1 – Como nasceu o teu Sportinguismo e quais os momentos do Sporting com que mais vibraste, JHC? Descreve um deles.
Ao contrário de outros amigos Sportinguistas, o meu Sportinguismo não foi herdado dos meus pais (não tinham simpatias clubísticas) mas do meu tio materno, grande Sportinguista e homem com elevado sentido de justiça. Não consigo dissociar o respeito que sentia pelas causas e valores que defendia do facto de hoje ser do Sporting. Estou convencido que nunca tive escolha!
Para mim o Sporting é muito mais que um Clube. É um modelo de princípios e valores ao qual me sinto “vinculado” e me revejo. É quase uma religião! E é algo a que me associam constantemente, na minha vida social e familiar. Ninguém desconhece a minha cor!
Sou do Norte e o dia mais feliz da minha vida, enquanto Sportinguista, foi o da conquista do Campeonato de 1999/2000 em que vencemos o Salgueiros por 4-0. Estava com amigos sportinguistas e não tínhamos dinheiro suficiente para todos os bilhetes e por isso decidimos ver o jogo num café onde nos juntamos a outros Sportinguistas que também não conseguiram entrar. Após o primeiro golo do André Cruz, corremos para o Vidal Pinheiro na esperança de entrar para ver o final do jogo. Confesso que só com o golo de Dusher me convenci que o título já não fugiria! Foi um final de tarde e uma noite inesquecíveis! Aliás todo esse dia foi uma aventura. Se no Porto foi uma autêntica loucura, consigo imaginar o que terá sido em Lisboa!
Outro momento marcante para mim foi a conquista do 1º Título do Andebol em 2016/2017! Não senti nenhuma outra conquista nas modalidades como esta!
2 – Como tens visto o Sporting desde que te lembras de ser Sportinguista, ou seja, qual a tua opinião sobre o passado e o presente do clube?
As primeiras recordações que tenho enquanto Sportinguista são de Damas, Keita, Manuel Fernandes, Jordão e Fraguito, mas era muito novo. Em 77 emigrei com a minha família e só ao regressar a Portugal, quase década e meia depois, voltei a viver e sentir o Sporting. Foi como recuperar a minha identidade.
Mas durante essa ausência deixei de ter notícias da vida do Sporting. O pouco que sei do Sporting antes de Sousa Cintra foi através do que li e ouvi de amigos e do meu tio.
Em relação ao passado recente, penso que o Sporting, pela sua forma de estar no desporto, foi dos 3 grandes aquele que menos proveito tirou da criação das SAD. Não soubemos aproveitar os campeonatos conquistados no início do século e deixamos sair Manolo Vidal e Augusto Inácio quando deveríamos ter cimentado um projecto a longo prazo. Das direcções de José Roquette à Godinho Lopes, apenas no mandato de Soares Franco vi uma verdadeira intenção de “governar a casa” com os recursos disponíveis. Ganhamos Taças e Supertaças, revelamos valores da formação, mas ficamos mais pobres em património. E quem veio depois conseguiu sempre fazer pior. Em resumo, direcção após direcção, deitamos ao lixo carradas de dinheiro, vendemos património, fechamos modalidades, hipotecamos passes da nossa formação, tudo na esperança de sermos campeões, e chegamos a 2013 falidos.
Em relação ao presente do Clube estou bastante apreensivo. Não com os protocolos chineses ou com os saneamentos televisivos das vozes críticas, mas com a falta de transparência e incapacidade desta direcção em administrar um Clube com a grandeza do Sporting. Cada dia me convenço mais de que Frederico Varandas não estava preparado para assumir o cargo. Olho para este CD como olho para Gudelj, chegam sempre atrasados à “bola”.
Não previram as dificuldades da emissão do EO e este ficou aquém do necessário. Para conseguir pagar o anterior EO gastaram parte da “almofada Rui Patrício”. E como não conseguiram os 60 milhões, necessários segundo os cálculos da anterior direcção para cumprir os compromissos de tesouraria e atacar o mercado de inverno, tiveram de despachar dois dos nossos principais activos a custo zero para poupar salários, ao mesmo tempo que quebraram a promessa eleitoral e se socorreram daquele que diziam ser o “último recurso” a utilizar, o contrato de patrocínio que herdaram.
