Foi uma das perguntas mais interessantes, debatidas no Sporting Summit, evento que, pela primeira vez, permitiu pensar e discutir as modalidades do Clube.
Nuno Dias, que participou na Mesa Redonda juntamente com Paulo Freitas, Hugo Canela, Hugo Silva e Luís Magalhães, afirmou que “fazemos um trabalho na nossa formação de modo a conseguir apostar ainda mais, mas sabemos que é um degrau difícil e que é complicado para os atletas darem esse passo” pois a integração dos jogadores nem sempre é fácil, “se bem que felizmente temos conseguido fazê-lo, porque a nossa formação trabalha com os nossos moldes, com um modelo transversal que nos permite recrutar sem ‘estragar’, e o que temos conseguido fazer é que os nossos atletas mais jovens se incluam naquilo que é o nosso trabalho”. “Já foram tantos os que nesta época conseguiram fazer minutos na Liga Sport Zone e muitos mais são aqueles que já treinaram com os séniores e que, apesar dessa dificuldade de passar de um escalão sub-20 para um escalão sénior, o trabalho tem sido bem feito e temos conseguido cada vez mais integrar esses jovens”.
O técnico Leonino referiu ainda que “mais importante do que o nível etário, é o nível do desempenho” e que “nem sempre um está directamente relacionado com o outro mas que o mais importante é o desempenho dos atletas e a qualidade que apresentam, esta é uma ‘máxima’ importante para o Clube”, finalizou.
Paulo Freitas, treinador da equipa principal de hóquei em patins do Sporting Clube de Portugal, mencionou que é importante “percebemos o nível de qualidade que existe neste momento no Sporting CP e que não é, de forma alguma, fácil cá chegar, e então temos de definir aquilo que consideramos talento e desenvolver essas capacidades, e por isso é que há um conjunto de etapas que têm de ser percorridas e circunstâncias pelas quais os atletas têm de ultrapassar e evoluir”.
O técnico Leonino salientou também que é importante “pensar se formamos para ganhar ou se formamos a ganhar”. “Não podemos nunca deixar de perceber e pensar que numa competição o ‘ganhar’ faz parte do trajecto. A identificação que fazemos dos atletas, aquilo que catalogamos como talento, têm necessariamente algumas permissas, e uma delas é passarem por momentos de decisão nos escalões de formação e internacionais. Há um conjunto de parâmetros em que obviamente os atletas terão de se encaixar”, concluiu.
Hugo Canela, treinador da equipa principal de andebol do Sporting Clube de Portugal, abordou um tópico relacionado com as crianças e as suas escolhas: “Cada vez menos as crianças brincam, cada vez existem mais brincadeiras estruturadas pelos pais: ir para o futebol, ir para o karaté, ir para a natação. É fundamental que possam experimentar o seu corpo, várias modalidades e que possam decidir onde se sentem melhor, e depois dentro daquilo que escolherem, por exemplo, no caso do andebol, experimentar várias posições”.
É fundamental que, para além do treinador, os pais e os atletas também se revejam no projecto desportivo: “Precisamos cada vez mais dos pais, temos de saber que têm de estar connosco, isso é importantíssimo, porque para além de um projecto desportivo é também um projecto de vida, temos de ter isso em conta e explicar aos pais o tipo de projecto em que os seus filhos estão inseridos. Estamos aqui para os ajudar a educar as crianças, para que possam crescer connosco e aprendam outro tipo de valências que o próprio desporto dá”, finalizou o técnico.
Luís Magalhães, treinador da equipa principal de basquetebol do Sporting Clube de Portugal, defende que a equação para o sucesso baseia-se em “treinadores competentes mais jogadores com talento”, o que resultará em “atletas com futuro”.
O treinador Leonino salientou que “toda a gente tem de ser competente, toda a estrutura” dando principal destaque aos pais, “que são um elo fundamental no papel da formação de um atleta, de que forma é que podem contribuir para a formação global e desportiva do seu educando, portanto é importante que haja um alinhamento a nível das competências de cada um”.
