Porquê viver em Copenhaga?
Escolhi Copenhaga, porque é fácil vir daqui até Inglaterra, as ligações aéreas são boas. Mudei-me para aqui, mas sinto saudades de Portugal, adoro Portugal.
Sim, mas vive aqui.
Sim, vivo aqui. Estive fora muitos, muitos anos e habituas-te a estar fora e por isso começas a não ter realmente uma casa. Eu vou a Londres, sinto-me em casa. Vou a Lisboa, sinto-me em casa. Aqui, é diferente: a temperatura é diferente, temperaturas negativas, há dias amenos e outros muito frios. Estou a 45 minutos de Copenhaga, tenho o mar e a floresta e os bosques, uma comunidade local. É um lugar seguro, vivo a minha vida, tenho boas relações com os meus vizinhos.
O que faz agora?
Tal como outros ex-colegas meus, comecei a trabalhar nos media. A comentar no Match of the Day, trabalhos como comentador, também apresentei quiz shows. E também fiz o meu curso de treinador – aliás, recebi uma carta da FA dizendo que tinha de acabar o curso.
O último Mundial foi duro para si: viu o seu filho a jogar pela Dinamarca, enquanto trabalhava.
Não foi assim tão difícil. É lógico que, quando o teu filho está na equipa, as coisas e os sentimentos multiplicam-se. Não queres que nada de mau aconteça à tua família, não é? E também queres que o teu país faça o melhor. Não achei duro e até acredito que o Kasper jogou o suficiente para ser uma das figuras do Mundial.
Falemos de Portugal e das suas recordações.
Não me lembro muito bem do primeiro contacto com o Sporting. Eu já tinha decidido sair do Manchester há algum tempo, andava a falar com o meu agente sobre isso. Só que não tinha ideia alguma sobre para onde iria. Tinha regressado do Mundial de 1998, andava a jogar as qualificações para a Liga dos Campeões, e estava a sentir-me cansado – na época anterior tínhamos perdido o campeonato para o Arsenal e fora muito esgotante mentalmente. Pensei: bom, vais dar tudo mais um ano pelo Manchester United e pelo Alex Ferguson que te ajudou muito. Andei em contactos com o Brondby, por quem joguei antes de ir para a Inglaterra, planeava por outro lado reformar-me. E, depois, aconteceu aquela época incrível em que tudo o que tocávamos, transformou-se em ouro. Perdemos um jogo com o Middlesbrough em dezembro e falámos uns com os outros: “Nunca mais vamos perder um jogo. Vamos ganhar os 35 jogos que faltam.” E então comprometi-me com o United, enquanto o meu agente falava com os outros clubes. Em Barcelona, depois da vitória na Champions, mantive conversas com a administração e com o Ferguson.
RECORDO-ME DE FALAR COM O MEU AGENTE: “JÁ FUI A LISBOA, É BOM TENHO 35 ANOS, TENHO DORES POR TODO O LADO POR CAUSA DO INVERNO EM INGLATERRA”. ASSIM, PENSEI NO SPORTING, UM CLUBE QUE DEVIA ESTAR A GANHAR MAIS COISAS, MAIS TÍTULOS, ENTALADO ENTRE FC PORTO E BENFICA. ERA UM DESAFIO BONITO
O Sporting não falou consigo antes?
Não, não. Nunca. Tinha prometido ao Ferguson que não falaria com outro clube até final da época. Recordo-me de falar com o meu agente: “Já fui a Lisboa, é bom, tenho 35 anos, o inverno em Inglaterra é difícil.” Assim, pensei no Sporting, um clube que devia estar a ganhar mais coisas, mais títulos, entalado entre o FC Porto e o Benfica. Era um desafio bonito, num lugar onde podes desfrutar do clima. Eu já tinha dores por todo o lado por causa do inverno. Assim, aterrei no aeroporto e estava alguém do Sporting para me levar a Alvalade para assinar o contrato. Só que eu só tinha vindo para perceber a cidade – tinha feito alguma pesquisa, queria conhecer o Estoril, as escolas internacionais para os meus dois filhos. Disse: “Condutor, leve-me ao Estoril”. Vi casas, apartamentos, etcetera. À tarde, fomos à SAD do Sporting e começámos a negociar o contrato. Discutimos muito sobre o significado das palavras, porque o agente que me estava a representar tivera vários problemas com jogadores que tinham assinado por clubes portugueses. Então, passou o tempo: meia-noite, uma da manhã, e eu muito cansado e só queira ir para o hotel descansar. O Janela diz: “Agora, conferência de imprensa.” Abre a porta e há mesmo uma sala de imprensa e ele garante aos jornalistas: “O Peter é a partir deste momento jogador do Sporting e o Sporting vai ser campeão, porque para onde o Peter vai,é campeão”. E eu: “Ok…”
Mas a relação com Carlos Janela não durou muito tempo.
