Em Portugal, gerou-se o mito de que o Benfica é o “Clube do povo”, alimentado pela narrativa jornalística em que a maioria da massa adepta do Benfica era oriunda das camadas trabalhadoras [narrativa curiosamente tolerada pela censura salazarista, a quem dava jeito a “emblematização” oficiosa dos chamados 3 Fs: Fátima (e a entronização dos 3 Pastorinhos), Fado (e a entronização de Amália) e Futebol (e a entronização de Eusébio). Todavia, a 1ª narrativa de popularização do fenómeno futebol excluía o Clube das águias e centrava o fenómeno da popularidade no Sporting dos 5 Violinos e na rivalidade Sporting vs Porto [vide o filme “o Leão da Estrela” de 1947, realizado por Arthur Duarte e como os protagonistas do Sporting (representados por António Silva e Artur Agostinho) estavam ligados a uma classe média baixa trabalhadora e os o do Porto a uma “aristocracia” empresarial, mas a que os leões pareciam aspirar].
A lenda do Benfica o clube popular, só aparece nos anos 60 por força das vitórias nos Campeões Europeus e do 3º lugar no Mundial de 66 (pináculo da entronização no 3º F – deixou de haver o Eusébio e nascia o “Pantera Negra”; a popularização do Deus negro convinha ao Regime numa altura em que perdera os “Estados da Índia” e vira declarada guerras de independência em 4 das suas colónias). Esse mito foi prolongado e amplificado (à direita) pela propaganda do regime e (à esquerda) pela predominância largamente benfiquista entre os jornalistas d’A Bola (Homero Serpa, Vitor Santos, Carlos Pinhão, Alfredo Farinha). Já neste século, o mito perpassa na propaganda do Clube (amplificada na CS, agora quase toda afecta aos encarnados) de que “estudos demonstravam que o benfica era o Clube com mais adeptos” (6 Milhões segundo esses “estudos” que jamais alguém viu). Entretanto as campanhas promocionais para as venda de bilhetes de época na lixeira de carnide já falam em 14 Milhões. Ridículo? Sim! Mas o mito ficou criado: “o Benfica é o Clube do Povo!” (Embora hoje também se grite com muito mais propriedade que “O Benfica é o Clube do Polvo!”).
Acho insuspeito que o carnide seja o Clube com mais adeptos. Mas qualquer dos grandes Clubes portugueses possui uma composição social eminentemente “popular”. O que não chega para os definir como Clubes igualmente Populares no sentido que quero interpretar neste artigo. As matrizes “ideológicas” e a “eco-sustentação” da Popularidade dos 3 clubes são diversas.
Diria que a “matriz popular” do fifica é mais Popularucha, mais pimba, dos orgulhosamente “pobrezinhos e analfabetos mas honestos” (esta última condição é muito pouco aplicável, desde os tempos do Calabote – 1959); a função do “povo” é estar presente e apoiar os “seus pares” que estão predestinados a os dirigir [mesmo que não sejam NADA seus “pares” como foi o caso de 2 dos melhores presidentes da sua História: Borges Coutinho (Marquês da Praia) e Ferreira Queimado (grande industrial corticeiro e do turismo)]. “Quem não é benfica, não é bom chefe de família” era o Slogan … mesmo que o “bom chefe” descontasse na família as derrotas do seu fifica.
Já a matriz popular do Porto é mais Populista, servindo-se da demagógica dicotomia Norte-Sul para alargar a sua base de apoio para lá do Porto-cidade, estendendo-a a uma forte implantação nas terras a Norte do Douro e, mais tarde, conseguindo penetrar, mais a Sul, em terrenos que lhe são menos afectos, mas onde conheceu influência crescente até o início do século XXI, fruto do seu sucesso desportivo internacional.
Quanto ao Sporting, é um clube popular de natureza normalmente autofágica. Tendo uma forte implantação numérica e a maior implantação geográfica orgânica, parece gostar de prescindir dessas enormes vantagens para ostentar uma espécie de falso pedigree (que bastaria para tornar o Sporting diferente e melhor que os outros). Sucedem-se, ao longo destas últimas 5 décadas, os dirigentes leoninos que reclamam como matriz “identitária” do Clube o elitismo e a “elegância”, (desde Cazal Ribeiro e Amando Aguillar a José Maria Ricciardi, passando por Abraão Sorin, Manuel Brito Vinhas, Abr. Mendes, J. Roquete, Menezes Rodrigues, Silv. Marques, Júlio Rendeiro, Ricciardi, D. da Cunha, D. Ferreira, Soares Franco, Nobre Guedes, J. Eduardo Bettencourt, Paulo Andrade e outros mais boçais mas com o mesmo pedantismo como o Sousa Cintra do século XXI, Santana Lopes, Godinho Lopes, os Carlos Barbosa, Torres Pereira, Marta Soares, Frederico Varandas e os vários Espadinhas e Paulos Futres desta sociedadezinha de “Quinta das Celebridades”). O “povo” do Sporting tende muitas vezes a sentir-se aliciado pela identificação a esse “pedigree”, até para não ser “confundido” com o “povinho” benfiquista.
Mas o Sporting não foi sempre assim: também viveu momentos em que os dirigentes sustentavam os seus projectos e a sua acção na matriz Popular do Clube. Reforçando o associativismo de base, procurando o ecletismo, incentivando a expansão da implantação orgânica. Curiosamente foi nesses períodos que, por crescer mais, o Sporting teve maior sucesso:
OLIVEIRA DUARTE (1932-42: 8 Campeonatos de Lisboa; 3 campeonatos de Portugal, um Campeonato Naciona, uma Taça de Portugal, vários títulos na Ginástica, Andebol, Hóquei em Patins e Ténis de Mesa; realizou o I Congresso Leonino com participação de todas as Delegações e Filiais e iniciou a construção do Estádio José de Alvalade com a aquisição de terreno e a 1ª maqueta do projecto; 1º grande crescimento de número de associados);
JOÃO ROCHA (1973-82: 3 Campeonatos, 3 Taças e 1 Supertaça no futebol; 12000 títulos nacionais em 22 Modalidades e 12 títulos europeus em Corta-Mato e no Hóquéi em Patins; mais de 15.000 atletas; iniciou com 40.000 associados e deixou o Clube com mais de 130.000 sócios; fez obras como o fecho das bancadas do Estádio, aproveitamento das Naves, novas torres de iluminação do estádio, Salas do Bingo e a sala de convívio Joaquim Agostinho; entre 1981 e 1985 realizou 4 Congressos Leoninos; na Revisão Estatutária de 1984 foram criados os Núcleos e 3 categorias de sócios).
SOUSA CINTRA (1989-1995: com um estilo presidencial popularucho, recuperou o Clube de uma enorme crise financeira e desportiva; no Futebol, construíu um das melhores equipas da nossa história e atingiu as meias finais da Taça UEFA; nas Modalidades o Sporting foi novamente hexa-campeão europeu de Corta-Mato e reconquistou uma Taça das Taças de Hóquei em Patins; estancou a sangria de associados que vinha da direcção de Amado de Freitas e da segunda parte da Direcção de Jorge Gonçalves; dinamizou o surgimento de vários Núcleos)
BRUNO DE CARVALHO (2013-2018: concretizou a larga maioria das medidas que o elegeram – instituíu a Gala Honoris Sporting; fundou a Sporting TV; combateu a opacidade dos Fundos de Transação de Jogadores; apresentou o Livro Branco com um conjunto de medidas para a regeneração, credibilização e modernização do Futebol Português; organizou 3 Congressos Internacionais “The Future of Footbal” e 3 Jornadas Internacionais de Medicina Desportiva”; denunciou o caso do Vouchers; pugnou pela Verdade Desportiva; realizou o maior contracto de venda de direitos de transmissão televisiva; realizou 4 das 5 melhores vendas de activos até então operadas no futebol do Sporting; determinou que a totalidade das receitas provenientes das quotas dos associados passasse a ficar adstrita às contas do Clube e não da SAD, aumentando significativamente os orçamentos das Modalidades; passou de 34 Modalidades moribundas para 55 Modalidades pujantes; construiu, com a participação dos sócios e adeptos, o Pavilhão João Rocha; o clube conquistou milhares de títulos em várias Modalidades e escalões; com 14 Modalidades de Desporto Adaptado e Paralímpico, o Sporting é o Clube mais inclusivo do Mundo; conquistou 7 títulos europeus e participu em 2 finais; é o Clube mais Ecléctico do Mundo com títulos continentais em 7 diferentes Modalidades; iniciou o consulado com cerca de 80.000 associados e deixou o Clube com mais de 180.000 sócios; em 2 épocas consecutivas a média de assistências no José Alvalade na Liga NOS ultrapassou os 40.000 espectadores.
Ora, são estes indicadores (conquistas, obra, património, dinâmica associativa, grandeza, expansão geográfica) que ajudam a aferir a Popularidade eco-sustentável de uma Instituição.
Quando um Clube Desportivo atinge forte Popularização com base nesses indicadores, ganha as condições para sustentar com durabilidade o seu sucesso desportivo e financeiro. Não são as únicas condições, mas sem conseguir gerar estas, nem vale a pena falar de outras.
É nisto que eu sustento o meu OPTIMISMO LEONINO. O Sporting tem as condições potenciais ideais para recriar a sua popularização:
1º – O Sporting tem uma massa adepta enorme, nacionalmente implantada, e de inquestionável fifelidade. Quando nestes dias muito se falou da fidefidade dos sócios mais antigos, talvez seja bom também colocarmos na mesa a fidelidade daqueles que nem são sócios. Passados 38 anos com a conquista de apenas 2 títulos no Desporto que é o Núcleo da paixão do Clube, é impressionate perceber que este não perdeu a capacidade de cativar e apaixonar os seus adeptos. Fazer com que um número sempre crescente desses adeptos sinta como imperativo passar a pertencer ao Clube enquanto sócio e ter, assim, uma ainda maior participação nos trilhos de sucesso que para ele almeja, é tarefa prioritária para que os dirigentes do Clube consigam a sua Poularização. Isso só se obtem com projectos claros, com objectivos ambiciosos mas realistas e bem calendarizados, falando claro, exemplificando a cultura de exigência e de transparência, fazendo regulares balanços do cumprimento de promessas e objectivos, destacando os Valores, a História e a Cultura do Clube.