Referiu ainda a relevância do papel de um treinador: “É fundamental na gestão de toda a equipa, caso contrário não haverá sucesso”. Acrescentou ainda que está “pronto para ajudar no que for preciso” no regresso do escalão senior ao Clube, e que tentará dar “o melhor todos os dias, motivando as pessoas, para possamos chegar onde todos queremos: ao sucesso”.
15 Abril, 2019 at 8:54
Ambos os dois, se possível.
15 Abril, 2019 at 9:12
Formar para ganhar mas ir ganhando!
😉
15 Abril, 2019 at 9:14
Acima de tudo ganhar, com ou sem formacão.
Mas desde que se ganhe de forma honesta e sem batota.
15 Abril, 2019 at 9:29
Formar.
15 Abril, 2019 at 9:37
Não há uma regra.
1º Nas modalidade é muito mais fácil comprar jogadores de topo que no futebol.
2º Nas modalidades é muito mais barato comprar um jogador de topo.
e ainda assim…
Por exemplo no Andebol podemos formar bons jogadores mas se queremos ser cada vez melhores…temos de ir contratar. Por isso a formação pode ser interessante mas não vai nunca ser sustento. Já no Hóquei…em Portugal forma-se do melhor que há! Por isso a formação é critica. O Voley assemelha-se ao Andebol. O Futsal estará a meio das 2 realidades. Podemos formar e integrar formação de jogadores de topo mas será sempre minoritária.
Por exemplo no feminino…temos uma vantagem competitiva BRUTAL para formar dentro de casa. Sinergias com a melhor academia do mundo. É formar para ganhar, sem dúvida! Não há certamente formação nem perto da nossa!
Agora no futebol…se o Sporting quiser ser competitivo tem de formar para ganhar. Tem de aproveitar os recursos que tem o melhor possivel e concentrar os investimentos em jogadores chave. Num clube como o Sporting, desperdiçar recursos devia ser crime. Enquanto não se encararem as coisas desta forma, nunca passaremos da cepa torta e é por nunca se ter encarado assim as coisas que andamos neste estrago todo…
Claro que é fácil para esta malta dizer que é formar a ganhar! Eles ganham e têm equipas de topo em Portugal e (tirando o Voley e vá…o Andebol pode não ser topo topo…) na Europa! Claro que é fácil para eles dizer “formação é importante mas para ganhar temos de manter esta qualidade”. A questão coloca-se em fazer isso com um orçamento 10 vezes mais baixo que os clubes de topo da europa, com um mercado aberto que todos os anos tem capacidade de vir cá buscar os nossos 3 ou 4 jogadores de topo e para um clube que não está a ganhar…
15 Abril, 2019 at 10:00
Formar para ganhar claro.
Do que me toca, o mais importante é formar formar formar.
Depois o aprender, o que ganhar quando se ganha, o que aprender quando se perde.
Para que mais tarde possamos ganhar, saber ganhar, e aprender a ganhar…
O que é sempre o mais difícil da formação, o aprender ganhando. Acreditem.
15 Abril, 2019 at 10:10
Formar a ganhar e formar para ganhar.!
As duas.
Formar a ganhar é sempre melhor que formar a perder! Independentemente de saber de tudo o que as derrotas ensinam.
15 Abril, 2019 at 10:38
Formar a ganhar, incutir o hábito e fome de vitórias sempre.
Assim, quando os jovens entram na equipa principal já trazem este espírito, sabem o que é ganhar, estão habituados a isso.
É mais simples e natural incutir estes hábitos, do que formar sem exigência, e só quando metemos os jovens na equipa sénior começamos a exigir vitórias.
O desporto necessita desta responsabilidade que é lutar pela vitória, mesmo que não sejamos campeões temos sempre de assumir esta responsabilidade.
15 Abril, 2019 at 11:28
Quem não viu este debate, aconselho vivamente a ver pois é muito interessante.
Para mim faz todo o sentido a pergunta do titulo deste post: “Formar a ganhar ou formar para ganhar?”
Para mim, sem dúvida, AMBAS!