Não, aquela administração e aquela equipa técnica duraram quatro jogos. Entrou o Luís Duque e eu, naqueles quatro jogos, pensei: “O que é que eu estou aqui a fazer? Deixei a melhor equipa do mundo, organizada”. Tive tantos, tantos problemas do estilo: “Mas, olha, isto está no contrato”. E, do outro lado, diziam-me: “Amanhã, amanhã”. Jogávamos mal e só com muita sorte poderíamos acabar a meio da tabela. Depois, com o Carlos Janela, com o Inácio a treinar, as coisas mudaram, começámos a ganhar jogos e vencemos o título.
E como era viver dentro daquele grupo?
Olha, eu sentia-me um bocado posto de parte. Os meus colegas moravam todos naqueles condomínios à volta do estádio; eu morava em Birre, portanto estava isolado, ninguém morava ali. Estava entregue a mim próprio. Os meus filhos andavam na St. Julian e começámos a dar-nos com os especialistas estrangeiros, com essa comunidade. Foi bom para nós, porque arranjámos um bom círculo social. Mas aquele ano foi um ano péssimo para a economia portuguesa, não foi? Desemprego, fábricas a fechar, e muita da inteligência foi para fora. E, de repente, ficámos sem convívio. O mais engraçado é que passávamos muito mais tempo juntos do que em qualquer outro clube.
«TU DESCOBRIRÁS FACILMENTE QUEM ANDA NOS COPOS E SABERÁS QUE ESSE TIPO NÃO VENCERÁ NADA POR TI […] INÁCIO TINHA QUALIDADE, MENTALIDADE, AMBIÇÃO, LOUCA POR VENCER, MAS, AO MESMO TEMPO, ERA UM JOGADOR, PERCEBIA O AMBIENTE NO BALNEÁRIO
E o Inácio?
O Inácio dizia: “Temos este treino, tal e tal e tal”, e era isso. Só que, depois, não dizia quando tínhamos o outro treino e eu achava aquilo muito estranho. Éramos adultos, não podíamos ser tratados daquela forma, não é? Então, um dia fui bater-lhe à porta do gabinete. “Sou adulto, tenho dois filhos, uma família, preciso de ter uma vida estruturada”. “Eu sei, Peter, mas há jogadores aqui que, se eu lhes der o planeamento semanal, eles vão para os copos, porque já sabem o que fazer.” E eu: “Tu dizes-nos diariamente que somos os melhores e que temos de ganhar este campeonato. Mas os melhores jogadores não são apenas os jogadores que são bons de bola, mas também aqueles que têm cabeça. Portanto, tu descobrirás facilmente quem anda nos copos e saberás que esse tipo não vencerá nada por ti. E, deste modo, tiras o tipo da equipa.” E o Inácio: “Olha, nunca tinha pensado nisso.” Na semana seguinte, tínhamos um planeamento de treinos para quinze dias. Gostei mesmo disto do Inácio: tinha qualidade, mentalidade, ambição louca para vencer, mas, ao mesmo tempo, era um jogador, percebia o ambiente no balneário. Tens de guiar a tua equipa, pôr um braço à volta, conhecer o futebolista.
Foram campeões nesse ano, mas no seguinte correu tudo mal.
No ano seguinte, depois de termos sido campeões, fizemos um grande erro ao vender o Vidigal e os outros melhores jogadores. É preciso saber que tipo de jogadores queres para um determinado clube. Se lideras o Barcelona, compras 11 futebolistas pequeninos capazes de manter a bola durante 90 minutos, mas isso só aconteceu uma vez, com o Guardiola. E eu até acho que eles eram mais defensivos do que a generalidade das pessoas achas.
Porquê?
