I just know that every man i kill, the farther away from home i feel
A frase é, digo eu, uma das melhores frases alguma vez proferidas numa tela de cinema. Pode ser escutada da boca de Tom Hanks, em O Resgate do Soldado Ryan, e tem-me ocupado considerável espaço do pensamento nos últimos tempos.
“Estamos em guerra”, dizem-me. “Precisamos de ti nesta guerra!”, completam. E apontam-me um de dois caminhos: ou visto uma farda às riscas verdes e brancas e me alisto no pelotão Bruno, ou visto uma farda às riscas verdes e brancas e alisto-me no pelotão Varandas. Um gajo fica meio confuso, mas depressa te explicam que de um lado se rapam latas de atum, à homem com eles no sítio, e que do outro há croquetes e paneleirices no aconchego da trincheira. Tento perceber melhor as motivações de cada um.
De um lado, alguém que defende um líder que foi, em tempos, símbolo maior da luta do Sporting contra os inimigos externos. Um líder que eu também segui sem reservas, por representar a luta contra um sistema que procura colocar-nos à margem. Os inimigos estavam foram do clube e vestiam fardas radicalmente diferentes da nossa.
Mas, talvez desgastado por essa luta que lhe dava noventa por cento dos votos numa reeleição, Bruno parte para uma Assembleia Geral para aprovação dos novos estatutos e oferece-nos um novo campo de batalha. Os inimigos estão entre nós e chamam-se “sportingados”. Uma galhofa do caralho, uma caça às bruxas, uma purga, o início do fim que chegaria da pior forma. Primeiro destituição, depois expulsão, dois momentos com os quais jamais concordarei, embrulhados num enredo de golpe palaciano mal cheiroso e na impossibilidade deste líder desnorteado poder ir a eleições e, aí sim, ouvir da minha parte, “desculpe, general, não tem as mínimas condições para continuar a exercer as funções para as quais eu e tantos outros, entretanto por si apelidados de estúpidos por temo-lo apoiado na mudança de estatutos, o elegemos”.
Veio o inverno. Era fácil antecipar essa mudança brusca de temperatura e a privação que a mesma nos traria. O general deposto confirmava o seu estado de alma, apontando o dedo a sócios e a adeptos, apontando o dedo a novos e velhos, enxovalhando, até, aqueles que com ele ficaram no barco até final e que ocuparam cargos hierárquicos por escolha sua. Zero reconhecimento de culpa própria, aqui e ali polvilhado por supostos momentos de autorreflexão e de promessas de ter aprendido com os erros, depressa cobertos por um ressentimento que continua colado ao corpo de quem continua na trincheira.
Do outro lado, a figura de alguém que chega à liderança por desejo de uma minoria de votantes, fazendo-se rodear por algumas mãos cheias de figuras que lhe garantissem uma maioria de votos. A máxima, essa, procurando cavalgar o sentimento de um clube completamente partido, veio com um Unir o Sporting. E se na altura essa máxima soava a oca e demagógica, hoje está claro que não passava de um número de circo que o tal capitão Varandas diz ter acabado.
Unir o Sporting não poderá passar, jamais, por tentar cortar o que nos liga a um passado recente. Muito menos por diabolizá-lo, preferindo carregar no desejo de clivagem a cada nova oportunidade de promover a acalmia e o reconhecimento. Em duas idas à Câmara Municipal de Lisboa, por exemplo, arrogam-se méritos de conquistas e despreza-se o trabalho que permitiu ali chegar. Pior, fala-se em “novo Sporting”. Vende-se, outra vez, demagogia e divisão. Procura-se, novamente, a luz dos holofotes para elogiar quem diz que “o Sporting faz falta” e para anunciar a sócios e adeptos que temos que estar juntos na luta contra o inimigo que veste as mesmas cores. Já não são “sportingados”, são “brunistas”. E que venha de lá nova purga, que enquanto o Record continuar a ter capaz encomendadas vai-se conseguindo mascarar a total inaptidão e incompetência, a sobranceria e incapacidade de lidar com as críticas.
Recuso-me, enquanto Sportinguista apaixonado, a aceitar que só existam estes dois caminhos. A aceitar que este continue a ser o caminho. Um caminho em que o ódio se sobrepõe. Um caminho em que os nomes se sobrepõem aos projectos. Um cabrão de um caminho que já se sufoca, deixando-me nauseado quando penso nos nomes e nos nomes e na merda dos nomes, como se nos turvassem e nos fizessem esquecer que o Sporting precisa de pessoas que fazem dele um modo de vida, não continuar cheio de gente que o olha como forma de estar bem na vida! E raismapartam se esse dia não chegar ou não acabemos a sorrir depois de tentar.
