Todos nos recordamos de Mário Jardel. E, não menos, da equipa onde cabiam João Pinto, André Cruz, Rui Jorge, Pedro Barbosa, Sá Pinto, Quaresma, Babb ou Niculae, entre outros. Em entrevista à página Sporting Tático, o ponta de lança recupera esses tempos.
Quando estavas na Turquia surgiu uma oferta do Benfica, mas felizmente Vilarinho não cumpriu o prometido e não assinaste pelo rival. Querias sair da Turquia: Marselha e outros clubes não conseguiram o acordo. Como surgiu o Sporting nessa altura? Foi um processo fácil?
Sim, surgiu uma oferta do Benfica, porém o presidente não cumpriu com a palavra dele. Realmente não queria sair, mas a proposta era muito boa, também tinha o Marselha no meio mas não conseguimos fechar o acordo. Então através de José Veiga falamos com o presidente do Sporting e conseguimos fechar um contrato razoável, bem menos do que eu ganhava na Turquia, mas eu já estava desesperado por jogar e nessa indecisão, graças a Deus acertei com o Sporting e fui campeão em Lisboa. Sim, o processo da negociação com o Sporting não foi tão difícil assim e foi um acordo bem rápido, até porque o salário era bem alto na Turquia e eu diminuí um pouco o mesmo, mas valeu a pena. No final dessa época fiz 42 golos no campeonato português e fui artilheiro na Europa e isso não tem dinheiro que pague.
Recordo que quando chegaste a Alvalade a tua contratação não foi consensual. Vinhas com peso a mais e havia alguma desconfiança se poderias voltar ao nível que mostraste no FC Porto. Chegaste com o campeonato a rolar já na quarta jornada. A adaptação ao Sporting foi rápida? Encontraste dificuldades? Que ambiente encontraste naquele momento?
Não encontrei nenhuma dificuldade naquela equipa. Sempre fui um jogador de colectivo e por isso a adaptação foi muito rápida.
Quando assinaste, a equipa do Sporting estava no 15° posto da classificação. Não foi um bom arranque. Uma vitória, duas derrotas e um empate na tua estreia em Leiria. A equipa estava a apenas a um ponto dos lugares de descida. Passaste a fazer uma dupla temível com Niculae (até à lesão). Boloni manteve o sistema tático ou depois da tua entrada no onze passou a usar um modelo em volta das tuas características únicas de jogador de área?
Quando cheguei fui eu que me adaptei à equipa e não a equipa a mim. Com jogadores como João Pinto e Quaresma tínhamos uma excelente equipa, que obrigava os adversários a sofrer. As equipas tentavam adaptar-se à nossa forma de jogar e não o contrário.
Após a tua entrada no onze, Sporting apenas perdeu um jogo no campeonato: em Braga. O Jardel era a peça que faltava naquela frente de ataque?
Eu nunca joguei sozinho, tive a sorte de entrar em equipas onde me encaixei bem. Dizer que eu era a peça que faltava seria muita falta de respeito para com a equipa que me acolheu e que me ensinou tanto. Eu acredito que joguei tão bem por estar rodeado por um excelente grupo. Nós vencemos e fui mais um para ajudar.
Encontraste alguns nomes fortes e referências com experiência naquele balneário. Recordo Tiago, Dimas, André Cruz, Rui Jorge, Pedro Barbosa, Sá Pinto e João Pinto. Como é que te tornaste tão rápido a maior referência daquela equipa?
Muito esforço, muita fé, experiência e um bom posicionamento em campo. Claro que eu só fazia golos porque os meus colegas de equipa conseguiam meter bem a bola na grande área. Depois eu resolvia!
Um dos jogos mais importantes do título foi o empate na Luz quando Sporting estava a perder 2-0 e aos 85 e 87 empataste a partida. Aquele golo de cabeça no final da partida foi o teu golo mais importante naquela caminhada para o título?
