Na última crónica de “O futebol não é para meninas!” dedicada ao Mundial de França 2019, apenas os 4 primeiros jogos dos oitavos de final já tinham sido relatados. O Cherba pediu-me para suspender o que deveria ter sido o post da semana passada, por forma a incluir num só o resto do certame maior do Futebol Feminino. Façamos então o balanço final.
Indo por partes: os oitavos de final confirmaram a minha previsão. Apuradas para os quartos 7 selecções de nações europeias e os EUA. Dos jogos que faltavam, não houve surpresa na vitória dos EUA sobre a Espanha (a não ser o facto de ter sido obtida pela margem mínima, 2-1), a vitória das campeãs europeias em título (Holanda) sobre o Japão (vice-campeã e campeã nas 2 últimas edições do Mundial) só surpreendeu quem não segue a evolução vertiginosa do FF na Europa, o mesmo podendo dizer-se da vitória da Suécia sobre o Canadá; um pouco mais surpreendente foi a eliminação da histórica selecção da República Popular da China aos pés de uma Itália pouco usual nestes palcos mas que fez um óptimo campeonato.
Em relação aos quartos de final a primeira nota (MUITO NEGATIVA) vai para a desfaçatez com que a FIFA altera no dia de véspera, o alinhamento dos jogos dos quartos de final, trocando a ordenação prévia de Noruega e Alemanha. Simplesmente vergonhoso e a fazer lembra os piores tempos de Blatter e Platini. O que era para ser um Alemanha- Inglaterra transformou-se num Noruega 0 – Inglaterra 3. Sem muita história a não ser a confirmação da ascensão do Futebol Feminino em terras de Sua Majestade e uma certa decadência do predomínio nórdico sobre o FF europeu.
No dia seguinte, o grande jogo dos quartos de final: o França-EUA. Os EUA são a selecção com maior palmarés e ainda, na minha opinião, com maiores argumentos do Futebol Feminino de nações. A França pretendia neste Mundial confirmar um ascendente europeu que já se verifica a nível de Clubes. Mas a verdade foi clara e cruel: por muitos argumentos técnicos que tenham as jogadoras francesas (e têm) não chegam para superar os das jogadoras americanas, porque estas sabem aliá-los a um enorme rigor tactico, a uma maior tarimba competitiva e a uma melhor gestão dos ritmos, tempos e momentos do jogo. Nesta grande partida uma palavra para a exibição absolutamente irrepreensível de Rapinoe, que jogou na ala esquerda mas mesmo dali continua a ser a maestrina que comanda a brilhante orquestra americana; não é uma Filarmónica Clássica que executa grandes Sinfonias épicas, românticas ou impressionistas de um Beethoven, de um Tchaikowski ou de um Mussorgsky; é antes uma arrebatadora Big Band de Swing que nos brinda com os trechos emocionantes de um Gershwin, de um Bob Calloway, de um Duke Ellington ou de um Lionel Hampton. A média ofensiva norte-americana pegou na batuta para definir os ritmos e as variações e jogo, ora num sinfónico allegro vivacce ora em jump-jive mas sempre com um frenesim que as francesas do sector recuado não conseguiam acompanhar; e ainda se deu ao luxo de, qual Duke Ellington, largar a batuta para se sentar ao piano e assinar os dois golos da vitória gringa sobre as francesas em terras da Gália.
Em outro jogo dos quartos de final, a Holanda venceu, com alguma facilidade, por 2-0, uma Itália raçuda e voluntariosa mas já sem argumentos físcos para disputar o jogo com as Laranjas Mecânicas.
No último jogo desta eliminatória, a Alemanha (que devia ser a Noruega, não fosse o tal cambalacho FIFeiro) enfrentou e perdeu com a Suécia por 2-1, mesmo após ter estado em vantagem graças a um golo de Magull aos 16 minutos. A ilusão alemã apenas durou 6 minutos, pois as suecas empataram ao 22 minutos por Jakobsson. No começo da 2ªa parte (48 minutos) um golo de Blackstenius voltou a ser decisivo para fazer as suecas avançarem mais uma eliminatória.