Porque o que eles fizeram foi tirar-te a bola, não dar-te a bola. Bom, mas esse foi um caso único, porque normalmente uma equipa constrói-se com diferentes tipologias de jogadores, uns melhores com a bola, outros mais fortes defensivamente, personalidades díspares. E o Vidigal, por exemplo, não fazia parte dos planos com o Materazzi, como é possível? E quando entra o Inácio, eu vejo aquele grandalhão, o Vidigal, com aquele sorriso gigante, mudou completamente o balneário. E, no campo, enfim, não houve um jogador a ultrapassar o Vidigal, ninguém passava por ele. Eu, André Cruz, Vidigal – quem é que passava por ali? Ninguém. Estava aí a espinha dorsal. Depois, o Inácio foi compondo o resto da equipa, começámos a criar oportunidades de todo o lado. O César Prates era incrível, mas subia muito e nem sempre recuperava, só que com o Vidigal, ele podia ficar lá à frente. Foi por isso que ganhámos a Liga. Ah, claro, e o Acosta, que não precisava de uma oportunidade: chutava e era golo. O Inácio foi esperto.
«EU, ANDRÉ CRUZ, VIDIGAL… QUEM É QUE PASSAVA POR ALI? NINGUÉM. ESTAVA ALI A ESPINHA DORSAL. AH, CLARO, E O ACOSTA, QUE NÃO PRECISAVA DE UMA OPORTUNIDADE: CHUTAVA E ERA GOLO»
Lembras-te de alguma palavra portuguesa?
Lembro, mas não são apropriadas na televisão [risos]. Não as digo.
E da primeira vez que esteve com o Paulinho?
Sou um grande fã do Paulinho. Quando falo de motivação às pessoas, falo do Paulinho. Não importa o contexto, a situação… Ele é um dos maiores lutadores que conheci. Do nada, construiu uma vida, era muito amado. Nunca conheci alguém que tenha uma palavra má a dizer sobre o Paulinho. Eu ensinei-lhe uma ou outra palavra má. Mas, quando eu cheguei, o Paulinho mal falava. Sim, ele ensinou-me uma má palavra, mas não a vou dizer aqui, porque não se dizem asneiras na televisão. Ele dizia-me “Fuck off” todos os dias de manhã, mas era uma partida que o plantel tinha arranjado. Diziam que era “bom dia” em inglês. O Paulinho era o gajo que ligava toda a gente.
«O PAULINHO DIZIA-ME FUCK OFF TODAS AS MANHÃS, PORQUE LHE TINHAM DITO QUE ERA BOM DIA EM INGLÊS»
E o primeiro jogo, nos Açores?
Sim, 2-2… É preciso pensar nisto: o último jogo que tinha feito fora a final da Liga dos Campeões [triunfo do United sobre o Bayern de Munique] e, agora, estava ali, nos Açores, a defrontar o Santa Clara, a empatar 2-2- com o Santa Clara. “Oh boy, onde é que eu me vim meter?” Não havia ninguém na bancada, ninguém a ver, jogámos péssimo futebol, demasiado tático. O Materazzi era demasiado italiano: fazíamos demasiados exercícios sombra, 11 contra zero, só para solidificar o sistema. Era uma hora naquilo e ele queria que eu passasse a bola sempre para o mesmo lado… Enfim, o futebol não pode ser previsível. Felizmente, o Materazzi não aguentou muito tempo no Sporting. Ah, e lembro-me de um jogo com o Gil Vicente, em casa. Empatámos 1-1 em Alvalade e os adeptos enlouqueceram. Tinha o carro estacionado, as pessoas frustradas comigo. Fiquei chocado com aquela reação dos adeptos.
Por outro lado, recordas-te dos festejos no balneário, quando o Sporting foi campeão?
Não, sabes porquê? Porque eu não estava ali – estava no controlo antidoping. Fiquei tão chateado… Alguém me puxa pela mão: “Vá, antidoping”. E eu: “Então, vã lá!”
E o que aprendeu do futebol português?
Olha, na primeira conversa que tive com o Janela, ele disse-me o seguinte: “Nós nunca ganhamos por causa da arbitragem”. “A sério? Vá lá…”. “Não, a sério, há um clube que controla os árbitros”. Mas, depois, há a final da Taça contra o Porto… E eu tive a sensação de que o árbitro foi mais amigável com a outra equipa, de tal forma que ele passou o tempo todo a dar-lhes livres diretos. Livre direto, livre direto, livre direto. E eu: “Então? O que é isto?”. Livre direto, livre direto, livre direto. E o Porto lá marcou, de livre direto. Depois, há aquele jogo com o Salgueiros, no norte, em que se ganhássemos, éramos campeões e o Porto não poderia fazer mais nada. Na semana que antecedeu esse encontro, lembro-me de ler no jornal: “Porto oferece um bónus aos jogadores do Salgueiros se ganharem ao Sporting.” E eu: “Naaa, não pode ser”. Disseram-me que era normal [risos]. Há outra coisa: o campo. O Salgueiros não tratou do relvado, que estava uma lástima, desta altura, e foi o pior lugar onde jogámos o ano inteiro. Ganhámos 4-1 e para trás ficaram aqueles primeiros quatro meses em que estava desesperado para voltar a Inglaterra. Vou contar-te esta história.