Aprender a ganhar faz toda a diferença, na minha opinião, especialmente num clube como o Sporting.
Como os mais atentos sabem, tenho uma filha que joga voleibol (actualmente) nas Juniores do Belenenses. Tem 1,80m e joga a central, que é uma das posições mais complicadas porque está muito dependente de ter uma boa passadora – certo Adrien?
A equipa do Belenenses, que praticamente está formada desde as Minis. Este grupo sempre teve um conjunto de 4/5 jogadoras com um potencial elevado, a que se juntam outras 2/3 que cumprem perfeitamente sem serem desse nível. Este ano, de Juniores, receberam o contributo de mais 2/3 jogadoras que ficaram das Juniores do ano passado – da equipa da nossa Beatriz – que foram vice-campeãs nacionais, subindo bastante o nível da equipa especialmente porque uma das que ficou é uma passadora já com algum nível!
No entanto esta equipa NUNCA esteve ao nível do potencial que teve em cada escalão. E, na minha opinião que sempre segui de muito perto a equipa, inclusive nos treinos, isso deveu-se à falta de cultura de GANHAR. Nunca se incutiu na equipa uma cultura de ganhar e isso, na minha opinião, faz muita diferença. No Belenenses, na maioria das equipas da formação – a excepção era essa equipa de que a Beatriz fazia parte que era treinada pela nossa Daniela – o mais importante não era ganhar mas evoluir – algo que me foi dito pelo responsável do clube!
Ora, nada impede que se evolua ganhando. Já evoluir sem ganhar, sendo obviamente possível, parece-me menos provável – e deixo de lado a evolução normal que cada atleta tem por mais um ano de pratica!
O facto de não se incutir um espírito vencedor nas jogadoras também se nota. Nota-se quando as coisas correm menos bem e é preciso dar mais um bocadinho – quem não gosta de perder dá mas para quem perder ou ganhar é indiferente nem sempre acompanha esse esforço – e nota-se no fim de uma derrota, quando 3 ou 4 ficam com um “mau feitio desgraçado” e outras riem e brincam como se tivesse acabado um treino.
É óbvio que num conjunto de jogadores fracos é complicado colocar a pressão de ganhar até porque, sendo fracos, o mais provável é perderem muitas vezes e isso acarreta depois alguma frustração nos miúdos. Mas há maneiras de lidar com isso, não colocando o foco no ganhar mas sim no dar tudo em campo ou disputar cada lance como se fosse o ultimo.
Num clube como o Sporting, onde normalmente há atletas na formação com talento e potencial, é mais que óbvio que o GANHAR tem de estar sempre presente, até para perceberem que o clube é exigente – dá todas as condições e quer em troca o empenho total dos atletas.
Para acabar vou dar mais um exemplo relativo a isto…
Como sabem, o Sporting iniciou a formação no Voleibol feminino este ano. A equipa de Juniores – que compete contra a minha filha – não é muito boa pois tiveram muita dificuldade em conseguir boas jogadoras – não sei como são os outros escalões.
No 1º jogo que houve entre o Belenenses e o Sporting a postura do treinador do Sporting impressionou-me muito pela negativa, fazendo uma pressão enorme sobre as miúdas – e até sobre o árbitro, o que é raro no Voleibol! Apesar disso, e tendo em conta o pouco tempo de época que já tinha decorrido, deu para perceber que havia alguma falta de qualidade nas jogadoras mas que até funcionavam bem como equipa e o Belenenses só conseguiu ganhar por 3-2 – o que lhe acabou por dar o 1º lugar no grupo e a entrada directa na disputa da série Sul do Nacional! O Sporting havia de se apurar para essa série numa 2ª fase dos Distritais de Lisboa.
Nesta série Sul do Nacional – que apurará 2 equipas para a fase final – o Belenenses ganhou ambos os jogos, facilmente, por 3-0 e a postura do treinador do Sporting não teve nada a ver com o que referi anteriormente. E isto, na minha opinião, tem exactamente a ver com a eventual assumpção que não vale a pena criar uma pressão extra porque a diferença de qualidade é realmente grande – o que no inicio da época ainda se tentava que não fosse!