Nas meias finais: no dia 2, a Inglaterra defrontou os EUA, no Stade de Lyon, às 21horas locais, tendo as americanas demonstrado porque são a nº 1 Mundial e acederam à final com uma vitória por 2-1 que parece mais renhida do que realmente foi (mesmo nos períodos de aparente reacção britânica, as yankees controlaram o jogo como entenderam); no dia seguinte, no mesmo Estádio e à mesma hora, a Holanda enfrentou a Suécia e, após uns primeiros vinte minutos de domínio sueco, as holandesas equilibraram a partida, para, na segunda parte assumirem o domínio completo de todas as vertentes do jogo; fruto da diferença de desgaste provocado pelos jogos dos quartos (a Alemanha exigiu muito fisicamente das suecas, ao contrário do que as italianas obrigaram às holandesas e estas ainda tiveram mais 3h30m de descanso, o que, nesta fase de uma competição tão curta, faz diferença) a laranja mecânica impôs um forte domínio, não materializado em golos, na 2ª parte do jogo e foi com naturalidade que acabou por marcar e vencer no prolongamento. Ficaram então definidos os jogos cruciais da competição.
Para atribuição das medalhas de bronze e último lugar do podium defrontaram-se a Inglaterra e a Suécia, em Nice, perante 20.000 espectadores. Mais uma vez, conscientes de que tinha sido submetidas a maior desgaste que as inglesas, as suecas entraram no jogo bastante fortes, na tentativa de o procurar “arrumar” cedo. De facto isso parecia estar bem encaminhado quando, aos 22 minutos já se encontravam a vencer por 2-0; no entanto, um golo das Lionesses 9 minutos depois poderia afectar essa estratégia e a moral e discernimento das nórdicas. Tal não sucedeu. Fazendo juz à “imperial” frieza escandinava, as suecas não desmontaram e conseguiram ir buscar as improváveis forças, provavelmente á memória genética viking para aguentar todos os assaltos das oponentes inglesas. Medalha de bronze para a Suécia e um frustrante 4º lugar para as inglesas que claudicaram na fase final de uma prova que estava a ser memorável.
O jogo decisivo disputou-se no domingo, em Lyon e opôs os EUA e a Holanda. Lotação esgotada, 57.900 espectadores. Frente a frente duas selecções com um percurso imaculado: 6 jogos e seis vitórias para cada. Mas as semelhanças param neste dado estatístico. A natureza dos percursos de americanas e holandesas foi diferente. Com uma primeira fase mais facilitada, num grupo que tinha as suecas mas também as chilenas e as tailandesas, as americanas demonstraram o seu poderio vencendo os 3 jogos com o impressionante score de 18 golos marcados e 0 sofridos e fazendo uma enorme rotatividade da equipa. Já a Holanda fez os mesmos 9 pontos nessa fase mas teve que se aplicar para vencer a Nova Zelândia e o Canadá pela diferença mínima e os Camarões (a melhor selecção africana) por 3-1. O resto do percurso das 2 equipas até final reforça o favoritismo americano. As meninas da terra de tio Sam tiveram de passar a Espanha, nos oitavos e as fortíssimas França e Inglaterra nos quartos e meias e venceram os 3 jogos com o mesmo resultado: 2-1. Já as meninas dos Países Baixos começaram por eliminar o Japão que esteve nas 2 últimas finais (e ganho a penúltima) e depois passaram sem grande dificuldade a surpresa deste campeonato – a Itália – e foram forçadas a esforço e tempo extraordinário para ganhar à Suécia e marcar, pela primeira vez na sua História numa final de um Mundial, mas pela segunda consecutiva numa final das grandes competições de Selecções pois disputaram e ganharam a final do Europeu de França 2017.