Poderia continuar a discorrer sobre outros erros ou os meus receios quanto à RF e à recuperação de uma percentagem significativa da SAD com a compra das VMOC, mas não vale a pena sofrer por antecipação. Espero que esta direcção seja capaz de concluir com êxito a operação. Não acredito mas torço para que o consiga.
Desportivamente acredito que venceremos a Taça de Portugal e ficaremos em 3º lugar. De Marcel Keiser não espero muito mais. Estamos constantemente a defender a utilização de Doumbia no lugar de Gudelj e a utilização de Francisco Geraldes para descansar Wendel ou Bruno Fernandes, sem sucesso. Já se torna cansativo. No final da época o treinador será o Calcanhar de Aquiles de Varandas. Um projecto para o futebol assente na formação, como prometeu Frederico Varandas na campanha, não rima com Keiser.
3- Qual a tua perspectiva de futuro do clube? Como gostarias que fosse?
Durante a campanha eleitoral retive uma ideia do candidato Rui Jorge Rego, “o Sporting não pode estar sempre a espera de ir à Champions”. Esta é a grande questão a ter em conta para garantir o futuro do Sporting: Como ser sustentável e competitivo sem receitas extraordinárias como a venda de jogadores e prémios da UEFA?
A nível de gestão, foi aqui que Bruno de Carvalho cometeu o grande erro, na minha opinião, ao colocar todas as fichas na entrada na Liga dos Campeões.
Apesar dos lucros e do crescimento das receitas em todas as rubricas, o investimento feito no plantel de Jorge Jesus foi brutal e o falhanço dos objectivos resultou num constrangimento financeiro que iria obrigar a um grande desinvestimento com a venda de jogadores e redução da massa salarial do plantel. Isso mesmo antecipou Carlos Vieira em entrevista.
Apesar disso acredito que Bruno de Carvalho conseguiria levar o barco a bom porto caso o ataque à Alcochete não tivesse acontecido. É um excelente negociador e os jogadores que rescindiram estavam valorizados e tinham mercado. A forma como a Banca aceitou negociar a reestruturação financeira e o valor final das VMOC, na altura mais conturbada da vida do Sporting, é demonstrativo da confiança que tinham naquela Direcção.
Respondendo a pergunta em concreto, quero que o Sporting continue a respeitar a sua matriz fundadora. A defender os valores desportivos e a inclusão, a promover o ecletismo, a formar atletas e homens, a liderar todas as batalhas pela verdade, crescimento e valorização do desporto em Portugal. Não só é nosso desígnio como é uma obrigação enquanto Maior Potência Desportiva Nacional.
Quero um Clube moderno, competente e exigente consigo mesmo e com quem gere o o desporto em Portugal.
Não restam dúvidas que no estado actual em que se encontra o futebol português as probabilidades de sermos campeões são diminutas. Para o Sporting ter sucesso é preciso primeiro limpar toda a porcaria que cobre o desporto em Portugal. É preciso denunciar os esquemas, expor os erros de arbitragem, relembrar processos adormecidos a espera da caducidade. É isso que espero desta e de futuras direcções. Uma voz activa e não silêncios estratégicos.
4 – Se fosses candidato quais as principais medidas que aplicavas (Financeiras-Projecto Desportivo -Futebol e Modalidades)? O que achas do sistema eleitoral ? Quais seriam as tuas bandeiras como candidato?
Houve uma proposta estatutária de Bruno de Carvalho para limitar o endividamento da SAD em cada exercício. Avançava com essa proposta de forma a evitar que as direcções, presentes e futuras, pudessem pôr em causa a sustentabilidade do Sporting, como aconteceu durante a direcção de Godinho Lopes.
