Nunca, em qualquer momento, deixei de defender o Sporting. Nunca, em momento algum, coloquei em causa o meu amor pelo Sporting. Contudo, na nossa vida há sempre um momento em que chegas ao limite e perdes a força para continuar. Jamais deixarei de vibrar e sentir paixão pelo Sporting, mas a força que tive dia após dia para defender o Sporting foi abalada e destruída na sua mais pura essência.

A força esfumou-se sobretudo porque, ao invés de travar as grandes batalhas apaixonadas face a adeptos de outros clubes, caímos (todos) no ridículo de comprar guerras com o nosso vizinho do lado, com os nossos camaradas de clube, com aqueles que vibram como nós. Enquanto aqueles com quem deveríamos estar dispostos a brigar ficam satisfeitos a assistir de poltrona. Por vezes penso que o que alimenta os Sportinguistas hoje são guerras de trincheira.

Não tenhamos a tentação de afirmar que a liberdade de expressão nos permite isto. A liberdade de abordar cada tema e falar abertamente deles não é o mesmo que cair na irracionalidade que assistimos todos os dias nas caixas de comentários. O descontentamento com a direcção A, B ou C ou com a decisão A, B ou C não é o mesmo que travarmos campeonatos de insultos gratuitos sem que se contribua uma virgula para a promoção de ideias.

Estamos tão enclausurados na procura de culpados que nos atacamos desesperadamente sem perceber o que estamos a fazer ao Sporting. Todos os dias. E isto é infinitamente diferente de afirmar que temos de concordar com todas as decisões da actual direcção, concordar com a direcção em si ou mesmo com o processo como se chegou até à dita direcção. O mesmo é valido da direcção anterior, ou para qualquer uma que esteve à frente do Sporting.

Lembrem-se que a Tasca existe porque existe Sporting. Lembrem-se que a única coisa que nos une é o Sporting. Nunca, em qualquer momento, deixemos de amar o Sporting!

ESTE POST É DA AUTORIA DE… André Duarte
*às quartas, a cozinha da Tasca abre-se a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]