Está perto de estar concluída a tão falada reestruturação financeira do Sporting Clube de Portugal. Apesar de ainda não ter sido revelada aos sócios (pode sê-lo na próxima quinta-feira), o jornal O Jogo avança com alguns pormenores do acordo entre a SAD leonina e os principais bancos credores de dívida, com destaque para uma redução significativa do valor da mesma.

Segundo essas informações, a SAD liderada por Frederico Varandas conseguiu um acordo envolvendo três partes e que tira partido de algumas mudanças na regras bancárias impostas pela União Europeia, que incita os bancos a verem-se livre de dívida. Os leões devem ao todo cerca de 362 milhões ao BCP e ao Novo Banco, divididos entre VMOC (135 milhões), empréstimos e financiamentos (154) e dívida do clube (73). O acordo prevê que os dois bancos cedam parte da dívida a uma entidade privada, que assim fica como credora. Essa entidade é a Apollon, o fundo que tem uma parceria com a SAD dos leões.

Os bancos vão «vender» um valor entre 200 e 220 milhões de euros da dívida do Sporting, perdoando assim cerca de um valor superior a 100 milhões de euros à SAD.

O acordo está a ser conduzido pelo vice da SAD do Sporting, Francisco Salgado Zenha, e prevê ainda um perdão de cerca de 90 milhões de euros no valor da compra das VMOC, um acordo que já tinha sido iniciado pelo direção de Bruno de Carvalho e que foi concluído pela atual direção. A SAD dos leões vai ter de pagar cerca de 40,5 milhões de euros para reaver esses Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis, evitando assim que estes se tornem em ações da SAD. Na altura, o Sporting recebeu cerca de 135 milhões.