Acredito que tenha sido até um dos mais importantes da minha carreira, mas não o mais importante daquela caminhada. Quando se tem tantos golos, você não pode ter um filho favorito. (Risos)
O teu regresso ao estádio das Antas com a camisola do Sporting não foi fácil. Um penalti falhado, expulsão e um estádio a assobiar um jogador que já tinha sido muito importante naquele relvado. Foi uma noite complicada para ti?
Sim, é verdade. Foi uma noite complicada nas Antas, mas faz parte do futebol. Estar num estádio onde defendi tanto aquele símbolo… E naquele momento estava jogando contra eles, mas como disse, faz parte do futebol.
67 golos em 62 jogos em Alvalade. Uma média de 1.08 golos por jogo. Estiveste próximo de algumas marcas de grande figuras do Sporting como Yazalde e Peyroteo. Naquela altura da tua carreira imaginavas fazer 42 golos numa época e ser novamente bota de ouro do futebol europeu?
Quando um jogador se esforçava como eu e treinava como eu, o resultado ser algo positivo era inevitável. Vencer o título e depois a bota de ouro foi para mim um reflexo do meu esforço como jogador. Treinava arduamente e isso estava trazendo frutos e resultados.
João Vieira Pinto era mesmo o Pai daquela equipa? Era mais mérito do teu posicionamento ou o João colocava aquelas bolas como ninguém na tua cabeça? Como é que jogavam de olhos fechados em tão pouco tempo de treino juntos?
O João Pinto era um excelente jogador. Era incrível como ele conseguia encaixar as bolas na cabeça do Jardel independentemente onde eu estivesse! Na verdade não se tratava de jogar de olhos fechados, éramos dois jogadores que se encaixavam um no outro na forma de jogar. João Pinto confiava e sabia que o Jardel ia estar lá e eu acreditava sempre que o João ia colocar bem a bola para eu fazer golo.
Quem era para ti o melhor jogador daquela equipa?
Apesar de eu ter feito muitos golos, o João Pinto era o melhor jogador daquela equipa que nos levou ao título. Aquela forma de cruzar, de meter a bola e a visão de jogo que ele tinha facilitava muito o golo de Jardel.
Quem eram o líderes do balneário que seguravam a equipa nos momentos menos bons?
João Pinto, Sá Pinto e Pedro Barbosa. Quando as coisas não corriam bem dentro do campo e não estávamos a jogar bem eram eles que seguravam o balneário. Eles gesticulavam, conversavam e motivavam para mudar o astral da equipa. João Pinto era um capitão!
Foste o melhor avançado que vi jogar em Portugal e já passaram alguns de excelência como Falcão, Liedson, Bas Dost, Slimani, Cardozo ou Jonas. E até hoje nunca vi ninguém com a tua excelência no jogo aéreo no futebol mundial. Nasceste com um dom na forma como cabeceavas ou foi muito treino? Podes explicar um pouco esse teu movimento tão característico?
Foi um dom que Deus me deu e quando eu percebi que tinha essa capacidade que me diferenciava dos outros eu treinava muito mais esse momento do jogo. Mas foi esse trabalho que me deu essa eficácia resultando em muitos golos dentro da área.
Não eras um jogador rápido e de muitas movimentações fora da área. Mas eras um jogador rápido na decisão e movimentação dentro da área. Sobretudo eficácia. No futebol moderno há espaço para jogadores como o Jardel?
Futebol mudou muito, mas claro que existe espaço para jogadores como o Jardel. É preciso é procurar com calma (risos). Eu jogaria hoje no futebol atual. Eu me movimentava muito bem dentro da área. Se a bola entrava dentro da área o resto era comigo. Hoje, temos muitas dificuldades em ver jogadores assim. Basicamente era isto: deixa que o Jardel resolve!