Na minha opinião as modalidades estão muito bem entregues nas mãos de Miguel Albuquerque, do Eng.Gilberto Borges, de Carlos Galambas, da Mariana Cabral, do Ernesto Pereira e de tantos outros profissionais de excelência espalhados pelas 55 modalidades do Clube. Não alteraria nada na actual estrutura mas prepararia o futuro investindo na formação dos atletas em fim de carreira para manter a identidade dos projectos e preservar esta Cultura Sporting que habita as modalidades.
Em relação ao sistema eleitoral já ouvi uma quantidade de teorias e argumentos, desde que o actual modelo protege o acto eleitoral de votos comprados, até de que serve para impedir a perda de uma regalia dos sócios mais antigos. Para mim o justo será sempre um sócio um voto. Acho que esta é uma grande falha no Sporting, esta diferenciação dos sócios que nada tem de democrática. Há muitas formas de premiar a antiguidade dos sócios com ofertas de bens e serviços do Sporting, convívios com atletas ou outros tipos de homenagens que garantam este reconhecimento.
Para o futebol não vejo outra solução desportiva e financeira que não passe pela formação. Ainda para mais quando temos o conhecimento para descobrir e potenciar talentos. Esta seria a minha bandeira e o plantel principal teria obrigatoriamente de incluir um jovem da formação em cada posição, excepção feita aos casos em que não tivéssemos a dada altura talento visível para esta promoção.
5 – O que achas dos denominados notáveis ou ilustres e o que farias em relação às claques?
Nunca vivi politicamente o Sporting até as eleições em que Bruno de Carvalho venceu José Couceiro. A verdade é que sempre comprei aquilo que me venderam e acreditei em praticamente todos os “croquetes” que me serviram como sendo de boa qualidade. Se calhar quis sempre acreditar nos Dias da Cunha, Bettencourts e Godinhos porque surgiram como a única solução, e o amor ao Sporting obrigava-me a apoiar quem queria servi-lo. Desconhecia quem eram e a relação entre eles.
Hoje, as redes sociais permitem conhecer o passado destas pessoas dentro do clube e avaliar as suas acções., e isto faz com que estejamos mais atentos. Mesmo assim muitos de nós são manipulados pela forma como os gabinetes de comunicação “trabalham as informações para os OCS. Tenho amigos que acreditam e apoiam Frederico Varandas, que tecem rasgados elogios à substituição do relvado sintético e ao novo campo de futvolei, mas que são incapazes de questionar o protocolo chinês de 2 milhões, dinheiro que evitaria que o nome do Sporting fosse enxovalhado na praça pública por um pedido de insolvência feito pelo Guimarães (é Guimarães mesmo e não Vitória! O que fizeram ao Sporting foi deplorável). Por isso percebo que são muitos aqueles que estão anestesiados e aceitam o actual estado de coisas no Sporting. Infelizmente.
Não considero notáveis as pessoas que utilizam a sua posição social e mediática, e que se agarram ao Sporting para obter mais visibilidade. São sócios como nós e não deveriam ter privilégios diferentes dos restantes sócios a menos que tivessem prestado serviços relevantes ou dedicado parte a sua vida ao engrandecimento do Clube. Posso estar a ser injusto para com algumas destas pessoas, por ignorância, mas para mim uma grande parte delas são simplesmente emplastros.
Para mim notáveis são os sócios que fazem contas a vida para proporcionar Dias de Sporting à família, que fazem quilómetros, faça frio ou faça sol, para apoiar os nossos atletas por todo o País.
Notáveis são Aurélio Pereira, Carlos Lopes, Chana, Manuel Fernandes(apesar do presente), Jordão e Fraguito (porque não convidá-los para um homenagem em Alvalade, como fizeram à Chana no JR?), os saudosos João Rocha e Mário Moniz Pereira, Manolo Vidal e tantos outros. São ilustríssimos!
O que mais me revolta é que os emplastros do Sporting, alguns deles bem colocados em órgãos de poder e decisão, nada dizem ou fazem em defesa do Sporting quando este é atacado na comunicação social, nem trabalham pela verdade desportiva em Portugal. São políticos, advogados, magistrados, figuras da cultura e da comunicação. Bola!
