Vou alhear-me da capa da Bola, ponto de partida para a embirração do dia. E, assim sendo, vou focar-me no Fábio. Também conhecido por Paim aka aquele que era melhor do que o Ronaldo quando tinham a mesma idade aka aquele que mandou o talento para o lixo sem ter os pais ricos que tinha o Dani aka um puto estúpido que não teve quem lhe colocasse travão na estupidez quando decidiu trocar um mundo de oportunidades pelo palerma deslumbramento.
Não é de hoje que dizemos que mais importante do que formar bons jogadores de futebol, importa formar homens. Essa é, foi, terá sempre que ser uma das missões maiores do Sporting Clube de Portugal. E são várias as situações em que damos por nós a dizer, “falhámos na parte de formar o homem”.
Obviamente que existem uma quantidade enorme de factores influenciadores. Tal como acontece na escola, não podemos esperar que seja o clube a definir o carácter de uma pessoa ou a ser o prato da balança capaz de equilibrar a ausência de uma estrutura familiar ou as influências esquisitas dos amigos mais próximos. Mas podemos tentar.
Abrir a porta de uma casa onde já se viveu a quem, aos 35 anos, parece totalmente perdido merecerá, sempre, a minha concordância por mais que se possa olhar de sobrolho levantado para tal generosidade.
Utilizar essa história de vida para alertar tantos e tantos miúdos que, mais do que jogar aqui ou ali, imaginam o quanto vão ganhar, muito deles com pais a serem contactados directamente por quem diz “o seu filho vai trazer isto para casa e os vossos problemas estão resolvidos”, merecerá, sempre, o meu “obviamente que faz sentido”.
Ah, e já agora, se este regresso à Academia servir para Fábio Paim conseguir reencontrar um rumo, creio que também nos saberá, nem que seja um bocadinho, a uma vitória do Sporting.
6 Julho, 2020 at 16:24
O Fábio Paim é um exemplo daquilo que não se deve fazer.
Mas dar lhe a mão e quiçá (finalmente) um rumo é um bom acto de generosidade.