«IMAGINA EU, UM GRANDALHÃO A COMER O MESMO QUE O QUIM BERTO, ESTÁS A VER? EU ESTAVA SEMPRE COM FOME!»
Força.
Então, o Materazzi tinha uma regra, com a qual eu concordo, porque há uma hierarquia: só se comia depois de o capitão começar a comer. O problema era outro: é que a quantidade de comida era medida e era igual para todos. Imagina, eu, um grandalhão, comia o mesmo que o Quim Berto, estás a ver? Eu estava sempre, sempre com fome.
Qual a sensação de ser-se campeão?
Maravilhosa, mas acho que ninguém acreditava que era possível, até tornar-se real. Tivemos a primeira oportunidade contra o Benfica e eles marcaram no último minuto, em Alvalade. E as pessoas começaram a comentar: “Pronto, lá está o Sporting outra vez, perto de ganhar, mas depois vem outro clube e vence o título”. Quando aconteceu, foi um alívio. Saímos do estádio do Salgueiros já tarde, fizemos uma viagem de três horas e tal de autocarro – e quando chegamos a Alvalade, aquilo estava cheio. Cheio. Inacreditável, estava muito mais gente do que deveria lá estar em termos de capacidade. Sentia-se que era especial, que havia muita gente que apoiava o Sporting que nunca tinha visto aquilo. O ano seguinte, foi o pior ano da minha carreira no futebol.
Não podias ter ficado mais tempo?
Acho que… Se o ano seguinte não tivesse sido tão caótico, eu provavelmente teria ficado. Tivemos três treinadores, dois deles completamente inúteis. O Inácio foi um dos melhores do que conheci – não era ele quem decidia que jogador comprar ou vender, mas era bom. A culpa não foi dele por perdermos com o Benfica (eu não joguei esse jogo, estava lesionado). E eles despediram-no, chegaram as notícias de que o Mourinho, que era do Benfica, ia treinar o Sporting – e eu acho que eram verdade. Bom, eu estava a submeter-me a tratamento, na terça-feira, depois do jogo com o Benfica, e ouço a voz do Inácio a entrar. Perguntei-lhe: “O que andas aqui a fazer?”. Ele, que tinha sido despedido na segunda-feira, disse-me isto: “Chamaram-me para uma reunião. Perguntaram-me se eu queria ser treinador ou diretor desportivo ou conselheiro, e eu disse que queria ser o treinador”. “Isso é ótimo”, disse eu. Na quarta-feira, manhã seguinte, ele dá o treino e volta a ser chamado pela administração – e foi despedido. Depois, veio o Manuel Fernandes, certo?
Sim, depois do Inácio.
Não era lugar para ele. Ok, ele tinha sido um grande goleador do Sporting, mas como treinador andava pelo Santa Clara, para cima e para baixo, para cima e para baixo. Não tinha currículo.
….
E ninguém gostava dele. A primeira coisa que ele disse no balneário foi: “Marquei muitos golos ao Benfica”. Ok. Foi um treinador inútil no Sporting e eu, que estava lesionado, dei graças por estar lesionado e não participar naquilo.
cONTINUA…
3 Maio, 2019 at 13:41
Enorme esta entrevista !! Enorme Big Dane
3 Maio, 2019 at 13:41
Bem dizia o outro, pior empregado do Sporting.
Como jogador dos melhor com o Leao rampante!
Depois disso… É o que se vê.
3 Maio, 2019 at 14:06
O que o homem disse, em resposta a um comentário dum idiota da CS, foi “dizer que o Maribor é a pior equipa da CL é como dizer que o Manuel Fernandes é o pior funcionário do Sporting”!
Que os adeptos dos outros clubes mintam sobre isto, enfim, tem de se compreender. Que um sportinguista o faça, é rasca…
3 Maio, 2019 at 14:12
Isto.