O jogo viria a confirmar a superioridade americana e os EUA acabariam vencendo, com toda a naturalidade por 2-0. No entanto, as holandesas até equilibraram a posse de bola e a eficácia do passe e até igualaram a distância percorrida pelas jogadoras de cada equipa. A diferença verificou-se na objectividade e eficácia: 17 remates (9 à baliza + 5 fora da baliza + 3 bloqueados por defesas adversárias) e 2 golos dos EUA contra 6 remates (1 à baliza + 2 fora da baliza + 3 bloqueados por defesas adversárias) e 0 golos.
As meninas dos EUA ainda conquistaram outros “títulos”: 2 das 3 melhores goleadoras (Megan Rapinoe e Alex Morgan com os mesmos 6 golos da inglesa Ellen White) e o prémio da Bota de Ouro Adidas do torneio a ser atribuído a Megan Rapinoe (menos tempo de utilização) e da Bota de Prata a Alex Morgan; o prémio de melhor jogadora do torneio (Bola de Ouro Adidas) também a ser atribuído a Megan Rapinoe (que ainda foi por 3 vezes nomeada a melhor do jogo): O único prémio que não foi para uma americana foi ganho pela Guarda Redes holandesa, Sari Van Veenendaal, que ganhou a Luva de Prata Adidas numa escolha salomónica do Comité Técnico da FIFA (a Guarda Redes americana sofreu menos golos e defendeu 2 penalties no certame).
Nos Estádios deste Mundial estiveram 1.163.063 espectadores, a que se deverão juntar uns quantos milhares de milhões de visualizações nas televisões e plataformas de streaming. Mais uma vez, OS DIRIGENTES DO SPORTING QUE TIREM AS DEVIDAS ILAÇÕES DESTE FENÓMENO DE RÁPIDA POPULARIZAÇÃO DESTA VERTENTE DO FUTEBOL (E DE NEGÓCIO).
Um abraço a todos os tasqueiros e uma nota final: o meu desejo teria sido ver a Inglaterra campeã do Mundo … afinal, são elas as LIONESSES.
* às segundas, o Álvaro Antunes faz-se ao Atlântico e prepara-nos um petisco temperado ao ritmo do nosso futebol feminino
9 Julho, 2019 at 8:58
O futebol feminino está em grande desenvolvimento a nível mundial, o Sporting através do empreendorismo da anterior direcção adiantou-se aos seus rivais, só que o poder financeiro de um deles, vai obrigar que está Direcção não fique a dormir se quer ser altamente competitivo. Para o bem do futebol feminino é bom que não ganhe sempre o mesmo e que haja equipas altamente competitivas, o que não se tem passado até agora
9 Julho, 2019 at 11:43
Sem dúvida.
9 Julho, 2019 at 21:56
Jaime discordo profundamente da opinião final do Chico Faria. “Para o bem do futebol feminino é bom que não ganhe sempre o mesmo e que haja equipas altamente competitivas, o que não se tem passado até agora” (Chico faria dixit)
Essa é a conversa do sportinguista “bem” e “fino”.
Eu quero, para bem do Futebol Feminino que haja mais e mais equipas competitivas em Portugal e que o Sporting seja SEMPRE a melhor delas.
O que é que o desejo de ganhar SEMPRE tem de contrário ao “bem do Futebol Feminino”? Em França há quantos anos há e vai continuar a haver o domínio do Lyon? E o campeonato Francês não tem crescido e afirmado como um dos melhores (se não mesmo o melhor) da Europa? E o FF não tem crescido em França mais que em qq outro país europeu, a ponto de hospedar a organização do último Europeu e do último Mundial?
É bom que não ganhe sempre o mesmo? Vá dizer isso aos macacos dos fruteiros e dos toupeiras do Futebol Masculino. Aí sim … não é bom ganharem sempre os mesmos … mas não é por ganharem … é pelo modo como ganham!
Se for ganho com mérito, até podem ganhar 20 vezes seguidas! o que teríamos era APENAS que procurar fazer melhor!