É preciso desligar. Uma, outra, outra vez. As vezes que forem necessárias para activar a alma. Estamos a deixar que nos esvaziem a alma. A nossa. Olhamos para uma vitória de crianças com o Rampante ao peito com desdém, etiquetando-a de floreados que nada interessam. Berramos pelas modalidades, mas só nos lembramos delas para fazer subir a crispação. E, convenhamos, a maioria dos Sportinguistas está-se a cagar para se temos ou não equipas femininas, que isto podia ter interesse se jogassem de lingerie, caso contrário é só mais uma arma de arremesso e um motivo para medir noções balofas de Sportinguismo. Estamos vazios de alma Sportinguista, abrindo-a de portas e janelas a um ódio latente que grassa a cada nova intervenção nas redes sociais. O lado negro do verde. O filho da puta do lado negro do verde, tão mais fácil de utilizar do que aquele branco que de tão manchado precisa de quem sempre o tem carregado.
É preciso desligar. Como naquele tempo em que deixávamos o trabalho onde ele deve ficar e só aceitávamos recebê-lo de volta quando era hora de a ele voltar. Como naquele tempo em que estas letras eram escritas ao bater da máquina, em que só víamos as fotos das férias depois de voltar a casa e entregar as mãos cheias de rolos para revelar, em que juntávamos códigos de barras para colocar num envelope e ganhar um brinde qualquer manhoso que chegava pelo correio, em que o telefone tinha fios e era uma carga de trabalhos puxá-lo até onde pudéssemos namorar sem ser ouvidos, em que gravávamos cassetes com as músicas que davam na rádio e usávamos fita cola para as reparar e a música continuar a tocar, em que escrevíamos mensagens de amor no tampo de uma mesa de escola chegando a esperar uma semana para ver a resposta, em que não havia escolhinhas de futebol em que se joga porque se paga e nos obrigavam a ser realmente melhores do que os outros que se raspavam todos no pelado, em que tínhamos que guardar uma moeda para se fosse necessário ir à cabine fazer um telefonema, em que se gravavam os resumos em cassetes vhs.
É preciso desligar. E voltar ao tempo em que se querias um bilhete passavas uma noite ao relento. E voltar aquele tempo onde não existia a palavra editar. Aquele tempo que está em fotografias queimadas pelo passar dos anos, com pessoas que perdemos ao longo do tempo mesmo que continuem vivas. Voltar ao tempo em que falávamos, mas falávamos a sério, e resolvíamos tudo cara a cara. Ao tempo do verde e branco, que isto começa a ser complicado de gerir com tanta cor. E sem amor.
Sim, lá venho eu, mais o romantismo, mais toda a merda que queiram utilizar para etiquetar. Mas nessas vossas cabeças cheias de ódios por quem conhecem e por quem não conhecem, formatadas por ideias de pessoas que também não conhecem, há-de, espero, resistir uma imagem desses tempos. E se quiserem desligar e ficar a olhar para ela, perceberão que o Sporting, o nosso Sporting agora atravessa, não é novo. E ao longo de todos esses momentos de trincheiras, o que o fez continuar foi eu, tu, tu, e tu termos sido capazes de perceber que quem está no meio dos disparos é o Leão. Foi eu, tu, tu, e tu termos sido capazes de resistir ao apelo da trincheira e termos ficado ali, à mercê dos tiros, sem arredar pé, ao lado do Leão. O tempo que fosse necessário. Sem deixar de ir apoiar, sem deixar de pagar quotas, sem aceitar embarcar na cantiga de muitos destes promotores de ódio que, sim, estão-se marimbando para o Sporting.
“Jamais uma lágrima manchará um email”, disse, um dia, José Saramago. E tão certeira é essa frase, nestes tempos em que não desligamos. Nem que seja para sentir as putas das lágrimas que se amontoam lá para trás dos olhos quando olho para um lado e para o outro e vejo gente das minhas cores, de arma em punho. Há quem ache que ficar no meio, ali, onde está o Leão Rampante, é uma não opção. Eu tenho a certeza que é a única. Como sempre foi. E se um dia tiver que cair, quero cair ali, tentando dizer-vos que por cada Sportinguista que ataco, mais longe me sinto do Sporting.