Na minha opinião o melhor golo que marcaste ao serviço do Sporting foi em Alvalade contra o Vitória de Setúbal. Pela dificuldade do gesto técnico e por ser o golo da vitória aos 91 minutos de jogo. Bola longa do Beto, páras de peito no ar e olhas para o guarda redes enquanto a bola está no ar. Depois fuzilas sem deixar cair. Puseste Alvalade ao rubro. Ainda te lembras desse momento?
Sim sim, lembro! Esse sim foi o golo mais importante da caminhada para o título. Um golo mesmo importante. Lembro que passamos o Natal na liderança e é tão bom passar o Natal em primeiro!
Jogaste com Quaresma e na época seguinte com Cristiano Ronaldo. Ficaste surpreendido com tanto talento de dois miúdos de 18 anos?
Já tinham muito talento e por isso passaram rapidamente para a equipa A. Quaresma já tinha muito bom passe e cruzamento. O Cristiano começou a destacar-se muito cedo naquela equipa. E hoje é um jogador com cinco títulos de melhor jogador do mundo. Foi um orgulho ter jogado com os dois. Acredito que Ronaldo ao me ver tantas vezes a cabecear dentro da área se inspirou naquele movimento. Cada um com o seu mérito e trabalho como é óbvio.
Quaresma tinha qualidade para chegar mais longe na sua carreira? E Ronaldo? Alguém pensava naquela altura que poderia ser um dia o melhor jogador do mundo?
Sem dúvida. O Quaresma era um jogador diferenciado. Um jogador que fazia muita diferença no passe. Ronaldo era um jogador que saía muitas vezes do banco na segunda parte e ninguém imaginava naquela altura o que veio a ser como jogador. Mas o que eu via depois dos treinos na academia… Hoje eu percebo porquê Ronaldo fazia isso! Agora percebo porque ficava ele no relvado quando todos íamos para casa.
Como foi festejar aquele título em Alvalade completamente cheio a cantar a tua música?
Olha, ainda me lembro da música: Mário Jardel, Mário Jardel, Super Mário, Mário Jardel. (Risos) Sou muito grato por tudo o que aconteceu. Todos queríamos ser campeões e eu sou um privilegiado por ter pertencido aquela equipa e ter sido campeão. Quero agradecer todo o carinho que todos os Sportinguistas me deram naquele momento.
Quem teve aquela ideia genial do Guaraná? Talvez uma das mais brilhantes jogadas de marketing usadas até hoje no futebol português. Tens noção que naquele ano os Sportinguistas passaram a beber mais Guaraná por tua causa?
Foi engraçado isso. Os responsáveis do Guaraná queriam alguém que fizesse golos para a publicidade resultar. E, escolheram a pessoa certa. Para minha felicidade eles devem ter vendido muito mais Guaraná. Cada golo dava um certo valor e depois dessa publicidade creio que foi proíbida as publicidades nas camisolas. Fui pioneiro nisso também (Risos). Mas está feito e foi um feito maravilhoso.
Na época seguinte não foste feliz no Sporting. Demoraste a entrar na equipa e não tiveste o mesmo rendimento. Falhaste muitos jogos. O que falhou nessa temporada? O Mário abandonou o Jardel? Achas que poderias ter prolongado mais a tua bonita história de leão ao peito? Não acabou demasiado cedo?
Com toda a certeza! Todo mundo passa por problemas na vida. Eu entrei em depressão e reconheço que errei naquele momento. O Mário largou o próprio Mário naquele momento entendeu? Hoje posso dizer com convicção que estou bem e recuperado. E quem me dera poder voltar atrás para poder fazer diferente com o Sporting.
Tens acompanhado o Sporting? Depois do título contigo nunca mais voltamos a festejar um campeonato. Como analisas o estado atual do Clube? O que falta a este Clube para voltar a ser campeão?
Falta ter uma equipa melhor organizada. Não basta ter um Jardel na frente sem ter uma equipa bem organizada. Lembro o caso do Bas Dost que foi o artilheiro do campeonato português, mas não tinha uma equipa do meio campo para trás que conseguisse fazer o que foi feito em 2001.