De qualquer maneira dá para perceber que no Sporting a equipa é superior ao valor individual das suas jogadoras, o que eu acho que no Belenenses não acontece!
SL
15 Abril, 2019 at 11:49
“No 1º jogo que houve entre o Belenenses e o Sporting a postura do treinador do Sporting impressionou-me muito pela negativa, fazendo uma pressão enorme sobre as miúdas (…) e o Belenenses só conseguiu ganhar por 3-2.
Nesta série Sul do Nacional, o Belenenses ganhou ambos os jogos, facilmente, por 3-0 e a postura do treinador do Sporting não teve nada a ver com o que referi anteriormente.”
Deixa ver se percebi… És a favor de uma cultura de exigência e espírito ganhador…
No entanto, a atitude do treinador do Sporting, que vai ao encontro precisamente dessa cultura de exigência, foi negativa? Mas foi negativa porque as jogadoras são fracas (ou seja, dificilmente ganharão) ou porque foi demasiado exigente?
Repara: com essa exigência, perderam por 3-2.
Sem essa exigência, tal como escreveste, “o Belenenses ganhou ambos os jogos, facilmente, por 3-0.”
Elucida-me…
15 Abril, 2019 at 12:04
🙂
Já sabia que iam questionar isso…
A questão não é a exigência, que compreendo e até defendo, criticando exactamente a falta disso no Belenenses. A questão é como se faz essa exigência, que no caso dele me pareceu de todo desproporcionada, por exemplo, obrigando a capitã a questionar o árbitro tantas vezes que acabou por ser amarelada – coisa rara no voleibol de formação.
A exigência faz-se motivando as miúdas e puxando por elas – o que ele fez normalmente numa fase inicial – mas depois ultrapassou em muito isso.
O jogo ficou 3-2 porque o Belenenses jogou mal – a tal falta de exigência que aparece muito contra equipas menores! – e deu hipóteses ao Sporting que se esforçou bastante.
Nos outros jogos onde levaram 3-0, também se esforçaram mas não deu para mais.
O que relevo aqui, e é também por estar dentro do contexto e dos resultados, é que o outro jogo foi no inicio da época e provavelmente o treinador achava que fazia alguma coisa deste conjunto de miúdas se puxasse por elas. Provavelmente agora já não faz isso porque a maioria das equipas é superior ao Sporting – vão em 7º numa série de 8 equipas! Já leva a coisa com mais calma, até porque dá para ver que são o que são e não vão evoluir muito mais. Eu já acho fantástico o que conseguem fazer como equipa, com jogadoras do nível que têm. Só dá mérito ao treinador!
15 Abril, 2019 at 12:13
E…
Por exemplo, a minha filha saiu furiosa desse jogo exactamente porque só ganharam 3-2 contra uma equipa nitidamente mais fraca.
Isso já aconteceu mais vezes, nomeadamente contra o CV Oeiras e o CN Ginástica, onde também só ganharam 3-2, depois de estarem a ganhar 2-0! Inclusive, no torneio intermédio, que apurou o Sporting para esta fase Nacional, o Belenenses perdeu com o CV Oeiras 3-2, quando é uma equipa que tem jogadoras melhores.
A minha filha detesta perder, e fica com um mau feitio que nem eu lhe falo! Deixo-a digerir aquilo tranquilamente… E às vezes ainda leva com bocas da treinadora por ficar chateada por perder, quando eu acho que deviam era ficar todas assim! 😉
15 Abril, 2019 at 12:22
Estou esclarecido. Obrigado. 🙂
15 Abril, 2019 at 11:53
Só mais uma coisita sobre o assunto…
A FPV criou o escalão sub21 que vai iniciar-se em 2019/20 para combater o abandono da modalidade que acontece muito na passagem dos Juniores para os seniores, dando assim mais 2 anos para as atletas subirem de rendimento e poderem ser opção nas equipas seniores.
