De acordo com o Correio da Manhã, «A direção do Sporting presidida por Frederico Varandas está a negociar com o fundo Apollo uma nova antecipação de verbas do contrato com a Nos, que engloba os direitos televisivos, a transmissão da Sporting TV e a publicidade nas camisolas e no estádio até 2027/28. Em cima da mesa está um bolo máximo de 229 milhões de euros.

Este é um rumor que merece ser seguido com real atenção, nomeadamente se levarmos em conta que a direcção de Frederico Varandas já utilizou receitas garantidas para além do prazo do mandato que os Sócios lhes conferiram, na operação de factoring de 70 milhões realizada pela SAD junto da Apollo, dando como colateral o contrato celebrado com a NOS.

Nesse valor total, incluem-se 20 milhões (verba relativa a quatro anos) que deveriam entrar na caixa da Sporting Comunicação e Plataformas: dos cinco milhões/ano que esta empresa do Grupo Sporting começou a receber, em 2017, pela venda da exploração da Sporting TV, a maior fatia destinava-se ao reforço do orçamento das modalidades (o restante pagava a produção da Sporting TV e Jornal Sporting).

Assim sendo, do total de 60 milhões a encaixar em 12 anos, ao fim de três anos já foram recebidos 30, o que significa que, em média, cada um dos próximos nove anos renderá apenas 3,3 milhões, dos quais haverá a descontar a produção da Sporting TV e Jornal Sporting. Face a isso, não só as modalidades sofrem na pele a diminuição do orçamento, como o futebol profissional terá a descontar cerca de 25 milhões/ano do contrato de direitos televisivos e publicidade da camisola.

Se a tudo isto juntarmos a péssima gestão da equipa profissional de futebol, cada vez com menos activos que possam valer dinheiro no mercado, é caso para perguntar… alguém falou em herança pesada?!?