Queres deixar alguma mensagem para os adeptos do Sporting e em especial aos seguidores desta página?
Quero deixar um grande abraço ao fãs do Sporting, peço desculpas pelo últimos jogos, mas tenham a certeza de uma coisa: eu amei jogar no Sporting e fico feliz em ter feito parte de um momento tão importante da história do Clube. Espero que o Sporting volte a ser campeão pois o Clube tem muito potencial. Eu não carreguei aquela equipa às costas, todos nós jogamos juntos e nos ajudamos uns aos outros. Jogadores e adeptos. Todos juntos. E acredito que é isso que esteja faltando atualmente. Forte abraço para todos e muito obrigado à página Sporting Tático.
5 Abril, 2020 at 11:10
Era uma equipa tremenda !!
5 Abril, 2020 at 11:41
Faltou tracção nos chinelos.
O Mário abandonou o Jardel, para que o Jardel abandonasse o Sporting.
Mais um daqueles “e se…”.
5 Abril, 2020 at 11:49
“Ele só sabia marcar golos” ou “Precisamos de alguém mais móvel”…
Lampiões a lampionar e PC no seu melhor.
Jardel de facto é um caso de estudo, que categoria na área.
Fantástico no porto com Drulovic de um lado e Capucho do outro, fantástico no Sporting com JVP. Que dupla…
5 Abril, 2020 at 12:43
Não te esqueças do zahovic atrás, jogava e fazia jogar
5 Abril, 2020 at 12:49
Drulo, o tipo que centrava com a parte exterior do pé.
Devia ter pedido direitos de autor.
5 Abril, 2020 at 12:19
Mas… o Jardel não corria, não recuperava bolas, não sabia jogar em CA, não segurava bola de costas!
Mas fazia o mais dificil, marcar golos! Dentro da área certamente no top 3 dos melhores do mundo de sempre.
5 Abril, 2020 at 12:30
Era uma equipa do caralho e um plantel bem recheado. O Jardel era a máquina goleadora, mas os jogadores que eu mais gostava eram o Niculae, o Quaresma, o Babb e o André Cruz. O Jardel e o João Pinto eram consensuais. E ainda havia Beto, Sá Pinto, Pedro Barbosa, Rui Jorge, Paulo Bento, César Prates…
Ah, o meu ódio de estimação era o Afonso Martins, que preferia não jogar um minuto só para mamar o contrato que o Santana Lopes lhe tinha oferecido
5 Abril, 2020 at 12:56
Afonso Martins, eheheh, quando veio ainda pensei que desse alguma coisa. Que grande fdp!
5 Abril, 2020 at 13:41
Há sempre casos desses nos clubes.
5 Abril, 2020 at 14:25
E o saudoso Rui Bento!
5 Abril, 2020 at 15:45
Também adorava o Niculae, pena as lesões que teve.
Tenho uma camisola dele assinada por ele. Adoro aquela camisola
5 Abril, 2020 at 12:37
Melhor marcador de golos que eu ja vi. Simplesmente incrivel.
5 Abril, 2020 at 12:45
Esse jogo com o Setúbal foi quando o Niculae “acabou” a carreira, certo ou estou enganado?
Nem sabia que o jogo dava na tv, creio que a RTP só transmitiu a segunda parte do encontro, mas posso estar a fazer confusão.
5 Abril, 2020 at 12:58
Lembro-me tão bem daquele golo do Jardel! Fdx, aos 91m, que alegria, que golão. E no Setúbal, quem era o treinador??? A raposa himself, JJ.
5 Abril, 2020 at 13:03
A limpar o esterco dos sapatos e as trombas do paixão aquando dos festejos?
5 Abril, 2020 at 13:52
Saudades daquela equipa. Saudades daquele estádio. Vi 3 grandes equipas do Sporting: a de 92/93, a 2001/02 e mais recentemente 2015/16.