Ele nunca disse que o MF tinha sido o pior funcionário de sempre do Sporting. Mas enfim…vale o que vale…cada um ouve o que quer ouvir. Já na altura em que ela foi proferida foi assim…
Apesar de eu achar que foi muito infeliz e na altura disse que foi um disparate do BdC…
3 Maio, 2019 at 13:49
Faz falta um tipo como estes na estrutura mais próxima dos jogadores, muito mais do que uma suposta mística que se resume a dizer merdices como rodas assim, bates assado, que só servem para ridicularizar a própria pessoa.
Já para não falar que os nossos directores desportivos chegam onde quer que seja para negociar e não carregam prestígio nenhum com eles porque normalmente também só aceitam trabalhar para o clube depois de acabar a carreira para continuar o que fizeram como jogadores: alapar-se.
Faço uma excepção ao Beto que nunca me pareceu um desses casos, embora não carregue prestígio nenhum para lá de Madrid, onde o devem conhecer bem uma vez que se transferiu para lá todos os verões.
3 Maio, 2019 at 14:00
Penso que em Newcastle o conhecem bem, mas isso sou eu que gosto de realçar os nossos feitos e os dos que suaram a nossa camisola.
3 Maio, 2019 at 14:58
Não tenho a menor dúvida.
3 Maio, 2019 at 13:55
Xiça, avivou-me a memória daquela noite memorável em Alvalade depois do jogo com o salgueiros…o leque fantástico que ele faz num canto do salgueiros nunca me vai sair da memória!
Saudades…
3 Maio, 2019 at 17:32
E a bicicleta para aliviar uma bola! Ainda tentou manter uma postura séria mas não aguentou e começou a rir-se!
3 Maio, 2019 at 20:08
E ainda diziam que vinha passar férias!
Gigante!
3 Maio, 2019 at 14:00
Lá vai o Manel verter mais uma lágrima em direto domingo à noite!
3 Maio, 2019 at 14:04
Gostei muito de ler entevista.
Gostei pouco do “fato por medida” que alguns já estão a fazer das palavras do Peter S. quanto ao Manuel Fernandes por causa de outras guerras.
A esses pergunto apenas isto: mas é preciso vir um gigante da Dinamarca para nos dizer que o Manuel Fernandes não é grande espingarda como treinador?
3 Maio, 2019 at 14:19
o título que o expresso escolheu, descontextualizando o que o Schmeichel disse, é um jornalismo de merda
3 Maio, 2019 at 14:57
Fica logo no link… intencional, naturalmente.
3 Maio, 2019 at 15:02
Chama-se bait click.
3 Maio, 2019 at 15:02
Ou clique baite.
3 Maio, 2019 at 15:11
Ou baite fod…
3 Maio, 2019 at 15:17
Pois é.
3 Maio, 2019 at 14:27
O MF não é grande espingarda como nada desde que deixou os relvados. É só mias um sorvedouro de dinheiro…
Z
3 Maio, 2019 at 14:48
Z acho q ele como treinador de segunda liga era até há poucos anos um dos que mais subidas tinha. Talvez tivesse aí o seu nicho.
Como profissional numa estrutura como o Sporting não lhe vejo qualquer utilidade a não ser a de mero embaixador e símbolo que poderia representar o Sporting esporadicamente em sorteios ou coisa que o valha.
Isto é mais que sabido de há muitos anos.
3 Maio, 2019 at 15:16
Penso que o Z falava para o Sporting.
E é muito verdade…
Devia ser só um símbolo…
3 Maio, 2019 at 21:38
e mesmoa ssim ainda conseguiu ganhar uma supertaça, graças a um golod e penalty e a um penalty defendido…………por schemeichael
3 Maio, 2019 at 14:06
Só uma pequena correcção ao artigo do Expresso – na entrevista original, ele refere também o Beto (quando se refere ao bloco central composto por ele, André Cruz, e Vidigal), bem como a palavrva que ele ensinou ao Paulinho foi Fuck You e não fuck off. De resto o vídeo é delicioso. E o melhor de tudo?! O Nuno Luz a atropelar o inglês! 😀
3 Maio, 2019 at 16:05
O Luz é um tosco… gostava de saber como mantém o destaque que tem… viajei com ele, e a equipa da SIC, de Barcelona para Lx e só vos posso dizer: que cambada de burgessos!
3 Maio, 2019 at 14:07
“Onde é que me vim meter…”
Eis o Sporting.
3 Maio, 2019 at 15:31
Que dor ler isso. Os anos passam mas tudo se mantém igual
Tristeza
3 Maio, 2019 at 18:48
Sad but true!!
4 Maio, 2019 at 0:21
Pois é… A VERDADE NUA E CRUA!