15 Abril, 2019 at 11:41
Penso que para no futuro se poder ganhar é praticamente imprescindível formar a ganhar. Mas ter capacidade para Formar, com F grande, também já é ganhar.
As nossas modalidades apresentam um nível muito elevado. São hoje de top europeu/mundial. O meu lado romântico diz-me que há sempre um espaço, especialmente em competiçôes internas, para dar o necessário palco a quem vem da formação. Vejo mesmo uma pequena vantagem: as modalidades permitem mais substituições que o futebol profissional. Em muitos dos jogos pode haver condições para dar 2 minutinhos aos miúdos.
Sei que não está no contexto deste Sporting Summit mas no futebol profissional o grande problema é muitas vezes somos tão bons a formar quanto a deformar.
SL
15 Abril, 2019 at 12:15
Epah…
Não respondam os 2! Isso é como perguntar preferias o campeonato ou a champions. Não se pode responder “os 2”.
A questão existe se a escolha tiver de mutuamente exclusiva…
Se não obviamente não existe questão…toda a gente quer forma a ganhar e ganhar para formar…
15 Abril, 2019 at 12:47
🙂
E eu quero o campeonato e a CL… 🙂
Formar a ganhar, para ganhar nos seniores! Logo, são ambas! Porque, do meu ponto de vista, se formares para ganhar, mas sem ganhar, fica mais difícil ganhares nos seniores.
Penso que tem de haver equilíbrio e ver as duas coisas. Não precisas é ganhar sempre. Por exemplo, se, como fez o Benfic@, metes os Juvenis a competir nos Juniores, a probabilidade de ganhar diminui drasticamente mas aí assumes isso e explicando isso aos jogadores, mantendo o grau de exigência em darem tudo em campo, não há problema.
De resto, Tiago, a questão é “formar a ganhar” ou “formar para ganhar” e não “ganhar para formar”. Por isso, na minha opinião, há que haver um equilíbrio entre as duas.
Se te focares em ganhar, basta pôr miúdos grandes que isso te dá uma vantagem competitiva grande, especialmente nos escalões mais baixos – e o Sporting fez isso durante algum tempo. O Ronaldo Tavares é um prototipo disso, sendo decisivo muitas vezes na formação mas também sendo um jogador que qualquer um vê que terá muito dificuldade em singrar numa boa equipa nos seniores. Assim ganhas mas podes dizer que estás a formar? Não me parece. Ou pelo menos não estás a formar para o Sporting, pois o Ronaldo Tavares nunca será jogador para nós, acho eu…
No entanto, é bom perceber que muito passa pelo desenvolvimento mental dos jogadores. Como todos os treinadores disseram, o grau competitivo dos seniores a nível duma 1ª Divisão/Liga é muito superior ao grau competitivo duns Juniores – e até duns Sub23! Por isso é preciso trabalhar os miúdos para estarem preparados para isso!
Eu vejo um gajo com o talento dum Diogo Brás e não consigo ver o gajo a ser competitivo no futebol a sério! E em termos de talento, não é muito diferente dum João Félix!
15 Abril, 2019 at 14:59
O meu foco neste aspecto é “formar”.
O importante é criar jogadores de qualidade com mentalidade forte. Não sei se é assim tão importante ir ganhando nos escalões de formação. A mim não me parece que um jogador saia mais bem formado ou pior por ter ganho muito ou pouco nos escalões de formação.
Se calhar os maiores talentos que formámos não foi numa altura muito vitoriosa da formação e muitos dos que formámos nessa altura não deram grande coisa…
Para mim são 2 coisas distintas. E por isso acho que a questão é…deve a formação do SPorting olhar para as classificações? Não. Na minha opinião deve olhar para os jogadores e como desenvolve-los. Única e exclusivamente.
E acho que a parte mais importante e difícil da formação nem sequer está na formação. Formar jogadores com talento até aos Seniores fazemos nós e fazem muitos outros. Para mim, a parte mais importante e difícil de fazer (seja no futebol seja nas modalidades) é o percurso após Juniores. Vá…ultimo ano de Juniores e a partir daí. E aí é que se coloca o verdadeiro dilema da formação e de ganhar. Até lá, na minha opinião, é uma questão menor. Pode ter algum impacto mas na minha opinião é residual…
15 Abril, 2019 at 16:42
Sou capaz de concordar contigo que o principal não é ganhar mas sim formar.