2º – O Sporting tem uma dimensão e expansão orgânica que talvez não exista em qualquer outro Clube do Mundo. Quem se propuser a (re)Popularizar deve saber proporcionar aos mais de 300 Núcleos, Filiais e Delegações do Universo Sporting condições para uma maior participação na Vida associativa do clube e deve trabalhar em conjunto com eles para que essa actividade e participação se traduzam numa muito maior eficiência operacional mútua. O Clube tem muito a ganhar com Núcleos mais activos e mais conectados; os Núcleos têm muito a ganhar com o incremento de modelos de apoio ao Clube. Para isso há que demonstrar muito maior respeito pela actividade desses Núcleos, Filiais e Delegações. Desde logo, disponibilizando meios para uma maior participação na vida associativa do SCP. A implementação do Voto Electrónico à distância mas presencial nas sedes dos Núcleos e com todas as garantias de acesso atempado à informação e ao debate dos assuntos a deliberar e de credibilidade, fiabilidade, certificação e verificação independentes, seria à partida um óptmo “argumento” para uma cooperação mais permanente, mais eficiente e mútuamente proveitosa e para um crescimento exponencial do número de associados nos meios mais afastados do centro nevrálgico do universo Leonino. O incentivo à organização regular dos Núcleos em redes de proximidade, para usufruto de packs colectivos de descontos para jogos nas nossas casas (os 2 Estádios e os 2 Pavilhões, incluindo visitas ao Museu), com aproveitamento de transportes colectivos comuns poderá ser outra forma de incrementar a actividade dos Núcleos e ajudar a crescer o Clube, além de promover um maior conhecimento entre grupos de associados. A utilização COMO NORMA de apoio logístico dos Núcleos nas deslocações das nossas equipas (em todas as Modalidades e Todos os Escalões) por via de uma maior iniciativa proactiva do Clube, também reforçará e muito o sentimento de pertença e a atractividade dos Núcleos para os sportinguistas da sua área de infuência; servirá também para um maior contacto entre atletas (de todas as idades, dos dois géneros e de qualquer condição – o desporto Adaptado não deve ser esquecido) e os adeptos em todo o País, incrementando o Orgulho dos útimos e reforçando a Cultura Leonina dos primeiros; além disso, poderá ser uma boa forma de optimização de recursos para procura baixar custos de deslocações. Os sócios dos Núcleos sentirem-se úteis ao Clube é o melhor incentivo que podem receber.
3º – O Sporting tem a seu favor o seu enorme Ecletismo. Ele tem, no entanto, de ser muito mais aproveitado como recurso de crescimento do Clube e da sua Popularização. O Universo Leonino tem de estar permanentemente actualizado sobre toda a actividade e todos os resultados do clube em todas as Modalidades e Escalões. Essa é uma obrigação das secções de TODAS as Modalidades. As secções teriam de informar atempadamente os responsáveis da direcção para os Núcleos e para a Comunicação Interna (sócios) sobre a sua actividade (programa de jogos do mês, com locais e horários) e os seus resultados (ficha resumida dos jogos ou das provas). Esses responsáveis Directivos teriam a seu cargo a coordenação da difusão imediata dessa informação aos Núcleos, Filiais, Delegações e Sócios (via e-mail); aos Núcleos, Filiais e Delegações competiria divulgar os resultados nas suas áreas de implantação. Dessa forma PUBLICITA-SE A NOSSA FORÇA. Com a Verdade dos Factos e não com a cartilha das manipulações. Há que expandir o orgulho nos feitos de TODOS os nossos atletas e de TODAS as nossas equipas. Esse também é um enorme elemento de Popularização do Clube.
4º – O Sporting tem uma enorme Cultura de Inclusão e de Solidariedade Social. Este é outro ponto que deve ser visto como um recurso e ser devidamente optimizado. Não é, por exemplo, concebível que 2 decisões da Super European Goalball League Masculina (SEGL) e uma da SEGL Feminina tenham acontecido em Lisboa (e a nosso favor) e o responsável pelo Desporto Adaptado e Paralímpico do Sporting, a Fundação Sporting e mesmo o Grupo Stromp não tenham trabalhado em conjunto com a Câmara de Lisboa, a Federação Portuguesa de Desporto para Pessoas com Deficiência e a Associação Nacional de Cegos e Amblíopes para a promoção conjunta e pedagógica do evento (desde logo dentro do próprio Clube mas também com a população de proximidade do Pavilhão onde se realizaram os eventos, através das juntas de Freguesia, das Escolas, dos Centros de Dia, etc); não sópara divulgar um acontecimento Desportivo Internacional, mas sobretudo como oportunidade para a população de aprendizado prático sobre Inclusão. Dei este exemplo como poderia dar outros: a maior proximidade dos nossos atletas de Desporto Adaptado ao universo associativo leonino; o convite, incentivo e mesmo desafio à maior participação de associados em iniciativas da Fundação Sporting em regime de voluntariado conjuntamente com atletas. E, sim, dar visibilidade e propaganda a todas essas iniciiativas. Não porque queiramos directamente extrair “benefícios próprios” das mesmas, mas porque a cultura de solidariedade e de inclusão deve ser difundida como parte do nosso ADN. O que daí advenha de benéfico para o clube não é oportunismo mas sim reconhecimento. Outro bom exemplo da função social do Clube era o Programa Núcleo Duro, na Sporting TV: a promoção que fazia das actividades dos Núcleos e de vários aspectos dos meios em que estes se inserem, contribuiram bastante para a autoestima das populações, particularmente em meios mais pequenos, que extravasavam completamente o universo clubista. O programa sobre o Núcleo SCP da Ilha de Santa Maria, por exemplo, foi bastante elogiado por marienses, até da diáspora, que são adeptos dos rivais. As entidades oficiais, especialmente as Câmaras Municipais, também passam a atender com outra deferência as justas pretensões dos Núcleos.
5º – O Sporting tem uma História de que se deve orgulhar e que deveria orgulhar todos os Portugueses. Não podemos, por isso permitir, os reincidentes desrespeitos e atropelos a essa História por via do desvirtuamento da sua Verdade e, pelo contrário, deveremos pugnar pela reposição dessa Verdade e pelo devido reconhecimento dos factos da Nosa História com relevo internacional. Mas devemos, sobretudo, adoptar uma política comunicacional e editorial que promova a difusão de vários momentos da Nossa História, sob formatos e conteúdos epecificamente dirigidos a diferentes alvos geracionais, culturais e sociais (BD; o Jubas conta histórias, livros, fascículos do Jornal Sporting, artigos regulares no Site Sporting em secção específica; Séries de Depoimentos e Entrevistas, Programas na Sporting TV; conteúdos em Youtube como se fez com os 22 campeonatos ou os feitos do Peyroteu, etc) . E, mais uma vez, usar os Núcleos, Filiais e Delegações para apoiar essa difusão, mesmo combinando sessões de “tertúlia e convívio” com convidados emblemáticos que possam contar partes dessa História.
6º – O Sporting tem um Histórico de Cultura Desportiva que ultrapassa largamente os aspectos competitivos. A Formação, o Desporto para Todos, o Desporto Inclusivo, a prática Desportiva como Educação Física e promoção de hábitos saudáveis de vida devem tamnbém ser bandeiras para a nossa Popularização. Lembro o enorme incremento que no consulado de João Rocha se deu à aprendizagem e à prática não competitiva de actividade física como a Natação e a Ginástica. Isso “rendeu” ao Clube milhares de atletas e de sócios seus familiares. Nos dias de hoje essa bandeira deve ser agitada também como prática de combate à obesidade, a doenças cardio vasculares, à diabetes e outras doenças crónicas e de promoção da mobilidade, do convívio social e de hábitos de vida salutares: em suma, deve ser promovida essa prática como factor de aumento da Qualidade de Vida e, claro, mais um argumento de aproximação ao Clube.
7º – O Sporting é o Clube com o maior e melhor histórico de Claques ou Grupos Organizados de Apoio. Definitivamente, devemos olhar as claques como fazendo parte da Solução do Sporting e não como parte dos seus Problemas. A unificação da Curva Sul foi uma primeira grande medida nesse sentido. O estabelecimento de protocolos mais rigorosos no que concerne à responsabilização por castigos e multas derivadas do seu mau comportamento e à proibição de realização de negócios com as facilidades que lhes são concedidas, deve ser acompanhado de uma maior capacidade de integração no Universo Leonino e na sua Cultura (um Livro ou Livros sobre a História das Claques; programas na Sporting TV; integração na logística disponibilizada pelos Núcleos aquando das deslocações das equipas, etc). Temos a tendência para só recordar os maus momentos e episódios mais violentos das Claques, mas será bom guardarmos na nossa memória também os muitos momentos vibrantes de incondicional e fantástico apoio à nossas equipas desde as delocações a Amsterdão e a Bilbau nos anos 80 para defrontar Ajax e Atleti, passando pelo impressionante jogo já no novo Alvalade contra o Newcastle na caminhada da última Taça UEFA, aos inúmeros momentos que a Curva Sul tem proporcionado (Real, Borussia, Barcelona, Juventus, Atletico Madrid) até à impressionante manifestação de PODER na última deslocação a Londres para defrontar o Arsenal. Esses momentos valem boa parte dos espectáculos que os sócios e adeptos pagam para ver. O Clube tem de se relacionar com as Claques de modo a replicar muitas mais vezes esses momentos.
Claro que, a Popularização do Clube é condição sine qua non para o sucesso sustentado do Clube e da SAD, mas não chega. É TAMBÉM necessário que os dirigentes sejam competentes em todas as áreas (das competições, ao negócio, do associativismo ao merchandising, da imagem ao sponsoring). Que a comunicação para dentro seja regular, assertiva, transparente e verdadeira e que a comunicação para fora seja firme, incisiva e o menos necesária possível. Que saibam gerar receitas operacionais regulares superiores às despesas operacionais: que saibam complementar essas receitas operacionais ordinárias com a recorrência de boas receitas complementares. Que não apenas promovam o crescimento do número de Sócios e adeptos, mas que lhes dêem sempre motivos para se sentirem Felizes e Orgulhosos por pertencer ao Universo Leonino. No entanto, convenhamos, dirigentes mais capazes de promover esta popularização também serão, normalmente, os mais dotados de inteligência emocional, os mais identificados com os desígnios históricos do Sporting Clube de Portugal e os mais capazes para preencher os requisitos de competência para o exercício dos seus cargos.
