Diz-se, de um elefante, que tem boa memória, que podem ser O Elefante na Sala, ou numa loja de cristais, que por vezes podem ficar de trombas… E até podem organizar as Patrulhas da Madrugada, assim o diz a Disney… Eu sei lá que mais… Mas como falo sobre rugby, e sobre a nossa casa verde e branca, cabe-me escolher uma destas alegorias e tentar casar essa alegoria com um título de um Nobel. Não será fácil, mas vamos ver como corre.
Sendo o Sporting Clube de Portugal a nossa Casa, o nosso rugby teria que ficar forçosamente na Sala de visitas, em lugar de honra. A nossa história, as nossas tradições e os nossos Valores são tão nobres e quase se identificam, ponto por ponto, com os do nosso Clube, ainda que por palavras diferentes.
Ora o nosso pequeno elefante oval, nesta nossa Sala, tem um problema, parece a todos ser visível, mas a poucos é notado. E acontece com outras modalidades, por certo.
Tivemos as nossas camisolas listradas, que agora são de todos… Os nossos títulos… É verdade que fizemos uma terceira parte de mais de 50 anos… Mas desde esse tempo, fomos Campeões Nacionais II Divisão, Campeões Nacionais de Sevens, de Tens, ganhámos a Taça de Portugal e Supertaça, fomos a duas finais Ibéricas, ganhámos uma… a nossa formação conta com jogadores nas várias Seleções regionais e Nacionais, temos jogadores internacionais seniores de outros países, tivemos duas Black Ferns, uma Tupi, e muitas jogadoras de topo da nossa Seleção Nacional… Temos treinadores de craveira, e somos modalidade oficial, com muito orgulho, do Sporting Clube de Portugal. Os nossos U16, vão disputar o título de Campeão Nacional B.
Somos tudo isto, e mais. Somos os pais dos nossos atletas, os amigos, os avós, os fotógrafos, os técnicos, team managers, dirigentes… Toda uma família, unida, Oval e verde e branca até ao tutano. Temos Garra, Atitude, deixamos o que temos e o que não temos no Campo, respeitamos adversários e Árbitros, e Público.
Não temos connosco o sentimento de que temos de levantar a cabeça… Isso não temos, quando deixamos o Campo, deixamos tudo. Não há recriminações, uma falha, é de todos, um ponto de todos é. E contudo, fazemos todos os dias a Viagem do Elefante, cada dia mais perto do objetivo, sempre difícil de alcançar, mas sempre em frente.
Tal qual o elefante de Saramago, que foi de Belém até Viena de Áustria, o nosso rugby vai caminhando, fazendo a sua história, que um dia alguém pode ser tentado a contar, com episódios pitorescos, risos, gritos, choro e dor. Mas que bonita será a nossa história…
Num outro registo, ganhamos as duas primeiras etapas do Nacional de Sevens feminino, as duas finais contra o SL Benfica. Vamos este fim de semana jogar a 3ª jornada na Sobreda da Caparica. E juntar mais uns passos, nesta nossa viagem. O Caminho faz-se… Caminhando.
*às quintas, o Escondidinho do Leão aparece com uma bola diferente debaixo do braço, pronto a contar histórias que terminam num ensaio
11 Abril, 2019 at 16:48
só para avisar que a entrevista com a nossa capitã, Isabel Ozório está feita e correu muito bem. Agora é só arranjar umas 3 ou 4 horas para desgravar 🙂
11 Abril, 2019 at 16:52
Nice.
Enviei email, Cherba…
11 Abril, 2019 at 21:20
Grande texto… Mais uma vez! A tua escrita é uma delícia de ler! Enche a alma…
11 Abril, 2019 at 21:38
Boa, Escondidinho! 😀
11 Abril, 2019 at 21:43
Muito bonito. SL
11 Abril, 2019 at 21:57
Muito bom
11 Abril, 2019 at 23:47
Amanha Cherba a entrevista com Alvaro Dias Antunes ?
12 Abril, 2019 at 1:28
Bela posta!
Nestes tempos falta-me oxigénio, e em boa hora aqui passei, onde ganhei uma lufada de fôlego de elevado grau de pureza.
As nossas modalidades dão-nos vida!
12 Abril, 2019 at 3:57
Mais uma leitura obrigatória da Tasca. O Escondidinho, o Adrien S. e o zero seis são sempre a não perder. Obrigado por nos dares a conhecer mais de uma Modalidade tão apaixonante como o Rugby. Para mim é mais re-.conhecer, porque na adolescência, antes do 25 de Abril o Desporto regular na TV era o Torneio das 5 Nações (então eram 5), a Fórmula 1 e a Selecção Nacional de Hóquei em Patins. O resto era quando calhava.
Um abraço e saudações leoninas
12 Abril, 2019 at 3:59
A Fórmula 1 era ainda do tempo do Fitipaldi , do Mansen, do Villeneuve (pai) e do Graham Hill (sim, eu ainda assisti a o Graham Hill campeão do mundo … enfim … cota).
SL
12 Abril, 2019 at 11:02
Belos tempos…
Uma tv Telefunken, folhada a mogno, a preto e branco…
Never been happyer