31 Outubro, 2019 at 15:06
Sem deixar de apoiar em qualquer campo jogo ou modalidade. Sem deixar de pagar cotas. Isto é ser de um clube!
Nos estádios e pavilhões não pode passar para os atletas o clima de guerra. Ela até pode existir mas levá-la aos locais onde o Clube luta por vitórias é deixar o clube à mercê do fogo cruzado é transformar o Leão em danos colaterais.
Isto numa era onde a bi-polarização é levada ao extremo: nunca como hoje houve clivagens tão acentuadas entre lados de uma porra qualquer, seja no SCP seja entre esquerda e direita democratas e republicanos ou entre Trekkies e fãs de Star Wars.
As redes sociais mostram-nos o que queremos ver, os algoritmos estão propositadamente enviesados para nos darem opiniões iguais à nossa, para nos alimentarem fatos e pseudo-verdades amplificadas por quem tem interesses e visões semelhantes à nossa.
Criamos a nossa versão da realidade que cada vez menos questionamos no meio do eco amplificado das páginas que seguimos que ecoam a mesma ideia do que a nossa. Ao ponto de haver quem esteja convencido de que a terra é um disco plano e que de certeza receba dezenas de tweets e partilhas de pseudo-provas disso por dia.
Assim se perde a capacidade de racionalmente pensar sobre alguma coisa e de descobrir a verdade objectiva que quase sempre está algures no meio dos dois pólos.
Por isso vemos disparates como achar que quem assobiou as claques pelos cânticos contra varandas é pró varandas e não correrá com ele com na primeira oportunidade. Como achar que esses assobios são um legitimar da má gestão e não apenas o reprovar de que ande aos tiros com o leão a jogar no meio das trincheiras.
31 Outubro, 2019 at 18:35
Por isso se deve ouvir as duas partes.
Por isso se deve “espreitar” o que dizem os que pensam de outra maneira (muitas vezes com argumentos mais válidos que os nossos).
Mas há coisas elementares.
Há spins e fake news que são um autêntico atentado à inteligência.
Há estórias e histórias que não batem certo com determinada linha de pensamento, mesmo marteladas inúmeras vezes.
Cabe a cada um de nós saber discorrer o que, para nós, é o mais próximo da verdade.
No entanto, já sabemos que, muitas (das) vezes, podem haver diferentes verdades.
https://www.cedriccrawford.com/wp-content/uploads/2017/05/9-vs-6-Perspective-530×560.png
31 Outubro, 2019 at 15:20
Grande texto.
(que me motiva a excepcionalmente deixar a minha opinião, embora aqui/Cacifo venha diariamente há muitos anos)
quanto a mim, ninguém ligado a Alcochete – existindo na sua luz ou na sua sombra, para mim é igual – terá jamais o meu apoio para exercer quaisquer funções directivas no Clube.
Votei sem qq hesitação pela destituição de BdC, jamais votaria Varandas, e aguardo desesperadamente poder repetir o acto de destituição…
depois se verá quem vem – embora saiba que há um fundo sempre mais fundo, tenho esperança que isso não acontecerá.
31 Outubro, 2019 at 15:35
É exatamente este o ponto. Se varanda tivesse alguma dignidade e nao fosse oportunista, nunca se candidataria
1 Novembro, 2019 at 10:38
cristal… mais clarinho n ha!
31 Outubro, 2019 at 15:25
o soldado ryan foi um oasis na humanidade moderna, um homen de convicções, objetor de consciência, homen que esteve na guerra sem pegar numa arma.
ele não foi para a guerra para combater o suposto inimigo mas para ajudar os feridos e se o deixassem até os feridos inimigos ajudava.
foi considerado heroi e condecorado pelos hiprocticas das guerras, dos poderes, do divisionismos, dos racistas, da mentira …………………..
o que mudou desde então no mundo ?
a cobiça não se alterou
não sou fan desta personagem mas acho adequado em relação ao texto
https://www.youtube.com/watch?v=mn91L9goKfQ
31 Outubro, 2019 at 16:07
Não estarás a confundir com o Desmond Doss, personagem do filme Hacksaw Ridge?
31 Outubro, 2019 at 16:24
… também acho que sim…
31 Outubro, 2019 at 16:48
confusão completa, sorry
mas Desmond Doss cabe aqui tão bem.