Quanto ao MF e mts outros simplesmente o SCP nunca tratou bem deles nem tão pouco os enquadrou da melhor forma… meus caros temos de assumir isso somos um clube onde reina a incompetência infelizmente…
Por isso o PS bazou mais cedo e nem finalizou o contrato…
3 Maio, 2019 at 14:22
Alguém arranja uma imagem do polo de treino que o Inácio está a usar? Parece ser bem fixe.
Quanto ao Great Dane, é só mais um ídolo mundial que vestiu as nossas cores. Só mais um ídolo que demonstra a grandeza do Sporting. Só um dos melhores redes da história que marcou uma geração inteira. Destes, podem vir sempre e Buffon podia ser o próximo.
3 Maio, 2019 at 14:23
Grande Schmeichel! Um dos maiores que por aqui passou!
Eu imagino o homem que vem de ganhar tudo num super-clube como o Man. United e chega a um caos chamado Sporting. Deve ter sido de loucos…hehehehe!
Acho que para o ano precisamos de outro “Schemeichel”.
3 Maio, 2019 at 14:24
Devo estar a ficar velho. Na mesma semana vejo Metallica no Restelo e agora leio esta entrevista do Schmeichel. Saudades de me baldar às aulas na faculdade, para ir ver o nosso gigante dinamarquês nos treinos.
3 Maio, 2019 at 14:31
Estamos todos, até os Metallica.
3 Maio, 2019 at 14:36
o Jusko acabou com o stock de cerveja preparado para o concerto…
3 Maio, 2019 at 14:39
Ainda fui a tempo então.
E que bela recordação aqueles copos do “..AND BEER FOR ALL…”
3 Maio, 2019 at 15:01
1!
O copo foi para casa. heheheh
3 Maio, 2019 at 15:04
Pois estamos, tirando o Inácio que tem mais cabelo agora.
3 Maio, 2019 at 15:45
e o ulrich continua a ser um pessimo baterista, não acerta uma, parece o gudely , com milhões no bolso e zero talento.
3 Maio, 2019 at 14:44
dos piores erros de bdc, a substituição de inacio por octavio malvado, dar tacho ao manel como chefe de scouting ( essa é da partir a moca ), deu tudo ao jj e recebeu o troco.
Peter Schmeichel, que prazer foi ter esta Gloria a defender as nossas cores.
vidal pinheiro – inesquecivél ( custou também uma pipa de massa ).
adorava ter o Peter na estrutura, esteve perto , fica para a proxima e espero brevemente
3 Maio, 2019 at 14:56
20 contos. Ahahaha.
Tão bem empregues…
3 Maio, 2019 at 15:47
dava para comprar muitas pizzas com ananas
3 Maio, 2019 at 16:35
E pregos.
3 Maio, 2019 at 16:37
Com fumo
3 Maio, 2019 at 22:04
Mais uma promessa perdida.
4 Maio, 2019 at 0:23
O Benedito tinha-o como director das relações internacionais acho eu…
3 Maio, 2019 at 14:53
Sobre o jogador Manuel Fernandes, nada a dizer, foi dos melhores que jogaram de leão ao peito, sobre o dirigente/treinador/funcionário Manuel Fernandes… Quando muitas pessoas que não se conhecem dizem o mesmo… se calhar é verdade…
3 Maio, 2019 at 15:59
Como jogador, FANTÁSTICO, como dirigente/funcionário, desconheço, como treinador, razoável. Como comentador desportivo, muito fraquinho.
4 Maio, 2019 at 0:25
Fraquíssimo é pouco… calado é um poeta… não percebo como é q nunca entendeu isso mas insiste (então aquele ping-pong com o murcão do Rodolfo… enfim no comments).
3 Maio, 2019 at 15:02
https://www.youtube.com/watch?v=gtZX1W9opfo
4 Maio, 2019 at 0:29
Nuno Luz meu deus q cromo!
Custa-me imenso “levar” com este Janela… q figura execravel… inacreditavel como trabalhou no SCP…
3 Maio, 2019 at 15:03
Tragam o Kasper
3 Maio, 2019 at 15:14
Esse não creio que seja possivel…
Mas mandar vir um Buffon é que era de valor…
Não digo tanto o Petr Cech porque tenho menos convicção na sua capacidade de liderança do que no Buffon mas se viesse ele em vez do Buffon também estava bem!
3 Maio, 2019 at 15:04
E da primeira vez que esteve com o Paulinho?
