e finaceiras apertadas, para garantir a integridade da competição e a protecção das suas jogadoras (Arsenal, Manchester City, Chelsea, Birmingham, Bristol City, Reading, West Ham, Liverpool, Brighton, Everton e Yeovil são os Clubes da FA WSL 1). Como exemplo do rigor da regulação na competição profissional, o Yeovil Town Ladies viu ser-lhe aplicada pela FA uma sanção de perda de 10 pontos por incumprimento financeiro; o clube aceitou um administrador de falência indicado pela FA e informou os seus sócios e adeptos que iria continuar na WSL 1 até ao final da competição, mas que, na próxima época, irá competir na WSL 2, competição onde é admitida a semi-profissionalização.
Os Estados Unidos da America, o Canadá e a França caminham também, a passos largos, no sentido da completa profissionalização das suas Ligas principais; não tenho dúvidas que outras Federações, como a Espanhola, a Alemã e a Italiana as seguirão.
Portugal deveria já estar a pensar e a agir no mesmo sentido. Caso contrário, o desenvolvimento que o FF português conheceu nos últimos 3 anos, tenderá a estagnar e a retroceder, por perder o comboio competitivo do resto da Europa.
p.s.): o documento PDF Women’s Football Strategy pode ser consultado no link https://resources.fifa.com/image/upload/women-s-football-strategy.pdf?cloudid=z7w21ghir8jb9tguvbcq
* às segundas, o Álvaro Antunes faz-se ao Atlântico e prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
10 Abril, 2019 at 11:14
Boa partilha.
A questão que se levanta no futebol feminino, em Portugal, é transversal a todas as modalidades (independentemente do género) excepto o futebol.
Eu adoro futebol (leia-se, masculino profissional), tal como gosto de sushi. No entanto, não tenho de andar a comer sushi todos os dias e a toda a hora.
A diversidade estimula o desejo, mas em Portugal pensa-se o contrário e acultura-se o gosto.
Não será fácil mudar mentalidades enquanto as pessoas competentes não estejam nos lugares certos. Até lá, vale-nos a boa vontade (e €€) dos atletas, dos pais, dos avós e dos amigos.
SL
10 Abril, 2019 at 11:38
Bom dia,
Muito bom o post….. O futebol femino está em crescendo a todos os nível mundialmente.
O meu maior receio a nível nacional……. A chegada das toupeiras ao principal escalão…….. Possivelmente vão apodrecer tudo o q se tem cultivado nestes anos…….
10 Abril, 2019 at 11:39
E que tal a UEFA criar uma segunda competição europeia assim como nos masculinos, uma espécie de liga Europa!?
Trazia mais competição, logo mais experiência, evolução.
Já que se fala tanto nas diferenças do FF para o FM, podia-se pensar também nisto.
Sou a favor da profissionalização do FF, mas em Portugal a mentalidade que temos, isto ainda está longe de acontecer
10 Abril, 2019 at 14:27
Pedro, a profissionalização urgente em Portugal só não acontecerá se a FPF continuar a assobiar para o lado no que respeita às orientações FIFA. A FPF é muito boa a mamar nas distribuições dos dinheiros FIFA e UEFA e nas contribuições dos Clubes, mas quando se trata de cumprir a sua função toca de empurrar com a barriga para cima dos clubes.
A FIFA aponta claramente o caminho: “(…) elevar os padrões dos Clubes e Ligas de FF em todas as Federações Membro; (…)assegurar que, em 2022, todas as Federações menbro da FIFA desenvolveram para o FF estratégias adequadas e compreensivas; (…) examinar, monitorizar e analisar o cenário global das ligas de clube profissionais, tendo em vista a evolução do quadro regulamentar que enquadra a competição feminina, protegendo a sua integridade e as jogadoras; (…) fortalecer o calendário internacional e os respectivos regulamentos como uma ferramenta fundamental para a profissionalização do FF e construir as bases reguladoras das competições; (…) avançar para a profissionalização do FF e garantir que as atletas são protegidas e tenham um reconhecimento claro e efectivo quer da FIFA quer das suas Confederações Regionais quer das sua Federações Nacionais (…) aperfeiçoar a organização do FF através da aplicação de uma maior força reguladora (…) reforçar o sistema de transferências do FF para incluir transferências de jogadoras; incorporar o sistema de licenciamento de clubes como uma ferramenta de desenvolvimento para elevar os padrões de clubes e ligas e acelerar o desenvolvimento do jogo em todos os níveis; (…) criar uma plataforma de partilha para troca de experiências e conhecimentos sobre a profissionalização do FF (…)”.