31 Outubro, 2019 at 18:39
“não sou fan desta personagem mas acho adequado em relação ao texto”
Qual personagem? O Ryan… Ou a personalidade Bruce Springsteen?
Caso seja o Springsteen, sempre podes colocar esta, que é mais antiga… 🙂
https://www.youtube.com/watch?v=D0K3LJq9KnU
31 Outubro, 2019 at 18:40
(não confundir “personagem” com “personalidade”)
31 Outubro, 2019 at 16:09
Viva o Sporting!!!! Ir à luta com quem está, chegam e sobram, afinal são Sportinguistas.
Vou com a nau ao fundo se for preciso, mas não abandonarei nunca o Clube.
31 Outubro, 2019 at 16:30
Grande texto! Estou claramente de um lado da barricada, e por muito que queira sair dela e olhar o clube através dos olhos do Cherba, tal será impossível enquanto lá estiver esta direcção.
O Bruno já era e não é o futuro, mas não há qualquer possibilidade de pactuar com quem tudo tentou e tudo fez para chegarmos a esta guerra civil.
Quem atropelou tudo e todos e usou de todos os meios mais pérfidos e indecentes para chegar ao poder.
Quem apesar de ocupar cargos de responsabilidade todos os dias tem atitudes e palavras de ódio e divisão. Quem atropela estatutos e normas democráticas.
Quem divide sportinguistas em categorias.
Quem usa de revisionismo, desonestidade, mentira, demagogia e hipocrisia para se perpetuar no poder.
Quem tudo fez ao contrário do que prometeu.
Quem ao invés de lutar com os inimigos externos, vira-se para dentro de peito feito e elege sportinguistas como alvo a abater, enquanto que com Toupeiras, corruptos e afins baixa as calcinhas e dá o cu e o que mais puder dá.
Quando os responsáveis pelo circo em que vivemos, pela chacota diária, pela humilhação semanal e principalmente por esta guerra civil forem chamados à pedra e destituídos, aí o clube começará o seu processo de revitalização. Enquanto estes FILHOS DA PUTA lá estiverem é esquecer! Temos pena, mas é a realidade. E não é só a minha realidade, ou de 2 ou 3, ou dos brunistas, ou das claques ou etc. É de milhares e milhares que fazem o Sporting o que ele é.
31 Outubro, 2019 at 17:56
É muito simples ; ou deixam estar como está (Varandas, Beneditos, Ricciardis, Froes, Madeiras etc), ou concordam com a Venda da SAD aos abutres.
O Bruno ainda pode ser o futuro.
Basta os sócios quererem, e claro, ele ainda estar disposto a ser.
SL
31 Outubro, 2019 at 18:33
Não é preciso ser o Bruno.
Não é importante, sequer, que seja ele.
Convém é ilibá-lo (se estiver inocente, como eu acredito) e restaurar a verdade para que todos os sócios perceberem que o clube foi vítima de uma golpada.
Mas, no final, não precisa de ser o Bruno.
31 Outubro, 2019 at 18:33
*percebam
31 Outubro, 2019 at 19:19
Yep.
31 Outubro, 2019 at 16:52
Haverá sempre alguém que acredite que esta luta continua a ser entre o Bruno e o Varandas mas a verdade é que essa luta se transformou hoje numa disputa entre aqueles que acreditam que Varandas tem condições para continuar (em menor número de sócios mas com muitos votos a favor) e aqueles que não apoiam a sua continuidade (maior número de sócios mas menos votos).
Não percebi na leitura do texto se é para continuar a apoiar este CD e depois logo se vê ou se é para esperar que as coisas se resolvam por si próprias até cair de podre…
31 Outubro, 2019 at 16:54
Estava a ler o texto e a tentar pensar de quem seria – um exercicio que faço quase sempre.
Não pensei que fosse teu, Cherba. Mas também não consegui ver que quem poderia ser.
Um excelente texto, mesmo que, pontualmente, não concorde com uma ou outra coisa.
E é, também, por causa destes textos, que tens toda a minha consideração, mesmo quando discordo das tuas opiniões – o que tem acontecido mais ultimamente. A ti nunca verei como uma “viúva”!