ESTE POST É DA AUTORIA DE… Álvaro Dias Antunes
a cozinha da Tasca está sempre aberta a todos os que a frequentam. Para te candidatares a servir estes Leões, basta estares preparado para as palmas ou para as cuspidelas. E enviares um e-mail com o teu texto para [email protected]
22 Junho, 2020 at 9:53
Enorme reflexão, quantitativa e qualitativa.
Fala de passado, presente e futuro, sendo que se enumeram alguns pontos que podiam servir de base à definição de objetivos estratégicos para o Sporting.
Concorde-se ou não com todos os pontos apresentados (núcleos, ecletismo, claques, etc..), é fundamental que logo no inicio de qualquer processo eleitoral, os candidatos mostrem as suas ideias e objetivos de forma clara e precisa, para que todos entendam o que se pretende e quais as metas e prazos definidos para as alcançar. Nada de ambiguidades, chavões generalistas ou metas abstratas e impossíveis de quantificar.
Uma lista, isso sim, para todos os candidatos, com as linhas mestras da sua estratégia e respetivas metas (no limite, uma checklist, porque não?). Isto, aliás, até deveria ser estatutário.
22 Junho, 2020 at 10:05
Parabéns pelo trabalho!! Deveria ser mais fácil transpor para o papel essas ideias do que as pôr em prática, mas infelizmente não é assim.
Uma pessoa sente uma angústia ver o que era o SCP, o que poderia ter sido e o que é actualmente, mas principalmente imaginar o futuro e ficar aterrorizado pelos Sportinguistas estarem de mãos dadas a dançar o kombaya e esperarem que por artes mágicas o rumo seja invertido.
22 Junho, 2020 at 10:18
Muito boa reflexão…
Concordo com o que está exposto…
Um grande orgulho…em “Ser Sporting…”
SL
22 Junho, 2020 at 10:18
“No entanto, convenhamos, dirigentes mais capazes de promover esta popularização também serão, normalmente, os mais dotados de inteligência emocional, os mais identificados com os desígnios históricos do Sporting Clube de Portugal e os mais capazes para preencher os requisitos de competência para o exercício dos seus cargos”.
Corretíssimo. E como se consegue eleger estes dirigentes? Como se consegue identificar e reunir esta equipa – porque uma “empresa” como o Sporting necessita de uma equipa, nao é um oneshowman? Como se faz a avaliacao das capacidades das equipas? E como se pode motivar estas personagens mais capazes a concorrerem a um CD?
Jogar ao “kinder surpresa”? Avaliação pura e simples de currículos ou propostas eleitorais? Como?
Se houverem 3 maus candidatos, ppr exemplo, fazemos o quê (opinião corriqueira de muitos tasqueiros, de que ninguem serviu desde JR), escolhemos o mal menor.
Eu nunca valorizei muito a posteriori nestas coisas, os mecos que acertam no totobola à segunda e andam na rua aos gritos tipo oa malucos da aldeia.
A questão é apenas: como cativar, e saber identificar competência?
SL
22 Junho, 2020 at 12:33
Porrinho, Como faz você a avaliação do que quer que seja? Co fez as avaliações para as últimas eleições?
Eu sei como fiz a avaliação para as últimas eleições (com os elementos que tinha) e acho que não me dei lá muito bem. Escolhi Benedito porque tinha o que achei ser o melhor programa e porque achei poder ser o candidato com mais carisma para poder congregar os sócios e adeptos num momento que sabia não ir ser fácil (porque assim o tornaram). Depois, demonstrou inaptidão para o exercício de Poder, porque, um Sportinguista que assumiu aquela responsabilidade e que foi derrotado como foi, tem ainda maior obrigação de escrutínio dos dirigentes e da sua acção que qualquer outro sportinguista; e aquilo que tem feito é apenas passar entre os pingos da chuva.
Já nas eleições de 2017, foi fácil de escolher: foi pegar no programa de BdC de 2013 e, como tinha um check list de medidas a implementar no mandato foi ir verificando as que foram cumpridas e forma mais de 90%!
De qualquer modo, existe uma campanha eleitoral em que os candidatos apresentam programas (a coerência e razoabilidade das suas ideias é um critério) e onde debatem com os outros essas ideias (a capacidade de defender as suas ideias é outro critério; a honestidade com que as defende também; a paixão que revelar também); finalmente, se no seu programa enumerar e calendarizar as medidas que se propõe aplicar também se poderá aquilatar da consistência das suas ideias.
Par já, eu, quero para Presidente alguém que demonstre ser capaz de compreender e estar disponível para potenciar todas as vantagens identitárias do Sporting Clube de Portugal para que se torne rapidamente de novo um Clube Popular.
A competência deveria ser aferida, permitindo que cada elemento da sua equipa. escolhido para as áreas fundamentais, desse a cara para defender as ideias, medidas e OBJECTIVOS para as suas áreas (Financeira; Futebol Profissional+Formação+Scouting; Modalidades; Merchandising; Comunicação; Sporting Digital; Inovação e participação associativa, etc).
Essa poderia e deveria ser uma linha editorial da Sporting TV, do Jornal Sporting e das Redes Sociais Sporting, a bem de um voto mais informado.
Um abraço e saudações leoninas
22 Junho, 2020 at 14:03
Essa foi uma das minhas duas questoes: como avaliar competência quando, ao que parece, apenas competentes se candidatam e como atrair competência para se candidatar.
Eu tb tentei votar Benedito mas não consegui já que o meu boletim chegou tarde e o deadline para enviar calhava a uma sexta feira cá, tudo fechado e impossivel para reconhecimentos legais. Mas ia votar ppr exclusao de partes, ou Benedito ou DF porque considerei inaceitável Varandas se ter declarado candidato quando nao haviam eleicoes. Mas nao consegui avaliar competências. E isso perturba-me.
SL
22 Junho, 2020 at 14:06
*incompetentes se candidatam
22 Junho, 2020 at 18:02
Pois mas o Porrinho estando mais distante, terá, eventualmente, menos elementos de escolha (os debates na Sporting TV e até nas outras televisões, as entrevistas em vários OCS, os depoimentos mo Jornal Sporting, participações em programas radiofónicos, Sessões de Campanha e Esclarecimento em vários Núcleos, etc).
Mas a questão é que quem saiba valorizar estes 7 elementos do ADN sportinguista que podem incrementar significativamente o associativismo, popularizar o Clube, reforçar a imagem da sua força e, com tudo isso, dar condições de vantagem competitiva será facilmente identificado pelos sportinguistas. E será relativamente fácil reconhecer quem fala sobre estes temas com à vontade, com conhecimento e COM PAIXÃO.
O problema é vermos candidatarem-se um conjunto de tecnocratas ou aspirantes a tecnocratas, que desfilam um rosário de ideias-chavão da Gestão e da Publicidade Empresarial, de preferência com muito anglicanismo à mistura, em apresentações Powerpoint e gráficos Excel, mas que não são mais que copy-paste de panfletos programáticos de gestão de empresas adaptadas ao Futebol (90%), aos outros Desportos (8%) e à Vida Associativa (2%).
E os sócios votam por palpite de competência ou por promessas populistas (que cativam franjas do eleitorado, mas que sabem não ir cumprir: “Unir o Sporting”, “comigo as rescisões são revertidas”, “sou contra a expulsão de sócios”, “vou criar as condições para o Sporting ser recorrentemente campeão e estar sempre na Champions”, etc.).
Quando os sócios sentem uma individualidade e um Projecto arrebatadores, carismáticos, votam por paixão e por identidade.
Um abraço e SL
22 Junho, 2020 at 18:28
Foda-se, este também não. Parece que só o Miguel é que votou Varandas. Bem, venha o próximo. Daqui por 3 anos também ninguém aqui terá votado Benedito. Adeus, burros!
22 Junho, 2020 at 18:36
Adeus animal
22 Junho, 2020 at 18:51
Está aqui um bom título para um tema de Bizarra Locomotiva. Ó Sidónio, lês a Tasca? Ou a escumalha a que te referias é outra?
22 Junho, 2020 at 19:01
Vai acabar a escolinha online no UK vai
22 Junho, 2020 at 19:20
Foda-se, Cherba, porque é que me estás a bloquear a resposta a este idiota? Não é nada de mais. Não estava a insultar ninguém. Pelo menos não diretamente…
22 Junho, 2020 at 19:25
Já cá não vinha há algum tempo tempo, mas estou a ver que continuo a ser enteado…
22 Junho, 2020 at 19:01
Ou para um álbum de Mão Morta. ‘Adeus Animal.’ Que pena que já há um bom tempo que o ar nesta latrina se tenha tornado irrespirável. Contam-se pelos dedos de uma mão os bons temas lançados em Portugal nos últimos 20 anos.
22 Junho, 2020 at 19:09
Canção da revolta
Mão Morta
desfraldemos a bandeira trapo negro bebedeira e brindemos à
revolta nossa musa desenvolta contra a pilhagem da volúpia a
volúpia da pilhagem ocupemos a trincheira que a jornada é
guerreira e cantemos a recusa deste mundo que nos usa contra a
pilhagem da volúpia a volúpia da pilhagem
🙂
Mão Morta a banda que mais vezes já vi ao vivo, nunca desilude e sempre a surpreender.
Para mim, continua a ser a melhor banda portuguesa.
22 Junho, 2020 at 19:18
Oub’lá de que me foste lembrar!
Para mim também, sem a menor sombra de dúvida. Até vão ao fundo do baú do século XIX buscar qualquer coisa para evocar o Sporting atual:
Estou sujo. Roído de piolhos. Os porcos quando olham para mim vomitam.