As orientações do principal regulador internacional da Modalidade são claras, diria mesmo absolutamente cristalinas. O CAMINHO PARA SUSTENTAR O CRESCIMENTO DO FUTEBOL FEMININO É A SUA PROFISSIONALIZAÇÃO. E a FIFA não descobriu a uma nova alquimia com estas suas orientações; ela está tão simplesmente a seguir os caminhos já traçados no Futebol Inglês e que também já fora iniciados nos EUA, no Canadá, na França, em Espanha, na Alemanha, na Itália, na Austrália e até na China e no México.
Em Inglaterra a primeira Liga é integralmente Profissional, bem como todas as suas jogadoras e todos os Clubes estão devidamente licenciados e obedecem a uma regulação clara e rigorosa.
Nos EUA e no Canadá o processo de profissionalização das suas primeiras Ligas deverá ser completo na próxima época e as fontes de financiamento estão a crescer exponencialmente (como já cresceram em Inglaterra). Na China, a Federação Chinesa de Futebol anunciou que todos os Clubes da Primeira Liga Profissional Masculina terá de ter equipas femininas até 2020. Na 1ª Liga Feminina Francesa já metade dos Clubes são profissionais e a sua completa profissionalização tem com data Limite 2020. Em Espanha, Alemanha e Itália os principais Clubes cada vez mais aderem ao Feminino e profissionalizam as suas equipas; como resultado imediato, batem-se extraordinários records de assistências (como o de 60.379 espectadores em Espanha, no Wanda Metropolitan para assistir ao Atletico Madrid-Barça que bateu os 48.121 da final da Taça do Rei de 2018 que opôs os Alteticos de Bilbau e de Madrid; ou os 39.027 fans que no Juve Allianz Stadiu assistiram ao Juventus-Fiorentina, batendo o anterior record de 14.000 espectadores.)
O mais triste é perceber que em Portugal há adeptos que contestam a profissionalização do Futebol Feminino, mas acham normal haver equipas de uma qualquer terriola a competir na “4ª Divisão”, ou nos Distritais com 2, 3 e 4 estrangeiros pagos nos seus plantéis.
No entanto, a escolha tornou-se clara: ou avançamos RÁPIDAMENTE para a profissionalização e regulação da !ª Liga Feminina ou vamos perder o combóio competitivo europeu e mundial e os passos de gigante que demos nos últimos 3 anos (graças a 2 – agora 3 – Clubes profissionais), serão facilmente ultrapassados por aquilo que outros países estão e/ou vão necessariamente fazer.
Obrigado pelo comentário e saudações leoninas
10 Abril, 2019 at 13:29
É um conjunto de medidas ténues a prazo bastante alargado. Mas pelo menos existem e demonstram que alguém se preocupou em olhar para o panorama do FF actual.
Espero que também a FPF olhe para as suas competições e veja que, para ter uma seleção mais forte, tem de impedir que jogadoras estrangeiras de qualidade idêntica venham tapar as portuguesas.
Uma nota: lia-se pela manhã no zerozero que a Catarina Lopes, ex-leoa, vai ser a primeira mulher a treinar uma equipa masculina da Divisão de honra da AFLeiria. Boa sorte, Catarina!
10 Abril, 2019 at 15:19
luisvt, a maior parte são recomendações às Confederações Regionais (e.g. UEFA), às Federações Nacionais e aos Clubes. Mas também inclui medidas e metas FIFA bem claras para os próximos 4/5 anos.
Medidas que, mesmo que pudessem, nalguns casos, ser bem mais ambiciosas, representam já um enorme passo em frente.