Finalmente, também eu espero que, tal como no passado recente, surja algo diferente para melhor do que aquilo em que transformaram o clube nos últimos 2 anos…
Continuo convencido que o Bruno teve tudo para ser um enorme presidente. Ou quase. Faltou-lhe alguma inteligência e faltou-lhe imenso bom senso. E, pelos visto, continua a faltar, pelo que se vai ouvindo semanalmente, agora que resolveu ser comentador – outra coisa que nunca me passou pela cabeça que fosse acontecer 🙂 .
O que torna tudo isto isto realmente deprimente é que continuo a pensar que os outros candidatos eram todos piores que o Varandas. E se este tem cometido os erros que todos temos visto, bem, é bom que apareça mesmo alguém diferente…
31 Outubro, 2019 at 17:31
Tu não és “viúva”, és um “órfão” como está bem espelhado neste teu comentário.
E BDC podia de facto, para ti ser um enorme presidente, bastava que deixasse de defender o Sporting como defendia não é?
Raio da cartilha, já cheira mal que tresanda.
Vai lá proibir o JN de entrar Estádio da Luz outra vez.
31 Outubro, 2019 at 17:58
Pior que o Varandas ou que esta direção?
Duvido muito. É que se faziam melhor ou pior, não sabemos.
Que estes só tem feito merda, sabemos.
31 Outubro, 2019 at 23:18
“continuo a pensar que os outros candidatos eram todos piores que o Varandas”
Whatever helps you sleep at night…
31 Outubro, 2019 at 17:07
bute… toca a “sentar” no meio, sem fazer nada, enquanto quem anda a fazer a “folha” ao SCP dispara em todas as direcóes… náo se “defenda” quem merece ou ataque quem deve ser atacado, sentado, e a água ali ao pé de mim…. o SCP e o Fight & Resist, já náo mora aqui…
fiel retrato do porqué do SCP ganhar o que ganha…
sentado… (pelo menos já náo fica em cima do muro)… vivao o SCP??
náo viva o que “restar” do ataque dos facas longas…
palminhas, palminhas… o “gabinete de crise” náo brinca em servico… até a história recente do Clube é reescrita in a daily basis…
i’m out…
31 Outubro, 2019 at 17:37
Grande texto, muito bom! Não concordo com tudo, nem é preciso. Anseio, como quase todos aqui, por um reset total. Mas vai ser difícil. Muito difícil.
Disponível para ajudar, como sócio qualquer que sou.
31 Outubro, 2019 at 18:22
Curiosamente, ou não, eu não acho que haja nenhuma “guerra” e, sinceramente, a propagação da conversa dos brunistas e dos varandistas, neste momento, só serve a quem está no poder.
O que eu vejo são Sportinguistas com visões diferentes sobre qual o melhor rumo a tomar
31 Outubro, 2019 at 18:26
para que o NOSSO CLUBE cumpra o seu desígnio de ser tão grande como os maiores.
31 Outubro, 2019 at 18:28
Eu estou ao lado do Leão, como sempre estive, mas não estou no meio, como nunca estive. Acho que isso é bem claro pelo que aqui escrevo. Pelo texto parece que só os que estão no meio é que estão ao lado do leão. Ironicamente querem-nos convencer que quem está no meio é que está no lado certo.
31 Outubro, 2019 at 18:29
Dito isto, penso que o texto está bem escrito, e explica bem o ponto de vista do autor.
31 Outubro, 2019 at 18:51
Aproveitando o comentário do leão verde, quero dar os parabéns ao excelente desabafo do nosso tasqueiro-mor.
No entanto, quero apenas falar sobre o que o leão citou atrás.
“Pelo texto parece que só os que estão no meio é que estão ao lado do leão. Ironicamente querem-nos convencer que quem está no meio é que está no lado certo.”
Tenho exactamente a mesma posição sobre este excerto.
Se bem percebi o Cherba, “Leão Rampante” = “Sporting”.
Dizer-se que quem está na trincheira (mesmo que esteja a lutar pelo Sporting, à sua maneira) não está a defender o Sporting é apenas uma visão minimalista.
Obviamente que todos juntos, unidos, faríamos o Sporting mais forte.
Mas eu pergunto… Cada um de nós não teve uma educação? Cada um de nós não teve uma formação? Cada um de nós não tem princípios? Cada um de nós não inteligência?
Há coisas que não são fáceis de ultrapassar. Mas há outras que são impossíveis de ultrapassar.
A ingratidão é uma delas.
31 Outubro, 2019 at 19:31
A ingratidão? E a injustiça?
Junta a isso a desfaçatez de quem agora apela à união e sabes o que surge?
O estado actual.