22 Junho, 2020 at 20:17
OK, vamos lá ver se o Cherba agora deixa:
Adeus Animal
(or, channelling my inner Adolfo)
Por entre as roulotes e o frio do entardeder
Caminhava eu em Alvalade
Alguém me oferece um croquete e um olhar
E sinto-me a resvalar
Para lonjuras íntimas da minha juventude
Quando o verde e amarelo e os azulejos de casa-de-banho
Davam em mim azo a mais do que um esgar
E eis que dou por mim a divagar:
Haverá pior pecado do que mostrar
Aquilo que poderia ser e depois tirar
O gelado fresco diante do homem que se contorce sequioso no deserto
E que acaba na testa de um qualquer vulgar
Acabo a cerveja e o cigarro
E viro costas num último adeus
Um adeus manchado pela pela nostalgia do passado recente
Um adeus cheio de raiva
(entra a guitarra elétrica)
Um adeus animal
Um Adeus Animal!!!
22 Junho, 2020 at 20:19
Adeus animal! E vai pela sombra
22 Junho, 2020 at 20:34
Porrinho, temos banda!!! Logo a seguir ao refrão não encaixa, mas mandas aí alta solada, daquelas masturbadelas que só virtuosos como tu e o Miguel é que sabem fazer, e acabamos com o acorde aberto, um mi dos de cima: “E fui pela sombra…”
22 Junho, 2020 at 20:38
Top!!! Tens uma garagem aí no Dubai?
22 Junho, 2020 at 20:40
Até já tenho nome para a banda. Somos os Leão Morto. Que achas? Apropriado, não?
22 Junho, 2020 at 20:46
Um “mi.em.si sem do”. Dá cá uma saltada, os patans gostam de tenrinhos como tu.
Ah, vai pela sombra pprque a merda derrete ao.sol.
Já tens a escola toda? Vê lá, amanhã é dia de escolinha online. Põe o tablet a carregar senão levas outra vez falta de material.
Adeus animal!
22 Junho, 2020 at 20:57
Foda-se, Porrinho, alto espasmo de criatividade!!! Vai ser muito fixe trabalhar contigo. Isso dá uma punkalhada do caralho! És mesmo bué de imaginativo. Chapeau, mate! Com o Miguel na guitarra solo ninguém nos para.
Vai pela sobra
Porque a merda ‘d’rret’ ao sol
Somos a escumalha
E cagamos no teu escol
22 Junho, 2020 at 21:01
Giro giro era sairrs de casa e deixares e xular os velhotes. Tipo trabalhar, não sei se sabes o que é…
Deves ser mais uma estrela do TikTok, aquelas aberrações que a minha pre-teenager vê, compêndios de estupidez e wanna-be. A tua fronha chapada.
Adeus animal!
22 Junho, 2020 at 21:02
Alto refrão, não? Foda-se, dava o teu dedo mindinho para ainda ter cabelo e poder fazer uma moicana.
22 Junho, 2020 at 21:13
É porreiro. Nao tenho nada para fazer, eatou a ver a Juventus e a gozar o prato contigo. Tá-se bem, dá para entreter até que apareça melhor.
Adeus animal!
22 Junho, 2020 at 21:13
Iniciativa! Man, esta banda tem mesmo pernas para andar. Sim, claro que aceito a tua oferta de emprego. Temos que nos juntar aí na tua garagem. Os camelos mete-se-lhes uns tampões nos ouvidos e tá a rockar!!! E até já temos uma pre-teen roadie e tal. Foda-se, nem os Metallica na altura do Kill’em all. Vamos ser memo grandes, caralho.
Adeus Animal!!!
(foda-se, somos mesmo cool. Até já temos um cumprimento específico da banda e tudo)
22 Junho, 2020 at 21:21
O master of puppets esta cá, é só apareceres.
Adeus animal, ganda malha que vai ser. Tens é de pedir dinheiro aos teus cotas para comprares o bilhete e tirares o passaporte(se for preciso a autorizacao para voos para menores a viajarem.sos eu assino para ti, até te pago o serviço de babysitter, nao te preocupes!).
Até já animal!
22 Junho, 2020 at 21:26
Tamos mesmo na mesma onda, Porrereirinho. Uma banda tem que ser assim. És o meu Guilmor. Mas olha, temos que compor uma balada. Para as nossas pre-, during- e post-teens e tal.
22 Junho, 2020 at 21:30
Eu gosto do estilo dos Manowar, mesmo em balada mas nao poderia ser para ti, falta-te o man…
Adeus animal!
22 Junho, 2020 at 21:44
Tá-se bem com o guito. As nossas royalties futuras pagarão tudo. A babysitter agradeço. Nunca dispenso. Mas arranja-me uma que não se importe que eu levante a burka, tá? Decididamente não quero a tua. Não leves a mal, mas soas como alguém que leva muito tempo do outro lado do manto preto. E tá-se bem. Cada qual é como é. Uma banda precisa tanto de um líder carismático como de um baterista punheteiro.
22 Junho, 2020 at 21:54
Ei, é mesmo isso. Manowar. Vamos ser uns machões e compor uma ópera rock em 4 ou 5 andamentos sobre um gajo que declarou guerra a um vizinho porque o seu amante foi espezinhado. Ah espera, não dá. Eu até li os clássicos gregos e compreendo o absurdo da coisa. Mas foda-se, és tão criativo. Toda a gente que está a seguir esta conversa já se apercebeu disso. Certamente te ocorrerá algo melhor para a nossa primeira balada.
22 Junho, 2020 at 22:15
Desculpa, esqueci-me do nosso farewell cool de banda:
Adeus, animal!
(Não, espera, acho que há uma vírgula a mais)
22 Junho, 2020 at 10:20
também na parte do post que diz respeito ao passado, concordo em absoluto com o ponto 5 (relativo à história do nosso clube).
Mas tomo a liberdade de acrescentar mais: É fundamental contar a nossa história com todo o rigor, sim, mas também é preciso estar alerta e combater os revisionismos tão habituais nos nossos rivais (incensando e reinventando os seus feitos e desconsiderando os nossos, claro). Tenhamos o nosso “fact check” e denunciemos sempre nos nosso meios (e se possível, nos outros avençados benfiquistaneses), sempre que a verdade histórica é arrastada para a lama.
Bruno de Carvalho fê-lo, corajosamente, no que muitos chamaram “mais uma guerra, não sei para quê” mas fez muito bem, na minha opinião. Que tipo de pessoas permitem que a sua própria história e da sua família, seja falsificada sob o argumento de que não lhes interessa porque é do passado? Que devemos é “preocupar-nos com o futuro”. Mas uma coisa, alguma vez invalida a outra?!? Os rivais agradecem pois.
Aliás, posso afirmar a este respeito, que quando BC lutou pelos campeonatos nacionais que eram nossos, eu ouvi sportinguistas a dizerem aquilo mesmo. Que pobreza de espirito é esta? Até o ignorante e esperto-saloio do Vieira percebeu que manipular a história em favor do clube, traz vantagens imensas.
22 Junho, 2020 at 10:40
* “Até o ignorante e esperto-saloio do Vieira percebeu que manipular a história em favor do clube, traz vantagens imensas” e nós, sendo a favor da verdade, temos que assistir e assobiar para o lado?
22 Junho, 2020 at 12:39
Estou inteiramente de acordo consigo e era o que tinha em mente quando escrevi o 5a vantagem identitária do SCP para se tornar de novo um Clube Popular. Foi até por aí que comecei esse 5º ponto, seria era demasiado fastidioso se fosse mais minucioso.
Obrigado pelo complemento.
Um abraço e saudações leoninas
22 Junho, 2020 at 10:21
Parabéns pelo texto! Grande trabalho!
Eu confesso que nunca percebi muito bem o que é mau ou bom em ser popular ou populista.
Dizem que é tomar as medidas que o povo quer….então mas….isso não se chama democracia?!
A “maldade” de se popular vem de quando mandava uma elite que eles é que sabiam o que é bom para o país e a ralé só quer é putas e vinho verde, sabe lá o que é que é bom para o país.
O mesmo se passa no Sporting….
A pior parte é que muitos Sportinguistas interiorizaram isto…e por isso estão disponíveis para passar “cheques em branco” só porque alguém se apresenta com o apoio da tal “elite”….
Quando a maioria dos Sportinguistas deixar de estar disponível para passar cheques em branco (e foda-se…..já nos enganaram tantas vezes que estava na altura de parar….) o Sporting pode procurar definitivamente e finalmente uma liderança a sério e duradoura….
22 Junho, 2020 at 11:21
“Eu confesso que nunca percebi muito bem o que é mau ou bom em ser popular ou populista.
Dizem que é tomar as medidas que o povo quer….então mas….isso não se chama democracia?!”
Os deputados são eleitos em mandatos que respondem, ou deveriam responder, aos diferentes programas eleitorais. A democracia representativa, de acordo com o sistema eleitoral português, permite-te escolher os deputados à Assembleia da República, de acordo com as listas apresentadas pelos partidos. Fica por aí. Os deputados estão mandatados, em teoria, a responder pelos programas eleitorais que os elegeram, normalmente seguindo linhas orientadoras e ideológicas dos partidos que representam. Isto pode ser válido para outras demonstrações de interesse na vida pública, como é o caso da deliberação em processos eleitorais em associações, por exemplo.
Em teoria, os deputados eleitos respondem pelos ditos programas, e são as oscilações que geralmente tendem para o populismo. Popular remete para soberania popular, para interesse público. Populismo é a apropriação de temas quentes para responder a sinais do tempo, a jigajogas com o objectivo de aproveitar politicamente determinadas agendas. É uma espécie de deixa lá ver o que é que passa na opinião pública, para agir de acordo.
Um Governo não tem de governar de acordo com o que as pessoas querem, até porque pessoas há muitas. Desde logo, há uma coisa chamada Constituição da República, que define os direitos fundamentais dos cidadãos e é a pedra da democracia, e que não se coaduna com populismos. Basta pensares na forma de gerir a pandemia, havendo quem quisesse, e continue a querer, que se feche tudo, e do outro lado havendo quem diga que isto é tudo uma teoria da conspiração, uma simples gripe. Afinal de contas, o que é isso do que o povo quer? Quem é o povo? É indiferenciado?
22 Junho, 2020 at 11:45
É exactamente por isso que eu não percebo porque é que é mau ser popular ou populista.
É suposto ser. Porque eles estão lá a representar a vontade popular. O programa que eles submetem a votação é a proposta deles de representação que convém ser popular e populista ou não ganha.
