O site Futebol Na Veia publicou uma entrevista exclusiva com o filho e a esposa do falecido craque argentino, Hector Yazalde. Gonzalo e Carmem Yazalde trazem vários factos desconhecidos sobre o goleador que brilhou com a camisola do Sporting.

Nascido em Avellaneda, no ano de 1946, Héctor começou sua carreira profissional no Piraña e, após se destacar, foi contratado pelo Independiente, em 1967. Defendendo os Rojos, El Chirola participou de campanhas incríveis como a do título nacional de 67, comandado por Osvaldo Brandão. Além do Metropolitano de 70, em cima do Racing (detalhes desse título, e de outros, estão na Coluna Catimbando).

Em seguida, já no Sporting em 1972, Yazalde conquistou seu primeiro prêmio individual, o Olimpia de Plata. A partir deste ano, também, jogadores que atuavam fora da Argentina passaram a poder atuar pela seleção. Segundo a entrevistada, Carmem Yazalde, foi no Sporting onde sua carreira decolou, foi o divisor de águas. Na temporada de 1973/74, período em que os Leões venceram a Taça de Portugal e a Primeira Liga Portuguesa, Yazalde fez a marca recorde de 45 gols em 30 partidas. Por conta disso, veio talvez seu maior feito na carreira: a chuteira de ouro europeia.

Continuando, em 1975 se transferiu para um Marseille de menor expressão, comparado com hoje, e venceu a Copa da França de 1976. Na Coluna Catimbando sobre o craque foi abordado o fato dele escolher jogar no time francês, entre outras propostas, e, na entrevista dada, Carmen reforçou mais uma vez quando foi perguntada sobre os arrependimentos de Héctor: “ELE NÃO SE ARREPENDEU DE NADA, TINHA ATÉ A OPÇÃO DE ESCOLHER. ELE TEVE A OPORTUNIDADE DE JOGAR NO REAL MADRID E OPTOU POR IR AO OLYMPIQUE DE MARSEILLE PARA APRENDER OUTRO IDIOMA E PORQUE O PADRINHO DE GONZALO ESTAVA VINCULADO A ESSE CLUBE.”

Então, já com uma grande bagagem, chega ao Newell’s Old Boys, para fazer história em mais um clube e também no clássico contra o Rosário Central. Por fim, El Nene encerrou sua carreira no Huracán, em 1981.

As pessoas podem imaginar como os jogadores ficavam emocionalmente antes dos jogos. Isto deve ser analisado de jogador a jogador, pois alguns ficam mais nervosos, enquanto outros costumam ficar mais tranquilos. Ainda, a pressão deve aumentar quando se é um atleta de destaque. Quando perguntada sobre, Carmen indicou como era El Chirola antes das partidas: “ELE NÃO ERA DO TIPO QUE FICA NERVOSO, ELE ERA MUITO SEGURO DE SI MESMO E COMO JOGADOR”

Ainda, toda carreira tem seus momentos maravilhosos e também momentos mais difíceis. Para a mulher do jogador, o momento mais difícil de Héctor Yazalde foi uma lesão em 1974. Também relata que a lesão ocorreu um jogo antes do título do Campeonato Português e 15 dias antes de entrar para jogar com a Seleção Argentina na Copa do Mundo na Alemanha, esta provavelmente a maior falta de sorte já tida pelo artilheiro. Assim, a lesão foi sofrida após dividida no lance em que fez seu gol naquele Sporting 3 x 0 Leixões e o goleiro adversário acabou com as travas da chuteira na tíbia de Héctor, consequentemente, marcando a carreira do atacante.

Este talvez seja um fato pouco abordado sobre a história de Chirola: Sua vida no futebol não acabou após a aposentadoria. Seu filho, Gonzalo, explicou ao Futebol Na Veia que Héctor, quando aposentado, se tornou auxiliar técnico na Argentina, passando por clubes como River Plate e Huracán. Depois disso, passou a ser empresário de jovens atletas, que tinham o sonho de jogar na Europa.

Portanto, para finalizar esta parte da entrevista, certamente é válido dizer que Yazalde adquiriu uma idolatria em diversos clubes ao longo de sua carreira. Mas segundo Gonzalo, a torcida do Sporting de Portugal é a que Héctor mais teve identificação.

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