Tive a sorte ou azar com quase todas menos a tango e a do canto superior direito.
A Mikasa joguei na escola e era rija para cornos, no meu bairro, juntavamos dinheiro para comprar uma bola das boas, ou então nos nossos aniversarios ofereciamos bolas uns aos outros(aí com ajuda dos nossos pais),
Só que as havia também com a zona do pipo… em redondo, protegida, por uma espécie de “orelha” em cabedal que tapava a parte por onde se enfiava “o miolo” da bola…
Estas bolas eram usadas em campos pelados (com alguma erva à mistura algumas vezes…)…
E no tempo da chuva…cheias de lama e areia…
“Pesavam toneladas…”…
Uma vez…”cortei” com a testa um remate…
E a bola pesadíssima deve ter raspado precisamente com essa parte “da língua do pipo…”…
E esfolou-me a testa…como se fosse lixa…
Mas nesse tempo “queríamos lá saber disso”…nós queríamos era jogar…
Esse “miolo” Max era a câmara de ar feita de catechu (borracha), e o exterior de couro curtido, cortado e cozido em gomos. E se pesavam! O back que arrancasse um pontapé de baliza até ao meio-campo….era o maior.
Na minha aldeia nesse tempo não aparecia, muito as bolas de ténis…
Mas recordo-me que uma vez…uns miúdos da cidade que vinha passar férias à aldeia com os pais…
Trouxeram uma…um dia na brincadeira, um dos meus colegas chutou-a e a mesma foi embater no olho de uma senhora lá da aldeia…
Problema grave…a senhora ficou cega do olho…
Passei praticamente por todas as bolas da foto… De forma oficial (federado muitos anos em Futsal), a minha preferida foi claramente a Mikasa 🙂 Apanhei o início do “boom” da modalidade em Portugal e quando se começou a aplicar a regra das 5 faltas, era um mimo marcar os livres de, na altura, 12 metros… O truque era colocar o pipo na zona de impacto e lá vai bico!!! Além da violência do remate, esse truque permitia uns efeitos engraçados que ajudavam a trair os guarda-redes…
Recorde (e não à moda do Cal) foram 4 golos de livre de 12 metros num mesmo jogo da 3ª divisão nacional (nessa altura havia 3 divisões) contra uma equipa da Guarda…
Tango, Mikasa e, sobretudo, a do canto superior direito que costumávamos comprar numa papelaria ou saia nos cromos e ao fim de um bocado a jogar no alcatrão já estava irreconhecível. Essa morria sempre quando ficava com uma bochecha de fora e, com um pontapé bem afinfado, rebentava.
No entanto, antes de se finar, ainda proporcionava um último momento de diversão ao ser cheia com pedras e colocada na marca de penalty para que depois um qualquer incauto lhe desse um bico e magoasse um pé perante a risada geral da plateia.
No meu tempo qualquer farrapo era uma bola, portanto será a do canto superior direito, mas a 1a que me lembro era a do mundial de 98, mas a fevernova foi aquela loucura!!era o tipo de bola que não se jogava com ela, era só mesmo para exibir ao pessoal!!
Uma pequena bola do Action Man… O pacote de leite com chocolate que davam na escola ( colegas meus a beber a correr para podermos jogar), pacote de iogurte, quando havia uma lata de Sumol ou cola era uma festa… Depois lá se escondia para o próximo intervalo…
Também bolas de ténis…
Ainda hoje me pergunto como não estou no colosso era todos os dias a treinar! Muito engraçado ler histórias de pessoal que enchia a bola de pedras para outros chutarem ( nunca tinha ouvido/ visto/ lido nada do género) devia ser mesmo engraçado 😀
Para dar toques e bater recordes, a melhor era a do canto superior direito. Se bem que uma bola dura e pesada permitia dar toques mais rapidamente, pois a bola sobe menos.
A bola Adidas Telstar do mundial do México de 1970 é a verdadeira bola mítica, com hexágonos a branco e preto. Para qualquer puto na década de 70 e oitenta, estas eram as cores das bolas tradicionais. Depois, nos joguinhos de computador como o kick-off e o sensible soccer, as bolas também tinham estas cores.