Mataram um ‘general’ que deu muito ao clube e agora querem passar de fininho para não serem responsabilizados.
Por muitos defeitos que tivesse (e tinha, imensos) tentou mudar o pântano.
No Sporting é coisa que acontece raramente.
Não é uma questão de ‘brunismo’.
É uma questão moral. Humana.
Tem de ser resolvida e não é a assobiar para o ar que isso vai acontecer.
31 Outubro, 2019 at 19:36
… resumidamente é isto, Mataram um ‘general’ que deu muito ao clube e agora querem passar de fininho para não serem responsabilizados.
31 Outubro, 2019 at 19:15
Guerras do Trono (new season)
Bananas, croquetes, betos e aristocratas vs esqueletos, brunistas e terroristas.
Existe uma força oculta que nunca ninguém viu e que dizem, irá definir a contenda… chamam-lhe “3ª via”. Surgirá no final da temporada quando o reino estiver já totalmente arrasado pelos bananas no poder.
A plebe deverá assistir a isto com total imparcialidade, impávida e serena, sem se manifestar, não vá correr o risco de, também ela, sofrer represálias, e sem nunca deixar de pagar o obrigatório tributo! Os exércitos precisam de se alimentar e os seus comandantes são insaciáveis!
31 Outubro, 2019 at 19:46
Eu sou terrorista.
Se puder escolher a facção, claro.
Acho que agora nem a isso temos direito.
31 Outubro, 2019 at 19:25
Extraordinário texto, com o qual me identifico totalmente.
31 Outubro, 2019 at 19:25
Eu consigo encontrar mais uma ou duas pessoas na história real que também se enquadra na “fábula” aqui escrita. Gandhi, por exemplo.
E que tal uma resistência pacifica. Hmmm. Dar a outra face. Fingir que não vemos o que se passa. Assobiar para o lado enquanto a porcaria vai sendo feita a coberto de uma democracia que cada vez mais é o seu contrário.
Lamento.
O Sporting não está dividido entre Brunistas e ou varandistas. Isto só interessa aos que lá estão e que usurparam o poder e que se entretêm a destruir o clube.
O Sporting está dividido entre quem não se conforma com a destruição paulatina a que está entregue e os (como eu) que não se conformam com este caminho.
E esses são abafados e engolidos numa máquina trituradora de comunicação, que estagiou, com sucesso, diga-se no carnide.
A solução para o clube não passa por uma imprensa cor-de-rosa que lupa limpa, mesmo os negócios mais escuros, estranhos e sujos;
Que se inibe de apontar o dedo a situações tão anómalas como a apresentação pública de uma auditoria de gestão (um acto criminoso que tem servido muito a quem “gosta” do clube);
A solução para o clube não passa por uma direcção que se impede a si própria de elogiar e felicitar um atleta do clube que atinge um feito nunca alcançado por outro atleta português;
O clube não precisa de meia dúzia de imcompetentes a liderá-lo, e sobretudo, a destruí-lo.
Dizer que isto assim não pode ser não me afasta do Sporting. Aproxima-me dele.
Todos os dias são de luta- E todos os dias me aproximam mais do meu ideário de clube. Aquele dos fundadores e aquele que durante alguns anos na ultima década se bateu pela verdade desportiva, contra a corrupção e contra o benfiquismo primário de um país subjugado aos interesses e compadrio comercial.
Todos os dias me sinto com mais força para lutar. Cada dia que passa é um prego no caixão.
Lamento Cherba e sabes bem como adoro este espaço onde participo há alguns anos, mas partes de uma permissa absolutamente errada. Não estamos a escolher entre BdC e Varandas …. estamos a escolher duas formas diametralmente opostas de gerir o clube, ainda por cima com resultados diametralmente opostos.
Por isso, pode ser que exista uma “terceira via” mas ficar ao meio a assistir, pode para alguns ser uma opção. Mas é uma opção inconsequente que serve única e exclusivamente o lado que destrói o clube.
Ou se está com quem destrói o clube, todos os dias, em todas as acções, que faz tudo ao contrário do que prometeu em campanha … ou se está contra isto.
Não vejo como seja possível ficar ao meio à espera que restem cacos para pôr de pé.
31 Outubro, 2019 at 19:44
Grande malha:
«por cada Sportinguista que ataco, mais longe me sinto do Sporting»
31 Outubro, 2019 at 22:31
So para dizer que gostei disto.
