Não viste as % das comissões? Chega a ser ridiculo quando olhas para tudo em conjunto. Apenas nas compras tens mais de 3.5M apenas em comissões (e tudo jogadores de grande qualidade).

“Jogadores contratados no último verão (até 30 de junho de 2019)
Luciano Vietto: 7,9 milhões (7,5 ME mais 0,4 ME em comissões)
Rafael Camacho 5,6 (5 mais 0,6 em comissões)
Rosier 5,3 (5 mais 0,3 em comissões)
Neto 0,8 (tudo em comissões)

Jogadores contratados no mercado de inverno (até 31 de janeiro de 2019)
Idrissa Doumbia: 4,4 (3,8 mais 0,6 em comissões)
Cristian Borja: 3,6 (3,2 mais 0,4 em comissões)
Gonzalo Plata: 1,5 (1,1 mais 0,4 em comissões)
Renan Ribeiro: 1,1 (sem comissões)
Luíz Phellype: 0,7 (0,5 mais 0,2 em comissões)

Destes dez reforços, apenas dois não pertencem na totalidade ao Sporting. Os ‘leões’ sublinham que detém apenas 50 por cento dos direitos desportivos de Gonzalo Plata e 80 por cento do passe de Cristian Borja.”

–> Aqui entra a mentira do vietto…. foram 50% ou foram 100%? Faz toda a diferenca.
Olha agora o passivo, é quase tudo comissões:

“Ainda no mesmo relatório, o Sporting explica que deve mais de 25 milhões de euros a empresários, valor esse que diz respeito ao período compreendido entre 1 de julho de 2018 e 30 de junho de 2019. Dos 25,601 milhões de euros 15 milhões são devidos a um total de 42 empresas de agenciamento e o remanescente para “outros fornecedores”. “Os principais saldos em dívida referem-se fundamentalmente a aquisição de direitos desportivos e económicos e direitos de imagem de jogadores, comissões de intermediação, entre outros”

Tomás, o aumento do passivo é em grande parte (ou totalmente) devido à antecipação de receitas do contrato da NOS.

De resto o Passivo até desceu.

O problema maior é para que é que foi usado dinheiro antecipado. Aqui é que os sócios do Sporting deviam exigir transparência porque as direções (todas) antecipam os contratos até para além do seus mandatos.

De memória, desculpem não ir confirmar, a renegociação do contrato de direitos televisivos teve dois grandes méritos:
– 1 muito festejado e com muita razão – o valor do contrato;
– 2 (esta parte é que não tenho a certeza absoluta, mas uma forte impressão) – terem conseguido renegociar o valor do contrato de anos “já contratados” e completamente desnatados por consecutivas direções.

Durante muito tempo apostámos em antecipar receitas dos contratos da NOS para fazer all ins sucessivos. Era bom que essa tendencia acabasse, arranjando novas fontes de financiamento mais sustentáveis, que não ponham em perigo o futuro do clube. A receita dos clubes de futebol costuma ser valorizar ativos, comprar jogadores mais barato do que se vende. Melhor ainda, formar jogadores e vende-los, ou melhor que tudo ir à LC e fazer brilharetes.

Ainda sobre os resultados financeiros negativos e a venda com mais ou menos valias dos passes de jogadores:

Os jogadores de futebol se são comprados são registados no Balanço a preço de compra e amortizados ao longo da vida útil do contrato. Um jogador normal comprado por 10 M com um contrato de 5 anos, amortiza 2 M ao ano.

Digo jogador normal porque os casos de quem rescindiu, como Bas Dost, não sei como é tratado contabilisticamente.

Quando um jogador é vendido a parte que vai à Demonstração de Resultados é a diferença entre o valor de venda e o valor contabilistico.

Por exemplo o Bruno Gaspar se calhar foi contratado por 5 M por 5 anos e só jogou um ano. O valor contabilistico seria 4 M, e foi vendido por 2M – logo é preciso registar 2 M de menos valias.

O que aconteceu aos resultados do Sporting foi que se venderam jogadores por valores inferiores ao valor contabilistico e por isso registam-se menos valias. São movimentos não cash, mas pioram o resultado. O Sporting sem ser essas menos valias , teria um resultado muito próximo de 0.

Só um disclaimer para acabar: o valor contabílistico dos passes não é um bom indicador do valor de mercado dos mesmos. Só tentei explicar, se calhar um bocadinho confuso, como é influenciam os resultados

SL