A última etapa da Volta a Portugal em bicicleta deverá coincidir com o fim da parceria entre o Sporting Clube de Portugal e o Clube de Ciclismo de Tavira.
Quatro anos depois da jogada de bastidores que tirou aos Leões a possibilidade de se fazerem à estrada com a W52, pode dizer-se que a parceria com o Tavira não funcionou. Não sou entendido na matéria, mas diria, até pela prestação que Joni Brandão tem tido este ano em comparação com a época passada, que o problema pode muito bem passar pela muito questionável gestão que Vidal Fitas, diretor desportivo do Sporting-Tavira, vai fazendo das provas e da equipa ao seu dispor.
Se olharmos para a Volta deste ano, encontramos Frederico Figueiredo, que subiu à sétima posição da geral após a subida à Senhora da Graça, como o melhor dos leões. Podemos pensar que, sem as várias quedas que ocorreram, Figueiredo podia ter lutado pela amarela, mas depois olhamos para Tiago Machado, o grande reforço da época, e caímos na… 15ª da geral.
Por equipas o Sporting-Tavira é terceiro, a 8m01s da Rádio Popular-Boavista, e tem apenas o contrarrelógio do Porto para tentar um triunfo de etapa, algo que só conseguiu no primeiro ano do projeto, em 2016, com Jesús Ezquerra.
Tudo isto, associado à decisão de reduzir o investimento global nas modalidades, o Ciclismo leonino corre o risco de voltar a ver as bicicletas serem arrumadas na garagem, algo que eu considero que não deveria acontecer. Procurar um novo parceiro, sim, faz todo o sentido. Voltar a pôr a modalidade na prateleira, não, não gosto da ideia. E ainda gosto menos da ideia se pensar que pode coincidir com a muito interessante iniciativa Sporting Bike, um passeio de bicicleta em homenagem ao melhor ciclista de todos os tempos, Joaquim Agostinho.
Mas tendo em conta que estou há dois meses à espera de receber uma resposta ao meu pedido de mais informações, às tantas nem passeio nem corrida…
11 Agosto, 2019 at 17:23
Totalmente a favor de que se acabe com esta modalidade no clube. Em primeiro lugar porque ver uma etapa do princípio ao fim é uma seca monumental. Além disso, numa volta há duas ou três etapas com um pingo de emoção, as restantes… É aquela modalidade que teve emoção no passado mas que agora é uma sensaboria. Além disso, são tantos os casos de doping que a modalidade perdeu toda a credibilidade.
11 Agosto, 2019 at 17:29
Desde a introdução do passaporte biológico que os casos de doping são raríssimos, pelo menos ao mais alto nível. Neste momento, o ciclismo está limpo como nunca esteve. E isso nota-se pelo cada vez maior equilíbrio nas provas.
11 Agosto, 2019 at 17:33
O doping é um conceito muito relativo. Se treinares dopado e chegares aos testes com vestígios abaixo dos ilegais, consideras isso doping ou não?
11 Agosto, 2019 at 17:35
o problema é que com o passaporte biologico nunca sabes quando te vao bater a porta e tens de estar sempre localizavel
11 Agosto, 2019 at 17:40
Isso. És obrigado até a dizer para onde vais de férias e nunca sabes se não te batem à porta do quarto de hotel quando estás a dar uma.
Todos são controlados a toda a hora, já não existe o dopado a treinar.
11 Agosto, 2019 at 17:43
e já foram alguns castigados por estarem incontactaveis ou não dizerem para onde vão
11 Agosto, 2019 at 18:19
Fosse o futebol controlado como o ciclismo e atletismo, upa, upa…
11 Agosto, 2019 at 17:29
É como o campeonato hoje em dia, é para acabar com o futebol também?
11 Agosto, 2019 at 17:35
Quanto a ser uma seca, é uma questão de gostos e não acho que devamos ir por aí… Prefiro uma etapa pastelona 100% plana, de 250 kms a um jogo de voley que acho um jogo terrivelmente aborrecido (de ver), mas como clube de 3.000.000 de adeptos temos espaço para tudo.
11 Agosto, 2019 at 17:37
Gostos não se discutem mesmo… Pelo contrário, acho um jogo de voleibol muito espetacular.
