Título merecido, há muito tentado, e finalmente alcançado.
Mas este título não é fruto do “investimento” ou do adn do leão, ou de outras tretas que queiram inventar. Muito menos é consequência de passes de mágica, é sim, resultado de muito trabalho e de muita competência de todos os envolvidos. Jogadores, equipa técnica, direcção, e um conjunto de pessoas que ninguém conhece (o médico, o tipo que vai polir os tacos). Esta sempre foi uma secção que prima pela competência, e valha que nenhuma Direcção, croquette, d’aço ou golpista, a boicotou. Aliás, qualquer direcção presente e futura apenas tem de perguntar o que precisam para chegar onde querem, e deixar os profissionais tratar da coisa.

O Miguel Albuquerque sabe muito de futsal, sabe onde estão os jogadores, e como ir buscá-los. Mesmo com tiros ao lado (desde o Japonês, àquele ano dos Fabios e Cassio), o crédito do futsal é tão grande, que tudo, ou quase tudo, se perdoa.

Há dois anos atrás, o resultado da final foi um cabaz de 7. As mesmas pessoas à frente, muitos dos jogadores que hoje foram heróis. Infelizmente, pessoas frustradas, ignorantes e de má-fé fizeram um ataque sem perdão ao futsal do Sporting em geral, e Nuno Dias em particular. Indivíduos que não fazem uma piroca de ideia do que é desporto, do que é competir, descarregaram forte e feio em quem não merecia tal tratamento, exigiam desculpas e pediam cabeças. Trataram aquela gente como uns sacanas de uns turistas que foram passear às custas do clube e gozar com o emblema.

Nuno Dias é a prova de que planeamento e trabalho trazem resultados. Nuno Dias *É* a exigência. O ano passado, era vê-lo f*dido da vida quando se sofria um golo na última jogada, quando o resultado estava em 10-0 a nosso favor. Mas os mesmos que defendiam o Jesus nas suas tangas de bola à italiana e derivados, não tinham problemas em questionar a competência e exigência do Nuno Dias. Muita atenção, não é todos os dias que este tipo de profissionais “nos cai no colo”, há que saber respeitá-los e acarinhá-los, mesmo quando os resultados não são os que queremos.

E podem ter a certeza, no dia em que o Nuno Dias se aperceber que não é solução para os problemas, é o primeiro a abrir a porta da rua.

Destaque também para o Erick. Pessoal do futebol da relva, vejam como se faz. Não tinha lugar no plantel, foi rodar para um clube onde podia jogar E evoluir, foi seguido, e regressou no momento certo. Pois é, estas coisas não acontecem por acaso, e hoje está ali um fixo que tem tudo para ser de classe mundial.