Antes de mais: uma palavra de agradecimento ao João Simões, Hugo Ribeiro e Kibinho! Vieram para o Sporting na época de lançamento do voleibol, deram tudo e foram campeões! Obrigado! Nós reconhecemos quem gravou o seu nome na nossa história. Quando regressarem, que sejam aplaudidos! Obrigado!

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Finalmente vai começar a época leonina de voleibol. Em duas semanas começamos a luta por recuperar aquilo que nos pertence – Campeonato Nacional. Este ano peguei neste assunto ao contrário. Num tempo em que somos, todos, peritos em dar respostas, fui ler o que se diz sobre o voleibol – no Twitter, Facebook, Fórum e amigos próximos – e resumi em 3 frases.

“A equipa de voleibol está mais equilibrada que o ano passado, mas mais fraca que a do benfica. Temos, claro, equipa para ir às finais pela competitividade do nosso campeonato, contudo só um milagre nos dará a vitória. Em Janeiro vamos contratar 2 jogadores para atacar o título.”

Temos, portanto, 4 palavras chave para um sumário: Plantel, benfica, Competitividade e Janeiro. Vamos a isto de uma forma breve, simples e, o mais possível, objetiva:

1. Plantel
Na época passada aparecemos com reforços de peso. O currículo internacional de cada um, punha em sentido qualquer pessoa. Enganaram-me bem! Para este ano mudámos o orçamento, o critério de contratações, o treinador, o diretor e até de cidade. Na verdade, pouco não mudou. Curiosamente, parece que estamos melhores. Vamos espreitar o nosso plantel, com uma frase descritiva para cada jogador:

Reforços:
Francisco Pombeiro: melhor distribuidor a jogar em Portugal na época passada (minha opinião);
Athos: Campeão da Superliga do Brasil na época passada, apesar de não ser sempre titular;
Gil: 2º melhor recebedor do campeonato (dados FPV) e líbero da seleção nacional;
Rodrigo: Melhor atacante da fase regular do campeonato em 2018/2019 e 6º melhor servidor (dados FPV);
Lourenço: Melhor recebedor do campeonato e 10º melhor atacante da fase regular do campeonato em 2018/2019 (Dados FPV);
Renan: Apesar de estar ausente dos dados estatísticos era uma peça fundamental da boa equipa da AJ Fonte do Bastardo;
Thiago Sens: Na voz do Gersinho soubemos que será o vice capitão e a extensão do treinador em campo. O treinador confia nele, eu também.

Permanências
André Brown: Tem no bloco o ponto mais forte e é consistente em todos os momentos do jogo;
Hélio Sanchez: Entrou bem na equipa no ano passado e irá, naturalmente, lutar pela titularidade;
José Pedro Monteiro: Com 3 distribuidores, fica a dúvida de será o 2º ou 3º. Tem jogado pouco por isso é difícil de analisar este jogador.
Angel Denis: Um monstro, mas o tempo vai passando. Se estiver ao nível dos outros anos, é uma mais valia e será importantíssimo “naquele ponto” que nos dará, novamente, o título de campeão.
Miguel Maia: O capitão ainda tem umas mãos mágicas. É necessário perceber como pode ser útil à equipa. Se o Gersinho descobrir isso, vai ser importante, como sempre foi em toda a sua vida!

2. Benfica
O nosso rival fez apenas duas alterações em relação à época passada. A conclusão é de que continuam fortes e apostados em revalidar o título. Pode até ter parecido um passeio a conquista do título, mas não foi. Tiveram mérito, claro, contudo houve momentos chave em que a sorte não esteve do nosso lado. Foi até necessário ir simulando lesões e atos teatrais durante alguns jogos para quebrar, pouco desportivamente, a nossa superioridade. Eu gosto que eles estejam fortes e com os mesmos jogadores. Assim não há desculpas! Sabemos com o que contamos do outro lado. Os reforços Afonso Guerreiro e Japa são jogadores interessantes que vão, certamente, entrar na rotação habitual do plantel.

3. Competitividade
O voleibol masculino não é um desporto rico. Muito pelo contrário. Isso faz baixar o nível das equipas e até, como acontece, desnivelar drasticamente as 4 equipas principais (AJ Fonte do Bastardo, SC Espinho, Sporting CP e benfica) das restantes. Não se prevê que este cenário mude para esta época.

4. Janeiro
Insiste-se muito na teoria de que o plantel irá ser, oportunamente, reforçado em janeiro. Na verdade, está a querer tornar-se num hábito porque fizemos isso nas últimas épocas, ou seja, sempre. Apesar de não ser oficial, li vários “sei de fonte segura” que isto faz parte do planeamento. Isto deixa-me receoso e, como habitual, vou ser objetivo. Se vier alguém que faça, como é suposto, a diferença para sermos campeões teremos: (1) período tardio de adaptação do jogador à equipa e vice versa; (2) No dia 22 de janeiro jogaremos com o benfica, teremos os dois jogos com o adversário direto feitos e ganha/perdida a vantagem do jogo em casa nas finais; (3) as competições europeias começam em dezembro com os 1/16 final e, ainda em janeiro, 1/8 final. É por isso um planeamento muito arriscado para uma época de sucesso.

Resumo:
Temos uma equipa muito interessante e não falo apenas a nível técnico. Misturamos talento jovem e com sede de vitórias (Pombeiro, Gil e Lourenço) com jogadores que dobram a idade deles e têm muito a ensinar (Maia e Denis). No meio está a virtude. Estão os jogadores com experiência que equilibram e sustentam rotinas de vitória. Estou convencido que a equipa é mais forte que a do ano passado. Não é perfeita, isso não. Está claramente a faltar um jogador para a Zona 4, um central e a nossa saída de rede (Zona 2) é uma incógnita. O Denis tem mais um ano de vida e o Rodrigo terá de mostrar uma regularidade que não mostrou, a espaços, na sua equipa anterior. Numa avaliação geral, fizemos um bom trabalho na elaboração da equipa. Quanto ao treinador, fica a dúvida até começarem os jogos.

Por hoje é isto. Teremos uma época inteiro para analisar patrocínios, comunicação digital e mobilização de adeptos ao PJR. Força Sporting! Vamos recuperar o que nos pertence!

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*às terças, o Adrien S. puxa a bola bem alto e prega-lhe uma sapatada para ponto directo (ou, se preferires, é a crónica semanal sobre o nosso Voleibol)