Mas será possível formar sem ganhar?
Talvez!
Mas, penso eu, será muito mais difícil passar aos jogadores o “bichinho vencedor” que, penso eu, faz falta que os jogadores tenham na equipa A, em especial os jogadores formados internamente. Por isso é que eu digo que há que haver algum equilíbrio entre as 2 coisas – formar sem ganhar e formar a ganhar. Ora, é um bom exemplo do que é formar sem ganhar quando se colocam os jogadores a jogar num patamar competitivo superior, onde a probabilidade de ganhar é muito reduzida mas onde todo o potencial que há para crescer pode ser trabalhado, física, mental e tacticamente!
Eu tenho dificuldade em ver um clube que se diz forte na formação estar, por exemplo, 10 anos sem um titulo em determinado escalão. Imagina então os 3 escalões… Por isso é preciso ir ganhando também!
Num clube como o Braga, o Guimarães, o Rio Ave ou o Tondela, isso não é um problema. No Sporting, Benfic@ ou Porto, é!
E a tua opinião é como a minha: uma opinião! Mais nada! Acredito que nenhum de nós tem a Verdade Universal! 😉
15 Abril, 2019 at 12:18
Mas se é possivel os 2 porque raio deve-se escolher só uma?
As duas estão corretas. As duas são boas maneiras de formação. As duas são formação.
15 Abril, 2019 at 12:20
É?
Estão sempre a dizer-me quando meto formação no plantel que não passava do 3º ou do 4º…
Nunca ninguém serve…
15 Abril, 2019 at 16:15
O que tem a ver uma coisa com outra???
15 Abril, 2019 at 12:26
Um dos problemas da formação em Portugal é que os jovens atletas não fazem a passagem para os escalões de alto rendimento.
Ou desistem, ou baixam de nível, de modo a poderem investir nas vertentes académica ou profissional.
Em algumas modalidades, os resultados obtidos pelas selecções jovens nada têm a ver com os seniores, a questão é que em outros países há continuidade, e em Portugal muitos ficam pelo caminho, pois as modalidades “amadoras” não são vistas como um investimento de futuro como acontece com o futebol. HOuvesse aproveitamento dos escalões de formação à semelhança do futebol, aquela teria muito mais relevância nos projectos profissionais do que actualmente tem.
15 Abril, 2019 at 14:22
Nuno, por acaso não vejo que sejam assim tantos esses casos.
Dou-te o exemplo da Ilha de Santa Maria, um cantinho ultraperiférico do ultraperiférico arquipélago dos Açores , que, durante vários anos, foi (não seis se ainda é o conselho do país com maior rácio de atletas federados no país). E aqui, todos os jovens que seguem nível universitário, têm de sair da ilha. No entanto o G.D.Os Marienses, têm uma equipa de Andebol que compete na 2ª Divisão Nacional, de que já foi campeã e vice-campeã [com o direito regulamentar a ascender directamente à 1ª Divisão a ser impedido por absurdas decisões da FPA que considerou que as equipas do Continente não poderiam suportar mais uma (a terceira, já tinha uma à Madeira e outra aos Açores) deslocação às Ilhas; isto apesar de o G.D.M (que teria 11 deslocações: 1 nos Açores ao Faial – mais cara que a do Continente a Madeira; uma à Madeira e 9 ao Continente), vivendo num meio muito pequeno e isolado e com muito menos meios de “sustento”, garantia todas essas deslocações. Isso sim é que desmotiva atletas jovens. Mas nem por isso os atletas deixaram a Modalidade e, inclusive, alguns dos que iam para a Universidade no Continente, integravam e integram a equipa quando ela aí se desloca (o G.D.M. estabeleceu protocolos com outros clubes para eles aí treinarem e faziam o último treino de conjunto, na véspera, com os colegas de equipa – o que