E os que estão a perceber isso estão a colher os frutos:
– em Inglaterra, onde a profissionalização JÁ é uma realidade:, a selecção Feminina assinou, só entre 7 de Março e 8 de Abril, 3 mega-contractos de sponsorização (com a gigante de farmacêutica e cosmética Boots, com a maior cervejeira americana Budweiser e com a produtora e distribuidora de produtos energéticos Lucozade Sport); a Liga Principal, a FA WSL1, assinou um contracto de sponsorização por 3 anos de 10M£, parte do qual é para premiação dos clubes por classificação;
– em Espanha em Itália, os principais clubes começam a abrir as portas dos seus Estádios ao jogos das equipas femininas que, até aqui, jogavam nos “estádios” das Academias com capacidade para 3.000 ou 3.500 espectadores; os resultados foram suficientemente animadores para começarem a pensar em mudar o anterior paradigma (o Atletico Barça, mesmo com apenas 40% de pagantes, rendeu cerca de 120.000€, só em bilheteira; imaginem o que isso significa como potencia de mercado -gameboxes, eventos, mercandising);
– nos EUA, uma empresa de eventos desportivos, a Relevent Sports, organizou em 1918 (no período do defeso europeu) a 1ª women’s International Champions Cup (ICC), que decorreu com a 6º Edição da mesma competição masculina, que junta grandes clubes mundiais num torneio internacional. No primeiro ano competiram Manchester City, Chelsea, Lyon e as North Carolina Courage (que venceram o Lyon na final). Para a edição de 2019, houve 20 Clubes fora dos EUA a demonstrar interesse em participar (do México e da Europa) e a competição irá disputar-se com 8 equipas (4 da 1ª liga americana, a NWSL, e 4 europeias (divididas em 2 grupos sediados em 2 diferentes cidades); para o ano a organização pensa disputar a competição com 16 equipas em 4 grupos; o que explica a afluência de candidato é a notoriedade do torneio (que se disputa “no meio” do Torneio Masculino) e o montante dos prémios pecuniários (já elevados, mas tendencialmente a aumentar, porque aumentam o numero de jogos, as assistências e os sponsors: it’s the american way of show business).
Saudações leoninas
10 Abril, 2019 at 13:55
Boa posta caro Álvaro, eximiamente temperada ao sabor da nossa açoreanidade!
10 Abril, 2019 at 17:44
Leva muita pimenta da terra!
Saudações leoninas e açorianas para o amigo
10 Abril, 2019 at 17:48
🙂
10 Abril, 2019 at 17:00
Um post muito interessante com um tema que deve levar as pessoas a pensar numa forma mais abrangente a todo o desporto e não só ao FF.
Ontem nA Bola TV passou um programa, americano, sobre as diferenças entre a realidade dos desportos masculinos e a dos desportos femininos – abrangendo especialmente a temática da quantidade de espectadores que assistem a uns e a outros e o que se paga a jogadores e a jogadoras.
Um dos exemplos que deram era entre a NBA e a WNBA. Não me recordo da dos valores ganhos num lado e noutro mas recordo que a média de espectadores na TV na NBA eram 16 milhões de pessoas e na WNBA eram 420 mil pessoas!
Muita gente falou de muita coisa, desde donos de equipas, patrocinadores das competições, treinadores, pessoal ligado às organizações das competições, jogadores e jogadoras… Cada um focava determinados pontos para as coisas serem como são e o que poderia ser mudado para se tornar o desporto feminino mais atractivo aos espectadores.
Todo o programa foi baseado numa realidade de Masculino vs Feminino, o que é um pouco o que existe aqui neste tema do Futebol Feminino – onde se compara com a realidade do Futebol Masculino.
É um facto que o existe uma diferença enorme entre, por exemplo, o FM e o FF, quer em termos de dinheiro envolvido, quer em termos de espectadores, quer em termos do que se pagam a atletas.
Este assunto vem sempre à baila pela diferença entre o que ganham jogadores e jogadoras. Aqui no texto, o Álvaro focou que países como a Noruega já pagam o mesmo a jogadores e jogadoras quando em representação da selecção nacional e que esta luta já existe noutros países entre os quais os Estados Unidos.
Tudo numa perspectiva simplicista de homem versus mulher.
Mas é mesmo isso que está em causa?
Porque raio um jogador de hóquei em patins, por exemplo, não pode querer também ganhar o mesmo? Porque raio um jogador de futebol ganha x e um de hóquei, ou andebol, ou futsal, não pode ganhar o mesmo? E porque raio se acha que uma jogadora de futebol tem direito a ganhar o mesmo que um jogador de futebol e um hoquista já não pode aspirar a ter esse direito?