Se no programa está não baixar impostos e eles ganham. E depois baixam impostos. Isto populista? Bom….é difícil de avaliar porque se ele foi eleito com um programa de não baixar, teoricamente o que é popular é não baixar. Se baixa e isso é popular, então ou as circunstâncias mudaram (e por isso faz sentido baixar) ou então algo não bate certo…
Além disso é como dizes…quem é o povo? Como consegues avaliar que uma coisa é popular ou populista ou não? Por sondagens?!
Chamam o Ventura de populista. Bom…é difícil dizer que o Ventura é populista quando ele defende merdas que são defendidos por minorias como por exemplo a descriminação racial. Pelo menos por enquanto é claramente uma minoria. Então ele é populista? Não será, não é? Por isso é que tem 4 ou 5%. Popular por esta altura é exactamente o discurso anti-racista….
Entendo apenas em 1 caso. Caso haja uma mentira por trás disso. Ou seja….baixar impostos dizendo que as contas do estado estão extraordinárias no ano antes das eleições e depois das eleições toca a aumentar impostos porque crise. Ou seja, no caso de se moldar a realidade ao que convém de forma a moldar a vontade popular ao que lhe interessa. Mas isso é verdade para todas as medidas…e o problema não é a medida em si ser popular, é a mentira que a torna popular….
22 Junho, 2020 at 12:54
O populismo no sentido político é o aproveitar dos sentimentos da opinião pública que interessam ao populista para seu proveito próprio. O Ventura por exemplo verbaliza o que ele sabe serem pensamentos de uma franja da população que não é tão minoritária assim. Todos conhecemos alguém que verbaliza as merdas que ele vomita sobre a etnia cigana ou sobre as pessoas de origem africana, e que lá no fundo até acha que ele tem alguma razão. O populismo é apelar aos sentimentos mais básicos do ser humano (o medo do desconhecido da mudança a necessidade de pertença a um grupo) presentes em todos nós (dai o termo populismo) sem especial interesse pelo que daí advém para o bem comum mas apenas com o intuito de gerar bases de apoio, é populismo porque esses sentimentos são inatos e transversais ao povo.
Ao contrário a compreensão de que estamos todos ligados e de que o bem comum (nosso e das outras espécies) é a longo prazo sempre o que traz também o maior ganho individual é um conceito que só vem com a educação com o conhecimento de como o Universo funciona e com o ganho de uma perspectiva (temporal e de escala) que não é intuitiva para o ser humano.
O Ventura acredita em zero no que diz e é um tipo perigoso porque estudou estes fenómenos a fundo na vida académica dele e sabe como o populismo funciona, está a seguir a receita ponto a ponto: Capitalizar descontentamentos, arranjar um bode expiatório (os ciganos), criar uma “mistíca” (no caso dele um pseudo-catolicismo), dar um sentido de vida aos seus seguidores (defender a pátria, os “bons costumes”) e um “clube” a que pertencer que “é perseguido” pela sociedade “degenerada”.
Outra coisa má do populismo é que tem um ideário que defende o Povo como uma unidade com anseios e desejos comuns o que está longe de ser a realidade, cavalgando nessa ideia corta as liberdades e persegue quem não está na norma.
Em suma nada é menos pró povo do que o populismo, o populismo é uma instrumentalização do povo para obter e perpetuar poder.
22 Junho, 2020 at 17:07
Concordo a 100% contigo.
Populismo é isso, é dizer o que as pessoas querem ouvir sem ter intencão de fazer o que for depois.
É o que o PS sempre fez, tudo o que é medida popular é feita, o que for impopular fica para os outros fazerem, e o exemplo perfeito foi a vinda da troika, tudo foi feito para que se chegasse a esse ponto, mas até o ministro foi proibido de chamar a troika e no momento da verdade “baza, baza”, ficando a batata quente para quem veio depois.
22 Junho, 2020 at 12:45
Caro Diogo, de acordo com a distinção que faz entre popular e populista e, sobretudo, com o modo como exemplifica essa distinção para a política e o associativismo (que na essência, em regimes democráticos, se regem por princípios idênticos).
Por isso, o meu entendimento da “Popularização do Sporting” assentar ena identificação do que acho serem 7 elementos identitários do Clube que até lhe fornecem alguma vantagem para a concretização dessa tarefa.
Um abraço e saudações leoninas
22 Junho, 2020 at 12:57
Popularização e populismo são coisas muito diferentes. Uma é facilitar o acesso a todos outra é instrumentalizar as pessoas para obter poder.
Super de acordo com a popularização do SCP, e para isso não é preciso popularismos.
22 Junho, 2020 at 18:08
Pelo que o diogo carvalho diz, tanto a direção do Sporting, como o governo da República são populistas!
22 Junho, 2020 at 12:14
“Eu confesso que nunca percebi muito bem o que é mau ou bom em ser popular ou populista.”
Um reparo: na prática, ser “popular” não é a mesma coisa que ser “populista”.
Ser “popular” significa que agrada ao povo. E isso é bom (para quem é agradado).
Ser “populista” é diferente…
Teoricamente um “populista” é alguém que propõe aplicar medidas que agradam ao povo.
Na prática, apenas propõem aquilo que o povo quer, mas que na maioria das vezes não cumprem, pois muitas propostas são irrealistas de concretização.
22 Junho, 2020 at 12:25
Ui, que subjectividade…
Qualquer político promete baixar impostos. E taxar os ricos. Não o fazem na realidade (e sabem disso). Portanto, são todos populistas.
Ser populista passa muito por prometer resolver problemas complexos dando respostas simples, e objectificando a solução.
Para acabar com a insegurança, prometo rusgas semanais no Bairro da Jamaica.
É uma proposta realizável, e não deixa de ser populista.
Neste momento temos dois populistas nos altos cargos da Nação. Porque vivem da percepção, e navegam politicamente ao vento daquilo que é popular.
Mas é populismo do bom, não é mau, como o do Ventura.
22 Junho, 2020 at 12:48
Eu quis ser sintético, Nuno.
Não falei, por exemplo, que alguém pode ser popular e querer uma coisa hedionda.
Apenas quis salientar a principal diferença entre “popular” (não promete, faz, agrada realmente) e “populista” (promete, normalmente não cumpre).
22 Junho, 2020 at 14:36
Percebi, mas discordo.
O Marcelo é popular e populista.
22 Junho, 2020 at 18:46
O Marcelo é o melhor barómetro da mediocridade do país que poderias pedir. A statistician’s dream.
22 Junho, 2020 at 19:04
É popular porque é populista.
22 Junho, 2020 at 10:40
Parabéns pelo trabalho , oxalá dêem uma hipótese ao SCP de se libertar do actual colete de forças e que o Leão se espreguice e cresça .
22 Junho, 2020 at 10:56
Excelente reflexão.
Dos 3 grandes, o Sporting é o que melhor reflecte socialmente o país.
Tem adeptos de todas as classes sociais e não é por acaso, que a “luta de classes”
e até de gerações, é mais feroz no Sporting do que no carnide e porto, onde quase não existe.
Sporting popular vs Sporting elitista.
Sporting dos sócios vs Sporting dos acionistas
Sporting de João Rocha e BdC vs Sporting de Roquette e Santana
Sporting eclético vs Sporting clube de futebol
Sporting vencedor vs Sporting elegante
Sporting líder vs Sporting vassalo
Sporting liberal vs Sporting conservador
22 Junho, 2020 at 10:57
Muito bem.
Mas gostaria de dizer o seguinte.
O carnide é o clube do povo, no senso que é o clube das classes mais baixas da populacão. Claro que hoje em dia com a classe baixa fundida na classe média-baixa é complicado ter essa percepcão. Mas basta pensar que qualquer trolha, qualquer javardo, qualquer fogareiro, é do carnide. Enquanto o Sporting tem tradicionalmente as pessoas com um nivel de educacão mais elevado, pessoas a quem a bola não representa, o que faz com que não vejam o clube como uma “medalha ao peito”, não sintam que têm de defender o clube a torto e a direito.
Podem concordar ou não com isso, mas é o que sinto.
Da mesma forma tenho a percepcão que os adeptos do Sporting estão bem espalhados pelo país, pelo que não considero o carnide como o clube com mais adeptos mas sim o clube com mais adeptos na zona da Lisboa. Fora de Lisboa temos mais adeptos. E tirando focos reduzidos, como Coimbra ou até talvez Leiria, o Sporting tem tendencialmente mais adeptos que o carnide.
Diria mais, o Sporting é o clube com maior ecletismo dos seus adeptos, pelo que muitos seguem as modalidades porque realmente gostam, e não apenas porque “o meu carnide tem de ganhar tudo em todo o lado”.
Existe um fenomeno que poucos analizam em Portugal, mas é claro quando se pensa nisso.. Muitas donas de casa dizem que são do carnide. É o clube delas…. mas na realidade não são nada. Não sabem quando o clube joga, não sabem em que lugar está, não sabem que modalidades tem e muito menos sabem se quem está a jogar é a seleccão ou o carnide (sim, porque naquele estádio existem duas equipas regulares).
Elas dizem que são do carnide mas não são. É o clube do marido ou do pai, mas não fazem mais nada que não sejam dizer que são do clube.
Normalmente uma mulher sportinguista é realmente do Sporting. Vai aos jogos, usa cachecol e se for preciso dá um tabefe em quem ousar sujar o nome do clube.
Aliás, existe uma piada muito antiga “Em Portugal todos os bébés nascem do carnide, mas alguns acabam por abrir os olhos”.
O mito dos 6 milhóes, que depois passou a 5M não passou de uma sondagem feita a meia duzia de pessoas em que 60% respondeu ser do carnide (e os fdp extrapolaram para a populacão portuguesa….. quando na realidade nem 6M de adeptos existem no pais inteiro…. vá, se quiserem esticar a corda se calhar até existem).
Pensem nisso. Para quem o futebol não é a vida, qual é o objectivo de andar a matar e cometer crimes? Para um trolha o clube é a vida, porque não têm nada de especial a acontecer para além disso. Dai o mito das classes altas, que se querem cagar para o clube, desde que metam mais uns cobres ao bolso à conta do clube.
Daqui a uns anos quando for oficial, e o Sporting estiver fechado, aí se calhar pensam que poderiam ter feito mais, pensam que se calhar terem roubado tanto foi demasiado, mas até lá não esperem que esses “notaveis” se mexam por vocês.
Enquanto a golpada continuar o clube está morto, mas ainda pode haver salvacão….. pode, se os sócios se mexerem o quanto antes.