Não li comentários, nem vou ler. Talvez leia o texto novamente, mais logo.
31 Outubro, 2019 at 22:43
Sem dúvida.
31 Outubro, 2019 at 23:25
Excelente texto. Mas em minha opinião parte duma premissa errada, pois nem todos querem o melhor para o Sporting. Até acredito que Varandas queira o melhor para o Sporting e que só o seu ego o impede de ver o quanto o está a prejudicar com a sua incompetência. Mas quem manda no Sporting não é o Varandas, Varandas é um mero peão do Rogério Alves e este não quer o melhor para o Sporting, tem outros assuntos muito mais importantes em agenda que são incompatíveis com os interesses do Sporting e dos sportinguistas em geral, independentemente do lado da “barricada” onde neste momento se encontram.
O que Rogério Alves quer só o favorece a ele, aos seus clientes e a mais umas dúzias de energúmenos que esperam lucrar com a destruição dum clube centenário com uma história riquíssima como o Sporting.
Primeiro há que correr com o Rogério Alves, só depois nos podemos preocupar com a paz e com a união de todos os sportinguistas, o que, devido às clivagens profundas, só acontecerá com o aparecimento de uma terceira via independente das que existem actualmente..
1 Novembro, 2019 at 10:39
concordo!
1 Novembro, 2019 at 10:41
Bom dia a todos,
Em primeiro lugar, parabéns Cherba pelo enorme texto (bela escolha na foto, q espelha a escrita na perfeição).
Bom desenvolvimento dado pelos tasqueiros, isto é sportinguismo puro!
SL.
1 Novembro, 2019 at 13:05
Não gosto de romantismo só por si. Romantismo é bonito quando existe perspectiva de concretização. O tempo de que falas passou e não voltará. O mundo está diferente, o desporto está diferente, o futebol está diferente, os jogadores, os treinadores, os adeptos…
Todos falam do “novo Sporting”, uns apregoam que era o de BdC, outros que é o de fv, eu vejo duas versões de “velhos Sporting’s”. Concordo que isto só vai lá com um “novo Sporting”, mas parece que para isso se tem de começar de uma vez por todas a pensar no que queremos para o clube.
Temos que olhar para o presente e principalmente para o futuro e enquadrar os valores, os objectivos e a matriz do Sporting nestes novos tempos. Temos que evoluir e, na minha opinião, o Sporting está parado no tempo há demasiadas décadas e consigo, muitos Sportinguistas.
Neste clube teima-se em não reconhecer erros, más decisões, maus caminhos, falta de rumo e sobretudo em aprender com o passado. Teima-se em olhar para o passado e pensar: “ali é que era, vamos fazer igual”. Não, os tempos mudaram! Não temos que aplicar métodos de 1940 ou até de 2002 a 2019, temos de aplicar o espírito. Ver o que melhor se faz hoje e fazer igual tentando melhorar, temos que inovar olhando o futuro, temos que ser vanguardistas como quando construímos uma das primeiras academias e que durante anos foi referência!
Temos que construir o “novo Sporting”, o Sporting do futuro. Não precisamos de nomes, mas de um projecto, O projecto.
O Sporting tem de ter um projecto, aprovado pelos sócios e as eleições têm que ser um acto de selecção da equipa mais indicada para o pôr em prática/continuar.
Não podemos andar a discutir se vou votar neste ou naquele por quero um clube vela ou porque quero surf ou porque quero posts no facebook. Temos que ter eleições onde avaliamos a competência da equipa para pôr O projecto do Sporting em prática, O projecto que sobrevive a direcções, a resultados, a treinadores, etc
O projecto em que todos acreditamos e que vamos pôr em prática nos próximos anos, não porque nos vai dar um campeonato amanhã, mas porque nos vai dar vários a médio prazo. Que nos vai permitir aumentar aumentar receitas, acabar com a dívida, exponenciar o nº de sócios e a sua ligação ao clube, crescer continuamente mas sustentadamente e atingir o nosso desígnio: “Ser tão grande como os maiores da Europa!”
Pensemos em conjunto no projecto, depois avaliemos os nomes que se disponham a pô-lo em prática.
Tenho criado um esboço de um EXEMPLO de um projecto deste tipo para que possa servir de base de debate (não de discussão). Enviarei ao Cherba nos próximos dias para que, se achar por bem, possa partilhar com todos.
Devemos todos contribuir para a solução, não para o problema.
SL