11 Agosto, 2019 at 17:31
Vitoria para o João. Faz Fato está em festa. Ainda vou lá beber um medronho.
11 Agosto, 2019 at 17:33
É para fechar para canalizarmos dinheiro para essas verdadeiras modalidades de massas como são a Vela e o Surf. Bem Vagangas.
11 Agosto, 2019 at 17:33
Todas as opiniões são válidas…
Não há dinheiro para mudar para aquilo que devia ser o Ciclismo no Sporting. Sendo assim a solução, para já, é acabar.
É fácil vir para aqui dizer para mudar, para fazer, quando não se tem a responsabilidade de pagar as contas… Exigir aos outros é sempre fácil!
A única opção que vejo para o Ciclismo continuar actualmente no Sporting é o Sporting dar o nome, arranjar um patrocinador razoável, e fazer uma equipa de jovens promessas só para os ir formando, sem qualquer obrigação de lutar por vitórias na Volta ou lá onde seja. Não sendo isto, fechem a secção!
11 Agosto, 2019 at 17:38
Vi agora o comentário do colega al-Wala de Leão e é mesmo isso que eu defendo.
Fazer uma equipa de jovens e formar ciclistas…
11 Agosto, 2019 at 17:40
“Quando não se tem responsabilidade de pagar as contas”
O argumento mais imbecil possível e que é usado apenas por quem votou no gago mental.
Nao critiques o governo por exemplo. Não és tu que lá estás a gerir o orçamento de Estado.
Santa idiotice.
11 Agosto, 2019 at 17:35
Engraçado como as modalidades é “entrar para ganhar” ou acabar e no futebol vamos para o segundo ano zero.
11 Agosto, 2019 at 18:05
São duas realidades completamente distintas.
Por mais que entres em tudo para ganhar, no futebol temos sido de uma incompetência atroz anos após anos e nos poucos em que não demos tiros nos pés… o Vieira tratou da coisa.
E não acho que por não se ganhar devam acabar, devemos é questionar se vale a pena suportá-las caso a ideia seja apenas participar.
Com exclusão daquelas cuja essência é outra, como as do desporto adaptado.
11 Agosto, 2019 at 17:58
7 títulos consecutivos (Quinta da Lixa-W52-andrades)!
11 Agosto, 2019 at 18:33
Off Topic
Eu disse que no estado em que estamos não vinha aos Barreiros, mas não resisti e cá estou!
Que Deus nos ajude!!!
11 Agosto, 2019 at 18:34
O contrato de parceria com o Tavira foi de 4 anos e termina no final de 2019. Com os resultados deste ano, a não renovação com Joni Brandão e a notícia de que não que s parceria terá fim, só nos resta criar um projeto de raiz com investimento condizente com os pergaminhos da Maior Potência Desportiva Nacional.
A notícia que acompanhava o regresso do ciclismp ao Clube dizia o seguinte,:
“O acordo de colaboração assinado entre Sporting e município de Tavira implica uma parceria para o desenvolvimento desportivo do concelho e da formação de jovens atletas, abrangendo igualmente outras modalidades.
Para já, foram apenas anunciados oito ciclistas, mas o diretor-desportivo Vidal Fitas revelou que a equipa deverá ter 12 elementos.
David Livramento e Valter Pereira transitam do último plantel, agora na companhia dos reforços portugueses Luís Fernandes (ex-W52), Hugo Sabido (ex-Louletano) e Júlio Gonçalves (ex-Anicolor) e dos espanhóis Jesus Ezquerra (ex-Activejet), Mario Gonzalez (ex-Activejet) e Oscar Gonzalez (ex-Efapel).
A equipa vai ser apresentada aos adeptos sportinguistas em janeiro, num dos jogos caseiros do Sporting no Estádio José de Alvalade, ainda por anunciar.”
Portanto o.contrato não era apenas “dar” dinheiro ao Tavira para correr de Leão Rampante.
Ainda aguardo uma explicação para a actual direcção apostar em Marco Chagas para supervisor do projecto Ciclismo para de seguida correr com ele…
13 Agosto, 2019 at 1:25
Mais uma vergonha!
Incompetência atroz!!
Para onde caminha o nosso SCP…