Afinal, o que está em causa é o quê?
Será mesmo que o problema se baseia na diferença entre homens e mulheres? Ou o problema baseia-se no impacto mediático, e portanto cultural, que cada desporto tem, quer na sua versão masculina, quer na sua versão feminina?
Como é que se pode esperar que uma jogadora ganhe o mesmo que um jogador, se o desporto da jogadora movimenta, por exemplo, 3% do dinheiro que movimenta o desporto do jogador? Será justo pagar-lhe o mesmo quando um faz movimentar milhões e o outro só faz movimentar milhares?
Até que ponto é justo o que se paga aos atletas?
Quem merece ganhar mais?
Peguemos no exemplo do futebol nos EU… (e vou dar números fictícios para ajudar a levantar a questão)
A equipa feminina é campeã do mundo mas um jogo de FF têm em média 15 mil espectadores. Por outro lado, a equipa masculina é uma equipa até fraca, no panorama mundial, mas um jogo de FM têm em média 5 mil espectadores.
Onde há mais dinheiro para se pagar aos atletas, no FM ou no FF?
E o mesmo serve se pegarmos, por exemplo, numa equipa de futebol masculino de Portugal e numa equipa de hóquei em patins de Portugal, dos anos 70 e 80, onde Portugal nem a fases finais no futebol ia e o hóquei em patins era constantemente campeão europeu e mundial… Tinha comparação o que cada atleta ganhava?
As coisas não se impõem por decreto!
Podem decretar o que quiserem que se as pessoas não virem qualidade para irem assistir aos jogos, não vão. Podem pagar os mesmos ordenados, podem por mulheres a mandar na Federações, podem fazer o que quiserem neste capitulo que será sempre o espectador a decidir se quer ver ou não determinado espectáculo. E será a quantidade de espectadores que trará visibilidade e dinheiro à modalidade, que depois passará isso para os atletas. Não será nunca uma coisa imposta por decreto!
Será, portanto, o trabalho dos dirigentes – sejam mulheres ou homens, não importa! – e o trabalho dos treinadores – sejam mulheres ou homens, não importa! – tal como o trabalhos dos jogadores – sejam mulheres ou homens, não interessa! – que levará a que os espectadores queiram ver determinado espectáculo/desporto.
É por aqui que tem que se ir!
Dentro ainda deste assunto, e muito na linha do que disse no paragrafo anterior, está o trabalho dos dirigentes actuais que, do meu ponto de vista, estão a encaminhar o Futebol Masculino para um ponto que pode levar à perda de interesse de grande parte dos adeptos – que depois se voltarão para outras vertentes do desporto, ou a feminina no futebol, ou até a um outro desporto! Este caminho que o FM leva de tornar 10 ou 15 clubes muito ricos – dos quais 5 ou 6 super ricos e crónicos vencedores dos troféus em disputa – levará à perda de interesse na modalidade e à perda de adeptos que tenderão a virarem-se para outro lado qualquer e a buscar nesse outro lado qualquer as emoções que o FM lhes deu durante décadas.
Portanto, mais uma vez, não será por decreto que as coisas acontecerão mas por aquilo que os espectadores decidirem ver e isso terá muito a ver com o trabalho que for realizado e não com imposições.
“O team nacional feminino dos Estados Unidos liderou o ataque. A Noruega estabeleceu o novo padrão quando a Federação, em 2017, fechou um acordo para pagar às suas atletas mulheres o mesmo que aos homens. A luta alargou-se até países como Dinamarca, Nova Zelândia, Chile, Argentina e até federações ainda frequentemente esquecidas como a do Porto Rico. resumindo, o movimento reclama sustentabilidade.”
O movimento não reclama sustentabilidade coisa nenhuma, Álvaro. Reclama dinheiro! Porque reclamar sustentabilidade era perceberem que só podem ganhar o mesmo se tiverem e fomentarem o mesmo nível de receitas, coisa que nem fazem, nem estão lá perto, nem estão preocupadas! Querem é ganhar mais. Ponto!