Jardel, João Pinto, Barbosa, Sá Pinto, Paulo Bento, Quaresma, niculae, André Cruz, beto, Babb, César prates, Rui Jorge, Viana….era um verdadeiro dream team.
5 Abril, 2020 at 15:41
penso que deves estar a confundir a de 92/93 com a de 93/94
contudo, e apesar da equipa de 94/95 já não ter cherbakov e paulo sousa, penso ser melhor e mais completa que a de 93/94
5 Abril, 2020 at 15:50
Refiro me à do 3-6. Mas talvez tenhas razão, essa de 94/95 já tinha Oceano, Xavier, Figo e Balacov, e talvez fosse melhor. Equipa fortíssima que deu baile ao Real Madrid de laudrup, Michel, etc.
5 Abril, 2020 at 18:03
Sim a dos triste 3-6 foi 93/94…começámos com o robson e acabámos com o queiros
A de 94/95 era uma equipa mais completa…tinha 18/19 jogadores de qualidade.
Face a 93/94 tinham saido paulo sousa, cherbakov e valcxh após a eliminação com o real, mas entraram, oceano, carlos xavier, sá pinto, marco aurélio, amunike e um dos melhores centrais q me lembro de ver no Sporting, o marroquino naybet
A de 93/94 tb era uma excelente equipa, mas no banco tinhamos poejo, porfirio, amaral, marinho…eram só 13/14 jogadores top, alguns mt novos…
5 Abril, 2020 at 14:27
Muitos bons jogadores…
Vou apenas falar de um …com quem embirrava muitas vezes…
“Porque pareceia só jogar…quando lhe apetecia”…
É claro que estou a lembrar-me do Barbosa…(“raios o parta…”)
Também “ganhei um ódiozinho de estimação…”…ao Afonso Martins…
Sporting Sempre…!!
SL
5 Abril, 2020 at 14:37
“Também “ganhei um ódiozinho de estimação…”…ao Afonso Martins… ”
Porquê, Max? Confesso que a minha visão pode estar um pouco toldada pelos contactos que tive com ele quando representou, depois do Sporting, clubes aqui dos arredores e me ofereceu uma camisola do Sá Pinto com dedicatória e tudo 🙂
A ideia que tenho, qualidade futebolística à parte, é que ele foi mais vitima do que réu e aquilo que viveu em Guimarães, faz de alcochete um ataque de betinhos.
5 Abril, 2020 at 17:04
Mais vítima que réu porque…
5 Abril, 2020 at 20:09
Ajudava perceber de que “o” acusas?!!
Vi um tipo a pensar que tinha valor mais do que suficiente para ficar, geralmente fico fodido é com os tipos que acham ter valor suficiente para forçar a saída.
Posso desenvolver, não sei é se vale a pena.
5 Abril, 2020 at 22:59
Eu não o acuso de nada. Não fui eu que falei em réus e vítimas.
Tinha o seu contrato, cumpriu-o.
Não era obrigado a sair, mesmo sabendo que não contava.
Noutras circunstâncias recusar transferência ou empréstimo, ficando uns anitos a ganhar sem jogar, daria azo a outros adjectivos.
5 Abril, 2020 at 23:17
Caro Nuno,
Rejeito a insinuação que a opinião dos Sportinguistas muda conforme muda a Direcção do Clube!!!! 🙂
SL
5 Abril, 2020 at 23:19
Pretende acrescentar algo, Caro Livramento?
5 Abril, 2020 at 23:57
Caro Malcolm,
Acrescentar algo?
Bem, no que ao Afonso Martins concerne, obviamente não fiquei agradado com o facto de ele rejeitar soluções que melhor salvaguardavam o Clube de forma a ficar por cá – mesmo sabendo que não jogaria – com um vencimento que não era condizente.
Mas, em boa verdade, não posso censurar um jogador por exercer direitos que detenha. Da mesma forma quando um jogador se recusa a renovar contrato (como por exemplo o Carrillo) ou não ser transferido para países não do seu agrado (Bas Dost).