Compradas nas mercearias, havia às riscas azuis, verdes e vermelhas.
Duravam dois ou três intervalos na escola, dependendo da sorte e caso não houvesse bolas divididas.
Pacote de leite na escola? Meninos!
O leite era fervido num panelão e distribuído nos copos. A nata fazia parte e dava vómitos.
O cheiro a leite fervido, mais de 40 anos depois, ainda o tenho no nariz.
Eu joguei muitos dias com essas de plástico, compradas antes de entrar na Escola Preparatória de Manuel da Maia numa pequena papelaria q havia nas imediações do portão de entrada, não valiam um piço mas um gajo divertia-se na mesma. Chegava à primeira aula da manhã já todo suado com as sapatilhas meio gastas e sujas e nos intervalos seguintes enquanto o reles plástico não cedesse continuava a futebolada. Old times…
Lembro-me que a Mikasa bem cheia era tipo pedra, ainda assim como era de marca nós achávamos que era boa e se parecia dura eras porque eras menino. A Tango lembro-me, tive uma tango do Sporting, fizeram umas edições a adidas, era mesmo muito boa, os losangulos mesmo individualizados e pesada mas não pedra. Muito resistente, aguentou muito essa bola 🙂
26 Março, 2020 at 15:04
Quem deu uns pontapés nas bolas de futebol salão achava a mikasa fofinha.
26 Março, 2020 at 15:11
Quando rebentavam, ainda enchíamos de pedras para gozar com o pessoal mais velho, passa aí a bola! Depois era correr até não poder mais.
26 Março, 2020 at 15:13
nem mais… coitado do Clemente, caia sempre no engodo…
26 Março, 2020 at 15:11
https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/41/Etrusco_Unico_1990_Fifa_World_Cup_Italy_Official_Match_Ball.jpg/1024px-Etrusco_Unico_1990_Fifa_World_Cup_Italy_Official_Match_Ball.jpg
a primeira e unica q e foi oferecida foi esta… e durou algum tempo.
26 Março, 2020 at 15:17
O que eu sei é que quem arranjar uma bola match ball do euro 2020 tem ouro nas mãos.
26 Março, 2020 at 15:19
São feitas na China…
26 Março, 2020 at 15:19
Tive a sorte ou azar com quase todas menos a tango e a do canto superior direito.
A Mikasa joguei na escola e era rija para cornos, no meu bairro, juntavamos dinheiro para comprar uma bola das boas, ou então nos nossos aniversarios ofereciamos bolas uns aos outros(aí com ajuda dos nossos pais),
26 Março, 2020 at 15:23
Apesar de acreditar que as bolas antigas eram muito melhores que as de hoje
26 Março, 2020 at 16:02
Elas acabavam todas como a do canto superior direito eheh.
26 Março, 2020 at 16:04
Tive esta durante grande parte da meninice, durou uns anos valentes, era à prova de tudo.
26 Março, 2020 at 16:04
https://www.google.com/search?q=bola+diadora+Amarela&tbm=isch&ved=2ahUKEwjYn_ejwLjoAhXDIBQKHerkDlQQ2-cCegQIABAC&oq=bola+diadora+Amarela&gs_l=mobile-gws-wiz-img.3…33707.37299..37521…0.0..0.232.1066.1j6j1……0….1………0i30j0i5i30j30i10.02k3WKppQbE&ei=gNB8XtjfIsPBUOrJu6AF&bih=592&biw=360&client=ms-android-hmd-rev2&prmd=imsvn&hl=pt-PT#imgrc=lX_NKQOY6aOzbM
26 Março, 2020 at 16:04
A mikasa era o terror!