Escrevi na altura das rescisões que não entendia como figuras históricas do futebol leonino, percebendo os enormes prejuízos causados pelas saída dos jogadores, não foram capazes de mobilizar para tentar convencê-los a não deixarem o Clube que os formou passar por uma crise tão grave e com efeitos imprevisíveis. Beto, Futre, Figo, Oceano, Carlos Xavier, Manuel Fernandes, jogadores e capitães com peso histórico no Sporting, nada fizeram. Alguns lamentaram, outros choraram, mas nenhum agiu…
Sou defensor das claques desde que cumpram àquilo para que foram criadas, que é a festa e o apoio às nossas equipas. São uma parte importante do espectáculo. Antigamente, quando a militância era menor, eram as nossas claques que se faziam ouvir em todos os estádios.
Mas o problema com as claques não é apenas do Sporting e não vejo vontade política para criar e aplicar leis de forma a banir quem comete crimes escudado nelas. Já ouvimos um responsável político dizer que as claques não são um problema…
Bastava-nos copiar o modelo inglês. Tenho a certeza que se os nossos governantes e dirigentes tivessem interesse real na mudança, os ingleses ajudariam, explicando o modelo e até enviando especialistas.
E enquanto não houver coragem política e existirem grupos organizados de bandidos sem punição, o Sporting estará a mercê do poder de quem se serve das claques. Se houverem leis e punições severas, o Sporting terá apenas que proporcionar as condições para que se cumpram.
6 – Que medidas aplicarias em relação à melhoria do futebol nacional em todas as suas áreas (arbitragem -ligas -campeonato – mais ou menos clubes, no fundo organização do futebol nacional)?
Este fim de semana ouvi que os ingleses se preparam para permitir aos espectadores nos estádios a visualização das mesmas imagens do VAR que o árbitro analisa durante o jogo. Também na Austrália será possível ter acesso ao áudio do VAR. Tudo pela verdade e transparência. Enquanto em Portugal não tivermos ambas nunca teremos hipóteses contra os rivais. Sem honestidade a tecnologia fará pouca diferença.
Hoje sabemos que o “polvo” trabalhou a realidade do futebol tuga de maneira a condicionar os vários intervenientes e decisores do futebol português. Neste assunto não poderia estar mais pessimista. Se nos vários processos em que o rival lisboeta está envolvido não houver castigo exemplar, nunca mais seremos campeões, pois os corruptos irão promover ainda mais a benfiquização do país, a descarada.
Não penso que a alteração do modelo ou do número de equipas traga a competitividade que o nosso campeonato necessita. Antes destas alterações é preciso dar condições para que as equipas com menores recursos possam ter melhores condições nos seus estádios, melhores plantéis, maiores proveitos gerados pelo futebol para que possam crescer. Este deveria ser o principal objectivo dos nossos dirigentes.
Alguns estádios estão as moscas porque não proporcionam um espectáculo e uma experiência condizente com o valor despendido. Reduzir o número de equipas ou criar playoffs não trará a competitividade que o nosso pobre futebol necessita. É preciso mais. É a minha opinião.
7 – Qual o teu jogo mais marcante como Sportinguista? E qual o teu onze ideal, incluindo um técnico?
Dois jogos fazem parte dos meus maiores pesadelos enquanto Sportinguista: A derrota na final da Liga Europa com o CSKA em Alvalade, e a derrota na final da Taça de Portugal contra Académica de Adrien Silva.
O jogo mais marcante foi a vitória sobre o Salgueiros no Vidal Pinheiro e que nos deu o Campeonato após longo jejum. Foi o meu primeiro título em adulto.
Ora um 11… Schmeichel, César Prates, Valckx, Mathieu e Rui Jorge, Oceano, Balakov e Bruno Fernandes, Figo, Iordanov e Cristiano Ronaldo.
Para treinador pensei inicialmente em Augusto Inácio, mas por uma questão de memória e justiça…Bobby Robson. Teríamos sido Campeões com ele ao leme…
8 – JHC, supõe que estás a falar às massas Sportinguistas num momento importante. Qual seria a tua mensagem?