22 Junho, 2020 at 13:47
Sou obrigado a discordar com algumas conclusões.
Em Lisboa ainda é das regiões onde há mais equilibrio. Do Mondego para cima, não existem muitos sportinguistas, ainda que os que o são, são de raça e fibra.
Na cidade do Porto e no Minho há lamps aos pontapés.
São indiscutivelmente os mais numerosos, com propensão para agregar os mais bocais, sob o lema do vale tudo.
O Sporting é um clube popular, transversal e nacional, que tinha por norma arregimentar os mais esclarecidos em cada estrato social.
No contexto do excelente post do caro Alvaro, a minha conclusão fundamental é que vivemos uma crise de identidade, com os valores do croquettismo e a sua cultura corporate, do politicamente correcto e do pretensiosmo social e primado (oco) da elegancia, a devorar o verdadeiro ideario leonino. Esforco, dedicacao e devoção, num contexto associativo, de elevados padrões MORAIS e de superação do individuo em prol de um esforço colectivo maior.
Hoje assistimos ao inverso, com os individuos a tirarem partido da força agregadora leonina para retirarem dividendos infividuais que, naturalmente, enfraquecem a forca colectiva do Sporting. Cada um que tome o seu lado.
22 Junho, 2020 at 18:54
Sporting sempre. Essa de no Porto e no Minho haver lamps aos pontapés é mais outro “mito”. Percorra os inúmeros Núcleos e Filiais do Sporting no Minho e veja e sinta a sua enorme vitalidade . Em Trás os Montes existe uma aldeia com cerca de 150 habitantes, Parambos, com FILIAL do SCP (Sporting Clube de Parambos), fundada em 1937, e onde só se tem conhecimento de um benfiquista e alguns (muito poucos) portistas.
MINHO: 7 Núcleos e 1 Filial
TRÁS-OS-MONTES: 2 Núcleos e 2 Filiais
PORTO: 6 Núcleos, 3 Filiais e 1 Delegação
VISEU: 9 Núcleos, 5 Filiais e 1 Delegação
GUARDA: 7 Núcleos e 6 Filiais
AVEIRO: 12 Núcleos, 3 Filiais e 1 Delegação
Ou seja, a norte do Mondego, como diz, são (e estes são apenas os oficiais, porque existem vários Núcleos com vida própria mas não reconhecidos pelo Clube porque não adoptaram as últimas normas estatutárias): 43 Núcleos, 20 Filiais e 3 Delegações.
Isto reflecte uma forte implantação.
Um abraço e saudações leoninas
22 Junho, 2020 at 20:05
Fui muitas vezes as Antas nos anos 80/90, nos tempos em que ainda era tudo ao molho na superior norte (hoje em dia com os bilhetes limitados para os forasteiros as diferencas esbatem-se. 3000 lugares para claques e tá feito).
Relembro que eramos sempre meia duzia de gatos pingados, enquanto que com os lamps se viam (na tv) sempre grandes manchas vermelhas. Tudo bem, que as performances desportivas tem influência. E as nossas eram miseráveis (A primeira vez que lá fui, epoca de Marinho Peres, passamos do meio campo meia duzia de vezes). A vez que la vi mais sportinguistas foi em 93/94 (passamos um mau bocado, mas isso são outros quinhentos) e nem nesse ano tinhamos a maioria na superior norte.
Tbm nao esqueco o antigo municipal 1 de Maio em Braga pintado a 95% de vermelho benfica. Quando jogavam contra nós, bancada local cheia…. de lampioes ressabiados.
Tenho familia e amigos no porto e sei bem da praga de lampiões que existe por lá. Sempre me disseram que Sportinguista é exceção.
O melhor será ouvir o feedback de Sportinguistas da inbicta que passem pelo tasco, para tirar as teimas.
Vivi a maior parte da minha vida em Lisboa, onde sempre experenciei um maior racio de sportinguistas face ao que senti quando viajei pelo pais. Nos meus tempos de escola não andava longe dos 50/50 ou 50% lampião e o resto dos outros (portistas eram raros).
Por exemplo, vivi um ano no sotavento algarvio, que é (exceptuando Tavira) insuportavelmente lampião.
Tempos implantação nacional e nucleos dedicados, isso é indiscutivel. Para mim sao os leoes que mais admiro. Não papam grupos e do que ouco sentem-se em minoria, mas nao viram a cara a luta. Tirando a cidade do Porto e Guimarães, os lamps estão sempre em maioria.
Esta é a minha percepção, mas como diz o leonidas não tenho numeros auditados para comprovar os meus feelings. Desconfio, por natureza, da propaganda lampionica.
22 Junho, 2020 at 14:35
Vê-se bem que o amigo leonidas (Torrealba) não conhece o Alentejo.
22 Junho, 2020 at 14:39
Isto como comentário do seguinte parágrafo:
“Da mesma forma tenho a percepcão que os adeptos do Sporting estão bem espalhados pelo país, pelo que não considero o carnide como o clube com mais adeptos mas sim o clube com mais adeptos na zona da Lisboa. Fora de Lisboa temos mais adeptos. E tirando focos reduzidos, como Coimbra ou até talvez Leiria, o Sporting tem tendencialmente mais adeptos que o carnide.”
O Alentejo é conhecido por ser vermelho e não é só politicamente (bem… politicamente, agora, é mais rosa, mas o estereótipo mantêm-se – como o estereótipo da Rússia ser comunista, quando o comunismo na Rússia caiu há 30 anos).
22 Junho, 2020 at 15:21
Zona do Oeste e Leiria até são zonas onda historicamente temos um melhor equilibrio de forças.
22 Junho, 2020 at 17:15
Vocês falam sem conhecerem números, gosto disso.
Parecem os lampiões que mandam coisas para o ar…
O nosso clube tem mais casas e filiais no Alentejo que os dois corruptos juntos. Existem até grupos no facebook de Sportinguistas dessa região.
Vocês trocam politica com futebol e depois dá mau resultado.
E no Porto eu não disse que não existiam lampiões, mas sim que existem mais leões que lampiões, e isso já foi demonstrado diversas vezes, logo nem preciso voltar a falar do mesmo.
22 Junho, 2020 at 17:24
dSanta ignorancia…Leonidas…
Experimenta viver no mundo real em vez de fazer medições por grupos de facebook e por contagem de número de núcleos.
P.S. Sou Alentejano, pelo que falo com conhecimento de causa
22 Junho, 2020 at 18:21
Eu, de facto, não tenho números validados, mas apostava, como o outro, o meu colhao esquerdo como há mais (muitos mais) lampioes na cidade do Porto. No Minho nem se fala.
Conheço a generalidade do pais e, da minha experiencia pessoal, os lamps são mais que as mães. O que está longe de os tornar alguma coisa de jeito.
22 Junho, 2020 at 22:15
“Vocês falam sem conhecerem números, gosto disso.”, diz o amigo leonidas.
Eu não conheço os números… Conheço o Alentejo. 🙂
Eu e o Ricardo Coração de Leão.
22 Junho, 2020 at 22:20
Mas atenção, leonidas.
Não estou em desacordo com o teu comentário geral.
Apenas digo o que conheço no que respeita ao Alentejo, independentemente do número de núcleos.
Não conheço TODAS as povoações do Alentejo, mas as que conheço são maioritariamente vermelhas.
22 Junho, 2020 at 18:59
Jaime, essa percepção do Alentejo também é um pouco mistificada.
Nos Distritos de Beja, Évora, Portalegre e Setúbal, o SCP dispõe de 32 Núcleos oficiais, 8 Filiais e 1 Delegação.
Um abraço e saudações leoninas
22 Junho, 2020 at 20:11
Núcleos é uma coisa, numero de adeptos é outra.
Para mim, o que reflectem é capacidade organizativa. O lampião é por norma mais caotico e desorganizado.
Hordas de bárbaros.
22 Junho, 2020 at 22:14
Claro, a vossa “percepção” é que é correcta, se não são os sócios é porque são adeptos, se não são os núcleos são os lugares vazios no estádio.
Vocês reflectem bem a mediocridade que reina no nosso clube.
Para mim o Sporting é o maior e baseio-me me números reais.
Para vocês somos pequenos e baseiam-se em “ideias” e “o que eu vi nos anos 90 era bla bla bla”….
Eu recordo-me muito bem quando o Sporting ganhou o campeonato e o pais parou, literalmente todo o pais se levantou. E voltou a fazer isso dois anos depois.
O carnide ganha e vemos meia dúzia de gatos a fazerem barulho, tirando o marquês podem até encher um café …. o porco ganha e são os mesmos do costume nos Aliados e depois no resto dos locais sao uns grupos isolados…. mas sim, os núcleos e filiais e afins nao provam nada.
22 Junho, 2020 at 23:35
Para mim, o Sporting é o maior, no sentido de ser o melhor.
Mal de mim se achasse que o melhor era o mais popular.
22 Junho, 2020 at 22:16
Tu falas em Núcleos e eu falo-te em gente. Pessoas. Vivência. Conhecimento in loco.
Abraços.
22 Junho, 2020 at 22:54
Jaime, isso da vivência in loco é como os “estudos de mercado” do fifica.
“Base científica” é zero (BOLA!).
Quando falo em implantação de Núcleos, Filiais e Delegações estou a transmitir dados concretos, que não sendo absolutos, ajudam a relativizar muitos “mitos urbanos” (ou, neste caso, mais rurais).
E posso extrapolar: a Ilha de Santa Maria, tem 5.700 habitantes e o Núcleo SCP tem 238 sócios; esses sócios não correspondem a 1/3 dos sportinguistas adultos convictos que existem na Ilha; sabendo que mais de 50% da população se está “cagando” para o desporto e que cerca de 20% tem menos de 18 , diria que a maioria dos que têm Clube é sportinguista.
Na Terceira e no Faial (2ª e Terceira Ilhas respectivamente em população) sei que as proporções ainda tendem mais para o nosso lado.
Já sa Ilha de S. Miguel (a mais populosa) se diz que a maioria é benfiquista (muito por causa do Santa Clara que começou por estar associado ao Sporting mas que um desentendimento entre Direcções, nos anos 5, levou `mudança de equipamento e de emblema, mais por ressabiamento do que por convicção).