26 Março, 2020 at 16:05
Ainda sou do tempo das bolas de trapos…
depois na minha aldeia…
Apareceram as primeiras, mais ou menos como esta
https://www.clicknews.net.br/wp-content/uploads/2019/06/da7309a7-6c73-43e8-adde-f56b3b6b015a.jpg
Só que as havia também com a zona do pipo… em redondo, protegida, por uma espécie de “orelha” em cabedal que tapava a parte por onde se enfiava “o miolo” da bola…
Estas bolas eram usadas em campos pelados (com alguma erva à mistura algumas vezes…)…
E no tempo da chuva…cheias de lama e areia…
“Pesavam toneladas…”…
Uma vez…”cortei” com a testa um remate…
E a bola pesadíssima deve ter raspado precisamente com essa parte “da língua do pipo…”…
E esfolou-me a testa…como se fosse lixa…
Mas nesse tempo “queríamos lá saber disso”…nós queríamos era jogar…
26 Março, 2020 at 16:59
Esse “miolo” Max era a câmara de ar feita de catechu (borracha), e o exterior de couro curtido, cortado e cozido em gomos. E se pesavam! O back que arrancasse um pontapé de baliza até ao meio-campo….era o maior.
26 Março, 2020 at 19:14
Sim as bolas até eram chamadas de “bolas de catchu…”
Comigo o desafio…
era ver quem as conseguia chutar na vertical…o mais alto possível…
E por acaso eu até as batia bem…porque era senhor de “um bom coice…”
Boa saúde…
SL
26 Março, 2020 at 16:44
tb joguei com mts bolas de tenis…
em casa (nos interiores… corredor…) com bolas feitas de meias, por forma a “tentar” n causar too much damage.
26 Março, 2020 at 19:17
Na minha aldeia nesse tempo não aparecia, muito as bolas de ténis…
Mas recordo-me que uma vez…uns miúdos da cidade que vinha passar férias à aldeia com os pais…
Trouxeram uma…um dia na brincadeira, um dos meus colegas chutou-a e a mesma foi embater no olho de uma senhora lá da aldeia…
Problema grave…a senhora ficou cega do olho…
SL
26 Março, 2020 at 17:12
Passei praticamente por todas as bolas da foto… De forma oficial (federado muitos anos em Futsal), a minha preferida foi claramente a Mikasa 🙂 Apanhei o início do “boom” da modalidade em Portugal e quando se começou a aplicar a regra das 5 faltas, era um mimo marcar os livres de, na altura, 12 metros… O truque era colocar o pipo na zona de impacto e lá vai bico!!! Além da violência do remate, esse truque permitia uns efeitos engraçados que ajudavam a trair os guarda-redes…
Recorde (e não à moda do Cal) foram 4 golos de livre de 12 metros num mesmo jogo da 3ª divisão nacional (nessa altura havia 3 divisões) contra uma equipa da Guarda…
Saudades 🙂
26 Março, 2020 at 17:13
Tango, Mikasa e, sobretudo, a do canto superior direito que costumávamos comprar numa papelaria ou saia nos cromos e ao fim de um bocado a jogar no alcatrão já estava irreconhecível. Essa morria sempre quando ficava com uma bochecha de fora e, com um pontapé bem afinfado, rebentava.
No entanto, antes de se finar, ainda proporcionava um último momento de diversão ao ser cheia com pedras e colocada na marca de penalty para que depois um qualquer incauto lhe desse um bico e magoasse um pé perante a risada geral da plateia.
Grandes tempos.
26 Março, 2020 at 18:37
🙂
26 Março, 2020 at 17:21
E quem se lembra das bolas a dizer 32 panel?
26 Março, 2020 at 17:49
canto superior direito
26 Março, 2020 at 18:01
No meu tempo qualquer farrapo era uma bola, portanto será a do canto superior direito, mas a 1a que me lembro era a do mundial de 98, mas a fevernova foi aquela loucura!!era o tipo de bola que não se jogava com ela, era só mesmo para exibir ao pessoal!!
26 Março, 2020 at 18:04
Espetáculo, um post onde não há cartilha e ninguém se insulta
26 Março, 2020 at 19:19
Mau…
Quer ver que…
“entra o virus…?”