Sou um grande fã do Paulinho. Quando falo de motivação às pessoas, falo do Paulinho. Não importa o contexto, a situação… Ele é um dos maiores lutadores que conheci. Do nada, construiu uma vida, era muito amado. Nunca conheci alguém que tenha uma palavra má a dizer sobre o Paulinho. Eu ensinei-lhe uma ou outra palavra má. Mas, quando eu cheguei, o Paulinho mal falava. Sim, ele ensinou-me uma má palavra, mas não a vou dizer aqui, porque não se dizem asneiras na televisão. Ele dizia-me “Fuck off” todos os dias de manhã, mas era uma partida que o plantel tinha arranjado. Diziam que era “bom dia” em inglês. O Paulinho era o gajo que ligava toda a gente.
«O PAULINHO DIZIA-ME FUCK OFF TODAS AS MANHÃS, PORQUE LHE TINHAM DITO QUE ERA BOM DIA EM INGLÊS»
3 Maio, 2019 at 15:35
😀 😀
3 Maio, 2019 at 15:18
Sporting no seu esplendor.
Tiros nos pés, invejas e incompetência.
O Gigante Dinamarquês esteve cá pouco tempo mas fez o diagnóstico.
Inácio nunca devia ter saído.
André Cruz que saudades.
4 Maio, 2019 at 0:28
Na mouche!
3 Maio, 2019 at 15:41
Ainda me custa a acreditar que este gajo veio para o Sporting.
3 Maio, 2019 at 15:42
Enorme. Realce também para o justo destaque de Vidigal, uma muralha!
Eu via o Palhinha nesse papel este ano. A fazer de Peter, Viviano.
Inácio era o nosso director desportivo e enfim a formação ocuparia o seu merecido lugar.
Mas não…
3 Maio, 2019 at 15:52
“A fazer de Peter, Viviano.”
Sim….até porque são parecidos!! A carreira de ambos assim o comprova…..
3 Maio, 2019 at 16:04
Olha o ódio.
#paz
3 Maio, 2019 at 16:08
Mais…. não foi só no Sporting que o Viviano sofreu menos golos que o Peter!
Em Inglaterra….o Viviano também tem um registo de menos golos sofridos que o Peter!
3 Maio, 2019 at 16:40
e na selecção também…
3 Maio, 2019 at 18:02
não tem comparação o viviano com o peter mas melhor do que o renan
4 Maio, 2019 at 0:30
É?
3 Maio, 2019 at 17:38
Epa eu até sou dos que defende que o Viviano devia ter tido oportunidade de agarrar a baliza mas dizer que ia fazer o papel do Schmeichel…
3 Maio, 2019 at 19:16
Fazer de Peter como redes titular em fim de carreira — e, correndo tudo jóia, campeão pelo SCP. “Fazer de” não é, claro, ser igual, mas tentar emular o melhor de quem se busca representar. E isso tanto é válido para o jogador como para a equipa. Sintomático é que a mera menção de um jogador provoque logo tanta celeuma, exclusivamente por estar associado à direcção de BdC. No caso, Viviano foi a modos que oficiosamente apontado como bode expiatório, quando é objectivamente um guarda-redes mais cotado e capaz do que Renan. Alguém o contesta realmente?
De resto, como Schmeichel disse e muito acertadamente, há muitos factores a ter em conta na composição de uma verdadeira equipa. Composição e lidação. Viviano seria o guarda-redes de um SCP capitaneado por Nani e com uma série de valores da formação a jogar. E isso, acredito, iria fazer toda a diferença na constituição e robustecimento do grupo.
Sublinho de novo a referência a Vidigal, justamente tido como um jogador essencial, numa lógica realmente colectiva. Creio que vale a pena reflectir sobre isto.
4 Maio, 2019 at 9:09
Isso depois de se ter gasto milhões num treinador de merda que nunca apostou na formação e foi um dos principais responsáveis pelo atual estado em que está a equipa só porque metade dos jogadores saíram após terem sido atacados por um bando de palhaços atrasados pelo presidente adepto tem uma coerência do Caraças…estou de acordo que Inácio deveria fazer parte da estrutura, mesmo até treinador…de resto, são divagações….
3 Maio, 2019 at 16:19
O meu ídolo das balizas…aquele ano foi tão especial….
Tantas verdades que ele diz sobre o Sporting, em pouco tempo tirou logo a radiografia ao clube.
4 Maio, 2019 at 0:30
Rápido!