Saudações leoninas
9 Julho, 2019 at 23:11
Álvaro eu gosto de competições como na NBA, em que todas as equipas podem ganhar e nivelam-se por cima, sempre com pavilhões cheios. Se houver uma ou duas equipas a ganharem sempre, mais ano, menos ano perde o interesse, seja em masculinos ou femininos. É inadmissível o Sporting ganhar um título de 20 em 20 anos nos masculinos e para mim Direcção que não consiga ganhar um campeonato no seu mandato é incompetente e não me venham com a conversa do sistema dêem a volta ao mesmo
10 Julho, 2019 at 20:00
Isso é muito bonito para quem vê “de fora” sem paixão de clube MESMO! Diga a um bostoneer fervoroso se não arranca os cabelos que tem e os que não tem, por os Celtics não ganharem nada há anos. Eu também vejo a Premier League inglesa numa boa e que é fantástica, que pode ser ganha por um Leicester e mais não sei o quê, mas não é esse nunca o desejo de um Red Devil, ou de um Blue, ou de um fã do Man Utd ou de um Ciyt ou do Arsenal, ou mesmo de um adepto do Newcastle ou de um Everton ou de um Tottenham.
Volto a dizer: qualquer competição em que entre o Sporting quero que seja bem disputada, mas que o Sporting ganhe sempre. Se conseguisse ganhar todas as competições, caseiras e estrangeiras, em todos os escalões e géneros das 55 Modalidades, durante 10 anos, de certeza que não deixaria de ver desporto e de amar o Sporting por “não haver quem desse luta”.
ESTUDASSEM!!! como diz o outro.
SL
11 Julho, 2019 at 18:37
Alvaro não vale a pena entrarmos neste bate boca, pela minha parte os dirigentes não têm razões de queixa , pago quotas de três e tenho duas game box, portanto venham resultados. Se calhar não sou tão exigente como o Alvaro, mas Direcção num clube com a grandiosidade do nosso tem que ganhar um campeonatono no minimo em cada mandato, agora se ganhar mais têm direito a louvor.
9 Julho, 2019 at 9:03
Qt pode receber uma das melhores do mundo?
9 Julho, 2019 at 10:24
500 mil anuais.
9 Julho, 2019 at 10:32
Acho que era o a Morgan ganhava, não sei se aqui já entra os contratos publicitários.
Depois tens a Ada Hegerberg, do Lyon, que recebe 400 mil euros anualmente.
9 Julho, 2019 at 11:57
Essa dos 400 mil é a mais bem paga – salário do futebol.
9 Julho, 2019 at 11:56
Há uns 2 ou 3 meses um artigo falava que a melhor jogadora e mais bem paga ganhava 400 mil por ano – acho que era uma norueguesa ou dinamarquesa.
Portanto, acredito que consigas excelentes jogadoras por 200 mil por ano – que é coisa que os putos da Academia ganham quando passam para a equipa principal!
9 Julho, 2019 at 13:31
Thanks.
Não fazia ideia.
9 Julho, 2019 at 22:11
actualmente diz-se que o vencimento mais alto pago no futebol feminino é de 400 mil euros anuais.
Algo que deveria começar JÁ a ser mais regulado e controlado, a exemplo do que é feito na NWSL (Liga profissional feminina americana) e na FAWSL (Liga profissional feminina inglesa). Nesses países as regras para constituição de rooster (plantel) são relativamente estritas e os clubes têm de cumpri-las para manter os licenciamentos.
Se não querem que daqui a 10 anos tenhamos uma situação de mercado descontrolado como existe no Futebol Masculino ou apareçam no jogo das meninas os João Félix e os Jorge Mendes do Futebol masculino europeu e sul americano. é bom abrir a pestana cedo e “copiar” os bons modelos.
Um abraço e SL
9 Julho, 2019 at 9:07
Braveheart acima de comprar vedetas mundiais é o desenvolvimento do futebol jovem de bases que o Sporting tem feito até agora e bem.
9 Julho, 2019 at 11:44
Sim…
Mas para voltares a ganhar, ainda por cima com uma equipa poderosa como a do Carnide, tens que investir bem este ano. Senão… Tens que esperar que a formação dê frutos.