26 Março, 2020 at 19:01
Uma pequena bola do Action Man… O pacote de leite com chocolate que davam na escola ( colegas meus a beber a correr para podermos jogar), pacote de iogurte, quando havia uma lata de Sumol ou cola era uma festa… Depois lá se escondia para o próximo intervalo…
Também bolas de ténis…
Ainda hoje me pergunto como não estou no colosso era todos os dias a treinar! Muito engraçado ler histórias de pessoal que enchia a bola de pedras para outros chutarem ( nunca tinha ouvido/ visto/ lido nada do género) devia ser mesmo engraçado 😀
26 Março, 2020 at 19:08
Para dar toques e bater recordes, a melhor era a do canto superior direito. Se bem que uma bola dura e pesada permitia dar toques mais rapidamente, pois a bola sobe menos.
26 Março, 2020 at 19:17
A bola Adidas Telstar do mundial do México de 1970 é a verdadeira bola mítica, com hexágonos a branco e preto. Para qualquer puto na década de 70 e oitenta, estas eram as cores das bolas tradicionais. Depois, nos joguinhos de computador como o kick-off e o sensible soccer, as bolas também tinham estas cores.
26 Março, 2020 at 19:47
Era a chamada bola “oficial”. Tinha muita “pinta” 🙂
26 Março, 2020 at 22:49
Bola clássica e com muita classe.
26 Março, 2020 at 20:25
Adidas Tango, como é obvio
26 Março, 2020 at 21:29
Porreiro era o pessoal dizer quantos vidros partiu com uma destas.
26 Março, 2020 at 22:20
Vidros, jarras e braços.
26 Março, 2020 at 22:48
Aqui ninguém jogou com bolas de plástico?
Compradas nas mercearias, havia às riscas azuis, verdes e vermelhas.
Duravam dois ou três intervalos na escola, dependendo da sorte e caso não houvesse bolas divididas.
Pacote de leite na escola? Meninos!
O leite era fervido num panelão e distribuído nos copos. A nata fazia parte e dava vómitos.
O cheiro a leite fervido, mais de 40 anos depois, ainda o tenho no nariz.
27 Março, 2020 at 3:41
Eu joguei muitos dias com essas de plástico, compradas antes de entrar na Escola Preparatória de Manuel da Maia numa pequena papelaria q havia nas imediações do portão de entrada, não valiam um piço mas um gajo divertia-se na mesma. Chegava à primeira aula da manhã já todo suado com as sapatilhas meio gastas e sujas e nos intervalos seguintes enquanto o reles plástico não cedesse continuava a futebolada. Old times…
26 Março, 2020 at 23:25
Lembro-me que a Mikasa bem cheia era tipo pedra, ainda assim como era de marca nós achávamos que era boa e se parecia dura eras porque eras menino. A Tango lembro-me, tive uma tango do Sporting, fizeram umas edições a adidas, era mesmo muito boa, os losangulos mesmo individualizados e pesada mas não pedra. Muito resistente, aguentou muito essa bola 🙂
26 Março, 2020 at 23:46
Canto superior direito !
Bons velhos tempos 😉
27 Março, 2020 at 3:35
Nem um único Tasqueiro aqui fez referência a um tipo de bolas muito comum desde sempre …
AS BOLAS DE BERLIM
Eheheheh, durmam bem, SL
27 Março, 2020 at 12:21
By the way, também ninguém se referiu às ultras famosas BOLAS -col/c/hões- DO PADRE INÁCIO
27 Março, 2020 at 7:06
No ciclo tínhamos umas bolas de borracha horríveis. Saltavam bué e se levasses com uma na cara era game over.
27 Março, 2020 at 10:16
Eheheh falei delas mais atrás. Game over mesmo.
27 Março, 2020 at 8:58
Select, dura que nem cornos, quando o gr batia o pontapé de baliza rezava que a bola não viesse na minha direcção!
https://www.gazzetta.gr/sites/default/files/sitefiles_2018-11/select_0.jpg
Nos intervalos da escola jogavamos com a classica da mitre!
https://i.dailymail.co.uk/i/pix/2016/08/12/12/3711350F00000578-3734505-The_Mitre_Pro_Max_was_the_first_ball_to_be_used_in_the_Premier_L-a-82_1471000972117.jpg
27 Março, 2020 at 9:00
Na rua jogavamos com qualquer farrapo que houvesse! Muitas e muitas dessas do canto superior direito deram tardes de infindável competição e diversão.
Bela infância a minha confesso.