Sem saber de que momento importante falamos não é fácil fácil pensar numa mensagem. Mas sei que se algum dia concorresse e vencesse eleições no Sporting, agarraria na medalha que tenho guardada na mesinha de cabeceira, em busca de inspiração…
*às sextas, o Sonhador convida um tasqueiro para a mesa do canto e coloca-lhe uma mão cheia e meia de perguntas às quais não vale dizer talvez
**********
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entrevista ao tasqueiro Bobby Robson
entrevista ao tasqueiro Álvaro Antunes
11 Maio, 2019 at 12:00
Excelente, excelente, excelente!
É uma visão que partilho a 1000% com uma ressalva:
– Muito condescendente com Soares Franco, para mim a par do 1º Godinho é dos maiores cancros que se governou no clube.
11 Maio, 2019 at 12:10
Muito bom. Se calhar a que mais gostei.
Não concordo com uma coisa: houve uma pressão grande para alcançar a Champignons o ano passado mas não foi à base de riscos.
O plano seria fazer um par de boas vendas – o Patrício e o William e – continuar no verde.
11 Maio, 2019 at 12:27
Duas coisas que não gostei:
1. Soares franco… Livra!
2. Vitória… Guimarães… Quase que aposto que és de Braga 🙂
De resto, muito bem!
11 Maio, 2019 at 12:46
Revejo me em quase tudo com o tasqueiro JHC , devemos ser quase da mesma idade tambem eu vivi o meu primeiro titulo em adulto em 2000 , o de 1982 tinha 7 anos . Foi um dia memorável que nunca mais irei esquecer tivemos à espera do autocarro na estaçao de aveiras para irmos atrás e foi uma cena surreal quando o vimos passar eram milhares de adeptos a vir atras 🙂 quando em 2002 voltamos a ganhar pensei para comigo é desta que entramos no trilho das vitorias constantes ….. infelizmente estaria longe de imaginar que iriamos para mais um jejum de 18 anos 🙁 . Tiros nos pés atrás de tiros nos pés fizeram com qua tudo aquilo que vivemos de bom foi uma alegria efemera ….. Mas o clube consegue manter uma base de apoio popular enorme que até incomoda a lampionagem!!!! eles nao conseguem entender este sentimento ! Eu tenho a certeza que se esse clube corrupto tivesse 18 anos sem campeonato nem 10.000 adeptos tinha no estadio e a base de apoio nao se mantinha
11 Maio, 2019 at 13:07
Obrigado JHC pela entrevista.
Como tu sabes nao comento as entrevistas pois estas sao as mais genuinas maneiras de sentir e viver o nosso Sporting de cada qual.
SL a todos que seja um hrande dia de Sporting.
11 Maio, 2019 at 14:20
Obrigado eu, Sonhador.
Penso que o seu convite surgiu antes da entrevista do Álvaro Antunes mas atrasei-me no envio e a entrevista ficou “perdida” desde 12 de Abril.
Já visitava a Tasca com frequência mas só a pouco tempo comecei a comentar. Identifico-me com a pluralidade e Sportinguismo que se respira neste espaço. Apesar de actualmente termos o Clube tão ou mais envolto em política que em desporto (e não poderia ser de outra forma depois destes últimos 6 anos e dos acontecimentos do último) olho para a Tasca do Cherba como um reflexo genuíno do estado de alma da Nação Leonina.
Foi uma brilhante ideia, Sonhador, e espero que também publique uma na primeira pessoa. Gosto muito do que escreve.
Um abraço e Saudações Leoninas
E um grande Dia de Sporting a todos os Sportinguistas
11 Maio, 2019 at 14:23
Serei o ultimo a dar essa entrevista caro JHC e obrigado pelas suas palavras acho que somos da mesma geracao.
Eu sou de 1973.
SL Abraco.
11 Maio, 2019 at 14:29
E um abraço também ao Cherba por ceder o espaço (de borla 🙂 ) à está iniciativa do Sonhador!
Saudações Leoninas
11 Maio, 2019 at 17:25
Muito bom! Parabéns aos dois.