9 Julho, 2019 at 11:58
Não metas a equipa competitiva que vais ver o desenvolvimento do futebol jovem no Sporting…
9 Julho, 2019 at 13:31
A pergunta foi mera curiosidade. Nada a ver com o que escreves.
9 Julho, 2019 at 22:30
Mas a questão é pertinente Braveheart. Será o investimento da formação suficiente?
A minha resposta é CLARAMENTE: NÃO!!! Porque entrámos (em Portugal) já tarde para um combóio em andamento. E porque (em Portugal) existem outros que não ficaram à espera que esse tipo de aposta desse frutos.
O Braga, pura e simplesmente não apostou na formação, apostou na competição; certo que gastou mais; certo que o fez desde o início e que não tirou “frutos” nos dois primeiros anos; mas tirou-os agora e pode vir a reforça-los com uma boa campanha na Champions (boa campanha é passas às eliminatórias – oitavos de final); o que os pode colocar um patamar acima.
O mesmo se passa com o Benfica, que apostou forte na competição, ainda na 2ª divisão; essa aposta deverá ser reforçada com a subida; acresce que o Benfica também soube apostar na Formação.
Por isso, CLARAMENTE, o Sporting, se não quiser que o seu investimento no Futebol Feminino passe do terceiro maior para o maior desperdício, só tem que o elevar, no mínimo ao patamar do melhor dos rivais.
Vou clarificar: supondo que o SCP investe 500.000€, o SCB 750.000€ e o SLB 1M€, teoricamente, é o Sporting quem gasta menos. Quer isso dizer que é quem gasta melhor? Até ao ano passado ainda se podia acreditar que sim, pois conseguiu ganhar (incluindo na Formação) gastando menos (que SCB). A partir deste ano, NÃO porque não ganhou NADA (incluindo na Formação). E a tendência é para continuar assim, mantendo estes níveis de investimento. Diria mesmo que a tendência será para agravar, porque os rivais vão ganhando distância e o projecto verde e branco tenderá ser cada vez menos atractivo Ou seja, será bem mais difícil vir a ter retorno de investimento se, NESTE MOMENTO, continuarmos a só investir 500.000€, do que se avançarmos JÁ para um investimento de 1,5M a 2M€.
Um abraço e saudações leoninas
9 Julho, 2019 at 10:13
Bom dia Álvaro.
Eu não assisti a nenhum jogo do Mundial. Vi apenas alguns resumos e realmente com jogos interessantes.
A formação como diz o Chico é fundamental, mas temos de apostar em 2 ou reforços de qualidade .
SL
9 Julho, 2019 at 10:20
2 ou 3
9 Julho, 2019 at 23:23
José eu diria que deveríamos recompor o Plantel com:
* 11 dispensas (algumas já foram feitas, mas infelizmente com outras renovaram, o que é um mau presságio, na minha opinião);
* 4 subidas a senior (para treinar sempre com as A e B e jogar regularmente na B e alguns jogos da A);
* 5 contratações de jogadoras a um nível salarial entre os 150.000€/ano e os 300.000€/ano (sim ao nível do terceiro e segundo patamar de jogadoras internacionais), para posições/chave e de que existe défice, não só no Clube, mas também no Futebol Feminino português (2 centrais altas, uma trinco, uma ala/extrema esquerda e uma avançada/ponta de lança móvel) já noutros posts e em outros comentários apresentei algumas sugestões para ocupar esses lugares e julgo que dentro desses valores ou abaixo. Mas posso repetir: a irlandesa Louise Quinn (central, Arsenal, irlandesa, 1.83m, 29 anos); Leandra Little (central, Liverpool, inglesa, 1.80m, 34 anos); Daiane (central, Paris Saint-Germain, brasileira, 1.79m, 21 anos – para ser adaptada a trinco, porque tem tudo para isso); na impossibilidade de Megan Rapinoe (média-avançada a 8 a 10 ou à esquerda, americana, Seattle Reign FC, 1.69m, 34 anos – mas, bicampeã do mundo e melhor goleadora e melhor jogadora do mundial) tentaria Gabrielle Aboudi Onguene (avançada móvel-extrema esquerda, Camarões, CSKA Moscovo, 1.54m, 30 anos) ou Amel Najri (faz TODA a ala esquerda, francesa, Lyon, 1.64m, 26 anos); Sam Kerr (avançada-móvel goleadora, australiana, Chicago Red Bulls, 1.68m, 25 anos);
* Manter: as GR (Patrícia e Inês), as defesas (Rita Fontemanha, Carolina Beckert -subida dos Juniores, Carole Costa, e Joana Marchão); as médias (Fátima Pinto, Tatiana Pinto, Nevena Damjanovic – adaptada a 8, Joana Martins – para alternar A e B, Neuza Besugo – para alternar A e B, Alícia Correia -subida dos Juniores, Andréia Jacinto -subida dos Juniores); as avançadas (Ana Borges, Diana Silva, Ana Capeta e Fátima Ferreira -subida dos Juniores e a adaptar a ponta de lança móvel).