obriga a uma maior despesa do Clube pois é mais um dia de estadia); Noutras Modalidades, sucedem situações idênticas, quer no G.D. Os Marienses, no G.D. Gonçalo Velho ou no Clube ANA, seja no voleyball feminino, seja no basketball feminino. Acredito que o mesmo se passe com a maioria das equipas que nas diversas modalidades acabem por ser quase um ex-libris desportivos dos meios em que se inserem: Ovarense e Barreirense no Basket; Oliveirense, Barcelos e Candelária do Pico no Hóquei no Hóquei; Sporting e Académico de Espinho e Fonte Bastardo no Vóley; ABC de Braga, Madeira SAD e Sporting da Horta no Andebol; Burinhosa, Braga e Fundão e agora també o Eléctrico de Ponte de Sôr no Futsal; o São Roque, o Ponta do Pargo e, agora o Sporting Clube da Madeira, no Ténis de Mesa. Acho que são muitos os exemplos que contrariam o que o Nuni afirma. Não que não se passe o que diz, mas certamente numa escala muito reduzida
SL
15 Abril, 2019 at 14:43
Já agora, para dará mais uma achega ao que se passa em Santa Maria: o G.D. Os Marienses formou, nos benjamins e infantis o atleta Youssef Chermitti que está agora a dar cartas nos iniciados A do Nosso Sporting. Este é um caso de abandono precoce do primeiro Clube Formador, mas para ir para outro com melhores condições O talento foi “descoberto” pela Nossa Formação no Torneio de Infantis da Povoação, vila nordestina da Ilha de São Miguel e as “negociações” com os pais da transferência do pequeno para Lisboa foram mediadas pelo seu treinador e pelo Presidente doa Mariense, ambos sportinguistas, que convenceram o pai, portista ferrenho, de que aquela er0 a melhor escolha, não apenas técnica, mas tambpem pedagógica e académica, porque o SCP acompanha bem os miúdos e forma Valores.
Saudações leoninas
15 Abril, 2019 at 16:48
Essa situação que relatas do G.D. Os Marienses é ridícula e um perfeito exemplo do pouco que os Governos e no geral o País fazem pelo Desporto!
Então não era do próprio Governo, se a Câmara não o conseguir, assumir o valor para essa equipa competir?
Acho isto absolutamente deprimente! 🙁
15 Abril, 2019 at 12:38
OFF: O PEQUENO grande jogador como o Pedro Catita o entitulou renovou por mais duas épocas pelo Sporting.
Grande Deo, excelente renovação numa altura em que tem sido fulcral e tem sido o melhor desiquilibrador! Alguns furos acima que o mago Merlim
15 Abril, 2019 at 12:39
Oh Cherba está difícil essa análise ao conteúdo da auditoria…
15 Abril, 2019 at 14:31
Não lances temas dificeis ao homem que o muro ainda cai.
16 Abril, 2019 at 12:44
espera sentado.
15 Abril, 2019 at 12:57
Se possivel… Ambas!
A optar… Formar para ganhar!
Ganhar na formação é importante… mas há coisas bem mais importantes.
A casa nunca deve ser construída a começar pelo tecto!
Uma formação de excelência tem que conseguir formar jogadores de top e Homens com H bem GRANDE.
Ainda hoje, a cada entrevista do Simão, do Quaresma ou do Moutinho (para dar apenas 3 exemplos gritantes) me questiono como é possivel termos falhado de forma tão categórica. Nem todos os jogadores formados na Academia têm que ser leões sofredores, mas em 7,8, ou mais anos de casa tem que se conseguir que os jogadores percebam onde estão, a grandeza do clube, a sorte que tiveram e, acima de tudo, a Honra e o Respeito que significa ter jogado com o Leão ao peito. Até admito que possam jogar num rival, mas não consigo aceitar as declarações de amor…
Bem sei que é dificil ensinar o que é ter caracter, mas sugiro que se pegue nos exemplos acima e se diga, dos petizes aos sub 23: isto, não!!!