O que é facto é que existe um Núcleo SCP da ilha de S.Miguel e uma filial do Sporting (o Sporting Ideal na cidade da Ribeira Grande); o que também é facto é que quando o Clube K joga vólei contra o Sporting o Pavilhão enche com o público dividido e quando joga contra o carnide é pouco mais de meia casa; o facto é que em 2000 e 2002 os festejos dos respectivos campeonatos encheram as Portas da Cidade (largo Principal de Ponta Delgada) e os largos das Câmaras da Ribeira Grande e Vila Franca do Campo de verde e branco e quer em 2005, quer em 2010 (após jejum vermelho) os festejos ocuparam pouco mais de um terço das Portas da Cidade e no resto da Ilha eram uns “cortejos de 4 ou 5 carros” espalhados pela Ilha a fazer barulho.
Quando se fala da implantação de Núcleos devem ter em conta que os seus números de associados representam entre 5% a 30% dos adeptos convictos das regiões que representam.
Por isso são um indicador muito mais útil do que a “percepção” de “gente” “pessoas” “vivência”. Quanto ao conhecimento in loco duvido que o Jaime ou qualquer outro possa ter esse nível de conhecimento relativamente a muitos lugares e regiões do país. O nosso conhecimento in loco confina-se aos limites físicos e temporais do nosso in loco.
Só mais uma “achegazinha”: dá muito jeito dizerem que são 6 milhões ou 14 milhões e depois quando confrontados com o número de Casas do Benfica e Filiais dizerem que são “mais rigorosos nos requisitos para as reconhecer” ou que os adeptos benfiquistas “são mais autónomos”.
A realidade é que eles NÃO CONSEGUEM TER A EXPANSÃO E IMPLATAÇÃO ORGÂNICA QUE O SPORTING TEM!
E é essa que eu identifico como vantagem para a popularização do Clube, para o crescimento exponencial do seu associativismo e para a sustentação de um mercado alargado onde se possam alicerçar políticas de sucesso.
Na minha opinião, ISSO É QUE DEVEMOS TODOS TER COMO UM DADO QUE NÂO DEVEMOS MAIS IGNORAR OU DESPREZAR!
Um abraço e saudações leoninas
23 Junho, 2020 at 8:36
Concordo ctg Alvaro, eu não tenho dados absolutos mas tenho de me basear em algo concreto como as casas e filiais e naquilo que eu vejo.
A minha experiencia, sempre em Lisboa, é precisamente o oposto.
Na primária, até ao 6 ano, existia um ou dois leões na turma, nem sei se alguém do porco e tudo o resto era lampião.
Na preparatória em Benfica, era eu o único do Sporting, 3 ou 4 do porco e tudo o resto do carnide.
No liceu Camões, éramos uns 3 ou 4 do Sporting, um ou dois do porco e tudo o resto do carnide.
Na Universidade éramos uns 2 ou 3 do Sporting, para ai uns 3 do porco e tudo o resto do carnide.
Em Lisboa claramente os lampiões têm mais pessoas, e isso da minha experiência pessoal. Mas claro, se eu for para a zona de Alvalade se calhar vou encontrar mais pessoas do Sporting do que do carnide, logo não vou extrapolar por causa isso.
O que eu vejo é que quando o carnide ganha há muito barulho, isso sim, eles fazem muito barulho. Mas fora do marquês não existe uma verdadeira onda nacional como se viu quando o Sporting ganhou.
Quando o Sporting joga em qualquer campo temos enchente, quando o carnide joga não é bem assim. Claro que temos o caso de terem jogado em Paris e terem mais adeptos que a equipa da casa, mas uma vez sem exemplo não prova nada.
Penso que a maior diferença é que o adepto do Sporting não anda identificado na maior parte do tempo. Quem é do Sporting não tem de andar com fatos de treino chungas com o logo do clube, como os outros dois corruptos, não tem de andar sempre a falar do “meu carnide” como todos os fogareiros, não tem de andar sempre a fazer barulho. Sente o clube e mais nada.
Estamos espalhados mas estamos presentes.
22 Junho, 2020 at 11:44
Um bom texto do Álvaro, o futebol em Portugal é um ninho de vigarices. Infelizmente vai continuar assim. No texto não é referido o pavilhão que João Rocha construiu, onde é hoje as instalações do metro do Campo Grande.
https://www.google.com/search?q=antigo+pavilhão+de+Alvalade&oq=antigo+pavilhão+de+Alvalade+&aqs=chrome..69i57j69i59.15563j0j7&client=ms-android-huawei&sourceid=chrome-mobile&ie=UTF-8#imgrc=FJdwEuVl7XdtlM
22 Junho, 2020 at 13:06
Meus caros, eu escrevi um post procurndo identificar as nossas vantagens para poder fazer com que o Sporting se afirme como um Clube Popular.
Se preferirem debater a diferenciação semântica e sociológica entre popular e populista, claro que estão à vontade.
Contudo, preferia que debatêssemos a essência do post, ou que iniciássemos já a identificar quais os elementos e áreas de competência que deverão complementar a popularização para garantir um sucesso mais sustentado e perene.
SL
22 Junho, 2020 at 13:29
Leonidas,
Concordo que esse fenómeno da “benfiquistão” existe e não deve ser subestimado. Complemento com um exemplo, mais parvo ou menos parvo e que vale o que vale:
Num programa de rádio daqueles pimba, liga uma dona de casa. A propósito de uma conversa qualquer sobre futebol, a apresentadora pergunta-lhe se tem clube, ao que ela responde que não, que não liga nada a isso. Diz a apresentadora rapidamente: ah, então é do benfica, ao que a outra responde, prontos (assim mesmo), tá bem.
Eu ouvi isto e pode ser insignificante, mas é quase metafórico. Eu costumo dizer que se é benfiquista por negligência,por exemplo.
Nota: A título de curiosidade, essa frase do todos nascemos…foi usada para tema e título de um livro pelo sportinguista Joel Neto.
22 Junho, 2020 at 17:18
É um bom exemplo.
É que criou-se a ideia do “coitado, ele é do Sporting”.
Para mim é o oposto, eu prefiro não ganhar nada que estar ligado a um clube corrupto.
Tenho nojo da corrupcão, da batota, da trafulhice.
22 Junho, 2020 at 14:04
Parabéns pelo texto, Álvaro.
Fico cego quando ouço a conversa de que o Sporting é um clube da elite. Muitas das pessoas que têm esta conversa ou são ignorantes em relação ao tema ou dizem apenas por má fé ou desonestidade.
Que o Clube surgiu por ideia de alguém de uma família rica, ok. Mas dizer que por isso é o “clube dos ricos” é só ridículo.
O propósito para o qual foi criado foi nobre: permitir a prática desportiva a homens e mulheres, de qualquer em classe social. E romper com aqueles que faziam distinção de classes e géneros, que só queriam festas e convívios e para quem o desporto era um incómodo.
Ao longo dos anos, com as várias conquistas em diferentes desportos, foi, de forma natural, ganhando popularidade e atraindo desse modo adeptos e simpatizantes de lés a lés, fosse qual fosse a sua condição social.
Qualquer um dos 3 maiores clubes portugueses tem a sua maior base de apoio na classe média e baixa. Até porque a classe alta foi sempre a menor e nos dias de hoje cada vez se nota mais, também porque a classe média está cada vez mais fundida com a classe baixa. Não perceber isto e querer associar um clube ao povo e outro às elites, é viver numa realidade paralela ou viver de wishful thinkings.
Por isso, obrigado pelo texto e mais uma vez, parabéns pelo mesmo. É muito isto! Temos um potencial tremendo enquanto Clube, pena não termos neste momento quem aproveite da melhor maneira esse mesmo potencial.
Durante anos, com tantas restruturações financeiras, de se ouvir constantemente falar em passivo, em crise financeira, em capitais próprios negativos, eu só me perguntava: mas será que num universo tão grande de sócios e adeptos não há ninguém que seja competente e coloque o Clube saudável financeiramente? Carlos Vieira e uma gestão responsável mostraram-me que sim.
Resta agora aparecer, de novo, uma equipa dirigente que olhe para o Clube da forma correcta, que o sinta como seu, que pense no que pode fazer por ele e que aproveite o muito de bom que ele tem para o colocar no trilho certo. Competência e eficiência (ou eficácia em determinados temas) precisam-se e procuram-se!
Saudações Leoninas
22 Junho, 2020 at 14:11
Se o Sporting é de elites/feito para elites tenho de deixar de ser do Sporting porque nao sou, nunca fui nem nunca nenhum dos meus antepassados pertenceu a uma elite e eram Sportinguistas.
Isso é uma conversa que me passa totalmente ao lado, conversa para entreter. Lampionices.
SL
22 Junho, 2020 at 14:50
Claro que nenhum dos 3 grandes são Clubes de Elite.
Tal como também é verdade que todos os 3 grandes Clubes possuem no sei seio gente das “elites” sociais e/ou económicas (banqueiros, grandes empresários, juízes, advogados, médicos, políticos, etc.)
Não podemos, no entanto, abstrair de uma realidade que atravessa o Clube desde longa data: a “elite” do nosso clube é muito mais ostensiva dessa sua condição. E revela a sua intenção de a “tornar imagem de marca do Sporting”.
E, não tenhamos dúvidas, essa elite é muito mais perniciosa ao Clube do que as elites dos rivais; porque se constitui como um obstáculo à Popularização do mesmo.
Não quer isto dizer que eu defenda a purga ou mesmo a marginalização dessa elite. Não. O que entendo é que devemos criar um Clube que funcione em tornos dos pressupostos para a sustentabilidade, alargamento e perenidade da sua base popular, por forma a que as nossas elites possam cumprir com o papel que devem ter numa Associação Popular: serem um acrescento, uma mais-valia em termos de massa crítica e de participação construtiva nas soluções de gestão de sucesso para o Clube.
Quando falo da Inclusão Social também falo nesse sentido: a inclusão tem sempre 2 vias, faz-se sempre em 2 sentidos recíprocos.
Um abraço e saudações leoninas
22 Junho, 2020 at 14:11
Referi Carlos Vieira por ter falado na parte financeira, mas Bruno de Carvalho e todos os restantes elementos, mesmo que agora estejam de costas voltadas, merecem obviamente a minha homenagem e aplauso. Sou-lhes eternamente grato por muitas coisas que me proporcionaram e quem me dera que voltassem o que voltasse alguém com uma equipa assim tão competente e dedicada.