Ficávamos com um plantel em que o investimento das 5 entradas estrangeiras seria parcialmente compensado, “à cabeça”, por os salários que se deixam de pagar com as 11 saídas (que incluem algumas jogadoras caras e com retorno relativamente fraco, como a Carolina Mendes, a Mariana Azevedo, a Nadine Cordeiro, a Solange Carvalhas, a Carlwin Baldwin, a Sharon Wojcik, a Bloomqvist ou a Constança Silva); por outro lado, colmatávamos o défice físico da equipa, mas mantinhas um alto nível técnico e aumentavas a experiência e a versatilidade táctica podendo usar uma equipa ofensiva com defesa de 3 centrais , 3 jogadoras de miolo, 2 alas bem, abertas e 2 pontas de lança muito móveis na maioria dos jogos da nossa Liga e um sistema de 4-3-3 dinâmico, alternável para 4-4-2 losango para os jogos mais competitivos. Obrigaríamos os rivais a fortes recomposições, sob pena de ficarem uns patamares abaixo de nós..
9 Julho, 2019 at 11:49
Eu assisti à final, tal como tinha assistido ao EUA – Inglaterra.
Morgan: grande jogadora, mas para o ano está no Carnide, tal o número de mergulhos que deu.
A grande penalidade que dá origem ao primeiro golo dos EUA frente à Holanda aceita-se.
Mas deveria ter sido repetida, já que a bola se encontrava bem à frente do local onde deveria ter sido colocada quando Rapinoe foi bater.
Está aqui a imagem
https://www.futebolstats.com.br/assistir-ao-gol-de-rapinoe-que-fez-estados-unidos-1-x-0-holanda-copa-do-mundo-feminina-72227/
9 Julho, 2019 at 12:01
Isso é recorrente.
Não entendo como os árbitros deixam que isto aconteça…
9 Julho, 2019 at 13:36
O problema é que a Lei 14 diz apenas que a bola tem de estar sobre a marca de penalty. Não diz que tem de estar centrada pelo que há espaço à interpretação de que basta ter parte da bola em contacto com a marca, como acontece nos pontapés de canto em que a bola apenas precisa de estar com parte do seu diâmetro sobre o quarto de circulo. A maioria dos árbitros nos penaltis exige que a base da bola esteja sobre a parte branca mas isto não está clarificado na lei.
9 Julho, 2019 at 14:19
Compreendo o que dizes.
Mas já vi jogadores masculinos serem repreendidos pelos árbitros para recolocarem a bola no centro.
9 Julho, 2019 at 14:20
Ok, já tinhas escrito isso. Só li a primeira parte do comentário…
9 Julho, 2019 at 20:49
Se calhar é como nas aulas de Educacao Física as flexoes de joelhos no chao quando os rapazes tem de fazer ‘como deve ser’… xD
9 Julho, 2019 at 23:28
Jaime e Miguel, tal como nos pontapés de canto a bola teria de estar TOTALMENTE fora da marca para ter de ser repetida a marcação (do mesmo modo a bola tem de saír TOTALMENTE para ser marcado um lançamento lateral ou pontapé de canto ou ter ultrapassado TOTALMENTE a linha final para assinalar golo).