15 Abril, 2019 at 16:52
Sinto exactamente o mesmo no que toca aos nossos formados!
Não consigo perceber como miúdos que eram sportinguistas, que se formaram no Sporting, um dia juram amor a outro emblema só porque passaram por lá e foram bem tratados!
É evidente que algo falhou, em toda a linha!
15 Abril, 2019 at 18:08
“Ainda hoje, a cada entrevista do Simão, do Quaresma ou do Moutinho (para dar apenas 3 exemplos gritantes) me questiono como é possível termos falhado de forma tão categórica.”
Falas de 3 exemplos (como poderias falar de outros, como o Futre) como uma falha do clube.
Mas caso a caso, são situações diferentes: não equiparo um Suinão com o Quaresma (que é portista desde pequeno e que respeita o Sporting) ou o Moutinho (não está “magoado” com o Sporting mas com aqueles que não quiseram continuar a patrocinar a escola de futebol do irmão – diz-se… não sei se é verdade).
Suinão é um tipo reles e desprezível. Depois de tudo o que o clube fez por ele.
15 Abril, 2019 at 22:34
Essa do Quaresma ser portista desde pequeno é nova!
É verdade que o Quaresma nunca disse mal do Sporting, mas o Moutinho também não, ao contrário do porco do Simão, que até gamou a mulher ao melhor amigo. Gajo mais porco…
Agora, em termos do que falamos, todos formados no Clube, todas a serem o que são à conta do que o Clube lhes proporcionou, e todos traidores a defender outras cores!
E é isto que não deve acontecer! Até porque não vês ninguém formado noutro clube, que tenha jogado na equipa principal desse clube, a defender um rival!
15 Abril, 2019 at 15:29
Então, a Sumit, teve direito a post?????
15 Abril, 2019 at 15:39
E com meia dúzia de gatos pingados…
#cortinasdefumo….
15 Abril, 2019 at 15:44
Sumi-te
15 Abril, 2019 at 17:45
O grande problema é que já passámos várias vezes por formar do melhor a nível mundial e ganhar… Nicles!! Esse é o nosso maior problema. Aqui na porcalheira, formando muito bem, bem ou menos bem, ganhamos bola!! Podemos vender melhor ou pior, isso é outra história, mas ganhar é igual, formando melhor ou pior e é isso que precisa de ser alterado urgentemente!! O varandas tá a tratar disso… já falou com o insuspeito do presidente da FPF
15 Abril, 2019 at 20:05
É formar (no futebol) custe o quê custar! No caso do Sporting é tão somente a única opção possível para assegurar a sustentabilidade futura do Sporting num mais que provável cenário de décalage para os rivais nos próximos anos.
Para a próxima época é incomportável mantermos um orçamento de 80 milhões de euros para o futebol, pelo que haverá grande desinvestimento e redução da massa salarial.
Com toupeiras e frutas dificilmente conseguiremos acesso directo à LC, e as pré-eliminatórias são lotaria.
Assim só nos resta sermos rigorosos nas despesas, apostar nos jovens da nossa Academia, num scouting muito competente, analisar o que temos de matéria prima nas EAS, e talvez seja também altura de olharmos com alguma atenção para os projectos do Ajax e do Salzburgo (que já vi discutidos na Tasca).
São precisos muito rigor, competência, tempo e paciência.
15 Abril, 2019 at 20:40
O ADN de um clube grande deve passar pela formacao de jogadores em todas as modalidades. Formar para Ganhar. Formar o atleta e o homem.
15 Abril, 2019 at 20:42
O atleta como cidadao tambem e uma obrigacao dos clubes a sua formacao.
15 Abril, 2019 at 21:06
Nós, enquanto Maior Potência Desportiva Nacional, temos essa obrigação. Se somos grandes muito se deve ao ecletismo e à formação dos nossos jovens para o desporto e para vida.
16 Abril, 2019 at 12:45
summit?…foda-se…é de rir….fechem a porta.
16 Abril, 2019 at 12:45
Formar para rescindir…com o alto patrocínio de sportinguistas ilustres e de bem