Uma coisa é reclamar investimento – o que acho muito bem e tenho defendido isso no Sporting quando digo que a SAD tem de alocar 4% ou 5% do dinheiro para o FF – para que a modalidade seja ajudada a crescer e a melhorar o seu desempenho e outra coisa é, simplesmente, acharem que têm o direito de ganhar tanto como os outros quando não produzem nem 10% dessa riqueza!
10 Abril, 2019 at 17:07
* A equipa feminina é campeã do mundo mas um jogo de FF têm em média 15 mil espectadores. Por outro lado, a equipa masculina é uma equipa até fraca, no panorama mundial, mas um jogo de FM têm em média 50 mil espectadores.
10 Abril, 2019 at 17:19
Mais uma vez muita parra e, perdoe-me o Miguel mas é a minha opinião, pouca uva. Mas sempre considerando essa sua uva, melhor que todas as outras.
Ora qui vai um exemplo que cai que nem uma luva:
“O team nacional feminino dos Estados Unidos liderou o ataque. A Noruega estabeleceu o novo padrão quando a Federação, em 2017, fechou um acordo para pagar às suas atletas mulheres o mesmo que aos homens. A luta alargou-se até países como Dinamarca, Nova Zelândia, Chile, Argentina e até federações ainda frequentemente esquecidas como a do Porto Rico. resumindo, o movimento reclama sustentabilidade.”
O movimento não reclama sustentabilidade coisa nenhuma, Álvaro. Reclama dinheiro! Porque reclamar sustentabilidade era perceberem que só podem ganhar o mesmo se tiverem e fomentarem o mesmo nível de receitas, coisa que nem fazem, nem estão lá perto, nem estão preocupadas! Querem é ganhar mais. Ponto!
Ora acontece qua as afirmações que citou não são da minha autoria. Essas afirmações foram produzidas por Jeff Kessouf, fundador do The Equalizer, media de referência norte americano especializado em Futebol Feminino. Diria que tem um bocadinho mais de autoridade especializada do que o Miguel.
Mas não deixa de ser também interessante que, no seu longo comentário, o Miguel, desta vez, tenha deixado de lado a questão (que até é a questão central do post) da profissionalização das Ligas principais, opinião que sempre defendi e que, invariavelmente, o Miguel tem aqui criticado.
É que, ao que parece, esta é também a opinião e a RECOMENDAÇÃO ESTRATÉGICA DA FIFA PARA O DESENVOLVIMENTO DO FF.
Gastou uma enormidade de caracteres para rebater a igualdade de salários. Acontece que eu não defendo, (nem o Documento FIFA Women Football Strategy) qualquer igualdade de salários.
10 Abril, 2019 at 17:26
cont.) Nessa matéria, o Miguel pegou numa mera transcrição de uma constatação de um facto real sucedido com a Federação Norueguesa no que respeita às jogadoras da selecção. Ora acontece que nem se trata de salários, mas sim de prémios de jogo. E a Federação Norueguesa decidiu (FACTO) que entregaria às mulheres da Selecção Feminina, prémios exactamente iguais aos prémios, nas mesmas condições entregues aos homens da Selecção Masculina. Contesta o conceito. É um direito seu. Eu limitei-me a apontá-lo como um elemento de viragem de paradigma. E nem sequer lhe dei mais importância nenhuma, porque não é isso o mais relevante-
Saudações leoninas
10 Abril, 2019 at 17:46
Eu perdoo tudo, Álvaro, menos a desonestidade e a má fé. Não sendo o seu caso, está perdoado… 😉
Eu não me interessa quem disse “resumindo, o movimento reclama sustentabilidade” porque tenha sido o Álvaro, o Manuel ou o Jeff, não é sustentabilidade que se reclama quando só se fala de dinheiro… Bem, na realidade pode-se considerar que é a sustentabilidade das jogadoras… 😉
E o facto de se saber mais que eu – que é outro assunto! – não me impede de ter opinião que quando se exige o mesmo dinheiro – não é relevante se são salários ou prémios até porque se sabe que as Federações não pagam salários mas sim prémios – o que está em causa é o dinheiro que cada atleta recebe e não a sustentabilidade da modalidade!