A mim parece-me que a Bola está parcialmente sobre a marca de Grande Penalidade.
Um abraço e saudações leoninas
9 Julho, 2019 at 12:02
Agora que acabou o Mundial o FF do Sporting também pode acabar as férias…
9 Julho, 2019 at 15:22
https://www.gloucestershirelive.co.uk/sport/rugby/rugby-news/key-member-gloucester-rugby-staff-3070715?utm_source=twitter.com&utm_medium=social&utm_campaign=sharebar
Deixo aqui uma notícia sobre o meu amigo Guilherme, Performance Chef do Gloucester Rugby, mas que esteve a trabalhar com a CBF, neste mundial.
Abraço.
9 Julho, 2019 at 23:01
Parece que acabaram as férias…
Entrevista da Susana Covana 5ª feira, dia 11, às 18 horas, na Sporting TV!
9 Julho, 2019 at 23:07
Boa posta !
9 Julho, 2019 at 23:22
Nao me cheira que as leoas este ano tenham hipótese se não se reforçarem.
9 Julho, 2019 at 23:30
Atrás apresento algumas sugestões para “atacar” o “mercado” e reconstruir a equipa.
Um abraço e SL
10 Julho, 2019 at 14:11
Zero hipóteses, na minha opinião! 🙁
10 Julho, 2019 at 14:23
https://www.youtube.com/watch?feature=share&v=bA3zqf8fKV4&fbclid=IwAR1yaQWZsmunHWYHFRPtRJkvfXGcMVO-qE8c6N7xpQjGFuDlDl1XKnB-yvk&app=desktop
Um vídeo interessante sobre o FF do Braga!
Uma evidência dos erros que o FF do Sporting cometeu na época 18/19 (mas não só)!
Esta coisa do “nós entrávamos já com aquela coisa de que íamos perder porque elas…” acabou, por erros próprios nossos! E o que me desgosta mesmo, é que era tão fácil termos mantido a hegemonia e ganho tudo em 3 anos!
10 Julho, 2019 at 19:29
Porcaria da aplicação que me “veio dizer “ que perdemos por 2…
10 Julho, 2019 at 19:48
3 pinos do futebol masculino paga 2 ou 3 reforcos.O benfas basta gastar 4 ou 5 milhoes ganha a prova e vende uma felix.
Elas jogam num campo de treinos, visibilidade pouca, nao ha um campo ou mini estadio 15000 lugares era mt bom. Trabalhando o marketing jogos com bilheteria mais barata. Gamebox dedicada, camisolas, etc paga se o investimento. Infelizmente temos cromos a decidirem os assuntos. Nao vejo profissionais afinal somos um clube com manias de uma empresa. Triste.
10 Julho, 2019 at 20:23
Mats, já num post de início de Maio (se não estou em erro) com o subtítulo “analisar a época para preparar o futuro”, falei dessas e de outras questões.
” …
Este plantel, deverá manter-se dentro dos custos de 2M€ e oferece óptimas garantias de discutir os títulos que vai disputar na próxima época. Por outro lado, passaria a constituir uma óptima base para as melhorias progressivas que, no futuro de médio prazo, (5 a 7 anos) nos poderiam colocar no Top 8 europeu. Para isso, precisaríamos de garantir a acomodação das jovens mais competentes da formação e que, todos os anos, operávamos um upgrade do nível de investimento de 0.5M€/ano, até um tecto de 5M€, o qual só seria ultrapassado se as condições de criação de receitas assim o sustentassem, isto é, se fossem geradas receitas que ultrapassassem os 2M€, considerando que 3M€ passaria a ser a base de transferência directa do orçamento da SAD.
Mais uma vez, na minha opinião o investimento de 2,5M€ (incluindo 0,5M€ para a formação) no Futebol Feminino, deve ser garantido COMO BASE pelo orçamento da Sporting SAD a partir de 2019/20.