22 Junho, 2020 at 18:26
A mim ja me bastava uma equipa dedicada…. na defesa dos superiores interesses do Sporting.
Faz toda a diferença.
Competência, face ao histórico, já é um plus.
O que temos actualmente é uma cambada de amadores, arrogantes e prepontentes, pouco dedicados e que parece defenderem todos menos os interesses do Sporting.
Ele é Alvaro Sobrinho, Jorge Mendes, fundos predatorios, jogadores rescindatarios e trinta por uma linha.
22 Junho, 2020 at 14:35
Excelente texto. Para mim o grande problema do Sporting Clube de Portugal começa na perda de identidade. Não é que a tenhamos perdido no nosso intimo e na nossa vivência de adeptos mas foi claramente perdida na forma como o Clube é gerido quer a nivel de modelo de gestão quer a nivel de estratégias de gestão.
22 Junho, 2020 at 14:38
Excelente, como é hábito, Álvaro!
Mais do que a avaliação da capacidade das equipas e dos seus programas, é necessário fazer a avaliação da integridade das pessoas que as compõem. Perceber o seu percurso de vida, os seus valores e verdadeiros interesses!
De conversa fiada e bonitos programas eleitorais que entretanto ficam por cumprir, estão os Sportinguistas fartos.
Não me incomodam nem me interessam as questões de semântica sobre populares e populistas (peanuts), o que eu quero é competência associada ao carácter integro dos elementos que compõem os OS do meu clube.
Não é o que temos, longe disso, mas continuamos a protelar.
P.S. Um post desta Magnitude, quero ver no final do dia quantos intervenientes apareceram por aqui e quantos comentários mereceu…
22 Junho, 2020 at 15:30
Álvaro sempre lúcido.
A popularização do Sporting sempre foi o caminho certo a seguir porque quer queiram quer não, é sempre condizente com momentos pujantes do clube. É isso que temos todos de reter.
Se continuarem a achar que o Sporting é um clube para elites e jet7 – que andam sempre de mão dada com o politicamente correto para proteger a sua imagem ou então são personagens no mínimo… “shady” – quem vai defender o Sporting contra este país de hipócritas?
O Sporting é um clube do povo!
22 Junho, 2020 at 18:01
Tudo dito
22 Junho, 2020 at 15:42
Não sei se já leram o que está noticiado em outro post de hoje sobre uma acção da Fundação Sporting.
Chamo a atenção para ligar a 2 coisas que refiro no meu post:
1) por um lado reforçar o ponto 4 (que o Sporting tem uma enorme Cultura de Inclusão e de Solidariedade Social) e que essa Cultura deve ser aproveitada para a tarefa de tornar o Clube cada vez mais popular eo seu Associativismo cada vez mais forte;
2) para enaltecer o inestimável trabalho que tem sido produzido pela Fundação Sporting e, ao mesmo tempo, salientar que esta iniciativa teria sido uma boa oportunidade para nela incluir os directores e alguns sócios dos nossos 4 G.O.A. como forma de demonstrar àquelas crianças a pujança do SCP e como forma de promover junto dos G.O.A. valores como a inclusão social e a recusa do racismo e da xenofobia.
São pequenos exemplos, mas se multiplicarmos e tornarmos um hábito esses pequenos exemplos tornar-se-á muito mais fácil o crescimento e a popularização do Clube.
SL
22 Junho, 2020 at 16:00
Álvaro, muitos parabéns pelo texto.
22 Junho, 2020 at 16:32
Excelente refleção. Aproveito apenas para tocar num ponto que sempre me fez muita impressão ser tão mal aproveitado pelo Sporting para alargar a sua massa adepta – o seu ecletismo.
Com tantas modalidades não era muito difícil criar-se escolas pelo país para aqueles miúdos (e miúdas) que não vivem só para o futebol para começar desde novos a incutir a paixão em ser Sporting e depois aproveitar os melhores para as equipas principais do Sporting. Arrisco a dizer que se criássemos uma equipa de futsal no Norte, teríamos mais “clientes” do que no futebol em virtude do crescimento exponencial da modalidade e reputação que a equipa do Nuno Dias tem. Qualquer miúdo que joga futsal quer jogar no Sporting e estamos a desperdiçar este potencial de forma estúpida pois não tarda nada iremos ver o carnide a alargar para esta area também no norte e assim penetrar um território que é eminentemente portista. Quem diz futsal, diz atletismo, andebol, voleibol, basket, etc..
22 Junho, 2020 at 17:22
Aqui o nosso amigo Álvaro se se candidata-se com o pelouro dos núcleos tinha o meu voto e de quem conseguisse arrastar comigo.
Belíssima posta!
Parece óbvio tudo isto não é?
Quem é que escolhem?
O rahim lá da governance do golfo pérsico ou o Álvaro do núcleo de Santa Maria?
Precisam de um desenho?
22 Junho, 2020 at 17:59
Alinho !
22 Junho, 2020 at 17:29
Pode não parecer mas o Sporting foi criado como o clube da monarquia, um Visconde colocou o dinheiro e o clube surgiu. Algo natural porque na altura o desporto era o ócio dos nobres.
Ao longo da sua história chegou mesmo a ter três estádios em simultâneo. Pensem nisso.
O carnide foi criado nas traseiras de uma farmácia em belem por um grupo de pessoas….enfim, pouco recomendáveis. Ao longo da sua história criou o mito que era do povo porque sempre foi rasteiro. Chegou mesmo ao ponto de não ter estádio para jogar e para isso teve de jogar num dos estádios do Sporting que o emprestou (já nessa altura se via quem era nobre e leal e quem era escumalha da pior espécie).
O Sporting foi criado em 1906 e dois anos depois surge um clube que o tentou imitar, mas nunca conseguiu. Até o cospe lampião jogou com as nossas cores porque realmente o Sporting era o clube que representava Portugal.
E para que vejam até onde a lampionagem chega, o Clube das Chaves, literatura para os jovens, é baseado no carnide:
– o personagem principal é supostamente neto do cospe lampiao
– a primeira missão do clube é basicamente descubrir que o carnide foi criado em Belem pelo avô
Quando oferecerem livros aos vossos familiares, pensem que podem estar a suportar estes mitos.
22 Junho, 2020 at 17:57
Leonidas, há umas interessantes a esse sujeito O Cospe lampião veio no mesmo carro de bois com os Catataus e Cª para o Sporting, mas como não calçava (não havia substituições), revoltou-se, deu uma de Jamanta Soares (dito por não dito) e foi desenterrar o sport lisboa que tinha sido encerrado em A.G por unanimidade.
Duas “notinhas”:
– Quando se pergunta por que é que o nome do Cospe não aparece na acta da fundação do sport lisboa, a resposta oficial e da maralha em geral: “Foi ele quem redigiu a acta e ….esqueceu-se de assinar”. Ahahahah
– Como Deus é grande e não dorme, o 1º derby contra o fifica foi vencido pelos leoninos por 2-1. Imaginem quem marcou o 2º golo do Sporting? Autogolo do Cospe – O “pseudo-fundador” AFUNDOU os encornados
22 Junho, 2020 at 22:22
Um mito é que o Sporting quando foi fundado comprou a equipa inteira do carnide e deu origem à rivalidade.
Na realidade o Sporting foi criado dois anos antes do carnide e esse clube foi criado à semelhança do Sporting.
O que me faz confusão é que queiram insistir que uma fusão em 1908 não deu origem a um novo clube…. fusão é isso mesmo, criar algo novo a partir de algo que deixa de existir. Uma aquisição é que consiste em adquirir algo e incorporar, mas o carnide era mais pequeno que o suposto clube que foi adquirido e por acaso os sócios foram contra isso, mas foram ignorados….. faz lembrar algo da actualidade.
22 Junho, 2020 at 22:29
Óbvio.
22 Junho, 2020 at 17:43
Sensacional trabalho! Obrigado Álvaro.
Pequena Nota: Sobrepõem-se a Borges Coutinho e Ferreira Queimado as presidências dos irmãos Vieira de Brito, verdadeiros sacos azuis financiadores (sem fundo) do boifica dos anos 60. O engº Maurício Vieira de Brito é conhecido como o pai do fifica europeu. Naturais de Angola, herdaram do pai Mário Cunha, o maior império cafeicultor de África. Lembremos-nos que Angola era na altura o 3º maior produtor mundial de café!
22 Junho, 2020 at 19:22
Eu citei as presidências Borges Coutinho e Ferreira Queimado, mas tem razão quanto a Maurício Vieira de Brito e acrescento Fezas Vital. Se perguntar a benfiquistas com 65 anos ou mais quais os 3 presidentes que deixaram mais marca, estou certo que larga maioria responderá, Borges Coutinho e Maurício Vieira de Brito e Fezas Vital e só depois se dividirão entre Adolfo Vieira de Brito, Ferreira Queimado e Fernando Martins (não conto com o Orelhas porque ainda está no poder) .
Um abraço e SL
22 Junho, 2020 at 20:22
Este homem é uma enciclopédia viva!
Muitos parabéns.
SL
22 Junho, 2020 at 20:57
Mais uma excelente reflexão
22 Junho, 2020 at 22:21
Mais uma excelente reflexão, como diz o amigo Portugueezza.
23 Junho, 2020 at 2:27
São muitos. Estatísticas à parte.
E dos muitos, a grande maioria é uma merda. Ganham, tudo uma maravilha, perdem, tudo uma vergonha.
Se muitos são só adeptos, os piores são aqueles que até têm condições e habilitações para separar a paixão por um clube daquilo que é o cancro deste país, uma imagem inegável deste retângulo plantado à beira mar.
Também há muitos sportinguistas. Muitos. Mas é preciso uma direção forte (relembro a entrada do Bruno) para puxar pela malta. Faltam campeonatos, obviamente. Tudo a sair da toca.
Há amostras com taças e modalidades, mas não chega.
É preciso manter acesa a chama dos putos. Não vamos estar cá sempre para os levar aos estádios e pavilhões.
23 Junho, 2020 at 10:19
Excelente post!
24 Junho, 2020 at 11:12
Muito bom Álvaro. Como já é marca da casa.