A gestão dos activos do SCP sempre foi, a meu ver, muito deficitária. A título de exemplos recentes, o caso do Matheus Pereira e do Demiral.
Tal também aconteceu com o Afonso Martins, em que alguém do Clube viu nele jogador que ele – infelizmente para o SCP – não era, fechando renovação de contrato demasiado “por alto”.
No fundo, culpa do Clube.
SL
6 Abril, 2020 at 0:34
Exacto Livramento. Os contra(c)tos cumprem-se.
Mas nalguns casos aplicam-se considerações morais (nomeadamente quando os superiores interesses do clube são desrespeitados) às partes, noutros não.
O Bryan esteve 6 meses a fazer corridinhas. Aí era no interesse do Sporting.
6 Abril, 2020 at 12:23
Grande confusão, ao AM nunca foi proposto renovação, rescisão, e ou transferência, era-lhe proposto ir por empréstimo para clubes de menor dimensão que não eram do agrado dele e ele considerava ter valor para lutar por um lugar.
Qualquer comparação com carrilho, bas dost , enfim ….
6 Abril, 2020 at 0:19
Lá agora.
Até estes do post só faziam o que faziam por causa do colo. Ou melhor, passaram a fazer.
6 Abril, 2020 at 12:44
este post era giro para comparar com outros posts e comentarios a uns tempos atras onde existia pessoal que dizia que o Sporting foi super beneficiado neste campeonato e que o Jardel so fez o numero de golos que fez devido aos penaltys
quanto aos jogadores em fim de contrato e encostanços promovidos pelas direcçoes, gosto da atitude do pessoal lá de cima: o jogador tem contrato, se o clube paga-lhe o salario até ao ultimo dia, o jogador joga( ou pelo menos está sempre diponivel para ser opçao) e tem de ser profissional até ao ultimo dia
5 Abril, 2020 at 23:18
Óptimo, se não o acusas deixa que quem sente um
“Ah, o meu ódio de estimação era o Afonso Martins…” e
“Também “ganhei um ódiozinho de estimação…”…ao Afonso Martins”
se explique, se quiserem.
Quanto a outras circunstancias e outros adjectivos, estive um tempo a pensar (quase 2 mnts 🙂 ) e não recordo de ninguém que alguma vez estivesse em circunstancias idênticas (recusar ser emprestado por acreditar conseguir um lugar), mas sei que há tem de haver, eu é que não recordo de nenhum.
Por outro lado aqueles que fazem birra para sair, custe o que custar, é um turbilhão de nomes e alguns até são bem recompensados, como por exemplo Illori. Triste clube …
6 Abril, 2020 at 0:13
O odiozinho é antigo, de muitos, e todos sabem o porquê.
O Ilori? Então até se dispôs a fazer de Afonso Martins por dois anos…
6 Abril, 2020 at 12:26
Não sabia que o AM recusou renovar e muito menos que afirmou estar preparado para estar dois anos sem jogar por conta disso … sempre a aprender.
Sei que, mesmo quando chamado a jogar na equipa B o fez com toda a vontade, sendo dos melhores jogadores na equipa B, sei que acabou por chamado por inacio e boloni, fazendo alguns jogos o que fez dele bi-campeão ….
5 Abril, 2020 at 14:36
Grande Jardel. Agradecimento eterno. Poderia ter dado mais, mas não tenho nenhuma mágoa para com ele.
5 Abril, 2020 at 14:37
Ah e sim, também acho que JVP era o melhor daquela equipa. Poderia ter sido o Niculae, mas o JVP ainda estava muito forte.