Logo nesse ano, devem ser geradas recitas próprias a partir de:
• venda de Gameboxes FF = 18€ = jogo de apresentação em Alvalade + 9 jogos em casa para a Liga BPI; jogos em casa contra Benfica, Braga, Fófó e Estoril a disputar no Estádio Alvalade, com bilhetes nas centrais a 4€ contra os 2 primeiros e a 3 € contra os outros 2; em casa contra as outras 5 equipas da Liga BPI, jogos no Estádio Aurélio Pereira a 2€/entrada; Jogo de Apresentação com equipa da 2ª liga inglesa a 2€ (e.g.: Tottenham, Sheffield United, Aston Villa ou Leicester City). Deve ser feita uma promoção muito criativa e agressiva de marketing para a Gamebox e para os jogos; devem ser procuradas metas MÍNIMAS de 1000 Gameboxes, de 10 000 lugares vendidos para os jogos de apresentação, Benfica e Braga, de 2 000 lugares vendidos nos jogos contra Fófó e Estoril e a lotação de 1180 lugares vendidos nos jogos do Aurélio Pereira. Se a venda de Gameboxes ultrapassar o número de 1.000, todos os jogos se deveriam realizar em Alvalade
• procura de um sponsor para as camisolas que garanta um mínimo de 150.000€/ano;
• procura de outros patrocínios para publicidade estática nos jogos em casa em Alvalade e no Aurélio Pereira;
• procura de grandes patrocínios para publicidade dinâmica (ecrã gigante) nos jogos em Alvalade;
• procuras de patrocínios para exclusividade de vendas de “comidas e bebidas” nos jogos, dentro dos estádios (e.g. Coca-Cola ou Pepsi-Cola; Sumol, ou Fanta ou Compal; batatas fritas; um fornecedor de sandwiches; um de burgers) nas bancadas ou em espaços bar-fans;
• venda de direitos económicos e desportivos de activos (jogadoras);
• criação de artigos de merchandising próprios: camisolas das atletas, cahecóis SCP Ladies, posters, calendários, artigos de escritório, e outros para venda nas Lojas Verdes e nos Núcleos e com associação de custos/receitas ao departamento de Futebol Feminino; participação regular das Atletas na promoção desses artigos associando cada promoção a uma causa social ou cultural; alocação ao Departamento de Futebol Feminino das receitas das vendas de artigos femininos nas Lojas Verdes;
• procura de venda de direitos televisivos de jogos não transmitidos pela Sporting TV;
• transmissão na Sporting TV de jogos mais “emblemáticos” da equipa B e das equipas Juniores e Juvenis, como forma de dar a conhecer e sobre-motivar as atlletas e de cativar novos públicos para os seus jogos;
• ser activo na procura de participação em torneios internacionais de pré e de pós temporada;
• promover a imagem das atletas, em associação a grandes causas nacionais e internacionais de cariz educativo, de saúde, social, cultural e/ou humanitário (e colocando essas promoções como modelos de valorização da Imagem do Sporting);
• criação de metas mínimas para cada um destes “items”, e com a obrigatoriedade de upgrade anual das mesmas;
• divulgação aos sócios dos números globais do orçamento, das Gamebox vendidas, dos valores dos contractos de sponsorização e dos maiores patrocínios, das assistências em todos os jogos em casa, das receitas anuais de merchandising.
Estas seriam as medidas que começaria a aplicar desde já, se fosse o Filipe Vedor. (…)”
Como vê temos idêntica sensibilidade nessa matéria. Acrescentaria ainda a necessidade de passa a optimizar a utilização da vantagem orgânica que é possuirmos uma rede nacional e internacional de Núcleos, Delegações e Casas SCP ( de outros Grupos e Fundações com ligação orgânica ao Clube) como sustentáculo agressivo de toda a política de marketing, merchandising e imagem de marca do Sporting Clube de Portugal.
Um abraço e saudações leoninas