SL
11 Maio, 2019 at 13:09
Ja agora cheguem-se mais a frente pessoal para que possam ser entrevistados.
11 Maio, 2019 at 16:36
Gostei da entrevista, concordo com a maioria das coisas que li
Se houver oportunidade terei todo o gosto em fazer a entrevista
11 Maio, 2019 at 17:03
Envia email para o Cherba com as respostas as perguntas que sao as mesmas a todos.
SL Rotunda da Boavista.
11 Maio, 2019 at 16:45
Sendo as questões padronizadas, deverão os tasqueiros interessados responder a elas e transmiti-las.
11 Maio, 2019 at 13:25
Boa entrevista, interessante o teu conceito sobre notáveis.
Há quem tenha uma ideia bem diferente sobre “notáveis”.
😉
11 Maio, 2019 at 13:33
Boa. E concordo.
Vitoria é o de Setubal
11 Maio, 2019 at 13:36
Parabéns JHC, excelente entrevista… muito explícito e contundente… revejo-me em cerca de 99%… a parte que não concordo é quando se refere a FSF com boas palavras… nunca gostei de FSF… gostei muito mais do JEB, sentia mais genuidade nele… e ainda o tenho em boa conta apesar de como presidente ter fracassado… mas nunca o vi a servir outros clubes… nunca o vi a dizer alarvidades com FSF ainda hoje por hoje vai dizendo sobre a vida do clube ou como deveria ser… além de ter vendido e hipotecado quase todo o património imobiliário do clube… para mim, foi ele que iniciou o processo de falência que culminou em 2013, mas respeito a tua opinião, apenas estou a justificar as razões que me levam discordar desse pormenor…. De resto… dizer que me deu muito gozo ler esta entrevista…
SL
11 Maio, 2019 at 13:41
Aplauso!! O bom destas entrevistas é que muitos de nós sentem e percebem que ainda há muito sportinguista, seja mais velho ou mais novo, que não come gelados com a testa e consegue perceber o caminho a seguir! Esta mentalidade não vai deixar o clube morrer ás mãos deste cancro que chupa este clube há 30 anos! SL
11 Maio, 2019 at 13:53
Revejo-me em quase tudo (até porque também sou do norte), mas concordo com os tasqueiros que acham que foste muito condescendente com Soares Franco e Godinho Lopes…
11 Maio, 2019 at 14:14
De acordo com quase tudo. Quanto a Vitórias cheguem a um acordo. Escolham o Vitória de Lisboa!
11 Maio, 2019 at 14:17
E faltam aí 2 jogadores que gostava bastante nos anos 70 Marinho e Dinis!
11 Maio, 2019 at 14:17
Soares “a minha cena é o golfe” Franco…
foi um dos piores presidentes do Sporting Clube de Portugal.
Tipo… ao nível dum Jorge Gongalves ou Santana Lopes… mas para pior porque ficou lá 4 ou 5 anos…
As batucadas do brunão comparadas com as negociatas do Soares Franco… são brincadeiras de crianças… Bem… o Brunão revelou-se uma crianaça birrenta e mimada nos últimos dias, portanto… confere!
Quanto à “bandeira” 1 sócio = 1 voto.
Não concordo! quem paga quotas ininterruptamente há 20 anos… não pode ser comparado com quem paga há 2 dias ou a quem paga e a seguir deixa de pagar porque se perdeu um campeonato…
…já para não falar que o nº de votos crescer à medida da antiguidade é uma forma de blindar o clube de certas aventuras…
Se me disserem que se deveria reduzir o nº de votos aos sócios mais antigos… tipo: 3 anos 1 voto, 10 anos 2 votos, 20 ou mais anos 3 votos… nisso até sou capaz de concordar!
11 Maio, 2019 at 14:23
Mai nada!
11 Maio, 2019 at 14:37
vá… vai lá bater mais uma (hoje) que andas com a testoterona muito em alta. E isso não é nada bom para a tua evolução espiritual
11 Maio, 2019 at 16:55
Calma Rota. Isso não é de Sporting de bem. Pelo menos dá para perceber que estás em pé e não na horizontal porque não precisaste de gritar para te ouvir. Aproveita e pergunta á clientela para que foram os 2 milhões para o Batuque Chinês a ver se algum sabe.