Chegou, ganhou… arrependeu-se e bazou logo…
3 Maio, 2019 at 16:32
Ahhh ganda Peter…
Ainda tenho saudades tuas…!!
E então o Janela disse isto…: “… o Janela, ele disse-me o seguinte: “Nós nunca ganhamos por causa da arbitragem”…”
Filho da mãe…sabia disso e acabou por nos trair…!
SL
3 Maio, 2019 at 16:38
Então max, o janela fala do que sabe
3 Maio, 2019 at 17:52
Max, agora o janela é uma puta cara.
Quanto andava a aprender a ser puta, trabalhava no SCP e tinha de fazer pela vida, depois entrou-lhe pela janela o capo dos pneus e o janela deixou de ser puta de rua e virou acompanhante de luxo.
Cada vez que me lembro que o norton de matos nos andou a chular, com as comissões dos sul-americanos.
Sobre o Peter, a felicidade que foi a contratação e gastar tanto dinheiro a ir de Faro a Lisboa ver essa equipa.
3 Maio, 2019 at 17:06
Eu estou-me nas tintas para o Manuel Fernandes pós-jogador.
Todo o meu respeito para o Inácio, que mais uma vez recebe um testemunho de qualidade e continua a ser corrido do Sporting. Gratidão é sentimento que não existe neste clube.
3 Maio, 2019 at 21:45
Certo, nos últimos 4 anos foi corrido 2 vezes. As 2 injustamente.
4 Maio, 2019 at 0:32
Esse é um dos ENORMES problemas do nosso clube… é uma vergonha!
Dp é ver os putos da formação a bazarem logo q podem!
3 Maio, 2019 at 19:57
Foi adiada para a semana a entrevista com tasqueiros Cherba ?
Esta semana nao devem ter estado pela tasca ?
3 Maio, 2019 at 19:57
Ícaro, Ícaro.
Lê bem isto e pode ser que batas com a cabeçorra na parede vezes sem conta como arrependimento.
Trocar Inácio pel’aquela merda que a valente merda do asno de Tróia quis foi o teu fim.
E com tantos a dizer-te que isso derreter as asas.
3 Maio, 2019 at 20:02
…isso ia …
3 Maio, 2019 at 22:01
O Scheimechl não esteve ligado a uma candidatura nas últimas eleições ?
3 Maio, 2019 at 23:36
Sim, Benedito. Penso que seria o homem para as relações internacionais.
3 Maio, 2019 at 22:36
Grande guarda redes…
Atenção, a culpa não é do Manuel Fernandes, é de quem o foi buscar para treinador. O homem foi um jogador que deixou historia no SCP , devia ter ficado para dar apoio na ida aos núcleos, na representação do SCP junto de associados, na divulgação da Marca e dos valores do Clube, etc etc quiseram que fosse o treinador salvador. .. enfim … agora nem há paciência para o homem, que se vende ou vendia, não sei, nas TVs para … enfim… para nada.
4 Maio, 2019 at 1:25
Gostava de ver o Inácio como presidente do Sporting um dia destes…
4 Maio, 2019 at 1:38
+1
4 Maio, 2019 at 11:41
Eu acho q um dos objectivos dele é mesmo esse… e tlz seja por isso q lhe empurram consecutivamente para fora do clube…
Vejam e oiçam a entrevista q o Inácio deu ao JN em Janeiro último.
4 Maio, 2019 at 3:01
O Peter fala de 1999, 2000, 2001… O amadorismo no Sporting era evidente. O pior é que passaram-se quase 20 anos e tudo o que ele relata podia ser sobre o dia de ontem. Incrível a capacidade de resiliência deste clube, eu imagino o Sporting com uma estratégia, com um planeamento bem definido e implementado com competência… Andariamos a fazer brilharetes na UCL a cada dois/três anos!
O Peter indirectamente diz, para quem quer entender, que este clube tem mesmo uma força do outro mundo, o que o Sporting alcança rodeado de amadorismo e incompetência é de certo modo um milagre. O Sporting é mais forte e universal do que muitos Sportinguistas imaginam…
4 Maio, 2019 at 9:14
3 evidências que Schmeichel percebeu logo e explicam o Sporting das 3 últimas décadas, ou mais:
– O Sporting é roubado.
– Não bastando, o Sporting não se ajuda a si próprio sendo gerido com amadorismo ou incompetência.
– O Sporting é enorme. O que seria se não existissem as 2 evidências anteriores…
4 Maio, 2019 at 11:39
Certíssimo!