O Conselho de Disciplina da FPF voltou a mostrar a parcialidade com que analisa todos os casos que se relacionem com o Sporting e decretou quatro jogos à porta fechada no futsal, devido ao mau comportamento dos adeptos nos jogos com o Burinhosa e o Braga, em outubro do ano passado.

Esta foi a forma fantástica que a FPF encontrou para desejar boa sorte ao clube português que, pelo terceiro ano consecutivo, defende o país na fase final da Champions League da modalidade. E como o Clube reagiu, e bem, em comunicado, «São inconcebíveis as razões invocadas para tal deliberação, quando assistimos, noutros pavilhões e estádios, a recorrentes e impunes insultos, cuspidelas, agressões aos nossos atletas, treinadores e dirigentes, assim como a cânticos e assobios que exultam a mortes de pessoas».

Eu já perdi a conta ao número de jogos em que ouvi o assobio a imitar um very ligh. Já perdi a conta ao número de jogos em que escutei os cânticos sobre “o lagarto que ardeu” ou sobre “a cabeça do Marco”. Ainda me lembro do cântico com o “deixa-a a morrer”, quando a nossa capitã de futsal estava no chão, sendo assistida por uma adversária. Ainda me lembro de ver a nossa equipa de hóquei em patins ser agredida e cuspida em praticamente todas as vezes que visita o pavilhão da Luz.

Não me lembro, decididamente, de ter visto o Conselho de Disciplina da FPF tão preocupado com a gravidade dessas situações.

verylight

p.s. – as agressões ao nossos director das modalidades, Miguel Albuquerque, e à sua mulher, resultaram numa interdição de três jogos para o Dragão Caixa.

p.s.2 – não coloco minimamente em causa o castigo, a confirmarem-se as atitudes racistas, algo que deve ser banido. O que está em causa, para não variar, são os dois pesos e duas medias.