11 Maio, 2019 at 15:46
Como democrata sou a favor do 1 sócio = 1 voto.
MAs estou de acordo com “quem paga quotas ininterruptamente há 20 anos… não pode ser comparado com quem paga há 2 dias ou a quem paga e a seguir deixa de pagar porque se perdeu um campeonato…”
Quem paga quotas consistentemente deve ser premiado sim, mas não em número de votos.
Na minha óptica, devia ter, por exemplo, descontos nas gameboxes, bilhetes, mensalidades, etc.
Há um manancial de benefícios que, merecidamente, deveriam ser concedidos a estes sócios.
“comparado com quem paga há 2 dias”
Obviamente que isto é uma expressão que não deve ser lida literalmente, pois, para votar, é preciso ser sócio pagante há, pelo menos, 1 ano.
11 Maio, 2019 at 15:49
Eu pago impostos há bem mais tempo que alguns que aqui estão (já nem falo dos jovens abaixo de 18 anos nem da rapaziada com menos de 25 anos, por exemplo) e tenho direito a 1 voto para qualquer eleição nacional, exactamente igual aos jovens que referi atrás.
Chama-se a isto democracia.
11 Maio, 2019 at 16:05
A isso chama-se comparar alhos com bugalhos.
Descontei impostos durante 1 ano. Quero reforma a 100% aos 19 anos.
Isto sim é democracia.
11 Maio, 2019 at 16:10
Ahahahahahah!
11 Maio, 2019 at 16:11
Apenas dei um exemplo.
E deixei a minha opinião.
Respeito as opiniões divergentes.
11 Maio, 2019 at 16:58
Também eu Jaime!
11 Maio, 2019 at 16:26
“Descontei impostos durante 1 ano. Quero reforma a 100% aos 19 anos.”
Isto sim, é que é misturar alhos com bugalhos.
“Descontei impostos durante 1 ano. Quero votar.”
Tão simples como isto. Não é “quero reforma a 100% aos 19 anos”.
Misturar alhos com bugalhos…
11 Maio, 2019 at 16:10
Confundem obrigação com opção.
Se o princípio fosse o democrático, quem não é do Sporting também teria uma palavra a dizer..
Ser sócio é uma ligação emocional, cuja antiguidade, é expressa no número impresso no cartão e no número de votos que tem.
11 Maio, 2019 at 16:13
Totalmente de acordo
11 Maio, 2019 at 16:14
Aqui não há confusões nenhumas.
Há democracia ou não há. Neste caso, não há. Mas as regras são aceites pelos sócios. E há que respeitá-las, tal como eu as respeito.
Apenas emiti a minha opinião.
O TS podia até falar das empresas… Sócios com mais acções têm mais poder de voto, por exemplo.
Repito: eu só emiti a minha opinião.
11 Maio, 2019 at 16:53
É exactamente o que eu digo.
Não há nem tem que haver democracia.
Há um conjunto de regras aceites pela maioria, que rege o clube que representa a nossa paixão.
Quem quiser pode, mas não é obrigado.
Só nós sócios, temos o direito de escolher um ou uns dentro dos nossos pares , para gerir o clube.
Sou 100% a favor da diminuição do fosso entre número de votos.
É um dever do clube dar o direito de voto a todos sócios, disponibilizando urnas electrónicas em todos os núcleos. Sporting não é de Lisboa, é de Portugal.
Mais, as AG deveriam ser transmitidas para todos os núcleos e estes, também deveriam votar.
Todos os sócios comungam de regalías por o serem.
Não há sócios melhores ou piores. Há sócios. O que os distingue, é o tempo, a idade, a militância.
Tudo isto, por princípio!
Depois há ainda, as questões práticas.
Imaginemos, por absurdo, que 1 Sócio = 1 voto.
Cada sócio pode votar ao fim de um ano.
Cada sócio paga 12€ X 14 quotas.
168€.
