ACTO I
O diretor executivo do Slovan Bratislava revelou, em entrevista ao jornal SME, que teme que o Sporting não consiga pagar o valor que ainda falta da transferência de Andraz Sporar. «Ainda só recebemos um pagamento de 950 mil euros do Sporting. O valor fixo da transferência é de seis milhões e estou preocupado com o impacto da crise e se o clube português vai conseguir cumprir as suas obrigações».

ACTO II
Frederico Varandas garantiu que o investimento em Ruben Amorim não era um all-in financeiro e que apenas se estava a adiantar parte do orçamento de 20/21. Entretanto, o Sporting despachou os funcionários da Loja Verde que estavam contratados através de agência, pôs 86% dos trabalhadores em lay-off, os ordenados dos jogadores foram cortados em 40%, os da administração em 50% e até ao final da semana deverão ser anunciados os cortes nas modalidades.

ACTO III
Antes da conferência de imprensa de apresentação de Ruben Amorim, era anunciado o acordo inusitado, garantindo o sporting que pagaria ao SC Braga em duas tranches, uma até seis de março de 2020, outra até 5 de setembro do mesmo ano.
Acontece que a seis de março falhou o pagamento de cinco milhões de euros, mais €2,3 milhões de IVA, e falhou também a 30 de março, pois no contrato havia uma moratória, estabelecida entre partes, que dava oportunidade de o fazer, caso se atrasasse.
Contas feitas, até final do mês passado, o Sporting Clube de Portugal devia ao Sporting Clube Braga os mesmos €12,3 milhões de uma operação financeira anunciada a cinco de março. Com juros e mais uma adenda: logo que os leões fossem avisados pelos bracarenses de que estavam em falta, teriam quinze dias extra para saldarem a dívida; caso não pagassem, seriam caucionados com uma multa de 10% sobre tudo.
A Tribuna Expresso sabe que o Braga interpelou o Sporting no dia um de abril e esta quarta-feira, dia 15 e 14 dias depois da participação, os de Alvalade ainda não pagaram por Rúben Amorim, que orientou a equipa no triunfo diante do Desportivo das Aves, três dias depois da apresentação – dois dias depois da data em que supostamente alguém teria depositado cinco milhões, mais IVA, na conta do SC Baga.
Ora, e finalizando contabilidades, a partir de quinta-feira, dia 16, se nada de diferente acontecer – digamos, alguém pagar a conta -, o Sporting fica a dever €13,813 milhões aos Guerreiros do Minho.
À Tribuna Expresso fonte do Sporting confirma o não-pagamento. “Foi um acto de gestão, não de tesouraria. Da mesma forma que outros clubes e devedores suspenderam pagamentos ao Sporting, o Sporting suspendeu os pagamentos por causa da situação de exceção que vivemos. E a situação de emergência nacional e pandemia mundial por causa do Covid19, são circunstâncias obviamente excepcionais”.

No meio de tudo isto, uma pergunta para os gestores que decidiram este caminho: o que é feito do dinheiro de Bruno Fernandes?

bruno-orelhas