5 Abril, 2020 at 15:00
O melhor que vi jogar dentro de área…
5 Abril, 2020 at 15:40
Caro cherba
esqueceste-te aí de 2 pendulos dessa maravilhosa equipa
Rui Bento e Hugo Viana
e depois tinhas os outros q foram sendo convocados e foram jogando…diogo….hugo…nalitzis…lol
5 Abril, 2020 at 15:55
Hahaha o treinador do Setubal era o Jesus. Mais um golo ao cair do pano lol
5 Abril, 2020 at 16:02
“O Jardel foi o Nuno Gomes que tu nunca tiveste…”. :-》
https://youtu.be/fLfqVnX9F5I
5 Abril, 2020 at 17:31
A receita para ganhar campeonatos em Portugal não é assim tão difícil.
Dois ou três jogadores acima da média, sendo que um deles deve ser um avançado possante e uma máquina de golos, estabilidade na defesa e regularidade, ah e muito importante ter alguma influência nas arbitragens, sem isso não há nada para ninguém.
2001/2002 foi uma época memorável e nem faltou um CD da Juve Leo há maneira.
Recordar é viver e em tempos de quarentena é fundamental.
5 Abril, 2020 at 18:08
Exatamente…. aliás nesse campeonato até demonstrámos que n é preciso ter um grande GR nem um grande treinador para se ser campeão em Portugal.
Os esteios dessa equipa foram André cruz, Babb, JVP e Jardel, bem secundados por Beto, RJorge, PBento, RBento, HViana, Niculae, PBarbosa e Quaresma
5 Abril, 2020 at 18:16
Presente nesse último jogo, do último campeonato que vencemos.
Só por uma vez tinha visto Alvalade mais cheio, na altura em que não havia cadeiras e cabia sempre mais um.
Jardel, acho que o melhor gajo que vi dentro de área.
Daquela equipa fazia parte o gajo que tinha mais capacidade para ter sido top dos tops – Pedro Barbosa.
5 Abril, 2020 at 20:02
O Jardel que me desculpe, mas foi o melhor ponta-de-lança que vi jogar no Sporting e por consequência o jogador que me fazia a diferença naquela equipa de 2001/2002.
Um goleador que marcou o futebol português para sempre, pois acredito que não aparecerão muitos como ele, é muito difícil de chegar ao nível que ele chegou.
Um abraço para o Jardel, de um fã que sempre o admirou apesar de alguns desgostos que nos foram dados com outra camisola.
5 Abril, 2020 at 20:06
“Quando um jogador se esforçava como eu e treinava como eu…”
Que fartote de rir. 😀 😀 😀
Se o gajo fosse isso, tinha jogado nas calmas até aos 40 anos, mesmo que não fosse ao alto nível que teve no Porto ou no Sporting.
O Jardel era um gajo que treinava mal e porcamente. Assisti a muitos treinos do Sporting no campo ao lado do estádio e o Jardel era o gajo que corria menos. Aliás, quem lembra dos aquecimentos em Alvalade, tem a noção disso. A equipa aquecia duma linha lateral à outra, em meio campo, e o Jardel era da lateral da área à outra lateral da área… Felizmente não precisava disso porque era um jogador de pouco movimento e excelente posicionamento. Era isso que o fazia um grande jogador, aliado à sua capacidade concretizadora.
Enfim, um excelente jogador que, se tivesse cabeça e fosse esforçado, podia ter ido muito mais longe e feito uma carreira brilhante. Mas mesmo assim fez uma boa carreira. Um 9 absolutamente letal!
O titulo desse ano é meio dele.
6 Abril, 2020 at 0:22
Não precisava de ser esforçado. Bastava não ter os vícios que tinha.
De cadeira jogaria na boa e a um nível alto mais um punhado de anos.
O tipo era um predestinado. Aliás, já todo quinado meteu-nos um golo (pronto, isso não provará muito), numa altura em que só devia ver névoas.
5 Abril, 2020 at 23:28
Bem adequada, a este final de noite. Hasta la vista!
Crónica falada: “O vírus do Croquettismo”
Autor:JSabino
https://www.youtube.com/watch?v=D86uOh7UhSY&feature=youtu.be
6 Abril, 2020 at 12:16
Sabino sempre genial!