Se eu tiver dinheiro e vontade, posso juntar uns quantos euros e tomar o Sporting de assalto:
20000 sócios custariam ao fim de um ano 3360000€.
Com 20000 sócios posso:
Vencer quaisquer eleições.
Vender todo o património
Vender todos os jogadores
Alterar estatutos
Extinguir o clube
And so on…
11 Maio, 2019 at 16:18
Há várias maneiras de se premiar quem é mais assíduo como sócio.
Na minha opinião, mais votos não é a mais correcta, mas respeito.
Agora virem com a lengalenga que se misturam alhos com bugalhos e que se confunde obrigação (o voto é um dever mas é também um direito – e há sempre a “opção” de não ir votar… chama-se (pasme-se) ABSTENÇÃO) com opção. Nada disso.
As situações que referi são semelhantes, mas não são iguais. Eu sei disso. Tenho consciência disso.
Mas à luz da democracia, o sistema não o é.
11 Maio, 2019 at 16:19
“Se o princípio fosse o democrático, quem não é do Sporting também teria uma palavra a dizer..”
Ai sim? O TS vota em Espanha? Vota em França? Vota em ISrael? Vota em… Acho que já percebeu.
O mesmo no Sporting. Vota quem tem direito a isso… os sócios do Sporting. Tal como nos outros clubes votam os sócios desses clubes.
Comparar alhos com bugalhos…
11 Maio, 2019 at 16:57
Ser português e votar é um direito e uma obrigação.
Ser do Sporting é uma opção.
11 Maio, 2019 at 16:45
ISSO!
11 Maio, 2019 at 16:21
Eu sou a favor de 1 sócio, 1 voto. Mas confesso que a tua “proposta” de redução de votos também é algo que faz sentido.
Como está actualmente é que não dá com nada, tem zero de democrático.
11 Maio, 2019 at 15:41
Obrigado e um abraço a todos os tasqueiros.
Sabia que as minhas palavras em relação à Soares Franco poderiam gerar discordância (assim como Bruno Fernandes no meu onze ideal).
Quando referi que houve uma preocupação de FSF em gerir com os recursos disponíveis (obrigatório por terem ficado 111 milhões de prejuízo do mandato anterior), quis elogiar e valorizar o modelo, e só no futebol (o grande sorvedouro de recursos).
Promoveu Paulo Bento, utilizou e valorizou activos da nossa formação, poupou milhões em contratações e mesmo assim bateu o pé ao Fcp conquistando troféus e atirando sempre o rival encarnado para o último lugar do pódio.
Em relação ao restante, subscrevo as críticas e alguns dos adjectivos. Tão grave quanto o património delapidado são as palavras de FSF em relação aos sócios (e seus direitos) e ao desprezo pelas modalidades, de alguém que não compreende e respeita os valores do Sporting.
Agora vou entrar em estágio para o Hóquei e acompanhar o relato do leão verde. Já ganhamos 1-0 golo de Cardinal!
SL
11 Maio, 2019 at 15:50
Grande “entrevista”, JHC.
Esmagadoramente de acordo com o que foi escrito.
11 Maio, 2019 at 17:11
Tambem acho que te convidei par a entrevista Jaime forca ai
SL.
11 Maio, 2019 at 16:01
Palavras sábias, JHC. Num período em que o ruído, a letargia e a desinformação abundam, é inspirador ler algo tão clarividente. Muitos parabéns! SL
11 Maio, 2019 at 16:22
Excelente entrevista. Parabéns, JHC
11 Maio, 2019 at 17:06
Mais um aqui!
11 Maio, 2019 at 16:47
Eu gosto de gajas… sorry,.. mas isso desqualifica, lions ups, gatinhos downs e tigres de peluche..
11 Maio, 2019 at 16:58
Claro que se gostas de gajas, isso desqualifica-me. Lógico. Mas na verdade tu gosta é de quem te dê ferro e pague. Se é gajo ou gaja não interessa. Money talks. Usa-se um strap-on.
12 Maio, 2019 at 13:34
Gostei de ler. Muito bom, JHC!