Quanto à profissionalização, não é relevante agora, mas é óbvio que o caminho levará a isso. Não é preciso é que seja já este ano ou no próximo. Até porque 90% dos clubes não têm condições para isso!
10 Abril, 2019 at 19:10
“(…) não é relevante se são salários ou prémios até porque se sabe que as Federações não pagam salários mas sim prémios – o que está em causa é o dinheiro que cada atleta recebe e não a sustentabilidade da modalidade! (…)”
Não tinha percebido que, para o Miguel, não estavam em causa os salários: “(…) Porque raio um jogador de hóquei em patins, por exemplo, não pode querer também ganhar o mesmo? Porque raio um jogador de futebol ganha x e um de hóquei, ou andebol, ou futsal, não pode ganhar o mesmo? E porque raio se acha que uma jogadora de futebol tem direito a ganhar o mesmo que um jogador de futebol e um hoquista já não pode aspirar a ter esse direito?” Não estava a falar de salários? De prémios de selecção é que não era de certeza, porque se trata de Modalidades diferentes, logo, de federações, associações ou confederações reguladoras diferentes.
Por isso, não fuja com o dito à seringa. Falou de salários SIM. E eu não.
O Miguel pega na citação “O team nacional feminino dos Estados Unidos liderou o ataque. A Noruega estabeleceu o novo padrão quando a Federação, em 2017, fechou um acordo para pagar às suas atletas mulheres o mesmo que aos homens. A luta alargou-se até países como Dinamarca, Nova Zelândia, Chile, Argentina e até federações ainda frequentemente esquecidas como a do Porto Rico. Resumindo, o movimento reclama sustentabilidade” para concluir que os EUA, a Dinamarca, Nova Zelândia, Chile, Argentina e Porto Rico e o resto do mundo reclamavam era dinheiro igual ao dos homens.
Primeiro, não percebo, se não se referia a salários, o que é “reclamar dinheiro igual ao dos homens”. Nos EUA e no Chile é o Dólar Americano, na Dinamarca é a Coroa Dinamarquesa, na Nova Zelândia é o Dólar Neozelandês, na Argentina é o peso argentino; e é igual para homens e mulheres. O que se falava era, logicamente do pagamento dos prémios das Federações aos e às atletas que representam, os seus países. E não tem de se medir esse pagamento por força da maior ou menor mediatização ou capacidade de gerar receitas do género no desporto. O caso norueguês é até paradigmático: a futebolista norueguesa tem representado muito melhor e com melhores resultados o seu país que o futebolista norueguês.
Mas, mais uma vez, isso não é, em nada relevante para o debate que levanto no post. O post é sobre o Documento FIFA “Women Football Strategy” que define as orientações estratégicas para a Modalidade nos próximos anos. E citei dezenas de excertos desse documento. Nenhum fala de igualdade de salários. Nem eu falei em igualdade de salários ou de as jogadoras mulheres receberem o mesmo que os jogadores homens. O Miguel é que fala nisso.
E creio perceber porquê!
Saudações leoninas
10 Abril, 2019 at 17:57
Ah, e não contestei conceito nenhum.
Limitei-me a dizer que é dinheiro que está em causa.
Era interessante o Álvaro ver o programa que referi porque no fundo o que fala aqui, só no capitulo do FF, foi falado no desporto em geral, onde o FF se enquadra, no programa!
Vamos tentar fazer um paralelismo entre o FM e o FF, no tempo…
Estamos em 2019.
Nos últimos 15/20 anos o FM mudou bastante, em termos do negócio que é, em que se transformou.
O FM, em 2019, está mais atrasado que o FM era em 1970. Nessa altura o FM tinha mais espectadores, mais receita, mais atletas, mais provas, tinha mais tudo do que tem o FF hoje. Portanto, há 50 anos, era uma realidade mais avançada do que é o FF hoje. Ora a diferença entre o FM de 1970 e o de 2019 é enorme. Portanto, se hoje o FF nem ao nível do FM de 1970 está, pode imaginar – porque o Álvaro viveu e presenciou esses 5 anos de transformação do FM – o que falta fazer e avançar no FF. Obviamente não demorarão os mesmo 50 anos a percorrer esse caminho mas com certeza demorará uns 15 ou 20. E é preciso que se tomem as medidas correctas para que o que fizerem atraia os espectadores porque se não atrair não vão chegar lá.
10 Abril, 2019 at 18:06
* porque o Álvaro viveu e presenciou esses 50 anos de transformação do FM
10 Abril, 2019 at 19:28
Qual foi a parte de “debater as orientações estratégicas da FIFA para o FF” que o Miguel não percebeu?
E vir falar de evolução em 50 anos e que o FF está atrás do que era o FM há 50 anos, por isso há que esperar 10/15 anos para a profissionalização do FF é estar numa realidade paralela no que se refere a: os ritmos de evolução de hoje são incomparavelmente superiores aos de há 50 anos; a profissionalização do FF já está HOJE em ritmo acelerado e que não quiser apanhar o combóio vai ficar irremediavelmente para trás; o FF de hoje, em vários países, está bem melhor que o FM de há 50 anos(EUA, Canadá, Inglaterra, França, China, e caminhando bem para isso, a Espanha e a Itália) e nalguns (poucos) até está bem melhor que o FM de hoje (Noruega, Canadá, Nova Zelândia).
Quais 10 a 15anos?
As Ligas (europeias, americanas e asiáticas) que não estiverem profissionalizadas daqui a 3/4 anos, vão ver os seus principais clubes a definhar ou mesmo desaparecer.
E as orientações estratégicas da FIFA são claras e apontam os caminhos certos, alguns já trilhados pelas Ligas mais evoluídas. Nos comentários atrás dou alguns exemplos de como o dinheiro está a fluir no Futebol feminino. Existem muitos mais.
SL
10 Abril, 2019 at 18:05
E mais uma parra…
Uma das maneiras de ajudar a evoluir a modalidade era a UEFA criar outras competições europeias, como falou o colega Pedro Chambel, pois isso iria ajudar os clubes a abrirem horizontes e a profissionalizarem-se.
Aliás, já deviam ter feito isso.
A UEFA e a FIFA estão agora – há 5 ou 10 anos! – a acordar para o FF e têm feito pouco para o seu desenvolvimento. Estão mais preocupadas em criar mais competições no FM, levando os jogadores ao limite impensável aqui há 15 ou 20 anos e explorando os clubes ao máximo, principalmente os mais pequenos que fazem da formação a sua bandeira!
Portanto, meu caro, tudo isto está ligado, e, como eu disse, se estragarem o FM como eu acho que estão a fazer, os espectadores voltar-se-ão para outras modalidades – inclusive o FF.
10 Abril, 2019 at 19:40
É uma opinião! Eu não concordo com ela.
Nesta fase de desenvolvimento a preocupação maior deverá estar em consolidar a Champions League e dar-lhe maior visibilidade. Ainda não existe nível de profissionalização para teres 2 competições. Esta é também a opinião da UEFA e da FIFA.
O aumento de competições, nesta fase, deve concentrar-se em torneios que contribuam para uma maior difusão e visibilidade da Modalidade com já acontece com a SheBelieves Cup nos EUA e a Algarve Cup para selecções ou com a women’s International Champions Cup nos EUA para clubes de topo. Ou em competições internacionais de escalões jovens (para Selecções e para Clubes). Também é para aí que apontam quer FIFA quer UEFA.
Mas aqui sim já estamos a debater ideias sobre caminhos para o desenvolvimento do FF e não a verberar sobre conceitos mais ou menos filosóficos.
Saudações leoninas
10 Abril, 2019 at 20:15
Alguns exemplos de como o dinheiro já flui no FF e de como nalguns países já se “investe” no FF:
1. a FA (Federação Inglesa) tem no seu merchandising mais de 300 produtos exclusivamente associados às Selecções Femininas, incluindo 200 diferentes jerseys de todas as jogadoras que representaram a selecção nos últimos 2 anos (campanha para o Mundial 2019 de França),
2 . a FA WSL1 tem um main Sponsor (Barclays para os próximos 3 anos de 10M£= 11,6M€);
3 . em menos de um mês a FA garantiu 3 grandes contractos de sponsoring para as Lionesses (a selecção feminina): Boots, Budweiser e Lacozade a juntarem-se a outros como o Barclay’s e o VISA que garantem mais de 2M£=2,32M€/ano, nos próximos 3 anos
4 . o Manchester City, para a época 2018/19 tem como preços para a WSL1 na Academia: Adultos – desde £6.50 ; menores 16 – desde £4.50
de pé – desde £2.50; Família de 3 (1adulto+2 crianças) – desde 12,50£; Família de 43 (2adultos+2 crianças) – desde 18,50£. Pacote Earth of City (inclui estacionamenteo,
10 Abril, 2019 at 23:01
(cont) Pacote Earth of City (nas zonas de camarotes desde 90m antes do apito inicial até 30m após o final, inclui estacionamento, e buffet quente) desde 15£+IVA até 35£+IVA) a capacidade do Estádio é de 7.000 lugares. Qualquer bilhete dá acesso ilimitado a bebidas dentro do Estádio (chá, café, chocolate quente, Diet Coke, Diet Pepsi e Sprite zero
5 . o preço de membro do Arsenal Women é de 40£ adulto e 20 £ junior e concessões (mais de 65 anos, pessoas com deficiência) e tem como regalias o ticket de época em casa, o pack membro com merchandise exclusivo, acesso ou descontos em eventos Arsenal Women Football Club (WFC), acesso gratuito ao fórum Arsenal WFC de fim de época. O Arsenal WFC joga a maioria dos seus jogos no Meadow Park Stadium com capacidade para 4.500 pessoas.
6 . O próximo campeonato do Mundo de FF vai realizar-se em França de 7 de Junho a 7 de Julho, conta com a presença de 24 países, distribuídos por 6 grupos de 4 selecções cada, que disputarão os seus jogos em nove cidades (Grenoble, La Havre, Lyon, Montpellier, Nice, Paris, Reims, Rennes e Valenciennes). De fora ficaram cidades como Marselha, Bordéus, Nantes, Mónaco ou Lille. A competição contará com os patrocínios FIFA de: Adidas, Coca Cola, Wanda, Hyunday/Kia Motors, Qatar Airways e VISA e os patrocínios locais de Living Football, Arkema, CA, EDF, Proman e ainda exclusividade FIFA de Direitos Televisivos, Direitos Radiofónicos, Direitos Internet; Direitos IPTV e Direitos de Transmissão Móvel. A FIFA distribuirá prémios de 30M US$.
7. a principal liga francesa (Division 1 F) conta com 12 equipas 6 das quais já profissionais; a principal liga inglesa (FA WSL 1) conta com 11 equipas todas profissionais ; a principal liga alemã conta com 12 equipas 6 das quais já profissionais; a principal liga espanhola conta com 16 equipas 13 das quais já profissionais e as outras 3 semi-profissionais; a principal liga italiana conta com 12 equipas 8 das quais já profissionais, 4 semi-profissionais; Liga BPI portuguesas conta com 12 equipas 3 das quais profissionais, 1 semi-profissional e 8 amadoras.
8. A Federação Chinesa intimou todos os Clubes da 1ª divisão Masculina a constituir equipas femininas seniores até 2020, integrando inicialmente uma segunda Divisão alargada.
9. O jogo Atletico de Madrid-Barcelona teve 60.379 espectadores, uma receita de bilheteira de 120.000€ e bateu o anterior record espanhol de assistência (48.121 da final da Taça do Rei de 2018. Altetico de Bilbau-Atletico de Madrid)
10. Em Itália, 39.027 espectadores assistiram ao Juventus-Fiorentina no Juve Allianz Stadiu, batendo o anterior record de 14.000 espectadores.
11 . A nível europeu, o máximo de assistência num jogo de futebol feminino estava em 50.212, registado em 2012, na final da Liga dos Campeões, entre Lyon e Frankfurt.
12 . Em termos absolutos, o recorde é bem mais alto e foi conseguido em 1999, na final do Mundial entre os Estados Unidos e China, com 90.185 pessoas presentes no Rose Bowl, em Los Angeles.
13. Em Portugal, o record de assistências é de 15.204 pessoas, estabelecido no Estádio do Restelo, no dia 29 de Abril de 2019, no derby solidário com Moçambique que opôs Benfica e Sporting.
14 . A NWSL, principal liga norte americana conta com 9 equipas todas profissionalizadas. A competição está em processo de profissionalização.